 só tem sentido aplaudir de pé quando o público é qualificado.

 o público de teatro londrino é mais exigente que o brasileiro.

 aplaudir de pé, no Brasil, não tem significado especial.

 os brasileiros que frequentam teatro não consideram que representar bem seja obrigação do ator.

 o público brasileiro considera desrespeito ao trabalho do ator não o aplaudir de pé.

Ao avaliar a questão proposta, o ponto central é a diferença cultural sobre aplaudir de pé mencionada no texto. Observamos que, de acordo com o texto, Glenda Jackson, após ser aplaudida de pé, argumenta que isso seria desnecessário, pois interpretar bem um papel é algo esperado de um ator. Isso nos mostra que, para ela, o aplauso de pé não deve ser uma reação automática ao término de uma apresentação.

 

O texto também contrasta essa prática com a frequência dos aplausos de pé no Brasil, sugerindo que aqui essa prática é comum, independentemente do público realmente ter gostado da apresentação ou não. Isso aponta para a interpretação de que, no Brasil, aplaudir de pé tornou-se um ato quase protocolar, sem o significado especial que possivelmente é atribuído a tal gesto em outros contextos culturais, como na interpretação de Jackson ao expressar sua surpresa e recusa implícita a essa prática após suas performances.

 

A proposta da alternativa C, que diz que "aplaudir de pé, no Brasil, não tem significado especial", alinha-se claramente com as informações contidas no texto, pois ressalta essa desvinculação do ato de aplaudir de pé com um reconhecimento genuíno do mérito do espetáculo. As outras alternativas ou extrapolam o conteúdo do texto ou fornecem interpretações que não são diretamente apoiadas pelo mesmo.

 

A alternativa correta é C.


    Glenda Jackson, a atriz britânica, acaba de estrear com “Rei Lear” na Broadway. Ela é danada. Nos anos 90, trocou sua carreira no cinema e no teatro por uma cadeira no Parlamento, candidatou-se a prefeita de Londres pelos trabalhistas e foi cogitada para o cargo de ________. Voltou ao palco e, ________ tempos, foi homenageada numa cerimônia em que estavam presentes diversas categorias de cabeças coroadas. Quando seu nome foi anunciado e ela surgiu no palco, a ________ a aplaudiu de pé por longos minutos. Glenda esperou os aplausos silenciarem, sorriu e disse: “Em Londres, não aplaudimos de pé”.

    Aplausos, tudo bem – ela diria –, mas ________ de pé? Representar direito o papel é a obrigação do ator. O aplauso sentado é mais que suficiente.

    Sempre foi assim. Ao surgir no cinema, com filmes como “Delírios de Amor” (1969) e “Mulheres Apaixonadas” (1971), de Ken Russell, e “Domingo Maldito” (1971), de John Schlesinger, foi como se viesse de um planeta mais adulto que o nosso. De saída, ganhou dois Oscars – que aceitou, mas não foi receber. E, embora fosse filha de um pedreiro e de uma faxineira, nunca escolheu seus ________ pelo que lhe renderiam em dinheiro, mas pelo que exigiriam dela como atriz. Aliás, o cinema nunca foi sua primeira opção, daí ter feito poucos filmes. O teatro, sim.

    Se fosse uma atriz brasileira de teatro, Glenda Jackson teria de repetir todas as noites sua advertência sobre aplaudir de pé. No Brasil, assim que qualquer espetáculo termina, todos se levantam e, tenham gostado ou não, começam a bater palmas. Se já se começa pelo aplauso de pé, o que será preciso fazer quando tivermos realmente gostado de um espetáculo? 

    Neste momento, haverá outra atriz no mundo disposta a encarar o papel de Rei Lear? É uma peça de três horas e meia e serão oito récitas por semana. Glenda está com 82 anos. Isto, sim, é caso para aplaudir de pé.


Neste trecho do texto, a oração "daí ter feito poucos filmes" serve como explicação ou razão para o fato anterior mencionado, que é "o cinema nunca foi sua primeira opção". Em termos gramaticais e contextuais, isso indica uma relação de causalidade, ou seja, o fato de o cinema não ser a primeira opção da atriz é a causa de ela ter feito poucos filmes.

 

Quando analisamos as alternativas:
<ul>
<li>A) oposição: Indicaria contraste ou contradição, o que não se aplica aqui.</li>
<li>B) consequência: Essa é a alternativa correta, pois a oração expressa o efeito ou resultado direto do cinema não ser a prioridade dela.</li>
<li>C) alternância: Esse termo sugere uma troca ou variação, o que também não se encaixa nesse contexto.</li>
<li>D) acréscimo: Seria usado para adicionar informações, mas não descreve uma relação causal.</li>
<li>E) concessão: Indica uma ideia de exceção ou contraste apesar de algo, o que não é o caso aqui.</li>
</ul>

 

No contexto apresentado, a oração destaca que fazer poucos filmes foi uma consequência natural do cinema não ser a primeira escolha da atriz, adequando-se perfeitamente à ideia de consequência.

 

A alternativa correta é B.

