Na realidade, não conhecemos nada, pois a verdade está no íntimo.

O resultado está nas mãos de Deus.

Ideias genéricas e presunção estão sempre perto de causar uma terrível desgraça.

O espaço mescla-se com o tempo assim como o corpo está misturado com a alma.

E aí, vamos analisar essa questão de português? O papo aqui é sobre verbos de ligação e como eles atuam para indicar diferentes estados. Quando falamos em "verbos de ligação", estamos falando de verbos que não indicam ação, mas sim um estado que o sujeito assume. Sua sacada é entender quando o verbo "estar" está (sacou o trocadilho?) atuando para unir o sujeito a um predicativo que diga algo sobre ele. 
Vamos dar uma olhada rápida nas frases: 
<ul> 
<li>A) "Na realidade, não conhecemos nada, pois a verdade está no íntimo." Aqui, o "está" indica localização literal, ou seja, não está sendo usado como verbo de ligação.</li> 
<li>B) "O resultado está nas mãos de Deus." Mesmo lance aqui, o verbo "estar" indica onde o resultado se encontra, ou seja, não é verbo de ligação.</li> 
<li>C) "Ideias genéricas e presunção estão sempre perto de causar uma terrível desgraça." Novamente, o "estão" fala sobre a proximidade (figurativa) de causar algo, atuando mais no sentido de localização ou condição geral, mas não como verbo de ligação.</li> 
<li>D) "O espaço mescla-se com o tempo assim como o corpo está misturado com a alma." Aqui sim! O verbo "estar" une o sujeito "corpo" ao predicativo "misturado com a alma", explicando um estado no qual o corpo se encontra em relação à alma, típico uso ligativo.</li> 
</ul> 
Nesse rolê das frases, a que melhor mostra o "estar" como verbo de ligação vinculando sujeito a um estado é a opção D, onde o corpo está descrito em um estado de ser misturado com a alma, uma caracterização que vai além do literal. Portanto, a alternativa correta é D.

E aí, vamos quebrar esse enigma pra ficar fácil de entender? Na frase dada, os verbos destacados são: "conhece", "conhecemos" e "conheça". Agora, precisamos identificar os tempos verbais desses carinhas antes de achar os correspondentes nas alternativas. 
 
1. "conhece" => Presente do Indicativo 
2. "conhecemos" => Presente do Indicativo 
3. "conheça" => Presente do Subjuntivo 
 
Agora, vamos analisar as alternativas para ver qual combinação respeita essa sequência de tempos e modos verbais. 
 
A) "via – víamos – veja": 
 - "via" => Imperfeito do Indicativo 
 - "víamos" => Imperfeito do Indicativo 
 - "veja" => Presente do Subjuntivo 
 
B) "teve – tivemos – tenha": 
 - "teve" => Perfeito do Indicativo 
 - "tivemos" => Perfeito do Indicativo 
 - "tenha" => Presente do Subjuntivo 
 
C) "quer – queremos – quisesse": 
 - "quer" => Presente do Indicativo 
 - "queremos" => Presente do Indicativo 
 - "quisesse" => Imperfeito do Subjuntivo 
 
D) "vem – vimos – venha": 
 - "vem" => Presente do Indicativo 
 - "vimos" => Presente do Indicativo 
 - "venha" => Presente do Subjuntivo 
 
Bingo! A alternativa D é a única que mantém o mesmo padrão dos tempos verbais da frase original. 
 
alternativa correta é D.

 entreteremos – entretivemos – entretemos.

E aí, vamos descomplicar essa questão de verbos? 
 
Na frase modelo, temos os seguintes tempos verbais: 
 
1. "seremos" - futuro do presente, 
2. "fomos" - pretérito perfeito do indicativo, 
3. "somos" - presente do indicativo. 
 
Agora, temos que encontrar a alternativa que replique esses tempos exatos, nessa ordem. Vamos analisar cada uma: 
 
A) "viremos" (futuro do presente) - "vimos" (pretérito perfeito do indicativo) - "viemos" (pretérito perfeito do indicativo). 
 - Errado! A última deveria ser presente. 
 
B) "comporemos" (futuro do presente) - "compomos" (presente do indicativo) - "compusemos" (pretérito perfeito do indicativo). 
 - Errado! A segunda forma deveria ser pretérito perfeito. 
 
