 A (1) – B (3) – C (5) – D (2) – E (4) – F (6) – G (7).

 A (6) – B (3) – C (1) – D (5) – E (2) – F (7) – G (4).

 A (7) – B (4) – C (2) – D (5) – E (1) – F (3) – G (6).

 A (7) – B (4) – C (5) – D (2) – E (1) – F (3) – G (6).

 A (2) – B (4) – C (6) – D (7) – E (5) – F (3) – G (1).

Essa questão da MS CONCURSOS requer a associação correta entre termos das figuras de linguagem e exemplos dados. Vamos destrinchar cada uma:

 

A- Catacrese é uma figura de linguagem usada quando empregamos uma palavra em um contexto a que ela não se destina originalmente por falta de um termo específico. Frequentemente, trata-se de uma metáfora cristalizada, como "pé da mesa". Nessa questão, a alternativa correta associa a catacrese ao exemplo (7), que usa "maçãs avermelhadas de seu rosto", uma metáfora comum para descrever a cor das bochechas.

 

B- Perífrase ocorre quando se utiliza uma expressão mais longa para descrever algo ou alguém, evitando usar seu nome diretamente. Exemplo disso é "O Príncipe dos Poetas", no exemplo (4), referindo-se a um poeta famoso de modo indireto.

 

C- Antítese é a figura que expõe ideias contrárias em uma mesma estrutura. No exemplo (2) – “Tristeza não tem fim / Felicidade sim...” – temos uma clara antítese entre 'tristeza' e 'felicidade'.

 

D- Paradoxo envolve contradição, mas dentro de uma unidade que provoca reflexão, como em (5) – “Pra se viver do amor / há que esquecer o amor.” Este é um paradoxo, porque propõe que para conseguir algo é necessário renunciar a ele.

 

E- Prosopopeia ou personificação dá características humanas a algo que não é humano. No exemplo (1), o mar passar a língua na areia é uma personificação clara do mar.

 

F- Onomatopeia refere-se à criação de uma palavra que imita um som. O exemplo (3) – “Sem o coaxar dos sapos ou o cri-cri dos grilos / como é que poderíamos dormir tranquilos?” – ilustra bem isso, com sons emitidos por sapos e grilos.

 

G- Anáfora é a repetição de uma ou mais palavras no início de frases ou versos consecutivos, como observado em (6) – “Na solidão solitude, / Na solidão entrei, / Na solidão perdi-me, / Nunca me alegrarei.”

 

Dessa forma, a alternativa correta é C.

Analisando as alternativas fornecidas e considerando o enunciado, vamos entender por que a alternativa D é a correta:

<ul>
<li>Antítese (A): é uma figura de linguagem que consiste na aproximação de palavras ou expressões de sentidos opostos. Ela gera um efeito de contraste ou oposição entre ideias. Por exemplo: "ele era o sol e ela, a lua". Não se encaixa na descrição do enunciado, que fala sobre suavizar o impacto de uma mensagem.</li>
<li>Paradoxo (B): esta figura envolve a exposição de ideias contraditórias, mas que, no contexto em que são apresentadas, acabam por revelar uma verdade oculta, como "menos é mais". Assim como a antítese, não corresponde à descrição de abrandar o impacto de uma mensagem.</li>
<li>Ironia (C): expressão que significa o contrário do que as palavras aparentemente indicam, geralmente com intuito crítico ou humorístico. Exemplo: dizer "que belo dia" em meio a uma tempestade. Não se relaciona com a suavização de ideias, mas sim com uma inversão crítica ou humorística delas.</li>
<li>Eufemismo (D): é exatamente como descrito no enunciado. Utiliza-se de termos mais suaves para expressar algo que poderia ser desagradável ou chocante. Exemplos incluem dizer "ele faleceu" em vez de "ele morreu". Essa figura de linguagem é empregada para suavizar expressões que poderiam ser diretas e possivelmente desagradáveis.</li>
</ul>

Portanto, a descrição no enunciado aponta diretamente para o conceito de eufemismo, que visa reduzir o impacto de expressões que seriam fortes ou diretas demais. Dessa forma, a alternativa correta é D.

 Na terceira estrofe, no segundo verso “Árvore milagrosa que sonhamos”, temos a figura de linguagem antítese.

 Lendo o poema, entendemos porque muitas pessoas, afirmam não encontrar a felicidade, pois elas não procuram onde ela está, ou seja, dentro de si mesmas.

 Segundo o eu lírico, o ser humano reclama demasiadamente, muitos se julgam insatisfeitos com o que têm, com o que são, com o ser em que se transformaram, enfim, esquecem de agradecer o que conseguiram, só reclamando do que não alcançaram.

 O eu lírico afirma que as pessoas deveriam olhar para dentro de si mesmas, passar a olhar a vida através de outra direção, a de ser feliz com o que são, com o que têm. Consequentemente, descobrirão riquezas nunca imaginadas, a felicidade virá consequentemente.

