Vamos descolar um pouco nesse texto trazido por Marina Colasanti e ver como a banca montou a pegadinha da questão. Primeiro, o texto II é carregado de uma vibe meio introspectiva e sombria, onde fala-se sobre um personagem que carrega consigo um "vasto cemitério" de amigos e parentes que já se foram. Essa viagem é narrativa, e desce a ladeira usando verbos que são chave para compreender a temporalidade da coisa toda. 
 
Focando nos verbos, a questão joga na nossa cara o "pretérito imperfeito" e pede para entender o que ele tá fazendo ali. Então, mandando a real, esse tempo verbal é tipo o DJ da festa que tá tocando uma track que começa no passado e se prolonga até o momento atual. Ou seja, é uma ação que começou lá atrás, mas ainda não acabou, tá rolando até agora. 
 
Antes de marcarmos a resposta, bora dar uma olhada rapidão nas opções: 
 
<ul> 
<li>A) Futura que se relaciona com o passado - Não, meu chapa, não é sobre o futuro, é sobre algo em andamento.</li> 
<li>B) Presente, afetada pelo passado - Perto, mas também não capta essa sensação de continuidade, que ainda tá rolando.</li> 
<li>C) Passada que se prolonga no tempo - Bingo! Essa é a pegada certa que a gente tava procurando. Começou no passado e segue firme e forte.</li> 
<li>D) Presente com caráter atemporal - Atemporal é outra história, mais pra filosofia do que o que está rolando aqui.</li> 
</ul> 
 
Conclusão, a galera do pretérito imperfeito tá falando de ações que ainda não fecharam as cortinas. Por isso, a alternativa correta é C.

Depois que | Marina Colasanti
 Carregava consigo um vasto cemitério.
Amigos, parentes haviam se deitado ao longo dos anos aumentando a carga, tumba a tumba. Ora com um ora com outro, conversava em silêncio ou em voz baixa, sorridente, mantendo atualizada a relação, embora à distância.

 Breve, chegaria a sua vez. Mas não se incorporaria ao seu próprio cemitério. Seria carregado por alguém, filho ou mulher, passando a fazer parte de outro repertório. E inquietava-se menos consigo do que com o silêncio que, como uma hera, tomaria as lápides com as quais havia dialogado tão longamente.

Vamos mergulhar juntos nessa questão bacana sobre a forma de particípio dos verbos. Sabe quando você senta para estudar português e parece que cada verbo tem uma regra própria? É justamente sobre isso que essa pergunta trata! 
 
Todos os verbos listados aqui possuem duas formas de particípio indicadas nas alternativas. A questão pede para a gente identificar onde ambas as formas indicadas dos particípios são válidas. Então, vamos lá: 
 
<ul> 
<li>A) progredir / progredido, progresso: O particípio de "progredir" é somente "progredido". "Progresso" não é uma forma de particípio, mas sim um substantivo.</li> 
<li>B) escrever / escrevido, escrito: Aqui é uma pegadinha. Apesar de "escrevido" aparecer em alguns casos muito específicos, a forma correta e usual do particípio é "escrito". A forma "escrevido" não é padrão.</li> 
<li>C) trazer / trazido, trago: Aqui temos um caso semelhante ao anterior. A forma padrão é "trazido", enquanto "trago" aparece em condicional, novamente não classificando-se como particípio.</li> 
<li>D) consumir / consumido, consumado: "Consumido" é a forma regular do particípio, enquanto "consumado" tem um significado completamente diferente e não serve como particípio para "consumir".</li> 
<li>E) abstrair / abstraído, abstrato: Essa é a jóia da coroa. "Abstraído" e "abstrato" são ambas formas válidas do particípio. "Abstraído" é mais usado de forma ativa, e "abstrato" mais em sentido passivo ou figurativo.</li> 
</ul> 
 
Diante de tudo isso, a alternativa correta é a letra E. Na verdade, ela acaba sendo a única em que ambas as formas do particípio são verdadeiramente aplicáveis ao verbo indicado. Agora que a gente descomplicou tudo isso, fica mais fácil de lembrar, né? 
 
A alternativa correta é E.

Nossos corpos são onde nós ficamos, nossos espíritos são o que nós somos.

Os homens não podem ficar parados no mesmo lugar.

Onde fica o bairro da Prainha nesta cidade?

Os livros mais caros ficam nas prateleiras mais altas.

A justiça pode ficar cega, mas tem dispositivos de escuta muito sofisticados.

E aí, galera! Vamos dar uma olhada na questão que é toda sobre o emprego do verbo "ficar" como verbo de ligação, indicando uma mudança de estado. Isso significa que o verbo está sendo usado com o sentido de "tornar-se" em algum contexto de transformação ou alteração de estado de algo ou alguém. 
 