C) "faremos" (futuro do presente) - "fizemos" (pretérito perfeito do indicativo) - "fazemos" (presente do indicativo). 
 - Errado! A ordem dos tempos não está correta. 
 
D) "entreteremos" (futuro do presente) - "entretivemos" (pretérito perfeito do indicativo) - "entretemos" (presente do indicativo). 
 - Certo! Todos os tempos estão na ordem correta e são equivalentes aos da frase modelo. 
 
E) "haveremos" (futuro do presente) - "havemos" (presente do indicativo) - "hemos" (pretérito perfeito do indicativo). 
 - Errado! A segunda forma deveria ser pretérito perfeito, e a terceira, presente. 
 
A alternativa correta é D.

 tiver escrito seus contos em outra língua.

 teria escrito seus contos em outra língua.

 tivesse escrito seus contos em outra língua. 

A questão contempla assuntos relacionados à adequada correlação entre tempos e modos verbais. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado – Veja que o verbo "escrever" também teria de estar em uma mesma situação de correlação com a locução verbal "sido lida" para manter o paralelismo. Por isso, a forma correta da locução seria "tivesse escrito". Em "b": Errado – O verbo "escrevera" está no pretérito mais-que-perfeito e, por isso, não apresenta uma relação de correlação com a forma verbal "sido lida". Em "c": Errado – Nesse caso, para garantir a correlação verbal, a frase teria de ser escrita da seguinte maneira: "a autora também será lida se...". Em "d": Errado – Veja que o par correlato é "tivesse", e não "teria". Em "e": Certo – Veja que aqui houve a correlação verbal correta entre tempos e modos verbais, pois a forma "tivesse" está no pretérito imperfeito e combina com a forma verbal "sido lida". Resposta: Letra E.

1 Estou me vendo debaixo de uma árvore, lendo a pequena 
 história da literatura brasileira.
2 Olavo Bilac! – eu disse em voz alta e de repente parei quase 
 num susto depois que li os primeiros versos do soneto à língua 
 portuguesa: Última flor do Lácio, inculta e bela / És, a um tempo, 
 esplendor e sepultura.
3 Fiquei pensando, mas o poeta disse sepultura?! O tal de Lácio 
 eu não sabia onde ficava, mas de sepultura eu entendia bem, 
 disso eu entendia, repensei baixando o olhar para a terra. Se 
 escrevia (e já escrevia) pequenos contos nessa língua, quer dizer 
 que era a sepultura que esperava por esses meus escritos? 
4 Fui falar com meu pai. Comecei por aquelas minhas sondagens 
 antes de chegar até onde queria, os tais rodeios que ele ia 
 ouvindo com paciência enquanto enrolava o cigarro de palha, 
 fumava nessa época esses cigarros. Comecei por perguntar se 
 minha mãe e ele não tinham viajado para o exterior.
5 Meu pai fixou em mim o olhar verde. Viagens, só pelo Brasil, 
 meus avós é que tinham feito aquelas longas viagens de navio, 
 Portugal, França, Itália...
 Não esquecer que a minha avó, Pedrina Perucchi, era italiana, ele 
 acrescentou. Mas por que essa curiosidade? 
6 Sentei-me ao lado dele, respirei fundo e comecei a gaguejar, é 
 que seria tão bom se ambos tivessem nascido lá longe e assim 
 eu estaria hoje escrevendo em italiano, italiano! – fiquei 
 repetindo e abri o livro que trazia na mão: Olha aí, pai, o poeta 
 escreveu com todas as letras, nossa língua é sepultura mesmo, 
 tudo o que a gente fizer vai para debaixo da terra, desaparece! 
7 Calmamente ele pousou o cigarro no cinzeiro ao lado. Pegou 
 os óculos. O soneto é muito bonito, disse me encarando com 
 severidade. Feio é isso, filha, isso de querer renegar a própria 
 língua. Se você chegar a escrever bem, não precisa ser em 
 italiano ou espanhol ou alemão, você ficará na nossa língua 
 mesmo, está me compreendendo? E as traduções? Renegar a 
 língua é renegar o país, guarde isso nessa cabecinha. E depois 
 (ele voltou a abrir o livro), olha que beleza o que o poeta 
 escreveu em seguida, Amo-te assim, desconhecida e obscura, 
 veja que confissão de amor ele fez à nossa língua! Tem mais, ele 
 precisava da rima para sepultura e calhou tão bem essa obscura, 
 entendeu agora? – acrescentou e levantou- -se. Deu alguns 
 passos e ficou olhando a borboleta que entrou na varanda: Já 
 fez a sua lição de casa? 
8 Fechei o livro e recuei. Sempre que meu pai queria mudar de 
 assunto ele mudava de lugar: saía da poltrona e ia para a cadeira 
 de vime. Saía da cadeira de vime e ia para a rede ou 
 simplesmente começava a andar. Era o sinal, Não quero falar 
 nisso, chega.
 Então a gente falava noutra coisa ou ficava quieta.
9 Tantos anos depois, quando me avisaram lá do pequeno hotel 
 em Jacareí que ele tinha morrido, fiquei pensando nisso, ah! se 
 quando a morte entrou, se nesse instante ele tivesse mudado de 
 lugar. Mudar depressa de lugar e de assunto. Depressa, pai, saia 
 da cama e fique na cadeira ou vá pra rua e feche a porta!

