Vamos quebrar essa questão para entender melhor, hein? Primeiro, olhando as palavras sublinhadas no texto: "a" qualquer coisa e "a" pedida. Agora, vamos analisar cada uso. 
 
1. No trecho "bacalhau a qualquer coisa", a palavra "a" é usada antes de "qualquer", que é um adjetivo. Aqui, "a" é uma preposição que tem a função de conectar o substantivo "bacalhau" com a expressão "qualquer coisa", indicando uma possibilidade ou um tipo. 
 
2. Já em "...há de achar isso a pedida", o termo "a" precede "pedida", que é um substantivo feminino. Nesse contexto, "a" funciona como um artigo definido feminino singular, especificando o substantivo "pedida". 
 
Portanto, neste caso: 
- O primeiro "a" é uma preposição. 
- O segundo "a" é um artigo. 
 
A alternativa correta é a letra B.

O dono do pequeno restaurante é amável, sem derrame, e a fregueses mais antigos oferece, antes do menu, o jornal do dia “facilitado”, isto é, com traços vermelhos cercando as notícias importantes. Vez por outra, indaga se a comida está boa, oferece cigarrinho, queixa-se do resfriado crônico e pergunta pelo nosso, se o temos; se não temos, por aquele regime começado em janeiro, e de que desistimos. Também pelos filmes de espionagem, que mexem com ele na alma.

 Espetar a despesa não tem problema, em dia de barra pesada. Chega a descontar o cheque a ser recebido no mês que vem (“Falta só uma semana, seu Adelino”).

 Além dessas delícias raras, seu Adelino faculta ao cliente dar palpites ao cozinheiro e beneficiar-se com o filé mais fresquinho, o palmito de primeira, a batata feita na hora, especialmente para os eleitos. Enfim, autêntico papo-firme.

 Uma noite dessas, o movimento era pequeno, seu Adelino veio sentar-se ao lado da antiga freguesa. Era hora do jantar dele, também. O garçom estendeu-lhe o menu e esperou. Seu Adelino, calado, olhava para a lista inexpressiva dos pratos do dia. A inspiração não vinha. O garçom já tinha ido e voltado duas vezes, e nada. A freguesa resolveu colaborar: 

 − Que tal um fígado acebolado? 
 − Acabou, madame − atalhou o garçom.
 − Deixe ver… Assada com coradas, está bem? 
 − Não, não tenho vontade disso − e seu Adelino sacudiu a cabeça.
 − Bem, estou vendo aqui umas costeletas de porco com feijão-branco, farofa e arroz… 
 − Não é mau, mas acontece que ainda ontem comi uma carnezita de porco, e há dois dias que me servem feijão ao almoço − ponderou.

 A freguesa de boa vontade virou-se para o garçom: 

 − Aqui no menu não tem, mas quem sabe se há um bacalhau a qualquer coisa? − pois seu Adelino (refletiu ela) é português, e como todo lusíada que se preza, há de achar isso a pedida.

 Da cozinha veio a informação: 

 − Tem bacalhau à Gomes de Sá. Quer? 
 − Pode ser isso − concordou seu Adelino, sem entusiasmo.

 Ao cabo de dez minutos, veio o garçom brandindo o Gomes de Sá. A freguesa olhou o prato, invejando-o, e, para estimular o apetite de seu Adelino: 

 − Está uma beleza! 
 − Não acho muito não − retorquiu, inapetente.

 O prato foi servido, o azeite adicionado, e seu Adelino traçou o bacalhau, depois de lhe ser desejado bom apetite. Em silêncio.
Vendo que ele não se manifestava, sua leal conviva interpelou-o: 

 − Como é, está bom? 

 Com um risinho meio de banda, fez a crítica: 

 − Bom nada, madame. Isso não é bacalhau à Gomes de Sá nem aqui nem em Macau. É bacalhau com batatas. E vou lhe dizer: está mais para sem gosto do que com ele. A batata me sabe a insossa, e o bacalhau salgado em demasia, ai! 

 A cliente se lembrou, com saudade vera, daquele maravilhoso Gomes de Sá que se come em casa de d. Concessa. E foi detalhando: 

 − Lá em casa é que se prepara um legal, sabe? Muito tomate, pimentão, azeite de verdade, para fazer um molho pra lá de bom, e ainda acrescentam um ovo… 

 Seu Adelino emergiu da apatia, comoveu-se, os olhos brilhando, desta vez em sorriso aberto: 

 − Isso mesmo! Ovo cozido e ralado, azeitonas portuguesas, daquelas… Um santo, santíssimo prato! 

 Mas, encarando o concreto: 

 − Essa gente aqui não tem a ciência, não tem a ciência! 
 − Espera aí, seu Adelino, vamos ver no jornal se tem um bom filme de espionagem para o senhor se consolar. Não tinha, infelizmente.

Sinto falta de ouvir o seu falar.

Gosto de caminhar aos domingos.

Salve! Vamos mergulhar na questão das classes de palavras focada em identificar quando uma palavra não atua como verbo. Para resolver isso, precisamos analisar o papel de cada palavra destacada nas frases fornecidas.

