O conceito de custo de oportunidade é fundamental na análise de decisões econômicas e de gestão. Ele representa o benefício que poderia ter sido aproveitado, mas foi sacrificado pela escolha de uma alternativa em detrimento de outra. Portanto, sempre que uma decisão é tomada, naturalmente renuncia-se à próxima melhor alternativa disponível.

Na administração, aplicar esse conceito ajuda a entender e a quantificar o que se perdeu ao não escolher a segunda melhor opção disponível. Esse custo não é apenas uma cifra abstrata; ele possui implicações práticas que podem afetar significativamente a rentabilidade e a eficácia das decisões organizacionais. É uma ferramenta essencial para avaliar diferentes cenários e escolhas.

Na questão em pauta, as alternativas são:
<ul>
	<li>Decisional: Não descreve corretamente o contexto apresentado, pois é um termo genérico que se refere amplamente a processos de tomada de decisão.</li>
	<li>De oportunidade: Esta é a resposta correta, pois encapsula exatamente a ideia de sacrificar a melhor alternativa disponível ao se fazer uma escolha.</li>
	<li>Político: Relaciona-se mais com decisões tomadas em um contexto de política organizacional ou governamental e não aborda diretamente o conceito de renúncia de benefícios econômicos.</li>
	<li>Econômico-financeiro: Apesar de relevante, esta opção é mais ampla e não foca especificamente no custo relativo ao sacrifício de outras oportunidades.</li>
	<li>Marginal: Refere-se mais a mudanças incrementais nos custos ou benefícios associados a alterações nas quantidades produzidas ou consumidas, o que não se aplica diretamente ao contexto da questão.</li>
</ul>

Portanto, a análise das alternativas reafirma que a alternativa correta para a descrição do custo que mede a perda da próxima melhor opção que foi renunciada por escolha de outra é representada pelo custo de oportunidade.

a alternativa correta é B

O modelo de tomada de decisão conhecido como "modelo da cesta de lixo" foi elaborado por James G. March e Johan P. Olsen em 1976 e é considerado uma abordagem inovadora para entender como as decisões são feitas nas organizações, especialmente aquelas que se caracterizam por ambiguidades e processos pouco claros.

Neste modelo, a organização é vista como uma anarquia, onde existem preferências problemáticas e os objetivos e meios são frequentemente mal definidos. A decisão torna-se o resultado de uma mistura complexa de elementos variáveis, incluindo escolhas em busca de problemas, problemas em busca de escolhas, soluções que procuram por problemas e decisores procurando por algo para decidir. É uma dinâmica de várias vias onde os elementos se misturam de forma estocástica, muitas vezes sem ordem evidente.

As alternativas listadas na questão refletem diferentes abordagens para modelos de decisão, mas apenas a alternativa E), "cesto de lixo", corresponde corretamente ao modelo descrito. Os outros itens como "de portfólio" (A), "de incertezas" (B), "arquetípico" (C), e "estruturado" (D) representam métodos ou modelos diferentes que não se alinham com o conceito de ambiguidade e escolha estocástica presente no modelo da cesta de lixo.

Ao compreender este modelo, torna-se evidente que o processo de tomada de decisão pode ser influenciado por muitos fatores imprevistos e que, ocasionalmente, soluções podem ser aplicadas a problemas que não foram originalmente destinados a resolver, ilustrando a natureza ad hoc das decisões em certas organizações. Este entendimento é crucial para administradores que operam em ambientes que apresentam alta complexidade e incerteza.

A alternativa correta é E

Na administração, é fundamental entender os diferentes tipos de decisões que os gerentes devem tomar em contextos variados. As decisões podem ser classificadas como programadas ou não programadas. As decisões programadas referem-se àquelas que são rotineiras, bem compreendidas e que podem ser gerenciadas através de regras, procedimentos e métodos estabelecidos adequados. Exemplos típicos podem incluir procedimentos de rotina como a ordenação de suprimentos ou a gestão de reclamações padrão.

Em contraste, as decisões não programadas são aplicadas a situações que são únicas, complexas e mal estruturadas, que exigem soluções customizadas e muitas vezes criativas, pois não se encaixam em rotinas padrão ou procedimentos já estabelecidos. Estas decisões muitas vezes requerem um julgamento mais subjetivo e análise detalhada.

No cenário descrito na questão, onde um supervisor enfrenta frequentemente atrasos de funcionários, a situação sugere a necessidade de uma decisão que, apesar de parecer singular, é na verdade bastante rotineira e pode ser gerida por regras preestabelecidas. Ações a tomar podem incluir aplicação de penalidades ou procedimentos de notificação que são conhecidos e aplicáveis repetidamente, o que caracteriza uma decisão programada. A imposição de regras organizacionais como método de gestão para este problema reafirma a natureza estruturada e rotineira da decisão.

