Verificou-se … obtiveram … inferiores

Se verificou … obtiveram … inferiores

Para resolver esta questão, precisamos focar nas regras de concordância verbal e nominal exigidas pela norma-padrão da língua portuguesa, bem como entender o contexto da frase proposta. Vamos analisar cada partícula das alternativas e determinar a opção correta.

1. "Se verificou ... obteram ... inferior" / "Se verificou ... obtiveram ... inferiores" 
A forma "Se verificou" implica uma voz passiva, onde o sujeito da frase é indeterminado ou não participa da ação. No contexto do enunciado, parece que o estudo (implícito) ou observação é o agente, então a voz ativa "Verificou-se" é mais apropriada.

2. "Verificou-se … obteve … inferiores" 
"Obteve" é a forma do verbo "obter" na terceira pessoa do singular. No entanto, o contexto da frase sugere um plural ("crianças"), tornando "obtiveram" (terceira pessoa do plural) a forma correta.

3. "Verificou-se … obtiverão … inferior" 
"Obtiverão" é a forma futura do verbo "obter". O tempo verbal do resto do texto sugere uma observação passada, não uma ação futura, portanto, essa forma não é adequada.

4. Inferior vs. Inferiores" 
A escolha entre "inferior" e "inferiores" depende da concordância com o objeto da comparação, que são "notas". Como notas está no plural, o adjetivo também deve estar no plural "inferiores".

Considerando todas essas análises, a alternativa que corretamente preenche as lacunas, seguindo a norma-padrão e mantendo a coerência de sujeito, tempo verbal e número é:

Gabarito: Letra B

à interpretação dada à frase “Tirem as crianças da frente 
da tevê” pelo casal da calçada.

à possibilidade de a tevê atingir as crianças que atravessavam a rua.

à preocupação inútil do homem do caminhão ao ver as 
crianças atravessando a rua, de bicicleta.

à falta de cuidado do homem do caminhão ao deixar a 
tevê cair no chão.

ao descuido do casal da calçada em não impedir que as 
crianças atravessassem a rua, de bicicleta.

O poema apresentado neste enunciado utiliza uma forma de expressão irônica ao dirigir-se à televisão, conforme indicado pelo título "À televisão". Ironicamente, o autor descreve a televisão como um substituto excessivo e suficiente para experiências do mundo real, questionando essa substituição com um tom crítico.

 

O primeiro verso, "Teu boletim meteorológico me diz aqui e agora se chove ou se faz sol", indica que o locutor confia na televisão para informações básicas sobre o clima, eliminando a necessidade de verificar pessoalmente. Isso é seguido por uma pergunta retórica, "Para que ir lá fora?", reforçando a ideia de que a televisão proporciona tudo o que é necessário, dispensando a experiência direta.

 

Nos versos que mencionam a comida "como-a toda com os olhos. Aposentei os dentes", o poema intensifica a ironia ao sugerir que o locutor se satisfaz apenas ao ver comida na televisão, renderizando inútil o ato de comer de fato.

 

A parte do poema que trata dos "dramalhões" e a vida apresentada nesses programas indica que o locutor se sente tão absorvido por essas narrativas que nem sente a necessidade de viver sua própria vida intensamente: "Nem me canso em viver."

 

Finalmente, o último verso "Vou pregar minha porta: já não preciso do mundo" encapsula a crítica irônica ao mostrar que a televisão substitui completamente a necessidade de interação com o mundo externo.

 

Essa crítica, expressa de maneira exageradamente positiva e ironicamente elogiosa, se enquadra melhor em uma "homenagem" irônica. A "homenagem" aqui não é sincera, mas sim uma forma de usar elogios exagerados para destacar os problemas e efeitos negativos do consumo de televisão. As outras alternativas não capturam essa nuance irônica e crítica que o termo "homenagem" bem empregado pode abarcar.

Gabarito: Letra B

Teu boletim meteorológico
me diz aqui e agora
se chove ou se faz sol.
Para que ir lá fora?
A comida suculenta
que pões à minha frente
como-a toda com os olhos.
Aposentei os dentes.
Nos dramalhões que encenas
há tamanho poder
de vida que eu próprio
Nem me canso em viver.
Guerra, sexo, esporte
– me dás tudo, tudo.
Vou pregar minha porta:
já não preciso do mundo.

o coração dos suicidas tem o dobro do tamanho que tinha em vida.

os órgãos do corpo de quem se mata por desilusão têm 
as mesmas características daqueles cujos corpos tiveram morte comum.

os desesperançados, por não comerem, ficam com o 
estômago vazio, o que os leva à morte.

as vísceras dos suicidas apresentam textura delicada e 
frágil e diminuição no tamanho.

o terceiro verso – Que grande coração eles possuíam. – 
evidencia que os desiludidos que se suicidaram possuíam 
grandes sentimentos.

Neste poema de Carlos Drummond de Andrade, a descrição de uma "autópsia dos desiludidos que se mataram" serve como uma metáfora para explorar os sentimentos intensos e profundos desses indivíduos, particularmente através do verso "Que grande coração eles possuíam".

 

A alternativa A sugere um aumento físico do coração, o que não tem respaldo no texto. O poema faz uso figurado da expressão "grande coração", que se refere à capacidade de sentir intensamente, e não a uma condição física literal.

 

Por sua vez, a alternativa B foca na comparação física dos órgãos internos, ignorando o fato de que o poema emprega uma linguagem figurada para discutir o estado emocional dos indivíduos, e não suas características físicas em termos comuns ou patológicos.

 

A alternativa C atribui o motivo da morte dos desiludidos à falta de alimentação. Entretanto, o poema fala metaforicamente sobre as emoções, visando mais a um "estômago cheio de poesia" em sentido figurado, e não a causas físicas de morte.

 

A alternativa D interpreta as "vísceras imensas, tripas sentimentais" como se tivessem uma textura delicada e frágil, o que é uma dedução incorreta. A expressão visa evidenciar a profusão e a intensidade dos sentimentos, não características físicas diminutas ou frágeis.

 

Finalmente, a alternativa E está correta, pois quando o poema afirma que estes desiludidos possuíam um "grande coração", está inequivocamente ligando a expressão à grandeza de seus sentimentos. Deste modo, a expressão "grande coração" é uma metáfora para indicar que eles tinham uma ampla capacidade de amar ou de sentir, o que está em consonância com a interpretação mais aceita da estrofe.

Gabarito: Letra E

Questões de Português - Auxiliar de Necropsia - 2014