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Sem uma pesquisa sistemática sobre o assunto,
parece, à primeira vista, que os jornais cariocas são
mais prolíficos em notícias de crime do que os paulistas.
É alarmante a escalada da anomia em seu território.
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Em menos de uma semana, invadiram-se duas
instalações militares para roubar armas, com êxito
absoluto. Os tiroteios são cotidianos nas vias de
acesso ao centro urbano e mesmo nesse centro, onde
quadrilhas organizam “bondes” para tomar de assalto
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pedestres e motoristas. Nem mesmo membros das
famigeradas “milícias” estão inteiramente a salvo: na
semana passada, roubou-se a moto de um miliciano
encarregado de vigiar uma rua num subúrbio. Ou seja,
as quadrilhas vitimizam-se mutuamente, do mesmo
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modo como costuma acontecer com as batalhas pelo
controle de pontos de droga.
(Muniz Sodré, Ruas de presas e de caçadores, 17/3/2009, (com cortes), em:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=529JDB002)