 

Nas alternativas B, C, D e E, conseguimos identificar facilmente que as palavras destacadas são verbos, pois expressam ações realizadas pelo sujeito:
<ul>
<li>B) "afirmou" é claramente um verbo, indicando a ação de afirmar algo.</li>
<li>C) "caminhar" é um verbo no infinitivo, relacionado à ação de andar, de se deslocar.</li>
<li>D) "arrumar" também é um verbo no infinitivo, expressando a ação de organizar ou preparar algo.</li>
<li>E) "penso" é uma forma verbal de "pensar", mostrando a ação de refletir ou considerar alguma coisa.</li>
</ul>

 

Já na alternativa A, a situação é diferente. A expressão "falar" nesse contexto funciona como um substantivo e não como um verbo. Ao dizer "Sinto falta de ouvir o seu falar", o termo "falar" se refere a maneira ou estilo de fala de alguém, ou seja, é a coisa que se ouve, não uma ação que está sendo realizada no momento da fala. Portanto, aqui "falar" perde sua característica verbal e assume uma função substantiva.

 

Essa análise nos leva diretamente à conclusão correta que a alternativa correta é A, onde "falar" está sendo utilizado como substantivo, não como verbo.

O preço está muito caro.

O preço está muito caro.

Olha só, esse é o tipo de questão que parece simples, mas pode causar uma confusão danada se não estivermos ligados nas funções que cada palavra pode ter na frase, certo? Na linguinha dos concurseiros, estamos falando de identificar a classe gramatical de palavras em contextos específicos.

 

Vamos destrinchar as alternativas uma por uma rapidinho:

<ul>
<li>A) "muito" está sendo usado como advérbio de intensidade, intensificando o adjetivo "caro".</li>
<li>B) "caro" realmente está sendo usado como adjetivo aqui, porque sua função é qualificar o substantivo "preço", dizendo como ele é.</li>
<li>C) "veículo" é um substantivo, ou seja, é o nome de um objeto.</li>
<li>D) "cantou" é um verbo, indicando uma ação feita pelo João.</li>
<li>E) "ontem" é um advérbio de tempo, indicando quando a ação de ouvir ocorreu.</li>
</ul>

 

Então, vendo essas funçõezinhas de cada palavra, a que atua claramente como adjetivo é a opção B, com a palavra "caro" qualificando o substantivo "preço". A banca do Instituto Avança São Paulo costuma trazer essas pegadinhas para ver se a gente está afiado nas classes de palavras.

 

E lembra sempre: o contexto é rei! Uma palavra pode mudar de classe conforme o uso, então estar ligado no contexto é crucial.

 

A alternativa correta é B.

Eu nem imagino qual é a solução.

É uma sugestão criativa.

Poderíamos ter ido ontem.

Para encarar essa questão do Instituto Avança São Paulo, precisamos focar no papel que cada palavra destacada desempenha na frase, certo? Estamos na busca de um advérbio. Um advérbio é uma parte do discurso que modifica verbos, adjetivos, ou até outros advérbios, geralmente indicando circunstâncias como tempo, lugar, modo, etc.

 

Letra A: "solução" funciona como um substantivo - objeto direto do verbo "imagino". Não é um advérbio.
Letra B: "Nós" atua como pronome pessoal do caso reto, sujeito da oração. Definitivamente não é um advérbio.
Letra C: "mil" pode ser um numeral ou um pronome indefinido, dependendo do contexto, mas não é usado como advérbio na frase.
Letra D: "sugestão" é um substantivo, atuando como sujeito da oração. Nada de advérbio aqui.
Letra E: "ontem" é um advérbio de tempo que modifica o verbo "ter ido", indicando quando poderíamos ter ido. Este é o uso clássico de um advérbio.

 

Portanto, a alternativa que apresenta a palavra destacada atuando como advérbio é a letra E, com o advérbio "ontem". Este nos conta "quando" a ação de "ter ido" poderia ter ocorrido, tipicamente uma função de advérbio de tempo.

alternativa correta é E

Na questão do Instituto Avança São Paulo sobre classes de palavras, precisamos analisar as funções das palavras grifadas trás e traz no contexto dado.

 

A palavra trás no texto aparece na expressão "por trás da recomendação". Neste caso, trás é uma preposição que indica localização, funcionando como um termo que introduz a ideia de posicionamento em relação a algo. Esse uso é comum em expressões que denotam noção espacial ou figurativa de fundo ou base.

 

Quanto à palavra traz, encontrada em "traz algumas descobertas", a função é claramente a de um verbo. Traz é a forma do verbo trazer conjugada na 3ª pessoa do singular do presente do indicativo. Neste contexto, indica a ação de apresentar ou resultar em algo, que são descobertas mencionadas no texto.

 

Analisando as opções, vemos que a alternativa D oferece a combinação correta de classes gramaticais para essas palavras, identificando trás como uma preposição e traz como um verbo. A diferenciação dessas funções é crucial para compreender corretamente a estrutura gramatical das frases.

 

A alternativa correta é D.

“Não é novidade que pessoas com problemas cardiovasculares são orientadas a diminuir o consumo de sal, mas havia pouca evidência científica por trás da recomendação. Agora, o maior ensaio clínico randomizado – quando se compara o efeito e o valor de uma intervenção em relação a um grupo de controle – sobre a relação da redução de sal na dieta e o impacto num quadro de insuficiência cardíaca traz algumas descobertas sobre a questão. Embora mudanças na ingestão do condimento não tenham baixado o número de hospitalizações e mortes, o que os pesquisadores puderam constatar é que houve melhora dos sintomas, como inchaço, fadiga e tosse, proporcionando mais qualidade de vida aos doentes.”

Questões de Português - Classes de palavras - 2022