A redação oficial, conforme utilizado pelo Poder Público para comunicações oficiais e atos normativos, demanda a obediência a certos princípios estilísticos e normativos fundamentais para a correta transmissão e compreensão de seu conteúdo. Analisaremos cada uma das alternativas propostas para identificar aquela que é incorreta no contexto das características da redação oficial.

A) Clareza e precisão: Este é um requisito fundamental na redação oficial. A clareza garante que o texto seja entendido exatamente como se deseja e a precisão, que as informações sejam corretas e exatas, sem ambiguidades. Assim, essa alternativa está correta.

B) Objetividade: A redação oficial deve ser objetiva, evitando o uso de uma linguagem que possa dar margem a interpretações diversas. Isso inclui evitar detalhes irrelevantes ou subjetivos que não contribuem para o propósito do documento. Portanto, esta alternativa também está correta.

C) Concisão: Este atributo está relacionado com a brevidade e eficácia na comunicação. Textos oficiais devem ser concisos, transcrevendo apenas as informações necessárias, sem redundâncias ou prolixidade. Esta escolha é igualmente correta.

D) Personalização: A redação oficial deve ser impessoal, ou seja, os textos não devem ser personalizados. As informações devem ser apresentadas sem marcas de individualidade, pois não representam a opinião pessoal do autor, mas a posição oficial da instituição que representa. Esta característica impede a personalização, o que torna esta alternativa incorreta.

Desta forma, a redação oficial é instrumentalizada para assegurar a comunicação eficaz, impessoal e padronizada entre órgãos governamentais e para com o público, e a alternativa correta é D.

 Excelentíssimo senhor Presidente da República

Para responder corretamente a esta questão, é importante revisar os aspectos formais de tratamento para comunicações oficiais, conforme determinado no Manual de Redação da Presidência da República. Segundo este manual, o vocativo utilizado em correspondências enviadas ao Presidente da República deve refletir o alto grau de formalidade e respeito que a posição exige.

Vamos analisar cada alternativa:

A) Vossa excelência - "Vossa excelência" é um pronome de tratamento apropriado para altas autoridades, mas não é um vocativo. O vocativo é a forma direta de invocação ou interpelação na correspondência.

B) Excelentíssimo senhor Presidente da República - Esta é a forma correta do vocativo para o Presidente da República em documentos oficiais. Respeita a formalidade exigida ao incluir "Excelentíssimo" e a função "Presidente da República", adequada para uso direto na correspondência.

C) Senhor presidente - Embora seja uma forma respeitosa de se dirigir ao Presidente, esta formulação é menos formal e, portanto, não é a apropriada para correspondências oficiais no nível do Manual de Redação da Presidência da República.

D) Vossa senhoria - Assim como "Vossa excelência", "Vossa senhoria" é um pronome de tratamento e não um vocativo. É usado para outras autoridades de nível inferior quando comparado ao Presidente da República.

Considerando essas análises, fica claro que a alternativa que apresenta o vocativo oficial e mais apropriado para o Presidente da República é B) Excelentíssimo senhor Presidente da República.

 As afirmativas I e II não estão corretas

A análise das afirmativas sobre a finalidade das mensagens em redação oficial exige um entendimento acerca de como essas comunicações são utilizadas no contexto dos poderes públicos. Com base nos princípios e práticas da redação oficial, cada ponto será examinado: 

<ul>
<li>Afirmativa I: Alega que a mensagem pode ter a finalidade de encaminhamento de proposta de emenda constitucional. Essa afirmação é verdadeira. Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, mensagens são usadas para a comunicação entre os Chefes de Poderes, incluindo o Presidente da República para o Congresso Nacional. De fato, uma das utilizações específicas da mensagem é para o encaminhamento de propostas de emenda à Constituição pelo Presidente ao Congresso.</li>
<li>Afirmativa II: Indica que mensagens podem ser usadas para a indicação de autoridades. Esta afirmação também é correta. O envio de mensagens é um meio formal utilizado pelo Presidente da República, por exemplo, para indicar nomes para determinados cargos que exigem aprovação do Senado Federal, como ministros de tribunais superiores, chefes de missões diplomáticas, entre outros. Este procedimento está inscrito nas prerrogativas presidenciais, que utilizam a mensagem como instrumento formal de comunicação dessa indicação.</li>
</ul>

