Ficaram todos meios tristes com o ocorrido.

Nesta questão, o candidato deve identificar o emprego correto da palavra sublinhada, considerando seu uso como advérbio de intensidade. Quando “meio” é empregado com valor adverbial, indicando “um tanto”, “parcialmente” ou “um pouco”, ele deve permanecer invariável, ou seja, sem flexão de gênero ou número. Assim, a forma correta é sempre “meio”, independentemente do gênero ou número do adjetivo que o acompanha.

Analisemos cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: “Chegamos meios cansados.” – Nesta frase, "meios" está flexionado no plural, o que é incorreto, pois o advérbio que indica grau deve ser invariável. Portanto, a forma correta seria “meio cansados”.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: “Ela estava meia abatida.” – Similarmente, "meia" está flexionada no feminino, mas a palavra, quando usada como advérbio, não deve concordar em gênero. Assim, o correto seria “meio abatida”.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: “As frutas estavam meio caras.” – Nessa frase, o emprego de “meio” está de acordo com as normas da língua, pois o advérbio permanece invariável mesmo diante do adjetivo “caras” no plural. Essa é a utilização correta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: “Nos meio tempos, os times mudam.” – Aqui a expressão “meio tempo” refere-se a uma unidade de tempo ou intervalo, mas a construção está incorreta. Em contextos em que se quer indicar períodos de transição, o uso de "meio" como advérbio não se aplica; além disso, a expressão é usualmente hifenizada (meio-tempo) quando possui valor substantivado.</li>
 <li>Alternativa E: “Ficaram todos meios tristes com o ocorrido.” – Novamente, verifica-se o mesmo problema das alternativas anteriores: o advérbio “meio” não deve concordar com o adjetivo “tristes”, permanecendo inalterado em sua forma. Portanto, o ideal seria “meio tristes”.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa C está correta, pois emprega “meio” como advérbio de intensidade de modo inalterável, adequando-se à norma culta ao indicar que as frutas estavam “um tanto caras”. É fundamental que o candidato esteja atento a essas nuances para evitar deslizamentos na escolha, principalmente em concursos, onde a rigidez gramatical é um ponto cobrado com frequência.

Portanto, a alternativa correta é a letra C.

Gabarito: Letra C

 para que seja sentenciada a minha causa.

 para que a sentença da minha causa seja dada. 

Análise Geral:
Neste trecho, observamos uma oração reduzida de finalidade, “para sentenciarem a minha causa”. Essa redução corresponde a uma oração desenvolvida com o intuito de expressar a finalidade de que os senhores inquisidores sentenciassem a causa do autor. Em uma reescrita que preserve o sentido original, a forma verbal deve ser flexionada no modo subjuntivo, característica das orações que expressam finalidade ou hipótese. Assim, a reescrita “para que sentenciassem a minha causa” é a opção que melhor reflete a intenção original do autor ao transformar a forma reduzida em uma oração plena.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A) para que sentenciassem a minha causa. – Correta. Esta alternativa utiliza a estrutura “para que” seguido do verbo “sentenciar” no pretérito imperfeito do subjuntivo (“sentenciassem”), que é a forma adequada para expressar a finalidade pretendida, preservando o sentido original do texto.</li>
 <li>Alternativa B) para a sentença da minha causa. – Incorreta. Embora apresente um sentido conectivo, não expressa de forma clara a finalidade e altera a estrutura verbal, usando um substantivo (“sentença”) que não remete à ação original de “sentenciar”.</li>
 <li>Alternativa C) para que sentenciem a minha causa. – Incorreta. Apesar de utilizar a fórmula “para que”, o verbo “sentenciar” está no presente do subjuntivo (“sentenciem”), o que não está de acordo com a ideia de uma ação futura ou condicional pretérita sugerida originalmente na oração reduzida.</li>
 <li>Alternativa D) para que seja sentenciada a minha causa. – Incorreta. Utiliza uma forma passiva, “seja sentenciada”, o que altera o foco da ação, transformando a sentença em um efeito e não na intenção de que os senhores inquisidores praticassem o ato de sentenciar.</li>
 <li>Alternativa E) para que a sentença da minha causa seja dada. – Incorreta. Apesar de apresentar uma estrutura passiva e “para que” que indicam finalidade, a construção é mais rebuscada e desvirtua o sentido original, já que transforma a ação “sentenciar” em uma entrega ou concessão da sentença.</li>
</ul>

