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Roberto D’arte
Vivemos tempos difíceis em que os problemas de fundo emocional parecem
não poupar ninguém. Se deixar abater e fazer da própria existência um muro de
lamentações é uma ideia que me desagrada profundamente. Assim, prefiro acreditar
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que os obstáculos existem não para barrar a nossa caminhada, mas para nos
lembrar que vencer significa estar também preparado para certos sacrifícios e para
muitos testes de resistência e determinação.
Não é nada fácil ser um resiliente, mas os especialistas dão algumas dicas
que podem ser um ponto de partida. Uma delas diz respeito à primeira reação que
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se deve ter no instante em que surge a crise. É importante formular uma explicação
para o que está ocorrendo, analisar as circunstâncias, a sequência dos fatos e as
razões da adversidade. Paralelo a isso, tentar entender os próprios sentimentos em
relação ao processo como um todo.
O passo seguinte é pensar nas possíveis estratégias do que fazer ao sair da
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crise. Afinal, projetar-se no futuro é sempre uma boa saída para suportar a dor do
momento. Mas é fundamental ter em mente que é no presente que a mudança
acontece. Assim como é essencial não depositar nos outros a tarefa de salvador da
pátria. Estabelecer laços com pessoas que podem representar coragem e estímulo é
uma coisa, mas deve ser de cada um a responsabilidade de se resgatar do fundo do
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poço.
Vale a pena ainda valorizar as pequenas vitórias, pois isso traz
autoconfiança e serve de impulso para se tentar chegar a outras. Por fim, o
verdadeiro resiliente não pensa apenas em si, mas nos que vão se beneficiar com
as suas conquistas ou tomá-las como exemplo. No mais, é pagar para ver.
Disponível em:http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/literatura/em-busca-resiliencia-1.htm.
Acesso em 18 abr. 2016.