Analisando as alternativas:
<ul>
<li>A) específica; julgamento do decisor - Incorrecta, pois ignora que a situação é rotineira e melhor gerenciada por regras.</li>
<li>B) não programada; regras organizacionais - Incorrecta, pois classifica o problema como não programado, que não se aplica a situações rotineiras.</li>
<li>C) programada; regras organizacionais - Correta, alinha a natureza repetitiva dos atrasos com a aplicação de regras conhecidas.</li>
<li>D) estratégica; julgamento do decisor - Incorrecta, pois categoriza a decisão como estratégica que normalmente envolve um maior nível de análise complexa não necessária aqui.</li>
<li>E) singular; regras organizacionais - Incorrecta, pois sugere uma natureza única que a situação não possui.</li>
</ul>
A alternativa correta é C.

pressão competitiva e número de alternativas;

impacto financeiro e solução satisfatória;

diagnóstico da situação e recursos necessários;

identificação do problema e complexidade.

Na tomada de decisões organizacionais, a avaliação e comparação de alternativas são cruciais. De acordo com as fases do processo decisório descritas por Antonio Cesar Amaru Maximiano, estas incluem a geração de alternativas, escolha da alternativa, e avaliação dos resultados. Uma análise cuidadosa das alternativas envolve vários critérios.

Analisando a alternativa B, que menciona risco e tempo de implementação, percebemos que ambos são critérios extremamente relevantes na avaliação das alternativas. O risco envolve a ponderação das possíveis consequências negativas de uma escolha, enquanto o tempo de implementação está diretamente relacionado à agilidade e eficiência operacional na execução da decisão.

<ul>
<li style="text-align: justify;">Alternativa A menciona pressão competitiva e número de alternativas. Embora a pressão competitiva possa ser considerada no contexto amplo do problema, o número de alternativas não impacta diretamente na relevância da escolha, tornando-a portanto incorreta.</li>
<li style="text-align: justify;">Alternativa C, que fala sobre impacto financeiro e solução satisfatória, falha ao mencionar que a solução satisfatória não é um critério de avaliação formado durante a exploração de alternativas, mas sim um resultado da implementação.</li>
<li style="text-align: justify;">Alternativa D inclui diagnóstico da situação, que ocorre antes da avaliação e comparação de alternativas, e recursos necessários, que embora relevante, está inadequadamente pareado com o diagnóstico nesta alternativa.</li>
<li style="text-align: justify;">Alternativa E parte de premissas equivocadas, pois a identificação do problema é anterior à avaliação das alternativas e embora a complexidade seja relevante, não se encaixa corretamente no contexto mencionado.</li>
</ul>

Portanto, é claro que a alternativa correta é a que corretamente identifica critérios diretamente relacionados à avaliação e escolha entre alternativas disponíveis no processo decisório. Para referências adicionais consulte Maximiano, A. C. A. "Introdução à Administração". São Paulo: Atlas, 2000.

A alternativa correta é B.

A questão posta remete ao entendimento do modelo de racionalidade limitada em processos de decisão, uma conceptualização vital em ciências administrativas que explora as fronteiras da tomada de decisão racional dentro de contextos organizacionais. De acordo com esse modelo, inicialmente proposto por Herbert Simon, a racionalidade do ser humano é limitada pelas informações disponíveis, pela capacidade cognitiva de processá-las e pelo tempo disponível para tomar a decisão.

Nesse sentido, o item aborda corretamente o aspecto da "racionalidade limitada", no qual não se espera que um gestor ou tomador de decisões possua uma compreensão completa de todas as variáveis ou de todas as possíveis consequências de suas decisões. Além disso, este modelo sugere que cada indivíduo opera dentro de um escopo restrito de entendimento, o que implica que a racionalidade não é uma constante absoluta, mas sim relativa às limitações pessoais e contextuais de cada decisório.

No âmbito prático, o modelo indica que os gestores se satisfazem com um nível de solução que consideram suficientemente bom, em vez de buscar a perfeição ou a ótima decisão, que geralmente é inalcançável no mundo real devido às limitações anteriormente mencionadas. Esse conceito de "satisfeição" (satisficing) é uma estratégia racional para lidar com tais limitações.

Consequentemente, o enunciado da questão está correto ao expor que, segundo o modelo de racionalidade limitada, a racionalidade é concebida como relativa, adaptando-se às limitações do decisor e do cenário ao invés de seguir um padrão rígido e universal de racionalidade. Isso refuta a ideia de que há uma forma única e superior de racionalidade aplicável de modo universal.

Portanto, é seguro afirmar que a alternativa correta é C.

No modelo de racionalidade limitada, propõe-se que
a racionalidade é sempre relativa ao sujeito que decide, não
existindo uma única racionalidade tida como superior.

Julgue os itens subsequentes, a respeito do processo racional
de solução de problemas.


Questões de Administração - Administração geral - Processos decisório e de solução de problemas