 É desejável que o melhor que o mundo tenha esteja nos muitos mundos que o mundo contiver.

 Será desejável que o melhor que o mundo tem estará nos muitos mundos que o mundo conter.

 Seria desejável que o melhor que o mundo tiver esteja nos muitos mundos que o mundo conter.

 Era desejável que o melhor que o mundo tivesse estava nos muitos mundos que o mundo conterá.

 Será desejável que o melhor que o mundo teve estava nos muitos mundos que o mundo contivesse.

A questão tem o objetivo de avaliar os conhecimentos sobre conjugação. A) Alternativa correta. A conjugação está adequada com a construção entre futuro/presente. É (presente do indicativo) desejável que o melhor que o mundo tenha esteja (presente do subjuntivo) nos muitos mundos que o mundo contiver (futuro do subjuntivo). Vale destacar que o modo subjuntivo expressa incerteza, dúvida e desejo.B) Alternativa incorreta. A conjugação está incorreta. As substituições são: "Será desejável que o melhor que o mundo tem esteja nos muitos mundos que o mundo contiver". C) Alternativa incorreta. A conjugação está incorreta. As substituições são: "Seria desejável que o melhor que o mundo tem estivesse nos muitos mundos que o mundo contém". A congruência se dá entre futuro do pretérito (seria) e pretérito imperfeito do subjuntivo (estivesse). D) Alternativa incorreta. A conjugação está incorreta. "Era desejável que o melhor que o mundo tem estivesse nos muitos mundos que o mundo contém". E) Alternativa incorreta. A conjugação está incorreta. "Será desejável que o melhor que o mundo tem esteja nos muitos mundos que o mundo contém".

<center>A igualação e a desigualdade</center>
 A ditadura da sociedade de consumo exerce um totalitarismo simétrico ao de sua irmã gêmea, a ditadura da organização desigual do mundo.

 A maquinaria da igualação compulsiva atua contra a mais bela energia do gênero humano, que se reconhece em suas diferenças e através delas se vincula. O melhor que o mundo tem está nos muitos mundos que o mundo contém, as diferentes músicas da vida, suas dores e cores: as mil e uma maneiras de viver e de falar, crer e criar, comer, trabalhar, dançar, brincar, amar, sofrer e festejar que temos descoberto ao longo de milhares e milhares de anos.

 A igualação, que nos uniformiza e nos apalerma, não pode ser medida. Não há computador capaz de registrar os crimes cotidianos que a indústria da cultura de massas comete contra o arco-íris humano e o humano direito à identidade.
Mas seus demolidores progressos saltam aos olhos. O tempo vai se esvaziando de história e o espaço já não reconhece a assombrosa diversidade de suas partes. Através dos meios massivos de comunicação, os donos do mundo nos comunicam a obrigação que temos todos de nos contemplar num único espelho, que reflete os valores da cultura de consumo.

 Quem não tem não é: quem não tem carro, não usa sapato de marca ou perfume importado está fingindo existir.

Questões de Português - Verbos: tempos e modos - 2023