Ambas as afirmativas estão corretas, pois se alinham com os usos documentados e regulamentados das mensagens no âmbito oficial entre os poderes públicos, especialmente provenientes da Presidência da República. Os exemplos citados ilustram de maneira prática como essas comunicações se materializam efetivamente nas relações entre os poderes.

Portanto, com base na análise detalhada, a alternativa correta é A.

 aproveitar o dia ao máximo, sem pensar no amanhã.

 reforçar uma transcrição feita de forma literal e exata.

 apontar o próprio local onde algo aconteceu ou vai acontecer.

 indicar uma forma cordial de introduzir uma contra-argumentação.

 indicar uma consequência inevitável de fato já mencionado. 

A expressão latina data venia é frequentemente usada em correspondências e comunicações oficiais, especialmente em documentos jurídicos e outros contextos formais. Literalmente, a expressão pode ser traduzida como "dada a permissão" ou "com permissão". O uso dessa expressão é geralmente um recurso retórico para introduzir um comentário ou argumento que pode divergir da opinião anteriormente citada ou do entendimento comum, fazendo-o de maneira respeitosa e formal.

<ul>
<li>Alternativa A: "aprovetiar o dia ao máximo, sem pensar no amanhã." Esta interpretação não está relacionada com o significado ou com o contexto de uso da expressão data venia. O conceito descrito se assemelha mais à expressão latina "carpe diem".</li>
<li>Alternativa B: "reforçar uma transcrição feita de forma literal e exata." Data venia não se refere à transcrição ou veracidade do texto, mas sim à introdução de uma visão contrária. Portanto, esta opção também é incorreta.</li>
<li>Alternativa C: "apontar o próprio local onde algo aconteceu ou vai acontecer." Esta opção também não está relacionada ao significado de data venia, pois a expressão não se refere a locais.</li>
<li>Alternativa D: "indicar uma forma cordial de introduzir uma contra-argumentação." Esta é a definição correta e apropriada, pois reflete o uso formal e respectivo de se introduzir uma perspectiva divergente em discussões oficiais ou acadêmicas.</li>
<li>Alternativa E: "indicar uma consequência inevitável de fato já mencionado." Novamente, essa descrição não se encaixa no contexto de uso da expressão data venia.</li>
</ul>

A alternativa correta é D.

O Manual de Redação da Presidência da República estabelece normas para a elaboração de correspondências oficiais, incluindo a correta designação de cargos conforme o gênero do signatário. Analisando as alternativas fornecidas com base nesse critério, vamos verificar cada uma delas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Secretária-Executivo: Esta alternativa está incorreta por um erro de concordância de gênero. O correto seria "Secretária-Executiva", ajustando o gênero feminino ao título do cargo.</li>
<li>B) Técnico Administrativa: Novamente, observa-se um erro de concordância de gênero. O termo "técnico" é masculino, enquanto "administrativa" está no feminino. Para estar correto, deveria ser "Técnica Administrativa".</li>
<li>C) Oficiala de Justiça: Esta é a alternativa correta porque ajusta o termo "oficial", originalmente masculino, para o feminino utilizando o sufixo apropriado "a", resultando em "oficiala".</li>
<li>D) Majora do Exército: Aqui há um uso equivocado da forma feminina. Major é um posto militar para o qual não se utiliza a adaptação "majora" segundo as normas de correspondência oficial. O título permanece como "Major" independentemente do gênero.</li>
</ul>

Conforme o manual e as regras gramaticais para a flexão de gênero em cargos e títulos, devemos garantir que a forma feminina esteja corretamente adequada, como realizado na opção C. Portanto, a alternativa correta é C.

Questões de Português - Presidência da República - Redação de correspondência oficial - Médio - 2022