Vamos destrinchar as figuras de linguagem mencionadas na questão e emparelhar com os exemplos dados, para entendermos porque a alternativa C é a correta.

Gradação é uma figura de linguagem caracterizada por uma sequência de palavras que expressam uma ideia de intensificação ou diminuição gradativa. No exemplo "Inicialmente calma, depois apenas controlada, até o ponto de total nervosismo" (4), há uma progressão da calma para o nervosismo, caracterizando a gradação.

 

Apóstrofe é quando o autor se dirige diretamente a alguém (normalmente algo ou alguém que não pode responder), muitas vezes utilizado para invocar ou fazer um chamado. "Ó céus, é preciso chover mais?" (1) é um exemplo clássico de apóstrofe, dirigindo a fala aos céus.

 

Elipse ocorre quando há a omissão de uma ou mais palavras na sentença, que ainda assim é entendida completamente. Em "Tomara você me entenda." (2), o verbo 'esperar' está implícito, tornando-se "Tomara (espero que) você me entenda."

 

Zeugma é um tipo de elipse em que a palavra omitida já apareceu antes no texto. Em "Fiz a introdução, ele a conclusão" (3), o verbo 'fazer' é omitido na segunda parte, mas entendido pelo contexto.

 

Essa análise de figuras e exemplos claramente combina com a alternativa C ) A (4) – B (1) – C (2) – D (3). Logo, a alternativa correta é C.

Certo, vamos desbravar essa questão das figuras de linguagem! Parece um quebra-cabeças, então vamos montar as peças uma por uma.

 

Paronomásia é quando rola uma repetição de palavras que soam parecidinho, mas têm significados distintos. Como aquela brincadeira com palavras que usamos pra fazer um charminho com a linguagem. Isso responde a descrição do item 4, que fala sobre a repetição de palavras com sons similares.

 

Assonância, essa é fácil de pegar pelo som! É quando as vogais batem uma repetição harmoniosa nas sílabas tônicas, criando aquele efeito sonoro que a gente até sente no ouvido. Bate certo com a definição do item 1 que fala sobre repetição de fonemas vocálicos para efeitos sonoros.

 

Onomatopeia, essa é a mais divertida, né? São aquelas palavras que simulam sons reais tipo "pow", "bang", "miau". Bem explicadinho no item 2 que fala sobre imitar sons através das palavras.

 

E por fim, a Antítese ocorre quando a gente põe lado a lado ideias ou expressões que são o oposto uma da outra, tipo "Eu amo e odeio isso". Isso casa certinho com a definição do item 3, onde se opõem palavras ou pensamentos de sentido contrário.

 

Conectando todos esses pontos, veja que a alternativa que casa direitinho com essas configurações é a:

alternativa correta é C.

 A (1) – B (3) – C (5) – D (2) – E (4) – F (7) – G (6).

 A (3) – B (1) – C (2) – D (5) – E (6) – F (4) – G (7).

 A (2) – B (7) – C (1) – D (5) – E (3) – F (6) – G (4).

 A (2) – B (7) – C (4) – D (5) – E (6) – F (3) – G (1).

Eae, bora detonar essa quest de figuras de linguagem que a MS CONCURSOS trouxe pra gente? Então, vamos lá, vou te mostrar como cada figura se encaixa nessas frases:

Eufemismo é usado para suavizar uma expressão. A frase (2) "Há pessoas que se apropriam de coisas alheias" é um exemplo delicado de dizer que alguém rouba. Ou seja, um eufemismo clássico.

 

Hipérbole é a figura da exageração. A frase (7) “Ela possuía um mar de sonhos e aspirações.” é um exagero para mostrar a intensidade dos sonhos e aspirações da pessoa.

 

Zeugma é a omissão de uma palavra já mencionada antes, o que ocorre na frase (4) "Nem eu o ouvi, nem ele a mim", omitindo o verbo “ouvir” na segunda parte.

 

Hipérbato é a inversão da ordem direta das palavras, que você encontra na frase (5) "Viajam cansados os pescadores de ilusões", uma inversão do mais comum "Os pescadores de ilusões viajam cansados”.

 

Pleonasmo envolve uma redundância intencional para reforçar a mensagem, como em (6) "Choramos um choro sentido".

 

Silepse é uma concordância ideológica, e na frase (3) “O bando de moleques brincava com a pipa. Não ouviam nem buzina nem chamado da mãe”, o verbo está concordando com a ideia de que o grupo é composto de várias pessoas.

 

Aliteração é a repetição sonora, e a frase (1) “Ele era bruto, bravo, como a agreste região onde nascera e morrera.” usa a repetição do som de "b" para criar essa sonoridade.

 

Essa análise mostra que cada par figura/fala foi corretamente identificado na alternativa correta é D.

 Comparação, porque o objeto é assemelhado a algo que Portinari produziria.

 Metonímia, porque o objeto é substituído pelo nome de seu autor.

 Comparação, porque o objeto é substituído pelo nome de seu autor.

 Metonímia, porque o objeto é assemelhado a algo que Portinari produziria.

Vamos analisar essa questãozinha maneira que caiu sobre figuras de linguagem. A frase em questão é: "Tem noção do que é pular Carnaval e poder se encostar num legítimo Portinari?" O bacana aqui é entender que o texto descreve azulejos, mas menciona Portinari, um famoso artista brasileiro. Portinari não está sendo literalmente encostado, mas sim, suas obras ou azulejos que representam seu estilo ou marca.

