Vamos dissecar a frase em questão para entender melhor a função sintática das palavras sublinhadas, que são **a** e **juventude**.

Primeiro, olhemos para "a recriminou": como a palavra anterior dita que ele "não a recriminou", deduzimos que "a" é um pronome que faz referência à filha. Ele serve como objeto direto da frase, pois está recebendo a ação de recriminar executada pelo sujeito (o pai).

 

Em relação a "juventude", esta palavra é um substantivo que está especificando um período da vida, remetendo aos "rígidos padrões morais" do pai. Desse modo, "juventude" atua apenas como substantivo, e não possui um papel adjetivo na frase.

 

Comparando com as alternativas:
<ul>
<li>A) sujeito e substantivo – "a" não é um sujeito.</li>
<li>B) objeto direto e substantivo – Correta, conforme analisado acima.</li>
<li>C) artigo e adjetivo – "a" não é um artigo, e "juventude" não é um adjetivo.</li>
<li>D) complemento nominal e adjetivo – Não se aplica.</li>
</ul>

 

A alternativa correta é B.

    Quando a filha adolescente anunciou que ia dormir com o namorado, o pai não disse nada. Não a recriminou, não lembrou os rígidos padrões morais de sua antiga juventude. Homem avançado, já esperava que aquilo acontecesse um dia. Só não esperava que acontecesse tão cedo.

    Mas tinha uma exigência, além das clássicas recomendações. A moça podia dormir com o namorado: 

    ─ Mas aqui em casa.

    Ela, por sua vez, não protestou. Até ficou contente. Aquilo resultava em inesperada comodidade. Vida amorosa em domicílio, o que mais podia desejar? Perfeito.

    O namorado não se mostrou menos satisfeito. Entre outras razões, porque passaria a partilhar o abundante café da manhã da família. Aliás, seu apetite era espantoso: diante do olhar assombrado e melancólico do dono da casa, devorava toneladas do melhor requeijão, do mais fino presunto, tudo regado a litros de suco de laranja.

    Um dia, o namorado sumiu. Brigamos, disse a filha, mas já estou saindo com outro. O pai pediu que ela trouxesse o rapaz. Veio, e era muito parecido com o anterior: magro, cabeludo, com apetite descomunal.

    Brevemente, o homem descobriria que constância não era uma característica fundamental de sua filha. Os namorados começaram a se suceder em ritmo acelerado. Cada manhã de domingo, era uma nova surpresa: este é o Rodrigo, este é o James, este é o Tato, este é o Cabeça. Lá pelas tantas, ele desistiu de memorizar nomes ou mesmo fisionomias. Se estava na mesa do café da manhã, era namorado. Às vezes, também acontecia ─ ah, essa próstata, essa próstata ─ que ele levantava à noite para ir ao banheiro e cruzava com um dos galãs no corredor. Encontro insólito, mas os cumprimentos eram sempre gentis.

    Uma noite, acordou, como de costume, e, no corredor, deu de cara com um rapaz que o olhou apavorado. Tranquilizou-o:  ─ Eu sou o pai da Melissa. Não se preocupe, fique à vontade. Faça de conta que a casa é sua.

    E foi deitar.

    Na manhã seguinte, a filha desceu para tomar café. Sozinha.

    ─ E o rapaz? ─ perguntou o pai.

    ─ Que rapaz? ─ disse ela.

    Algo lhe ocorreu, e ele, nervoso, pôs-se de imediato a checar a casa. Faltava o CD player, a máquina fotográfica, a impressora do computador. O namorado não era namorado. Paixão poderia nutrir, mas era pela propriedade alheia.

    Um único consolo restou ao perplexo pai: aquele, pelo menos, não fizera estrago no café da manhã.



O termo sublinhado "câmera do projeto Dark Energy Survey" na frase em questão serve para especificar ou explicar qual é o objeto mencionado anteriormente, "DECam". Essa relação é típica de um aposto. O aposto é uma função sintática que se refere a um substantivo (ou pronome) antes mencionado para esclarecê-lo, explicá-lo ou enumerá-lo de forma mais detalhada. 

 
A função do aposto está claramente demonstrada pela pontuação, ou seja, a vírgula que o antecede, separando-o da estrutura anterior e assim introduzindo um elemento que adiciona informação ao nome que o antecede. No caso do termo "DECam", ele é imediatamente seguido por essa expressão explicativa.

