Então, vamos dar uma espiada na questão de forma descolada e objetiva! O termo "interfiram", no contexto citado, está no modo subjuntivo. Esse modo, para quem não vive grudado em gramáticas, é o cara usado para expressar hipóteses, desejos, incertezas, ou condições. A questão tá querendo saber se "interfiram" tem o vibe de um desejo no texto. 
 
No texto, a frase em questão fala sobre falhas que "permitem que hackers interfiram no sistema". Analisando bem o contexto, a vibe aqui não é de desejo; é mais uma situação de possibilidade ou condição causada por falhas. Essa forma verbal tá destacando a capacidade que esses hackers têm de mexer onde não devem devido a essas falhas, não que alguém está desejando que eles o façam. 
 
Portanto, a alternativa correta é a letra E. 
 
A alternativa correta é E.

No penúltimo período do segundo parágrafo, o modo verbal expresso em “interfiram” denota, no texto, um desejo.

O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente, superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas de inteligência artificial.

 Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura necessário para a responsabilização com base na culpa.

Com relação a formas verbais empregadas no texto 2A1-I, julgue o item subsequente.


E aí, pessoal! Vamos analisar essa pegadinha gramatical bacana para ver se estamos afiados. 
 
A questão levanta a bola sobre o uso do presente histórico no texto. O presente histórico é esse recurso estilístico manero que utiliza o tempo verbal presente para dar um toque mais vívido a eventos passados, como se eles estivessem rolando naquele exato momento. É como uma máquina do tempo linguística! 😎 
 
No trecho específico mencionado pela questão, a linha direta diz: "No Brasil, a figura do promotor de justiça só surge em 1609...". Aqui, meu caro, o verbo "surgir" foi usado no presente do indicativo (surge), e a questão afirma que esse é um uso correto do presente histórico, o que é verdade. 
 
Mas, e sobre a alternativa ao presente? A segunda parte do item sugere que usar o pretérito perfeito (surgiu) também seria correto, o que é verdadeiramente aceitável também. Usar o pretérito perfeito aqui manteria o sentido histórico do evento e estaria gramaticalmente correto também. Basicamente, o uso de um ou de outro depende da vibe que se quer passar: mais imediata e envolvente, ou mais convencional e distante. 
 
Portanto, o enunciado está fazendo uma observação legítima sobre a flexibilidade e riqueza da nossa linguagem. Rolou uma verificação dupla nesse item, e tá tudo certo! 
 
A alternativa correta é C.

O tempo verbal empregado no primeiro período do segundo parágrafo é denominado presente histórico e, em seu lugar, seria adequado o uso do pretérito perfeito do modo indicativo.


A origem da instituição Ministério Público (MP) não é facilmente situada na história, não sendo possível precisar ou afirmar com certeza a data e o local nos quais se tenha originado.

 No Brasil, a figura do promotor de justiça só surge em 1609, quando é regulamentado o Tribunal de Relação na Bahia. No Império, tratava-se a instituição no Código de Processo Criminal, sem nenhuma referência constitucional.
Somente na Constituição de 1824, foram criados o Supremo Tribunal de Justiça e os tribunais de relação, nomeando-se desembargadores, procuradores da Coroa, conhecidos como “chefe do parquet”. No entanto, a expressão “Ministério Público” só seria utilizada no Decreto n.º 5.618, de 2 de maio de 1874.

 Foi na Constituição de 1891 que, pela primeira vez, o MP mereceu uma referência no texto fundamental. Já a Constituição Federal de 16 de julho de 1934 dispensou um tratamento mais alentador ao MP, definindo-lhe algumas atribuições básicas. As Constituições de 1946 a 1967 pouco disseram acerca do MP. A grande fase do MP foi inaugurada com a Constituição Federal de 1988 (CF), cujos termos são absolutamente inovadores, mesmo no nível internacional. A Constituição de 1988 é dotada de um capítulo próprio sobre o MP. Atendendo às características federais do Estado brasileiro, a CF trata do Ministério Público da União e daquele dos diversos estados-membros da Federação. A CF declara o MP como instituição permanente e essencial à função jurídica, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Julgue o item subsequente, relativo a aspectos gramaticais do texto 2A2-II.


Em relação ao texto e a seus aspectos linguísticos, julgue o item.


A forma verbal “tem” (linha 5) pode ser substituída por têm, sem prejuízo para a correção gramatical do texto.

A substituição da forma verbal “há” (linha 15) por existem manteria a correção gramatical do texto.

Olha só, essa questão é sobre identificar as formas verbais que mostram a sequência de ações no tempo, uma característicazaço das narrações! O fragmento de texto que você trouxe é um típico exemplo de narração: um relato de eventos na ordem em que aconteceram. 
 
Para dar aquela ajeitada na resposta, precisamos olhar as alternativas e ver quais pares de verbos realmente documentam essa progressão cronológica, onde um evento segue o outro. 
 
A alternativa A ("começavam / chegassem") mostra mais uma condição geral e um evento dependente; não tanto uma linha temporal direta entre ações específicas. 
Já na alternativa B ("Cheguei / dirigi-me"), temos uma clara sequência temporal: primeiro, o narrador chegou ao trabalho e, em seguida, se dirigiu à sua mesa. Isso capta aquela essência da narração de evento após evento. 
A alternativa C ("estava / pude entender") e a alternativa D ("pude entender / chegar") envolvem a percepção ou estado contínuo do narrador, mais do que ações propriamente ditas. 
Por fim, a alternativa E ("chegassem / dirigi-me") não apresenta uma ordem clara dos eventos que ocorrem um após o outro de forma cronológica direta. 
 
Portanto, para narrativa que avança com ações uma após a outra, a alternativa B é a mais adequada, destacando essa ordem crono-top-lógica entre "chegar" e "dirigir-se". 
 
A alternativa correta é B.

Questões de Português - Verbos: tempos e modos - 2023