 Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras.

 Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras.

 Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras.

 As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.

Olá, vamos analisar cada uma dessas afirmativas à luz do texto apresentado para desvendar as verdades e as pegadinhas que o examinador colocou na sua frente!

 

A afirmativa 1 sugere que os efeitos da penicilina foram anulados pela resistência desenvolvida por algumas estirpes de bactérias. O texto suporta essa ideia, mencionando que "todas as categorias de antibacterianos tiveram, com o tempo, seus mecanismos de ação debelados por algumas linhagens de micróbios". Isso implica que inclui a penicilina, cuja resistência ao seu efeito é, de fato, uma realidade que anula ou debilita sua eficácia. Portanto, a afirmativa 1 é verdadeira.

 

A afirmativa 2, que relaciona diretamente o uso de antibióticos no tratamento de carnes e o aumento do preço desse produto, não é mencionada explicitamente no texto. O que o texto menciona é que banir o uso de antibióticos na indústria da carne tornaria o filé um pouco mais caro, mas não que o uso atualmente eleva o preço do produto. Portanto, é uma interpretação errônea da informação do texto, e a afirmativa 2 é falsa.

 

A afirmativa 3 aponta que o uso de antimicrobianos é diretamente proporcional à celeridade do aumento de resistência das bactérias. O texto afirma que "O uso exagerado de antimicrobianos, ao elevar as pressões seletivas, acelera a resistência", corroborando exatamente o que a afirmativa diz. Isso torna a afirmativa 3 verdadeira.

 

Finalmente, a afirmativa 4 sugere que Darwin previu que os antibióticos se tornariam ineficazes, o que é incorreto. Darwin formulou a teoria da seleção natural e da evolução das espécies, mas isso não inclui previsões específicas sobre antibióticos, que nem eram conhecidos em sua época. Portanto, a afirmativa 4 é falsa.

 

Com base na análise, podemos verificar que somente as afirmativas 1 e 3 estão corretas, fazendo da opção alternativa correta é B.

Hélio Schwartsman
 Uma das melhores provas de que o darwinismo é mais do que “apenas uma teoria” está no fato de que dele extraímos previsões que vêm – infelizmente – sendo corroboradas pela realidade. É o caso do prognóstico ▭¹ bactérias desenvolverão resistência _______ antibióticos.

 Desde que Alexander Fleming isolou a penicilina em 1928, todas as categorias de antibacterianos tiveram, com o tempo, seus mecanismos de ação debelados por algumas linhagens de micróbios. Bactérias, mesmo de espécies não aparentadas, são capazes de passar umas _______ outras o material genético responsável pela resistência _______ uma droga.

 O custo em vidas humanas não é pequeno. Um estudo do governo britânico estima que, em escala global, os óbitos por cepas resistentes já cheguem _______ 700 mil por ano. E as coisas têm piorado. Além das bactérias, já estão surgindo fungos resistentes, como a Candida auris.

 Se o fenômeno da resistência está inscrito nas leis da biologia, o ritmo ▭² ele ocorre está sujeito _______ ações dos homens. O uso exagerado de antimicrobianos, ao elevar as pressões seletivas, acelera a resistência. A dificuldade dos hospitais de fazer suas equipes realizarem uma antissepsia adequada facilita a troca dos plasmídeos que “ensinam” as bactérias a se defender das drogas.

 Há o que fazer. Banir o uso de antibióticos da indústria da carne é uma medida óbvia. O filé, é claro, ficaria um pouco mais caro.
Outra providência útil seria exigir que hospitais informassem o público quando lidam com surtos de micróbios resistentes. O risco aí seria ver pacientes deixando de fazer procedimentos necessários por medo de contágio.

 Qualquer solução passa por um esforço multinacional de ações coordenadas. O crescente número de governos isolacionistas e até antidarwinistas não dá razões para otimismo. Há urgência. O estudo britânico calcula que, se nada for feito, em 2050, as mortes por infecções resistentes chegarão _______ 10 milhões ao ano, superando os óbitos por câncer.

 Somente as afirmativas 3 e 4 são verdadeiras.

