“Os brasileiros vestem roupas brancas na 
passagem do ano [...]”.

“Aliás, agora inventaram fogo de artifício 
sem barulho [...]”.

“E isso está longe de ser lenda [...]”.

“[...] chegou em casa coberto de neve e 
sem um tostão.”.

“E tudo nasceu na forma mais poética 
possível [...]”.

Bora descomplicar essa questão de análise sintática do período composto! O enunciado pede para identificar uma oração com sujeito oculto, isso significa que precisamos achar uma oração onde o sujeito não está explícito, mas pode ser facilmente identificado pelo contexto ou pela conjugação verbal. Vamos analisar as opções:
 
A) “Os brasileiros vestem roupas brancas na passagem do ano [...]” - Aqui, o sujeito é bem claro: "Os brasileiros". Então, essa não é a resposta certa.
 
B) “Aliás, agora inventaram fogo de artifício sem barulho [...]” - Nessa opção, o verbo "inventaram" está na terceira pessoa do plural, mas o sujeito não está explícito na oração. Poderíamos inferir "eles" ou "as pessoas", isso faz dela uma candidata forte para a resposta, mas aguenta que temos mais para analisar.
 
C) “E isso está longe de ser lenda [...]” - O sujeito dessa oração é "isso", claramente expresso, então essa também não é a alternativa.
 
D) “[...] chegou em casa coberto de neve e sem um tostão.” - Aqui, o verbo "chegou" está na terceira pessoa do singular, e não temos um sujeito explícito. Podemos presumir que é "ele" (o velhinho mencionado antes), sendo assim, faz dela uma opção com sujeito oculto. 
 
E) “E tudo nasceu na forma mais poética possível [...]” - Nesse caso, o sujeito "tudo" está claramente mencionado na frase.
 
Comparando, vemos que tanto a opção B quanto a opção D poderiam ser consideradas orações com sujeito oculto, mas de acordo com as informações fornecidas, a alternativa correta é D, indicando que o contexto do velhinho traz essa inferência de sujeito oculto mais significativamente.
 
A alternativa correta é D.

Tem muita gente que implica com mentira, 
esquecendo-se de que as melhores histórias do 
mundo nascem delas: algumas cabeludas, outras 
mais inocentes, sempre invenções da mente, fruto 
da criatividade —  ou do aperto, dependendo da 
situação.
Ademais, se fosse tão ruim estaria na lista 
das pedras que Moisés recebeu aos pés do 
monte Sinai, entre as 10 coisas mais feias da 
humanidade, todas proibidas e que levam ao 
inferno; ficou de fora.
A mentira não está nem entre os pecados 
capitais, que aliás eram ofensas bem antes 
de Cristo nascer, formando um rol de virtudes 
avessas, para controlar os instintos básicos da 
patuleia. Eram leis. E é preciso lembrar também 
que ninguém colocou a mentira entre os pecados 
veniais; talvez, seja por isso que o mundo minta 
tanto, hoje em dia.
E tudo nasceu na forma mais poética possível, 
com os mitos —  e não vamos falar de presidentes 
aqui — às lendas, narrativas fantásticas que 
serviam para educar ou entreter. Entre tantas 
notícias falsas, há muitas lendas que, inclusive, 
explicam por que fazemos tanta festa para o ano 
que começa.
Os japoneses, por exemplo, contam que um 
velhinho, na véspera do ano-novo, não conseguiu 
vender os chapéus que fabricava e colocou-os 
na cabeça de seis estátuas de pedra; chegou em 
casa coberto de neve e sem um tostão. No dia 
seguinte, recebeu comida farta e dinheiro das 
próprias estátuas, para mostrar que a bondade é 
sempre reconhecida e recompensada.
Os brasileiros vestem roupas brancas na 
passagem do ano, mas poucos sabem que esta é 
uma tradição recente, de pouco mais de 50 anos, 
e que veio do candomblé, mais precisamente 
da cultura yorubá, com os irúnmolés’s funfun — 
as divindades do branco. E atenção: para eles, 
o regente de 2019 é Ogum, o guerreiro, orixá 
associado às forças armadas, ao mesmo tempo 
impiedoso, impaciente e amável. Ogunhê!
Mas na minha profunda ignorância eu não 
conhecia a lenda da Noite de São Silvestre, 
que marca a passagem do ano. E assim foi-me 
contada pelo Doutor João, culto advogado, entre 
suaves goles de vinho — um Quinta do Crasto 
Douro (sorry, periferia, diria o Ibrahim Sued).
Disse-me ele: ao ver a Virgem Maria desolada 
contemplando o Oceano Atlântico, São Silvestre 
se aproximou para consolá-la, quando ela disse 
que estava com saudades da Atlântida, o reino 
submerso por Deus, em resposta aos desafios e 
à soberba de seu soberano e dos pecados de seu 
povo.
As lágrimas da Virgem Maria —  transformadas 
em pérolas —  caíram no oceano; e uma delas 
deu origem à Ilha da Madeira —  chamada Pérola 
do Atlântico, na modesta visão dos locais —  ao 
mesmo tempo em que surgiram misteriosas luzes 
no céu, que se repetiriam por anos a fio; e é por 
isso que festejamos a chegada do ano-novo com 
fogos de artifício.
Aliás, agora inventaram fogo de artifício sem 
barulho para não incomodar os cachorros. A 
próxima jogada politicamente correta será lançar 
fogos sem luz para não perturbar as corujas 
buraqueiras. E isso está longe de ser lenda: é só 
um mundo mais chato.