Vamos analisar as alternativas: 
 
<ul> 
<li>A) "Nossos corpos são onde nós ficamos, nossos espíritos são o que nós somos." - Aqui o verbo "ficar" é usado no sentido de "estar", indicando localização, não uma mudança de estado.</li> 
<li>B) "Os homens não podem ficar parados no mesmo lugar." - Neste caso, o verbo "ficar" também está relacionado a permanecer em um estado ou localização, e não à mudança de estado.</li> 
<li>C) "Onde fica o bairro da Prainha nesta cidade?" - Aqui ele é usado para perguntar sobre uma localização, também não sendo um exemplo de mudança de estado.</li> 
<li>D) "Os livros mais caros ficam nas prateleiras mais altas." - Novamente, o uso de "ficar" aqui se refere a localização, e não implica mudança.</li> 
<li>E) "A justiça pode ficar cega, mas tem dispositivos de escuta muito sofisticados." - Perfeito! Aqui, "ficar cega" significa que a justiça pode tornar-se cega, passando por uma mudança de estado, que é exatamente o uso que estamos buscando. É um sentido metafórico que indica transformação.</li> 
</ul> 
 
Portanto, a frase que exemplifica corretamente o uso do verbo "ficar" como verbo de ligação, no sentido de alteração de estado, é a opção E. Isso é um pouco de semântica em ação, capturando nuances de significado que fazem toda a diferença. Tendo isso em mente, facilita entender como as palavras podem ser flexíveis e carregadas de significados diferentes dependendo do contexto. 
 
Alternativa correta é E.

 Depois de algumas hesitações, ele acabou por dizer a verdade / anunciar; 

 Eu vou te dizer um segredo, mas não espalhe / declarar; 

 Ele disse esse poema de Gonçalves Dias com muita sensibilidade / discursou; 

 Diga-me quando você quer vir para cá / Explique-me; 

 Finalmente ele disse a origem de sua fortuna / explicou.

E aí, galera! Vamos entrar no mundo dos verbos e suas nuances! O enunciado pede para identificar a substituição mais apropriada do verbo "dizer". Temos que mergulhar nesse universo linguístico, então segura essa: 
 
**Alternativa A: "Dizer" substituído por "anunciar"** 
"Anunciar" pode ser usado quando temos algo a ser proclamado publicamente, geralmente antes de acontecer. No caso de "dizer a verdade", não é tão sobre fazer um anúncio bombástico, é mais sobre revelar algo pessoal. Não captura bem a vibe de "dizer" nesse contexto, né? 
 
**Alternativa B: "Dizer" substituído por "declarar"** 
"Declarar" entra mais na linha de afirmar formalmente, e segredos são coisas mais sussurradas no ouvido, manja? Embora relacionado, "declarar" é muito mais formal do que o confidencial "dizer um segredo". Não serve tão bem aqui. 
 
**Alternativa C: "Dizer" substituído por "discursou"** 
Recitar um poema é bem mais delicado, nem chega a ser um discurso, que é mais formal e prolongado. Dizer um poema tem aquela vibe de performance íntima, não uma oratória para uma audiência extensa. Então, "discursou" não encaixa no groove certo. 
 
**Alternativa D: "Dizer" substituído por "Explique-me"** 
Aqui, "diga-me quando você quer vir" é sobre obter uma informação simples, não uma explicação detalhada. “Explique-me” é pesado demais para uma coisa tão simples quanto um horário. Esse não tá legal! 
 
**Alternativa E: "Dizer" substituído por "explicou"** 
Aqui sim, temos uma parada que funcou! Dizer a origem da fortuna pode envolver detalhar, elucidar, o que cai como uma luva com "explicar". Esse uso captura a essência de desdobrar uma narrativa mais complexa. Fechou direitinho! 
 
alternativa correta é E

E aí, tudo bem? Bora mergulhar nessa questão de Português com foco nos tempos verbais? Dessa vez, a cena é em uma canoa, com diálogos bem interessantes sobre conhecimentos de vida. Mas nosso foco está no verbo "pergunta". A análise desse verbo vai nos ajudar a descobrir em que tempo ele foi conjugado. 👀

No trecho destacado, o verbo "pergunta" aparece como uma ação que está sendo realizada no momento da fala. Em português, quando falamos de ações que ocorrem no momento em que estão sendo mencionadas, estamos lidando com o tempo presente do indicativo.
 
Os outros tempos e modos verbais não cabem aqui porque:
<ul>
<li>Passado: se refere a ações que já foram concluídas antes do momento atual.</li>
<li>Infinitivo: é uma forma nominal do verbo, que não especifica tempo ou pessoa (como "perguntar").</li>
<li>Futuro: se refere a ações que ocorrerão após o momento atual.</li>
</ul>
 
O verbo "pergunta" está conjugado na 3ª pessoa do singular do tempo presente do indicativo, indicando ação que ocorre simultaneamente ao momento da narrativa, onde o advogado faz, de fato, uma pergunta ao barqueiro.
 
A alternativa correta é C.


    Em um largo rio de difícil travessia, havia um barqueiro que atravessava as pessoas de um lado para o outro. Em uma das viagens, iam um advogado e uma professora.

    O advogado pergunta ao barqueiro:

    – Companheiro, você entende de leis?

    – Não – respondeu o barqueiro.

    E o advogado, compadecido:

    – É uma pena, você perdeu metade da vida.

    A professora entra na conversa:

    – Seu barqueiro, você sabe ler e escrever?

    – Também não – respondeu o barqueiro.

    – Que pena! Você perdeu metade de sua vida.

    Nesse momento chega uma onda bastante forte e vira o barco. O barqueiro, preocupado, pergunta:

    – Vocês sabem nadar?

    – Não! – responderam o advogado e a professora.

    – Então – disse o barqueiro – é uma pena. Vocês perderam toda a vida!


Questões de Português - Verbos: tempos e modos - 2023