Vamos lá, galera! Vai rolar uma análise desse texto maneiro para entender o ponto de vista do autor sobre as mudanças nas normas sociais, usando um livro do Cass Sunstein como referência. Vamos entender o que cada afirmativa tá querendo dizer, se liga aí!
 
A primeira afirmativa aponta que o autor critique o livro por ser "descosido" e não responder algumas perguntas. Realmente, o autor menciona que o livro é um pouco "descosido", e isso pode inferir uma crítica leve, mas ele não fala diretamente que o livro "não oferece respostas a algumas perguntas". Então, devemos considerar essa afirmativa como meio verdadeira.
 
A segunda afirmativa tá dizendo que o anti-intelectualismo é um exemplo positivo de mudança nas normas sociais. Só que no texto, o anti-intelectualismo é apresentado como algo que marca uma "recessão democrática", ou seja, algo negativo. Logo, essa afirmativa é falsa.
 
A terceira afirmativa afirma que as pessoas só revelam o que realmente pensam quando outras já expressaram ideias semelhantes. Sim, isso tá no texto quando menciona o "tipping point". Essa é verdadeira.
 
Já a quarta afirmativa fala que as normas sociais, quando estão alinhadas com o que as pessoas pensam, são mais fortes que as leis. Isso também está no texto quando menciona que é difícil mudar uma norma social que reflete as preferências, mesmo alterando a legislação. Assim, essa afirmativa é verdadeira.
 
Logo, considerando as análises, as afirmativas 3 e 4 são corretas. Vamos de resposta!
A alternativa correta é C.

Hélio Schwartsman
 Um programa humorístico “mainstream” dos anos 70 ou 80, daqueles que a família se reunia em torno da TV para assistir junta, não iria ao ar hoje nos canais abertos nem no turno da madrugada. É que boa parte das piadas que nos faziam rir no passado soam hoje insuportavelmente machistas, homofóbicas, racistas etc. Nossas sensibilidades mudaram. __________? Como?

 É a essas perguntas que o jurista convertido em estudioso do comportamento humano Cass Sunstein (Harvard) tenta responder em seu mais recente livro, “How Change Happens” (como a mudança ocorre).

 A revisão de normas sociais pode ser rápida ou devagar, pode dar-se para o bem ou para o mal. Se a escravidão, que foi vista como perfeitamente natural durante a maior parte da história, tornou-se um tabu quase universal, o anti-intelectualismo, do qual as pessoas se envergonhavam uma década atrás, não só foi normalizado como é um dos elementos que marcam a recessão democrática que o mundo atravessa.

 Uma das muitas razões __________ esses processos são tão dinâmicos é que as pessoas não revelam suas reais preferências se estas não se coadunarem com a norma social vigente, mas basta que a regra seja contestada por um certo número de indivíduos (“tipping point”) para que a todos se sintam livres para dizer o que de fato pensam, levando eventualmente ao colapso do antigo consenso. Já se a norma social reflete as preferências, aí é difícil mudá-la, mesmo alterando a legislação. Um bom exemplo é a persistência de práticas racistas.

 Sunstein apoia-se em muita pesquisa científica e doses generosas de bom senso liberal. O conjunto da obra é um pouco descosido, já que o livro foi elaborado a partir de artigos publicados anteriormente. Essa falta de unidade não impede o autor de propor discussões interessantes. Devemos usar a lei para fazer avançar agendas políticas? Existem limites para o nível de transparência que devemos exigir dos governantes?

Para analisar essa questão do concurso organizado pelo Núcleo de Concursos - UFPR, precisamos verificar a veracidade de cada afirmação dada no enunciado em relação ao texto fornecido.

 

Primeira afirmação: O experimento foi realizado com pacientes com epilepsia que iam se submeter a cirurgia cerebral. 
Isso é falso. O texto especifica que sete pacientes com epilepsia foram usados para adquirir dados eletrofisiológicos diretamente do cérebro, mas são mencionados mais claramente 60 voluntários adicionais que participaram das tarefas com expressões emotivas e memorização de fotos. Portanto, a principal abordagem do experimento discutida envolve esses 60 voluntários no contexto de um laboratório, não os pacientes com epilepsia em si.

