I=Durante os séculos XIX e XX, a vinda dos imigrantes teve um grande aumento no Brasil. As principais razões para isso, que acontece paralelamente ao fim da segunda guerra, é a fuga de guerras e fome na Europa, e também em busca de emprego, visto que com o fim da escravidão, a mão de obra livre era fundamental para a economia. (Correto)II=A inserção urbana de imigrantes foi marcada pelo aumento dessa população nas regiões sul e sudeste. (Incorreta)III=Com o fim da escravidão, a necessidade de mão obra e o café sendo o produto mais importante da economia brasileira, a importação de mão de obra europeia, principalmente italiana, foi fundamental. (Correta)Alternativa correta, letra C

Contestado, Praieira, Revolta de Filipe dos
Santos.

Guerra dos Tamoios, Guerra de Canudos,
Revolta de Juazeiro.

Revolta da Chibata, Revolta da Vacina,
Revolução Farroupilha.

A=A revolta do Contestado aconteceu no século XX, entre 1912 e 1916. A revolução praieira aconteceu no século XIX, porém após o período regencial, a revolução se deu entre 1848 e 1850.Letra A, incorreta.B=A guerra dos Tamoios aconteceu no século XVI, entre os indígenas. E a guerra de Canudos entre 1896 e 1897.Letra B, incorreta.C=A cabanagem aconteceu entre 1835 e 1840 no Grão Pará, a Sabinada entre 1837 e 1837 em Salvador e a revolta dos Malês, a maior revolta escravista, ocorreu em Salvador em 1835, também em Salvador. Todas elas dentro do Período regencial que se deu entre 1831 e 1840.Letra C, correta.D=A revolta da chibata, aconteceu dentro da Marinha, por marujos negros em 1910, a revolta da vacina aconteceu também no século XX.Letra D, incorreta. Alternativa correta, letra C

O enunciado da questão se refere a uma prática sociopolítica que marcou o período da República Velha no Brasil e envolve a manipulação e o controle de votos em troca de favores, fenômeno esse que ocorria tanto em áreas rurais quanto urbanas. Esta prática é conhecida como coronelismo, uma expressão do poder político local, geralmente nas mãos de grandes proprietários de terra, os "coronéis". 

O coronelismo estava intrinsecamente ligado ao poder econômico, social e político que estes indivíduos exerciam sobre as populações locais. Eles eram capazes de influenciar decisões políticas locais e estaduais, garantindo o controle eleitoral das suas regiões em troca de concessões políticas e econômicas vindas dos governos estaduais e federal. Este sistema alimentava uma rede de dependência que mantinha os coronéis no poder e os governos estaduais e federal com o suporte necessário dos votos dessas regiões. 

Essa interdependência entre poderes locais e o governo central era fundamental para a manutenção da estabilidade política da época, sendo parte essencial do que foi conhecido como "Política dos Governadores", onde o governo federal apoiava presidentes estaduais que, em troca, garantiam o apoio político ao governo federal. O coronelismo, porém, teve um impacto negativo profundo na democratização e na justiça social, perpetuando desigualdades e limitando o desenvolvimento sociopolítico mais amplo do país. 

As demais alternativas mencionam outras práticas ou ideologias políticas que também existiram em diferentes contextos históricos brasileiros: Cangaço era um movimento de banditismo rural no Nordeste; Federalismo refere-se ao sistema de governo que distribui o poder entre o governo central e os estados; Populismo é um estilo de política caracterizado por uma relação direta entre líderes e eleitorado, muitas vezes ignorando as instituições democráticas; e Messianismo é um movimento social que envolvia líderes carismáticos vistos como messias por seus seguidores, tipicamente em contexto religioso ou espiritual. 

Portanto, a prática descrita no enunciado e relatada por Boris Fausto em seu livro "História do Brasil" é mais adequadamente classificada como coronelismo, sendo a resposta correta a alternativa (B).

A análise do contexto político-social brasileiro durante a República Velha, ou Primeira República (1889-1930), é essencial para entender a prática eleitoral mencionada na questão. Durante esse período, o Brasil foi caracterizado por uma politica dominada por grupos oligárquicos, especialmente os "coronéis". Esses eram grandes proprietários de terras que exerciam uma influência significativa sobre as populações locais em regiões mais interioranas e menos desenvolvidas. 

Os coronéis, utilizando-se de sua posição social e econômica dominante, conseguiam controlar os votos das pessoas em suas regiões através de uma combinação de favores e ameaças. Esse fenômeno era conhecido como "voto de cabresto". Vale destacar que, na época, o voto no Brasil não era secreto, o que facilitava a manipulação eleitoral. Os eleitores eram frequentemente coagidos a votar nos candidatos apoiados pelos coronéis, sob o risco de perderem acesso a benefícios básicos ou enfrentarem represálias. 

O termo "voto de cabresto" tem sua origem na analogia ao cabresto usado para controlar animais, simbolizando a maneira como os votantes eram "guiados" pelos coronéis. Esta prática era um dos pilares que sustentava o sistema político oligárquico e altamente centralizado da época, contribuindo significativamente para a falta de uma democracia verdadeira e para a perpetuação das mesmas elites no poder. 

Ao analisar as alternativas, é evidente que a opção correta é a letra "B) de cabresto". Este termo descreve precisamente o método através do qual os votos eram controlados pelos coronéis, conforme descrito no enunciado da questão e elaborado acima na explicação. As outras alternativas representam outros tipos de sistemas ou características de votação que não correspondem à prática discutida: voto distrital refere-se a uma forma de delimitação de eleitores por distritos, voto secreto é uma prática que visa proteger a identidade da escolha do eleitor, voto censitário está ligado à condição econômica ou de propriedade para votar, e voto democrático implica numa eleição livre e justa, que não era o caso sob o controle dos coronéis. 

Portanto, a resposta correta é Letra B) de cabresto.

Questões de História - 1ª República - 2019