E aí, gente? Vamos cruzar as verdades das entrelinhas literárias! No trecho acima do divo Machado de Assis, ele dá vida a uma ideia que simplesmente surfa na sua mente! Bateu a curiosidade para entender essa onda? Aparece, que eu vou explicar passo a passo! 
 
Então, no parágrafo, a ideia na cabeça dele é descrita de uma forma bastante animada, né? É como se a ideia saísse saltando, bracejando e perneando, quase como um acrobata de circo que resolveu dar uma apresentação particulares no seu trapézio cerebral. A expressão "deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te." é tipo a cereja do bolo. 
 
Esse lance todo demonstra o uso da personificação, que é uma figura de linguagem onde atribuímos características humanas a objetos, ou no caso do nosso autor maneiro, à uma ideia abstrata. Esse recurso é super usado para criar uma imagem mais vívida e aproximada ao leitor, tipo trazendo a ideia para um plano mais “relatável”. 
 
Vale destacar que, embora a hipérbole e outras figuras possam dar um up na dramaticidade, a ideia tem intenções e movimentos muito humanos, o que crava a personificação como a técnica escolhida por nosso escritor. Assim, ele não apenas traz a ideia à vida, ele faz ela dançar no texto! 
 
A alternativa correta é C.

Com efeito, um dia de manhã, estando a passear na chácara, pendurou-se-me uma ideia no trapézio que eu tinha no cérebro. Uma vez pendurada, entrou a bracejar, a pernear, a fazer as mais arrojadas cabriolas de volatim, que é possível crer. Eu deixei-me estar a contemplá-la. Súbito, deu um grande salto, estendeu os braços e as pernas, até tomar a forma de um X: decifra-me ou devoro-te.

 Essa ideia era nada menos que a invenção de um medicamento sublime, um emplasto anti-hipocondríaco, destinado a aliviar a nossa melancólica humanidade. Na petição de privilégio que então redigi, chamei a atenção do governo para esse resultado, verdadeiramente cristão. Todavia, não neguei aos amigos as vantagens pecuniárias que deviam resultar da distribuição de um produto de tamanhos e tão profundos efeitos. Agora, porém, que estou cá do outro lado da vida, posso confessar tudo: o que me influiu principalmente foi o gosto de ver impressas nos jornais, mostradores, folhetos, esquinas, e enfim nas caixinhas do remédio, estas três palavras: Emplasto Brás Cubas. Para que negá-lo? Eu tinha a paixão do arruído, do cartaz, do foguete de lágrimas. Talvez os modestos me arguam esse defeito; fio, porém, que esse talento me hão de reconhecer os hábeis. Assim, a minha ideia trazia duas faces, como as medalhas, uma virada para o público, outra para mim. De um lado, filantropia e lucro; de outro lado, sede de nomeada. Digamos: − amor da glória.

 Um tio meu, cônego de prebenda inteira, costumava dizer que o amor da glória temporal era a perdição das almas, que só devem cobiçar a glória eterna. Ao que retorquia outro tio, oficial de um dos antigos terços de infantaria, que o amor da glória era a coisa mais verdadeiramente humana que há no homem, e, conseguintemente, a sua mais genuína feição. Decida o leitor entre o militar e o cônego; eu volto ao emplasto.

 A (5) – B (1) – C (2) – D (4) – E (3).

 A (1) – B (3) – C (5) – D (2) – E (4).

 A (2) – B (4) – C (3) – D (1) – E (5).

 A (5) – B (1) – C (4) – D (2) – E (3).

Vamos analisar essa questão de figuras de linguagem para garantir que o gabarito está correto, combinado?

 

Primeiro, veja as definições na Coluna II para cada termo dado na Coluna I:

A- Personificação, ou Prosopopeia: Envolve atribuir características humanas a seres inanimados ou irracionais. Isso encaixa perfeitamente com a definição número 5: "É a atribuição de características humanas a objetos inanimados, ou irracionais".

B- Hipérbole: É o uso do exagero para enfatizar ou provocar impressão forte. Isso corresponde à definição número 1: "É caracterizada pelo exagero deliberado da expressão para marcar ênfase".

C- Neologismo: Trata-se da criação de novas palavras na língua, o que corresponde à definição número 4: "É uma palavra nova, introduzida na língua para atender a uma determinada necessidade expressiva dos falantes".