Vamos analisar cada uma das alternativas fornecidas com referência ao poema "Velho Tema" e determinar por que cada alternativa é correta ou incorreta.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Alternativa A: "Na terceira estrofe, no segundo verso ‘Árvore milagrosa que sonhamos’, temos a figura de linguagem antítese."</li>
A antítese é uma figura de linguagem que consiste em colocar elementos opostos juntos dentro de uma oração ou no texto, gerando um contraste entre ideias. No verso mencionado, não há antítese; o verso simboliza um ideal ou sonho, que é caracterizado de forma poética como uma "árvore milagrosa". Essa descrição se alinha mais à metáfora, que é o uso de uma expressão em um sentido que não é o literal, muitas vezes comparando algo a outra coisa por associação, semelhança ou convenção. Portanto, essa alternativa está incorreta.

<li>Alternativa B: "Lendo o poema, entendemos porque muitas pessoas, afirmam não encontrar a felicidade, pois elas não procuram onde ela está, ou seja, dentro de si mesmas."</li>
Esta alternativa apresenta uma interpretação coerente do poema, onde a "felicidade" é colocada sempre em lugares inatingíveis ou idealizados, não sendo buscada “onde nós estamos”. Isso ecoa o tema de autoconhecimento ou introspecção, e pode ser considerada uma análise válida do texto. Logo, esta alternativa está correta.

<li>Alternativa C: "Segundo o eu lírico, o ser humano reclama demasiadamente, muitos se julgam insatisfeitos com o que têm, com o que são, com o ser em que se transformaram, enfim, esquecem de agradecer o que conseguiram, só reclamando do que não alcançaram."</li>
Esta alternativa apresenta uma interpretação plausível do sentimento expresso no poema, que fala de uma "grande esperança malograda". O eu lírico pode ser interpretado como refletindo sobre a insatisfação humana geral e a tendência a idealizar uma felicidade sempre fora de alcance, o que está alinhado com as ideias do poema. Assim, a alternativa é correta.

<li>Alternativa D: "O eu lírico afirma que as pessoas deveriam olhar para dentro de si mesmas, passar a olhar a vida através de outra direção, a de ser feliz com o que são, com o que têm. Consequentemente, descobrirão riquezas nunca imaginadas, a felicidade virá consequentemente."</li>
Esta alternativa expande a interpretação do poema em termos de uma sugestão explícita da direção que as pessoas deveriam tomar para encontrar felicidade. Esta ideia de introspecção é implícita no poema, embora o poema em si não forneça essa direção de maneira explícita, mas a análise e interpretação contida na alternativa não se desalinham do conteúdo poético, sendo uma extensão interpretativa razoável. Portanto, a alternativa é correta.
</ul>

Concluindo, a alternativa correta é A, já que não há uma antítese explícita no verso indicado, mas sim, uma metáfora.

Só a leve esperança, em toda a vida,
Disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
Que uma grande esperança malograda.

O eterno sonho da alma desterrada
Sonho que a traz ansiosa e embevecida,
É uma hora feliz, sempre adiada
E que não chega nunca em toda a vida.

Essa felicidade que supomos,
Árvore milagrosa que sonhamos
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim: mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos.

Vamos analisar cada afirmação da questão de acordo com os conceitos de figuras de linguagem:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>Conotação: sentido denotativo, literal, comum; também chamado sentido próprio, que exprime a significação mais usual da palavra, primeiro sentido no dicionário. (Incorreto) - A definição apresentada é justamente a descrição de denotação, não de conotação. Conotação refere-se ao sentido figurado, não-literal e variável conforme o contexto.</li>

<li>Denotação: sentido conotativo, figurado; dependente de um contexto específico, particular. (Incorreto) - A definição está errada, pois descreve a conotação e não a denotação. Denotação é o uso da palavra em seu sentido literal, direto e comum.</li>

<li>Metáfora: emprego de uma palavra ou expressão com um sentido diferente do usual, a partir de uma comparação subentendida entre dois elementos. (Correto) - Esta definição está correta. A metáfora envolve o uso figurado da linguagem, onde uma coisa é comparada implicitamente a outra, sem o uso de conectivos comparativos explícitos como 'como' ou 'assim como'.</li>

<li>Antítese: emprego de palavras (ou expressões) de sentidos opostos. (Correto) - Esta definição também está correta. Antítese é uma figura de linguagem que consiste na exposição de ideias contrárias.</li>

<li>Hipérbole: exagero intencional para impressionar o ouvinte (ou leitor). (Correto) - Esta definição está correta. Hipérbole é usada para enfatizar uma ideia através do exagero.</li>

<li>Eufemismo: suavização do sentido de ideias desagradáveis, chocantes (ou constrangedoras). (Correto) - Esta é uma descrição correta do eufemismo que é usado para expressar algo de uma maneira mais suave.</li>
</ul>

Dada a análise acima, somente as afirmações sobre metáfora, antítese, hipérbole e eufemismo são corretas. As descrições de conotação e denotação estão invertidas, tornando-as incorretas.

A alternativa correta é A.

Questões de Português - Figuras de linguagem - Médio - 2020