 

Segunda afirmativa: No texto, são mencionados dois experimentos. 
Isso é verdadeiro. Um experimento envolveu decisão rápida sobre expressões faciais de medo ou surpresa durante a respiração. Outro se concentrou na memória, onde os participantes tinham que memorizar fotos de objetos. Ambos são claramente delineados no texto.

 

Terceira afirmativa: Os experimentos foram feitos com grupos diferentes de participantes. 
Isso é falso. Não há nenhuma indicação no texto de que diferentes grupos de participantes foram usados para os dois experimentos mencionados. Ambos os experimentos parecem ter sido conduzidos com o mesmo grupo de 60 participantes, nos quais eles fizeram tarefas relacionadas a emoções e memória. 

 

Portanto, com base nas análises das afirmações, a sequência correta é F – V – F, que corresponde à alternativa (E).

 

A alternativa correta é E.

Cientistas comprovaram, pela primeira vez, que o ritmo da entrada e saída de ar no corpo cria uma atividade elétrica no cérebro humano que acentua os julgamentos emocionais e até lembranças desconfortáveis. Esses efeitos se alteram se a pessoa está inspirando ou expirando – e se ela respira pelo nariz ou pela boca.

 No estudo, desenvolvido na Faculdade de Medicina da Universidade de Northwestern, voluntários foram capazes de identificar uma expressão amedrontada mais rapidamente quando deparavam com o rosto enquanto inalavam do que quando exalavam. Os participantes tiveram mais facilidade em se lembrar de um objeto quando se deparavam com ele enquanto inspiravam do que quando expiravam. O efeito desaparecia se eles estivessem respirando pela boca.

 “Uma das principais descobertas desse estudo é que existe uma grande diferença na atividade cerebral na amígdala e no hipocampo durante a inspiração em comparação com a expiração”, explicou a autora principal do estudo, Christina Zelano, professora assistente de neurologia da Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern. “Quando você inspira, nós descobrimos que você está estimulando neurônios no córtex olfativo, amígdala e hipocampo, através de todo o seu sistema límbico”. O estudo foi publicado no periódico científico Journal of Neuroscience. O autor sênior é Jay Gottfried, professor de neurologia na Feinberg.

 Os pesquisadores chegaram a essas conclusões ao acompanhar sete pacientes com epilepsia que estavam com cirurgias cerebrais marcadas. Uma semana antes dos procedimentos, um cirurgião implantou eletrodos no cérebro dos pacientes para identificar a origem das convulsões. Isso permitiu que os cientistas adquirissem dados eletrofisiológicos diretamente do cérebro dos pacientes. Os sinais elétricos registrados mostraram que a atividade cerebral flutuou durante a respiração. A atividade ocorre em áreas cerebrais nas quais emoções, memórias e cheiros são processados.

 A descoberta levou os cientistas a se perguntar se as funções cognitivas tipicamente associadas com essas regiões do cérebro – especialmente o processamento do medo e da memória – poderiam ser afetadas também pela respiração. A amígdala está fortemente associada com o processamento emocional, em particular emoções relacionadas ao medo. Desse modo, os cientistas pediram a 60 pessoas, no ambiente do laboratório, que tomassem uma decisão rápida sobre expressões emotivas enquanto registravam a respiração deles.

 Os voluntários receberam fotos de rostos com expressões de medo ou surpresa e tiveram de indicar rapidamente qual emoção cada rosto estava expressando. Quando encaravam as fotos durante a inspiração, os indivíduos as reconheciam como amedrontadas mais rapidamente do que quando faziam o mesmo durante a expiração. Isso não aconteceu com as expressões de surpresa. Esse efeito diminuiu quando os participantes realizaram a mesma tarefa enquanto respiravam pela boca. [...] 

 Em um experimento que tinha como objetivo acessar a função da memória (ligada ao hipocampo), os mesmos participantes observaram fotos de objetos em uma tela de computador e foram instruídos a memorizá-las. Os pesquisadores descobriram que os participantes do experimento se lembraram melhor quando tinham encarado as imagens durante a inspiração.