Em suma, a alternativa A é a mais adequada, pois mantém a correspondência exata entre a oração reduzida e sua forma desenvolvida, preservando o tempo e o modo verbal, essenciais para a compreensão plena do enunciado. Essa escolha é fundamentada na análise morfológica e sintática que prioriza a clareza, a fidelidade ao sentido original e o emprego correto do subjuntivo para expressar finalidade.

Gabarito: Letra A

Defesa do livro intitulado QUINTO IMPÉRIO, que é a apologia do livro CLAVIS PROPHETARUM, e respostas das proposições censuradas pelos senhores inquisidores: dadas pelo Padre Antônio Vieira, estando recluso nos cárceres do Santo Ofício de Coimbra.

Sendo ontem chamado à mesa, me foi dito que estavam nela os senhores inquisidores para sentenciarem a minha causa, e que antes disso queriam ouvir de mim tudo o que tivesse que dizer ou alegar para bem dela; e porque a última doença (de que estou mal convalescido) me não deixou com forças nem alento para poder falar em público, pedi licença para falar por papel, que me foi concedida. Protesto pois do modo que me é possível, diante desses senhores, que antes de se me dar a notícia que as minhas proposições estavam censuradas, e as censuras aprovadas por sua santidade, fazia eu tenção de propor em presença de vossas senhorias todos os pontos ou questões delas, dando os fundamentos das opiniões que segui...

 me deixou enfraquecido e com dificuldades respiratórias.

Análise da Questão:

A frase original “me não deixou com forças nem alento” contém uma construção que, embora deva ser reconhecida no seu registro arcaico, pode ser reescrita para preservar o sentido de enfraquecimento e falta de vigor. A reescrita, com a retirada do advérbio “não”, exige que se mantenha a ideia de que o estado do sujeito era de ausência das “forças” e do “alento”, isto é, de energia física e de ânimo.

Na alternativa E, “me deixou fraco e desalentado”, observa-se que os adjetivos “fraco” e “desalentado” são equivalentes, respectivamente, a “sem forças” e “sem alento”. Essa escolha de termos permite a modernização da linguagem e ao mesmo tempo mantém o sentido original da frase, ou seja, a condição de que o sujeito estava em um estado comprometido de vigor e ânimo.

Analisando as outras alternativas, nota-se que a opção A “me deixou sem forças nem sem alento” apresenta uma correspondência literal com a estrutura original, mas reproduz de forma pouco elegante a oralidade e a redundância na negativa, sem oferecer uma reescrita que capte integralmente o estilo moderno esperado. As alternativas B, C e D introduzem elementos que não correspondem ao sentido proposto pelo texto original, alterando características como “dificuldades respiratórias”, “pálido” ou “sem coragem”, atributos que não estão presentes na mensagem do autor.

Portanto, fica claro que a alternativa E é a que melhor capta o sentido do trecho de forma clara, moderna e adequada, mantendo a ideia de ausência de energia e de ânimo expressa na passagem original.

Gabarito: Letra E

 Esquecemo-nos frequentemente de que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.

 Nos esquecemos frequentemente que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.

 Esquecemo-nos frequentemente que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.

 Esquecemos-nos frequentemente de que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.

 Nos esquecemos frequentemente de que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.