Beleza, vamos mergulhar nessa questão e entender a perspectiva pela qual o autor discute o investimento em ciência nas redes sociais. Pra começar, o trecho do texto ressalta o descontentamento com o gasto em áreas científicas que parecem não ter uma "utilidade prática" imediata aos olhos de alguns críticos. O autor argumenta que a questão da utilidade prática já foi negligenciada anteriormente, usando como exemplo o investimento dos EUA em armamento nuclear.

 

Em sua abordagem argumentativa, o autor compara o custo astronômico do armamento com o custo relativamente mais baixo de projetos científicos, como o telescópio Kepler. A comparação entre os gastos com armamento durante a Guerra Fria e os gastos com pesquisa científica contemporânea focada na astrobiologia dá ao texto uma forte inclinação para uma análise econômica do problema.

 

Embora o tema toque em aspectos que poderiam ser categorizados em outras áreas, como política (devido à menção de decisões governamentais sobre orçamentos) ou científica (devido às discussões sobre astrobiologia), a escolha do autor de privilegiar números, custos e comparações financeiras coloca a discussão firmemente sob a perspectiva econômica. Isso indica uma preocupação central com as prioridades de investimento e a alocação de recursos, que é, sem dúvida, uma lente econômica de análise.

 

A alternativa correta é D.

    Uma espécie comum na fauna das redes sociais é o comentarista que não se conforma com os gastos em ciência que não se revertem diretamente em descobertas classificadas como “úteis”. Por “úteis”, entenda a cura do câncer, a solução para a miséria na África ou algo do tipo. Esse leitor acha que não tem cabimento apontar antenas para o céu em busca de ETs enquanto os hospitais públicos do Rio não têm antibióticos.

    Logo de cara, o argumento não é tão ruim assim. Afinal, utilidade prática é um ótimo critério para investir dinheiro público. Pena que ele quase nunca foi adotado. Prova disso é que, de 1940 em diante, os EUA, sozinhos, gastaram pelo menos 5,48 trilhões de dólares em armamento nuclear. Isso foi só 7% do custo total da birra com a União Soviética. Também foi necessário projetar os mísseis e aviões que levariam essas bombas por aí, é claro. Cada unidade do bombardeiro “invisível” B-2 Spirit (que só foi terminado em 1997, anos após a queda do Muro de Berlim) saiu por 2,1 bilhões de dólares. […]

    Hoje, na feliz ausência de um conflito armado de grande escala, um dos jeitos mais fáceis de unir pessoas de diferentes especialidades é buscar alienígenas – ou tentar imaginar como eles seriam, uma área de pesquisa conhecida como astrobiologia.

    Fomentar um ambiente produtivo assim não é nem de longe tão caro quanto parece. Uma das pedras fundamentais da astrobiologia foi o telescópio Kepler, o caçador de exoplanetas da Nasa – que já encontrou bem mais de 3 mil mundos fora do Sistema Solar, vários com potencial para abrigar vida como a conhecemos (ou vida como não a conhecemos, que é justamente o foco da astrobiologia). Ele custou 550 milhões de dólares – um quarto do valor de um único B-2 Spirit. Questão de prioridades? 

Vamos analisar cada afirmativa com base no texto fornecido pelo enunciado:

Primeira Afirmativa: "O autor menciona 3 maneiras de calcular a idade de uma pessoa."

Sim, o autor menciona três maneiras de calcular a idade de uma pessoa: a contagem do número de voltas que a Terra deu ao redor do Sol (idade cronológica), a medição das pontinhas dos cromossomos, chamados telômeros (idade biológica), e a análise do microbioma no intestino. Portanto, essa afirmativa é verdadeira (V).

 

Segunda Afirmativa: "A nova forma de medir a idade das pessoas encontradas pelos cientistas vai permitir retardar a velhice."

O texto não afirma diretamente que o novo modo de medição vai permitir retardar a velhice. Ele apenas sugere que as descobertas são essenciais para cientistas que estudam a longevidade e podem ajudar a investigar como melhorar a velhice. Não existe uma afirmação clara que a medição em si vai retardar a velhice, portanto, essa afirmativa é falsa (F).

 

Terceira Afirmativa: "Nenhum dos modos de medir a idade mencionados elimina a possibilidade de discrepância entre as condições físicas apresentadas e a idade biológica efetiva."

O texto menciona que há pessoas que envelhecem num ritmo diferente do normal e que o microbioma pode exibir uma idade "mais velha" ou "mais jovem" do que a esperada pela data de nascimento. Isso demonstra justamente que pode haver discrepância entre as condições físicas e a idade biológica medida, tornando essa afirmativa verdadeira (V).

 

Logo, as respostas corretas para as afirmativas são, respectivamente, Verdadeiro, Falso e Verdadeiro, o que corresponde à alternativa C. 

A alternativa correta é C.

 a ironia presente no trecho “Puxa... sei como é isso, Camilo...”.

 a expressão facial de Armandinho, que varia a cada quadrinho.

 a conotação, atribuidora de sentido figurado à palavra “peregrino”.

 os pontos de exclamação para enfatizar a opinião de Armandinho.

 a ambiguidade produzida pela interpretação de Armandinho da fala de Camilo.

Questões de Português - Compreensão e interpretação de textos - Prefeitura Municipal de Curitiba/PR - 2019