Resultados muito semelhantes ao dessa pesquisa seriam encontrados caso o foco de análise incidisse sobre outros meios 
de comunicação.

Essa pesquisa teria chegado a resultados semelhantes desde que o foco não deixe de incidir sobre a linguagem dos 
outros meios de comunicação.

Dispondo-se a vir fazer uma boa análise de outras formas de comunicação, o pesquisador terá encontrado resultados semelhantes.

Quando outras análises incidirem sobre outros meios de comunicação, seria possível chegar a resultados não muito diferentes destes.

Por haver-se dedicado sobretudo ao estudo da linguagem da imprensa, o de outros meios de comunicação não foi conclusivo.

Vamo lá, galera! Essa questão pede que a gente identifique uma frase na voz passiva e também com uma correlação adequada entre os tempos verbais, certo? Então, bora destrinchar isso. 
 
Primeiro, o que é a voz passiva? É quando o sujeito recebe a ação, em vez de praticá-la. E a correlação dos tempos verbais? Isso significa que os tempos verbais estão coerentes entre si dentro do contexto da frase. Vamos olhar para cada alternativa: 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
<li>A) "Resultados muito semelhantes ao dessa pesquisa seriam encontrados caso o foco de análise incidisse sobre outros meios de comunicação." - Aqui temos uma estrutura passiva bem definida ("seriam encontrados"). Além disso, a correlação entre os tempos verbais (futuro do pretérito "seriam encontrados" e imperfeito do subjuntivo "incidisse") faz sentido e está bem aplicada ao contexto hipotético.</li> 
<li>B) "Essa pesquisa teria chegado a resultados semelhantes desde que o foco não deixe de incidir sobre a linguagem dos outros meios de comunicação." - Aqui a correlação temporal está irregular. "Teria chegado" está no futuro do pretérito e "deixe" no presente do subjuntivo, isso gera uma discrepância que não se encaixa bem.</li> 
<li>C) "Dispondo-se a vir fazer uma boa análise de outras formas de comunicação, o pesquisador terá encontrado resultados semelhantes." - Há um problema de concordância futura e a frase não está na voz passiva.</li> 
<li>D) "Quando outras análises incidirem sobre outros meios de comunicação, seria possível chegar a resultados não muito diferentes destes." - Esta frase usa uma mistura de um futuro do presente ("incidirem") com um futuro do pretérito ("seria possível"), o que acaba por gerar uma desconexão temporal.</li> 
<li>E) "Por haver-se dedicado sobretudo ao estudo da linguagem da imprensa, o de outros meios de comunicação não foi conclusivo." - Essa frase, além de ter problemas de clareza no seu significado, não apresenta uma correlação clara dos tempos verbais.</li> 
</ul> 
 
Dessa análise, fica evidente que a alternativa correta é A, onde a voz passiva e a correlação dos tempos verbais estão corretas e contextualmente adequadas.

Este livro estuda as modificações que se deram na cultura das classes populares ao longo das últimas décadas, de modo 
especial aquelas que podem ser atribuídas à influência das publicações de massa. Creio que obteríamos resultados muito 
semelhantes caso tomássemos como exemplos algumas outras formas de comunicação, como o cinema, o rádio ou a televisão. 
Penso que tenho sempre tentado dirigir-me principalmente ao “leitor comum” sério ou “leigo inteligente” de qualquer classe 
social. Não significa isto que eu tenha tentado adotar qualquer tom de voz específico, ou que tenha evitado o uso de quaisquer termos 
técnicos, para só empregar expressões banais. Escrevi tão claramente quanto o permitiu a minha compreensão do assunto, e apenas 
usei termos técnicos quando me pareceram susceptíveis de se tornarem úteis e sugestivos. 
O “leigo inteligente” é uma figura vaga, e a popularização uma tarefa perigosa; mas parece-me que aqueles de nós que 
consideram uma urgente necessidade escrever para ele devem continuar a tentá-lo. Porque um dos mais nefastos aspectos da nossa 
condição cultural é a divisão entre a linguagem dos peritos e o nível extraordinariamente baixo daquela utilizada nos órgãos de 
comunicação de massa.

Nenhum desses vestígios de manipulação das artes haveriam de ficar depois que os regimes ditatoriais houvesse se 
esgotado.

O que houve de comum nos regimes ditatoriais eram a impermanência do poder da arte como instrumento de cooptação 
política do povo.

A associação entre bárbaros das florestas teutônicas com membros da aristocracia castelã indicavam o arbítrio de que se 
valiam o imaginário dos tiranos.

Para que fosse o povo servido pela mitologia da história nacional, cabia aos ditadores manipular como podiam o legado 
heroico do passado.

O autor do texto não hesita em reconhecer nos variados ditadores a preocupação que os assaltam quando se trata de 
fundar seu poder numa história mítica.

Vamos analisar a frase da alternativa D que está fazendo uso da voz passiva e está respeitando as regras de concordância verbal. 
 
Frase na alternativa D: "Para que fosse o povo servido pela mitologia da história nacional, cabia aos ditadores manipular como podiam o legado heroico do passado." 
 
Nesta frase, temos a construção passiva "fosse o povo servido pela mitologia da história nacional". Essa construção é uma típica voz passiva sintética, em que o verbo principal está na terceira pessoa do singular (fosse) acompanhado do particípio (servido) e o agente da passiva (a mitologia da história nacional) é introduzido pela preposição "por". A concordância do verbo "fosse" está correta com o sujeito "o povo", que está no singular. 
 
A segunda parte da frase "cabia aos ditadores manipular como podiam o legado heroico do passado" também segue as normas de concordância. O verbo "cabia" está corretamente conjugado na terceira pessoa do singular concordando com o sujeito elíptico [ele], referindo-se ao que "cabia" ou era adequado aos ditadores. O verbo "manipular" está no infinitivo, uma forma neutra que serve neste contexto como complemento do verbo "cabia". 
 
Vamos verificar rapidamente as outras alternativas para garantir que elas têm conflitos com a voz passiva ou erros de concordância, mas o foco aqui é entender que a alternativa D faz uso correto da concordância e usa adequadamente a voz passiva. 
 
A alternativa correta é D.

Os ditadores sempre quiseram que a arte expressasse seu ideal de “povo”, de preferência em momentos de devoção ou 
entusiasmo pelo regime. Para isso, os ditadores pretenderam imobilizar o passado nacional em seu benefício, dando-lhe dimensões 
de mito ou inventando-o quando necessário. Para o fascismo italiano, o ponto de referência era a Roma antiga, imperial; para a 
Alemanha de Hitler, uma combinação de bárbaros radicalmente puros das florestas teutônicas com nobreza medieval; para a Espanha 
de Franco, a era dos triunfantes governantes católicos que expulsaram os infiéis e resistiram a Lutero. A União Soviética teve mais 
dificuldade para adotar o legado dos czares que a Revolução tinha sido feita, afinal de contas, para destruir, mas Stálin acabou 
achando conveniente mobilizá-lo. 
O que ficou da arte do poder nesses países? Surpreendentemente, pouco na Alemanha, mais na Itália, talvez mais ainda na 
Rússia. Só uma coisa todos perderam: o poder de mobilizar a arte e o povo como teatro público. Isso, o mais sério impacto do poder 
na arte entre 1930 e 1945, desapareceu com os regimes que tinham garantido sua sobrevivência através da repetição regular de 
rituais públicos. Desapareceram para sempre, juntamente com aquele poder.

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