Analisemos as alternativas, tendo em vista que a questão propõe a substituição do verbo “esquecer” por sua forma pronominal “esquecer‐se”, exigindo, portanto, a devida conjugação do verbo na 1ª pessoa do plural e o posicionamento adequado do pronome átono.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: “Esquecemo-nos frequentemente de que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.” 
 Análise: Nesta alternativa, o verbo “esquecer‐se” está corretamente conjugado na 1ª pessoa do plural: “nós esquecemo-nos”. Ressalta-se que, em verbos pronominais, a forma correta na 1ª pessoa é “esquecemo-nos” e não “esquecemos-nos”. Além disso, a estrutura “de que” está mantida, preservando a regência exigida pela oração subordinada completiva. Portanto, esta alternativa está correta.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: “Nos esquecemos frequentemente que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.” 
 Análise: Embora esta alternativa utilize a próclise (“nos esquecemos”), a forma verbal apresenta a conjugação “esquecemos” que não corresponde à conjugação pronominal adequada (“esquecemo-nos”) para a 1ª pessoa do plural quando o pronome é enclítico. Há, além disso, a ausência da preposição “de” que deveria anteceder o “que” da oração subordinada, o que a torna inadequada.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: “Esquecemo-nos frequentemente que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.” 
 Análise: Apesar de apresentar a forma verbal correta “esquecemo-nos”, a alternativa C omite a preposição “de” que deve introduzir a oração subordinada (“de que gengivas saudáveis...”). Assim, por faltar esse elemento regencial, ela não se mostra adequada.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: “Esquecemos-nos frequentemente de que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.” 
 Análise: Nesta opção, o posicionamento do pronome clítico é correto, mas a conjugação “esquecemos” não atende à forma pronominal apropriada para a 1ª pessoa do plural, que é “esquecemo-nos”. O erro na conjugação torna a alternativa inadequada.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa E: “Nos esquecemos frequentemente de que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis.” 
 Análise: Similar à alternativa B, nesta opção o posicionamento próclítico (“nos esquecemos”) não resolve o problema da conjugação errada (“esquecemos” em vez de “esquecemo”) e, embora a preposição “de” esteja presente, o conjunto não apresenta a forma normativa exigida quando se emprega a forma pronominal do verbo.</li>
</ul>

Dessa forma, conclui-se que a alternativa A é a única que reúne todos os requisitos gramaticais: a conjugação correta “esquecemo-nos” e a manutenção da preposição “de” que introduz a oração subordinada. Essa forma evita ambiguidades e respeita a normatividade da Língua Portuguesa, especialmente em textos argumentativos e na redação oficial.

Gabarito: Letra A

Observe o seguinte texto argumentativo:

Esquecemos frequentemente que gengivas saudáveis constituem a base para dentes saudáveis. É por isso que os dentistas recomendam Parodontax. De fato, os estudos clínicos provaram sua eficácia sobre as gengivas. Sua composição única compreende cinco produtos naturais extraídos de plantas e um sal mineral especialmente tratado para neutralizar as bactérias que ameaçam as gengivas. O resultado? Gengivas naturalmente fortes. Dentes naturalmente fortes.

A alternativa correta é aquela que substitui, de maneira textual, sintática e semântica, a expressão “à medida que” presente no enunciado do texto. Nesse contexto, o segmento “À medida que os países buscam mais fontes de energia renovável…” indica uma relação de progressão ou simultaneidade, ou seja, uma condição que se estabelece de maneira crescente e paralela à busca das fontes de energia renovável.