 “Isso significa que uma respiração rápida poderia conferir vantagens quando alguém está numa situação perigosa”, explica Zelano.
“Se você está em um estado de pânico, o ritmo da sua respiração se torna mais rápido”, afirma. “Como resultado, você passará proporcionalmente mais tempo inalando do que em um estado calmo; assim, a resposta natural do nosso corpo ao medo em aumentar a frequência da respiração pode ter um impacto positivo no funcionamento do cérebro e resultar em uma resposta mais rápida a estímulos perigosos do ambiente.” Outro insight potencial da pesquisa diz respeito aos mecanismos básicos da meditação ou percepção da respiração. “Quando a pessoa inspira, em certa medida está sincronizando oscilações cerebrais por meio da rede límbica”.

 Somente as afirmativas 1 e 2 são verdadeiras.

 As afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. 

No trecho do texto onde encontramos "os voluntários receberam fotos de rostos com expressões de medo ou surpresa e tiveram de indicar rapidamente qual emoção cada rosto estava expressando", a palavra "encaravam" é usada para indicar que os participantes olhavam diretamente para as fotos. Aqui, a palavra não possui um sentido conotativo, mas sim um sentido denotativo, ou seja, literal de olharem ou fitarem algo. Então, a afirmativa 1 é falsa.
 
Relativo à afirmativa 2, na frase “Outro insight potencial da pesquisa...”, a palavra "potencial" realmente sugere uma possibilidade ou capacidade de algo que ainda poderá acontecer ou ser comprovado no futuro. Logo, esta afirmativa é verdadeira, refletindo a possível aplicação dos insights da pesquisa sobre a cognição e a respiração. Portanto, a afirmativa 2 é verdadeira.
 
Quanto à afirmativa 3, o foco do estudo detalhado no texto não é exclusivamente monitorar as reações no cérebro das pessoas quando sentem medo. O estudo também investigou como a respiração influencia a percepção e a memória emocionais, observando o comportamento de diferentes zonas cerebrais durante a inspiração e a expiração, e não apenas o medo. Assim, a afirmativa 3 é incorreta.
 
A alternativa correta é B.

Vamos analisar os trechos da entrevista com Fabiano de Abreu e relacioná-los às perguntas apresentadas com base no conteúdo e contexto de cada um.

O primeiro trecho fala sobre oscilações de humor relacionadas à grande ansiedade e outras sensações vivenciadas pelo filósofo. Não se encaixa diretamente em nenhuma das perguntas sobre inteligência diretamente, mas se relaciona mais com sentimentos pessoais, o que mais se aproxima da pergunta sobre depressão devido ao alto QI (pergunta 3).

 

O segundo trecho discute os prós e contras de ser inteligente, destacando como isso afeta a percepção da realidade e a busca pela felicidade. Essa descrição se alinha claramente com a pergunta sobre ser inteligente ser uma benção ou uma maldição (pergunta 1).

 

O terceiro trecho aborda como o filósofo lida com pessoas que têm um QI mais baixo, mencionando uma preferência por pessoas que se esforçam para aprender e uma oposição ao termo "pessoas ditas burras". Isso se encaixa perfeitamente na pergunta sobre como ele lida com 98% da população com QI mais baixo (pergunta 4).

 

O último trecho descreve problemas de socialização na infância relacionados ao comportamento observacional em vez de interativo, que gradualmente foi modificado pelo próprio filósofo. Este trecho se encaixa com a pergunta sobre as desvantagens da inteligência no convívio social (pergunta 2).

 

Arranjando as respostas na ordem numérica das perguntas, temos:

3 – Primeiro trecho (sobre oscilações de humor e ansiedade)
1 – Segundo trecho (sobre os prós e contras de ser inteligente)
4 – Terceiro trecho (sobre como lidar com pessoas de QI mais baixo)
2 – Quarto trecho (sobre desvantagens sociais da inteligência)

 

A alternativa correta é C.

Questões de Português - Compreensão e interpretação de textos - Prefeitura Municipal de Curitiba/PR - 2019