
<p>O entendimento do sentido das palavras em um texto, especialmente em questões de vestibulares ou concursos, foca na distinção entre sentidos **denotativo** (literal) e **conotativo** (figurado). No exemplo apresentado, é importante analisar o contexto e o uso específico de cada palavra entre as alternativas.

Começemos analisando cada alternativa:

- **A) menino.** Neste contexto, a palavra "menino" é utilizada no seu sentido denotativo (literal), referindo-se a uma criança do sexo masculino, e não possui um significado figurado.

- **B) chão.** Similarmente, "chão" é usada em seu sentido literal, indicando a superfície onde o menino se encontra. Não há aqui uma interpretação figurada.

- **C) testa.** Esta é usada de forma denotativa, referindo-se à parte frontal da cabeça do menino. Não é atribuído um significado além do literal.

- **D) penumbra.** Essa palavra é geralmente usada para descrever um lugar pouco iluminado, algo que é figurativo em diferentes contextos, mas aqui parece mais ligado ao literal já que é apenas uma descrição de luz ambiente.

- **E) tenda.** O trecho diz: "seu rosto formando uma tenda de penumbra". Aqui, "tenda" não está sendo usada no seu sentido comum de uma cobertura de lona sustentada por estacas, mas sim de forma figurada, para descrever a aparência e a função que o rosto do menino cria ao pousar sobre os braços, como se fosse uma cobertura, ou um pequeno abrigo.

Dessa análise, "tenda" é claramente empregada em um sentido conotativo. A palavra é utilizada não para indicar um objeto físico, mas para descrever uma cena usando a figura de uma forma que transcende o seu sentido literal, oferecendo uma imagem poetizada de proteção e isolamento que a testa e os braços do menino emulam ao formar uma espécie de abrigo, semelhante a uma tenda.

</p><p style="text-align: left; color: #3498db;">Gabarito: Letra E</p>


Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de 
paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a 
testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de 
penumbra na tarde quente. 
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, 
dentro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com 
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando pequenas 
plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz 
de parar de viver para, apenas, ver. 
Quando se tem a marca da solidão na alma, o mundo 
cabe numa fresta. 
 

Questões de Português - Sentido denotativo e conotativo - Médio - 2014