Analisemos cada alternativa:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A – À proporção que: Essa locução conjuntiva estabelece uma ideia muito similar à “à medida que”, indicativa de uma relação proporcional e simultânea entre dois fatos. Assim, “à proporção que” encaixa-se perfeitamente ao indicar que o crescimento da demanda por determinadas funções acompanhará o avanço na busca por fontes de energia renovável. Apesar de ser menos usual no uso cotidiano, trata-se de uma substituição correta conforme o solicitado.</li>
 <li>Alternativa B – Ao passo que: Essa expressão tem conotação adversativa ou concessiva, ou seja, apresenta uma ideia de contraste ou oposição entre as orações. Portanto, “ao passo que” não preserva o sentido de progressão e conexão de causa e efeito empregado na expressão original (“à medida que”), tornando-a inadequada.</li>
 <li>Alternativa C – Enquanto: Embora “enquanto” seja uma conjunção que, em certos contextos, indique simultaneidade, sua aplicação pode ser ambígua, podendo também denotar contraste ou oposição. Dessa forma, não garante a correspondência semântica exata desejada na questão.</li>
 <li>Alternativa D – Tão logo: Essa locução conjuntiva transmite uma ideia de imediatismo ou assim que, enfatizando a sequência temporal em que um evento ocorre logo após outro. Portanto, “tão logo” não corresponde à ideia de proporcionalidade e simultaneidade que “à medida que” expressa, não atendendo ao critério solicitado.</li>
</ul>

Com base na análise, a alternativa que substitui corretamente o termo evidenciado e preserva adequadamente o sentido original do enunciado é a “À proporção que”. Essa substituição mantém a conexão temporal e a ideia de que o crescimento do empenho em buscar fontes de energia renovável acompanha, em proporção, os avanços e transformações mencionados no texto.

Portanto, a resposta correta é a alternativa A.

Gabarito: Letra A

Leia o excerto do Relatório do Fórum Econômico Mundial, sobre o futuro dos empregos (2023), e responda a seguinte questão.

    O investimento na transição verde e na mitigação das mudanças climáticas, bem como a crescente conscientização dos consumidores sobre as questões de sustentabilidade, estão impulsionando a transformação do setor e abrindo novas oportunidades no mercado de trabalho. Espera-se que os efeitos mais fortes de criação líquida de empregos sejam impulsionados por investimentos que facilitem a transição verde das empresas, com mais da metade dos entrevistados esperando que isso aconteça. À medida que os países buscam mais fontes de energia renovável, as funções, incluindo engenheiros de energia renovável e engenheiros de sistemas e instalação de energia solar, estarão em alta demanda.
    O investimento também impulsionará o crescimento em funções mais generalistas de sustentabilidade, como especialistas em sustentabilidade e profissionais de proteção ambiental, que devem crescer 33% e 34%, respectivamente, traduzindo-se em um crescimento de aproximadamente 1 milhão de empregos.
Entretanto, os maiores ganhos absolutos em empregos virão da educação e da agricultura. O relatório conclui que os empregos no setor de educação devem crescer cerca de 10%, resultando em 3 milhões de empregos adicionais para professores de educação vocacional e professores de universidades e ensino superior. Espera-se que os empregos para profissionais agrícolas, especialmente operadores de equipamentos agrícolas, niveladores e separadores, tenham um aumento de 15% a 30%, resultando em mais 4 milhões de empregos.
    A Indeed, uma empresa da Recruit Holdings, descobriu que, embora a demanda por empregos sociais, como os de saúde e educação, tenha crescido mais rapidamente durante a pandemia, essas vagas são mais difíceis de preencher do que outras. “Na Recruit, acreditamos que devemos continuar a adotar a IA e a tecnologia para ajudar os candidatos a emprego e os empregadores à medida que navegamos pelos ventos contrários macroeconômicos de curto prazo e pelos desafios do mercado de trabalho de longo prazo”, disse Hisayuki “Deko” Idekoba, Presidente, CEO e Diretor Representante do Conselho da Recruit Holdings. “Esperamos que a escassez de mão de obra permaneça por muitos anos, em muitos setores e principalmente à medida que a população envelhece. Portanto, é essencial que identifiquemos novas maneiras de simplificar o processo de contratação para apoiar uma economia e uma sociedade prósperas, onde todos possam prosperar juntos.” 


Questões de Português - Correção e reescrita de textos