A questão proposta envolve a compreensão de funções sintáticas em uma construção de períodos compostos. A pergunta aborda a função sintática das locuções prepositivas, que incluem preposições seguidas por substantivos ou pronomes, formando uma unidade que complementa o sentido de outro termo na frase.

 

Analisando o título "Óbito do Autor", a locução "do autor" funciona como um complemento que qualifica e especifica a palavra "óbito", ou seja, indica de quem é o óbito. Isso é uma estrutura típica de complemento nominal, pois complementa um substantivo (óbito) com a indicação de posse ("de + autor").

 

Agora, vamos ver as alternativas para identificar a que possui a mesma função sintática:
- A) direito à vida: "à vida" também funciona como complemento nominal, especificando sobre qual direito se está falando.
- B) direito à greve: similarmente a A, é um complemento nominal, mas sua função é igual à de A.
- C) nascimento do autor: aqui também temos um complemento nominal que especifica de quem é o nascimento.
- D) necessidade do autor: novamente, é um complemento nominal, especificando a quem se refere a necessidade.
- E) necessidade do amor: igualmente, um complemento nominal, mas especifica sobre o que é a necessidade.

 

Ao comparar todas as alternativas, vemos que todas são complementos nominais. No entanto, estamos buscando uma que preserve a ideia de posse ou pertencimento, similar ao que ocorre na locução "do autor" em "Óbito do autor". A alternativa que mais claramente corresponde a isso é o "nascimento do autor", pois "do autor" indica de quem é o nascimento, assim como "do autor" no título indica a quem pertence o óbito.

 

A alternativa correta é C.

Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu 
nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar 
diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi 
outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a 
pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. 
Dito isto, expirei às duas horas da tarde de uma sexta-feira do mês de agosto de 1869, na minha bela chácara de 
Catumbi. Tinha uns sessenta e quatro anos, rijos e prósperos, era solteiro, possuía cerca de trezentos contos e fui acompanhado 
ao cemitério por onze amigos. Onze amigos! Verdade é que não houve cartas nem anúncios. Acresce que chovia — peneirava 
uma chuvinha miúda, triste e constante, tão constante e tão triste, que levou um daqueles fiéis da última hora a intercalar esta 
engenhosa idéia no discurso que proferiu à beira de minha cova: — “Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer 
comigo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de um dos mais belos caracteres que têm honrado a 
humanidade. Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem o azul como um crepe funéreo, tudo 
isso é a dor crua e má que lhe rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime louvor ao nosso ilustre finado.” 
Bom e fiel amigo! Não, não me arrependo das vinte apólices que lhe deixei.

do verbo “partilhamos” é o signo “vício”, razão pela qual há 
desvio de concordância no texto.

de “partilhamos” é o pronome relativo “que”, razão pela qual há 
desvio de concordância no texto.

desinencial de “partilhamos” é o paradigma norteador da relação 
de concordância no excerto.

de “partilhamos’ é o signo linguístico “naturais”.

de “partilhamos” é “outro povo do norte da Europa”.

Vamos destrinchar essa questão juntos! A banca está pedindo para a gente mergulhar nas águas da análise sintática do período composto, especificamente focando na concordância verbal.