 
Vamos considerar as outras alternativas para reforçar a escolha do aposto:
<ul>
<li>Adjunto adnominal: seria uma possibilidade se a expressão estivesse modificando ou qualificando o substantivo de maneira dependente, tipicamente indicado pelo uso de preposições. No entanto, aqui, a relação é de explicação, e não de dependência ou posse.</li>
<li>Adjunto adverbial: envolve uma modificação circunstancial (como tempo, lugar, modo), que não é o caso nesta instância, pois o termo especifica um objeto e não uma circunstância.</li>
<li>Complemento nominal: é a parte da oração que complementa o sentido de um nome que não é um verbo, geralmente após preposições. Não se aplica aqui pois a expressão não funciona como complemento de um nome, mas sim como explicação.</li>
</ul>

 
Gabarito: Letra C

Graças a dados do telescópio Soar, observatório do qual o Brasil é sócio majoritário no Chile, pesquisadores confirmaram que a Terra tem um asteroide de 1,2 km de diâmetro que acompanha o planeta em sua órbita ao redor do Sol.
 Muito tem sido dito sobre os pontos de libração (ou lagrangianos) de um sistema como o Terra-Sol, agora que o Telescópio Espacial James Webb se instalou em um deles, o L2, localizado a 1,5 milhão de km da Terra, acompanhando o planeta em seu passeio pelo carrossel solar. Mas outros dois pontos do mesmo tipo, L4 e L5, ficam exatamente na órbita terrestre, a 60 graus do planeta, um adiante e outro atrás.
 Eles servem, assim como os demais, como uma espécie de estacionamento natural, em que a gravidade dos dois astros (Sol e Terra, no caso) se contrabalança para estabilizar objetos ali localizados. Vale para naves, como o Webb, e também para asteroides, que, quando param por lá, são chamados de troianos.
 O termo foi originalmente usado para descrever os pedregulhos que ficam nos pontos L4 e L5 do sistema Júpiter-Sol, acompanhando o planeta gigante em sua órbita. Mas em tese qualquer mundo com massa suficiente pode tê-los. Com efeito, há troianos associados a todos os gigantes gasosos e a quase todos os rochosos (só Mercúrio não teve ao menos um objeto desse tipo descoberto).
 O primeiro troiano terrestre a ser achado foi o 2010 TK7, detectado, adivinhe só, em 2010. O segundo, esmiuçado agora, pintou uma década depois, quando o telescópio Pan-Starrs1, no Havaí, descobriu o 2020 XL5. Mas, por ocasião de sua descoberta, era possível que fosse apenas um asteroide de passagem, não um troiano.
 Contudo, uma busca nas imagens de arquivo da DECam, câmera do projeto Dark Energy Survey, revelou a posição do objeto em vários momentos entre 2012 e 2019. Somando-a às novas observações, foi possível determinar a órbita e constatar que de fato ele acompanha a Terra – e assim o fará por pelo menos mais uns 4.000 anos, até ser perturbado gravitacionalmente e pegar outro caminho.
 Os dados do Soar em particular permitiram estimar o tamanho e a composição do 2020 XL5. Trata-se de um asteroide tipo C, rico em carbono, e seu diâmetro é dos grandões. Com 1,2 km, ele tem o triplo do tamanho do 2010 TK7. Ambos estão localizados no L4, um ponto lagrangiano que viaja à frente da Terra em sua órbita. No L5, que vem na esteira do trajeto do planeta em torno do Sol, ainda não encontraram nada.
 O resultado foi publicado no periódico Nature Communications e pode ser só mais um em uma lista: é bem possível que a Terra tenha outros troianos esperando para ser descobertos. Marte, apesar de muito menor, tem pelo menos nove (e possivelmente 14, se contarmos os objetos ainda não listados oficialmente como troianos). Facilita, nesse caso, estar perto de um grande repositório, o cinturão de asteroides.

Para determinar a função sintática da palavra destacada "que" na frase "Era uma vez um homem que tinha uma galinha", precisamos analisar a estrutura da oração em que ela se insere.

A palavra "que", nesse contexto, é um pronome relativo. Os pronomes relativos são usados para introduzir orações subordinadas, e sua função sintática depende de como eles se relacionam com o verbo na oração que introduzem. Aqui, o "que" refere-se a "um homem" e introduz a oração subordinada adjectiva "que tinha uma galinha".

Analisemos as alternativas:

A) sujeito - Comumente os pronomes relativos assumem função de sujeito na oração que introduzem. Neste caso, "que" substitui e representa "um homem" na oração subordinada adjectiva, sendo o sujeito do verbo "tinha".

B) objeto direto - O pronome relativo estaria nesta função caso ele fosse o alvo direto da ação do verbo sem preposição, o que não ocorre aqui.

C) complemento nominal - Esta função é associada a nomes (substantivos, adjetivos ou advérbios) e é introduzida por preposição adequada, o que não é o caso na sentença analisada.

D) objeto indireto - Seria o caso se o pronome fosse regido por uma preposição adequada e funcionasse como alvo indireto da ação do verbo, o que não se aplica aqui.

Portanto, o pronome "que" está atuando na função de sujeito da oração "que tinha uma galinha", referindo-se e assumindo o papel sintático de "um homem". A análise indica que a alternativa correta é A); o pronome "que" tem a função sintática de sujeito.