 

Ao abordarmos as alternativas relativas à figura de linguagem usada:
<ul>
<li>Comparação: normalmente exigiria um elemento conectivo explícito tipo "como", "assim como", etc., para relacionar explicitamente dois elementos.</li>
<li>Metonímia: envolve a substituição de um termo por outro devido a uma relação lógica ou associativa entre eles, por exemplo, mencionar um artista para representar suas obras.</li>
</ul>

 

O enunciado da questão diz que no trecho há a substituição do objeto (os azulejos) pelo nome de seu autor (Portinari). Nesse ponto, a coisa fica clara: estamos falando de uma metonímia, onde se usa o nome do artista para representar algo maior, usualmente suas obras ou algo relacionado ao seu estilo artístico, no caso, os azulejos que lembram os trabalhos dele.

 

Portanto, vemos que a alternativa B é a mais correta, explicando que há uma metonímia onde "o objeto é substituído pelo nome de seu autor". É aquele típico caso em que não é só a pessoa, mas tudo o que ela simboliza ou cria, sacou?

 

Alternativa correta é B

Em vez de um nude, o fetiche é receber uma foto íntima de azulejo.

 De repente, meu celular vibra. Entra notificação de mensagem com foto. Retruco com emoji de coração, mas alguém espia por cima do meu ombro e se espanta. "Que é isso? Te enviaram retrato de um ... mictório?". Sim, bem imundo. Tosco. Ogríssimo. No detalhe, porém, o foco gentil em azulejos de florzinha.

 Toda semana recebo registros assim, de quem conhece minha paixão pela vida íntima desses quadradinhos. Eles, que não estão expostos no MoMA, mas nos frontispícios das residências antigas. Revestindo de nobreza aqueles botecos onde cliente ainda é recebido com cerveja e ovo cor-de-rosa.

 Não existe argamassa mais terna para conectar ladrilhos e pessoas. Segundo o Iphan, há 47.873 peças na fachada do Palácio Capanema, no centro do Rio. Vinicius de Moraes, inclusive, fez poema a respeito. Tem noção do que é pular Carnaval e poder se encostar num legítimo Portinari? Fosse durante o calor de um beijo ou no apoio necessário à amarração de um cadarço de tênis. Debaixo de chuva e de sol, arte literalmente ao alcance do povo. Depois, encoberta pelo imenso tapume que embarreirou por anos a nossa cultura.

 Eu, que estive diante dos girassóis de Van Gogh, quantas vezes não me flagrei mais comovida num cemitério de azulejos, ao avistar os ramalhetes esmaecidos que forravam paredes da casa onde nasci.

 Numa época em que tanta gente prefere ser porcelanato retificado de fábrica ao invés de azulejo exposto ao tempo, acho reconfortante que exista uma Escadaria Selarón. No coração da Lapa carioca, a escadaria é formada por 215 degraus de um mosaico caótico e exuberante.

 “Se essa rua fosse minha”, diz a cantiga de roda, “eu mandava ladrilhar”. E mandava mesmo. No mictório, por trás do tapume, do alto de tantas insensibilidades, sempre haverá algo de “sublime” em meio à rudeza. Uma florzinha, um toque de humanidade, um quê de banheiro de tia-avó.

Tem noção do que é pular Carnaval e poder se encostar “num legítimo Portinari”?

Vamos direto ao ponto! A linguagem figurada na frase do nosso querido Machado de Assis está super carregada de emoção, né? A chave aqui é identificar cada termo. Sem complicação, começamos com a parte onde o protagonista diz que se pudesse contar as lágrimas que chorou, somaria mais que todas vertidas desde Adão e Eva. Isso tá gritando exagero! E no mundo das figuras de linguagem, quando exageramos algo para intensificar uma ideia, chamamos isso de hipérbole. 
 
Agora, vamos descascar as outras opções só pra fortalecer nosso entendimento: metáfora é basicamente quando você usa um termo no lugar de outro, criando uma comparação implícita. Já metonímia é quando usamos uma palavra para substituir outra pela qual possui uma relação lógica. E por último, eufemismo é a arte de suavizar algo que poderia soar áspero ou ofensivo. Neste caso, claramente está fora do jogo. 
 
Voltando ao nosso trecho, o uso do exagero não tem a intenção de substituir palavras ou suavizar nada, mas sim de enfatizar o quanto ele estava emocionalmente abalado com a mudança para o seminário. Isso, meus caros, é uma hipérbole clássica! 
 
A alternativa correta é D.


    “Meses depois fui para o seminário de São José. Se eu pudesse contar as lágrimas que chorei na véspera e na manhã, somaria mais que todas as vertidas desde Adão e Eva. Há nisto alguma exageração; mas é bom ser enfático, uma ou outra vez, para compensar este escrúpulo de exatidão que me aflige.

    Entretanto, se eu me ativer só à lembrança da sensação, não fico longe da verdade; aos quinze anos, tudo é infinito. Realmente, por mais preparado que estivesse, padecia muito. Minha mãe também padeceu, mas sofria com alma e coração; demais, o Padre Cabral achara um meio-termo: experimentar-me a vocação; se no fim de dois anos, eu não revelasse vocação eclesiástica, seguiria outra carreira.”

Questões de Português - Figuras de linguagem - 2023