D- Gradação: Refere-se à criação de uma sequência de expressões que aumentam ou diminuem em intensidade, coerente com a definição número 2: "É a criação de uma sequência de palavras, ou expressões, que formam uma progressão ascendente, ou descendente".

E- Onomatopeia: É a imitação de um som na escrita, alinhando-se com a definição número 3: "É a imitação de um som e se classifica como uma figura de linguagem sonora".

 

Com as conexões feitas entre os conceitos e as definições, fica claro que a alternativa correta, que associa cada figura de linguagem com sua definição respectiva de forma acurada, é a alternativa correta é D.

Vamos analisar item por item baseado no enunciado e definir se são verdadeiras (V) ou falsas (F). O objetivo aqui é acertar no mínimo umas duas, né? Haha! Brincadeiras à parte, vamos lá:

Comparação: A definição de comparação fornecida no enunciado está correta. De fato, é uma figura de linguagem que aproxima dois elementos com características similares, utilizados para um entendimento mais revelador ou expressivo, e são conectados por elementos comparativos como 'como', 'qual', 'que nem', etc. Portanto, esse é (V).

 

Sinédoque: A sinédoque ocorre quando usamos um parte para representar um todo ou vice-versa. Enquanto o enunciado menciona a substituição envolvendo ampliação (internamente, essa "ampliação" pode ser entendida como representar mais com menos e vice-versa), o termo ampliação pode levar a uma interpretação equivocada, mas essencialmente a definição está correta. Assim, também é (V).

 

Antonomásia: A definição está correta. A antonomásia é a substituição do nome próprio de uma pessoa por uma de suas características ou por um título que ela possa ter, contribuindo para o enfatizamento da qualidade que se destaca ou aquele que é conhecido. Comparar isso a um apelido na linguagem coloquial é razoavelmente correto, portanto, (V).

 

Apóstrofe: A apóstrofe é corretamente descrita como invocação de alguém (ou algo) durante uma fala, sejam esses presentes ou ausentes, e equivale ao vocativo na gramática. Portanto, (V).

 

Anástrofe: A descrição aqui está errada. Anástrofe é uma figura de linguagem que envolve a inversão da ordem convencional das palavras dentro de uma frase, não a atribuição de características de um objeto a outro. Portanto, (F).

 

Hipálage: Também descrita incorretamente. A hipálage é uma figura estilística onde um adjetivo, normalmente relacionado logicamente a um substantivo, fica associado a outro dentro da mesma frase. Não é simples inversão, mas uma associação mais complexa. Portanto, (F).

 

Juntando tudo, temos: V – V – V – V – F – F, que corresponde à alternativa D. Portanto, a alternativa correta é D.

Falou pessoal! Vamos desenrolar essa questão sobre figuras de linguagem e entender porque a metáfora é a resposta certa aqui! As figuras de linguagem são uma maneira criativa de expressar ideias, adicionando um tempero extra ao nosso papo do dia a dia, não é mesmo? Elas dão uma força pra gente entender melhor os sentimentos, imagens e, claro, deixam qualquer texto mais top. 
 
No trecho em questão, "não seríamos tão fortes e nunca poderíamos voar", temos um uso super interessante da linguagem. O texto não tá dizendo que você vai literalmente sair por aí voando, né? Seria legal, mas ainda não estamos nesse nível! O que está rolando aqui é metáfora. É isso aí! A metáfora usa uma palavra ou expressão em um sentido não literal ou figurado para ilustrar um ponto ou para fazer uma comparação implícita, sem usar "como" ou "assim". Neste caso, "voar" simboliza atingir alturas maiores, alcançar conquistas, ou, digamos, se superar na vida, sem usar asas, claro. 
 
Por isso, não caímos nas outras opções como metonímia, que substitui um termo por outro havendo uma relação lógica entre eles; eufemismo, que suaviza uma expressão; ou prosopopeia, que seria atribuir características humanas a algo que não é humano. O trecho explora, de fato, a representação simbólica de "voar" como um indicativo de liberdade e sucesso, não a ideia de voar de verdade. 
 
Então, pegando esse fio da meada, vemos que a alternativa correta é C.


    Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, enquanto ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então, pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia e não conseguia ir além.

    O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu pequeno corpo estava murcho e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu! 

    Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço da borboleta para passar através da pequena abertura eram necessários para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo.

    Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, não seriamos tão fortes e nunca poderiamos voar... Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível.


Leia a tirinha e responda a seguinte questão:

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Questões de Português - Figuras de linguagem - Superior - 2022