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[...] Consumir é quase um vício atualmente. Claro que não estamos falando dos produtos indispensáveis do dia a
dia, mas de objetos que compramos por simples impulso, condicionados pela vontade de consumir – os chamados
produtos supérfluos.
Um dos problemas dessa atitude consumista é seu impacto ambiental, que na maioria das vezes nem percebemos.
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Qualquer item comprado em uma loja ou supermercado exige recursos para ser produzido – como água e energia –
além de gerar resíduos que devem ser tratados e eliminados: sobras de matérias‐primas, embalagens etc. Portanto,
toda vez que decidimos comprar alguma coisa, é bom pensar que estaremos automaticamente aumentando a
quantidade de lixo no ambiente e os problemas decorrentes de seu acúmulo.
Para muita gente, no entanto, ser consumista não parece ser um defeito. Pelo contrário, parece que se dá mais
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valor a quem possui a maior quantidade de bens. Mas será que isso é mesmo verdade? Só pelo fato de possuir mais
bens uma pessoa deve ser mais valorizada?
A oferta de bens é muito maior atualmente do que no passado, mas isso não significa que nossas necessidades
tenham aumentado na mesma proporção. Claro que muitos desses produtos facilitam a vida, mas é preciso avaliar com
cuidado o que de fato é importante para a gente.
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Outro aspecto importante é a durabilidade dos produtos. Brinquedos, eletrodomésticos, roupas, carros... Hoje tudo
parece ser produzido para durar e ser rapidamente substituído. Roupas que estão na moda em uma estação já não
estarão mais alguns meses depois, aparelhos eletrônicos parecem descartáveis e daí por diante.
(RIOS. Rosana; MUHRINGER, Sonia Marina; SHAYER, Michelle M. Lixo e sustentabilidade. São Paulo Ática, 2007.)