    Era uma vez um homem que tinha uma galinha. Era uma galinha como as outras. Um dia a galinha botou um ovo de ouro.
    O homem ficou contente. Chamou a mulher:  
    – Olha o ovo que a galinha botou.
    A mulher ficou contente:  – Vamos ficar ricos!  E a mulher começou a tratar bem da galinha. Todos os dias a mulher dava mingau para a galinha. Dava pão-de-ló, dava até sorvete. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:  
    – Pra que esse luxo com a galinha? Nunca vi galinha comer pão-de-ló… Muito menos tomar sorvete!  
    – É, mas esta é diferente! Ela bota ovos de ouro!  
    O marido não quis conversa:  
    – Acaba com isso mulher. Galinha come é farelo.
    Aí a mulher disse:  
    – E se ela não botar mais ovos de ouro?  
    – Bota sim – o marido respondeu.
    A mulher todos os dias dava farelo à galinha. E a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:  
    – Farelo está muito caro, mulher, um dinheirão! A galinha pode muito bem comer milho.
    – E se ela não botar mais ovos de ouro?  – Bota sim – o marido respondeu.
    Aí a mulher começou a dar milho pra galinha. E todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Vai que o marido disse:  – Pra que esse luxo de dar milho pra galinha? Ela que procure o de-comer no quintal!  – E se ela não botar mais ovos de ouro? – a mulher perguntou.
    – Bota sim – o marido falou.
    E a mulher soltou a galinha no quintal. Ela catava sozinha a comida dela.
Todos os dias a galinha botava um ovo de ouro. Um dia a galinha encontrou o portão aberto. Foi embora e não voltou mais. Dizem, eu não sei, que ela agora está numa boa casa onde tratam dela a pão-de-ló.


 I- sujeito e aposto , II- vocativo e sujeito.

 I- vocativo e sujeito, II- sujeito e aposto.

 I- aposto e sujeito, II- sujeito e vocativo.

 I- vocativo e aposto, II- aposto e sujeito.

O enunciado apresenta dois contextos em que o termo "Paulo, o jovem mais dedicado da turma" é utilizado de formas distintas, requerendo uma análise da sua função sintática em cada uma delas. Para chegar à alternativa correta, vamos analisar cada uma das funções apresentadas nas alternativas.

<ul>
<li>Sujeito: termo da oração que geralmente concorda com o verbo e sobre o qual se declara algo.</li>
<li>Aposto: termo que explica, esclarece ou resume um termo anterior. Geralmente, é separado por vírgulas.</li>
<li>Vocativo: termo utilizado para chamar, invocar ou interpelar alguém dentro do discurso, não possuindo relação sintática com os demais membros da oração, sendo comum sua separação por vírgulas.</li>
</ul>

Na sentença I ("Paulo, o jovem mais dedicado da turma, recebeu o título de funcionário do mês."), temos "Paulo" como sujeito da oração, onde "o jovem mais dedicado da turma" funciona como um aposto explicativo, dando mais informações sobre "Paulo".

Na sentença II ("Paulo, o jovem mais dedicado da turma recebeu o título de funcionário do mês."), o mesmo grupo de palavras inicia a frase, mas neste contexto, ocorre uma interpelação ou chamamento. O termo "Paulo" antes da vírgula age como vocativo. "O jovem mais dedicado da turma" subsequentemente funciona como sujeito da frase.

Portanto, a alternativa correta deve indicar que na oração I temos sujeito e aposto, enquanto na oração II, temos vocativo e sujeito, exatamente o que a alternativa A descreve:

A) I- sujeito e aposto, II- vocativo e sujeito.

Para identificar a função sintática do pronome relativo "que" na frase fornecida, é essencial analisar como esse pronome se integra na oração. Na frase "O livro que você me emprestou é interessante", o pronome "que" refere-se ao "livro" e introduz uma oração subordinada adjetiva explicativa que dá mais informações sobre o livro.


<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) Sujeito: Seria a função correta caso o "que" fosse o sujeito do verbo dentro de sua própria cláusula, o que não ocorre aqui. O sujeito da cláusula onde "que" está inserido é "você".</li>
<li>B) Complemento nominal: Esta opção também não se aplica, pois o complemento nominal normalmente complementa um nome e não está em uma relação direta com o verbo.</li>
<li>C) Objeto direto: Esta é a opção correta. Neste contexto, "que" é o objeto direto do verbo "emprestar" na oração subordinada ("você me emprestou [o livro]"). É o livro que foi emprestado, portanto, o pronome "que" substitui "o livro" como objeto direto do verbo em sua cláusula.</li>
<li>D) Objeto indireto: O objeto indireto normalmente complementa o verbo mostrando a quem ou para quem a ação do verbo se destina, acompanhado de preposições. Aqui, o "que" substitui o "livro" como objeto direto, não como objeto indireto.</li>
</ul>


Ao analisar como o pronome "que" se relaciona com o verbo da oração adjetiva, fica evidente que o papel sintático exercido é o de objeto direto. Esse papel é fundamental para entender como as informações estão estruturadas nesta frase, conferindo sentido completo ao contexto apresentado.


A alternativa correta é C.

Questões de Português - Função sintática - Agente Administrativo