 

Primeiro, vejamos a estrutura da frase: "A indolência é vício que partilhamos com naturais de algumas terras quentes, mas não com qualquer outro povo do norte da Europa". O verbo em questão que precisamos analisar é "partilhamos". A ideia é descobrir quem está fazendo essa ação junto conosco, isso é, quem são os sujeitos do verbo "partilhamos".

 

A alternativa A sugere que "vício" seja o sujeito de "partilhamos". Essa interpretação é errada porque "vício" de fato é o sujeito do verbo "é" no começo da frase. A alternativa B diz que o pronome relativo "que" é o sujeito, o que também está incorreto. Esse "que" está ligando o "vício" com a ação de "partilhamos", mas não atua como sujeito.

 

A alternativa C menciona um "sujeito desinencial" e aponta para a ideia de que há uma relação de concordância intrínseca no excerto, baseada no paradigma do verbo conjugado em primeira pessoa do plural ("partilhamos"), indicando que o sujeito não está explícito, mas está implícito na conjugação do verbo - nós. Isso está alinhado com a gramática padrão, visto que o pronome "nós", embora não apareça explicitamente na frase, é o verdadeiro sujeito aqui.

 

As alternativas D e E são igualmente confusas porque propõem sujeitos que não fazem sentido. Então, embora "C" tenha uma redação um tanto poética, ela acerta na identificação do sujeito implícito através da conjugação verbal. É isso que torna a concordância correta no texto.

 

alternativa correta é C

“A indolência é vício que partilhamos com naturais de algumas 
terras quentes, mas não com qualquer outro povo do norte da 
Europa”

exclusivamente a indeterminação do sujeito.

necessariamente a indeterminação do agente da ação verbal.

por meio de caráter expletivo, o estilo textual.

a reciprocidade sujeito-objeto da ação verbal.

Olá! Vamos entender melhor essa questão que pede uma análise da oração destacada no período. No contexto da frase "Se mesmo pessoas experientes caem em golpes na internet, de que forma proteger meninos e meninas dos perigos on-line, inclusive a pedofilia?", a oração iniciada por "Se" está nos mostrando uma condição. Isso significa que ela estabelece uma hipótese ou situação cuja ocorrência influenciará o que vem depois.

 

A conjunção "Se" é classicamente usada para indicar condições. Assim, o que vem logo após é uma consequência ou resultado do que foi mencionado na condição. Neste caso, a frase fala sobre um fato: pessoas experientes sendo enganadas por golpes na internet. A partir disso, questiona-se como proteger as crianças, que seriam teoricamente menos experientes, dos perigos da internet. Então, a implicação é que, se até os experientes são enganados, é necessário um cuidado especial com as crianças.

 

Essa estrutura condicional é essencial para entender a preparação em segurança na internet e a alfabetização digital, como é discutido no texto. A oração em questão estabelece a base para discutir a importância da literacia midiática ("media literacy"), destacando a relevância de se proteger públicos vulneráveis como as crianças. Portanto, a indicação de "condição" faz total sentido aqui.

 

alternativa correta é E.

Com tanto adulto por aí que não sabe identificar fake news, como esperar que crianças tenham essa capacidade? Se mesmo
pessoas experientes caem em golpes na internet, de que forma proteger meninos e meninas dos perigos on-line, inclusive a pedofilia?
A resposta é “media literacy”. A tradução no Brasil varia, mas é algo entre alfabetização digital, alfabetização midiática ou
alfabetização para a mídia.
Nas escolas, finalmente começa a ficar claro que isso não significa ensinar os alunos a usar o computador, fazer lição de casa com
celular, desenvolver programas, operar impressora 3D ou qualquer atividade em que a parafernália tecnológica esteja no centro da
proposta pedagógica.
Aliás, a ferramenta é o que menos importa, até porque é chavão dizer que a criançada já nasce sabendo usar tudo quanto é
aparelho.
Alfabetizar para a mídia não tem a ver com a técnica do uso, do manejo de botões, dos cliques, do vaivém dos dedos pela tela.
O que se deve desenvolver é a leitura crítica de tudo isso, mostrar como separar o joio do trigo, buscar boas fontes, reconhecer e
combater fake news, proteger-se de criminosos, refletir sobre as redes sociais, entender a indústria, quais são as empresas que as
dominam, que poder detém.

Questões de Português - Análise sintática do período composto - Administrador - 2019