É hora de desvendar o papel do “que” na frase do texto! Em “[...] a presença daquelas grandes forças elementares que gritam para a humanidade [...]”, o termo “que” refere-se a “grandes forças elementares”. Este é um daqueles casos clássicos de pronome relativo que liga duas orações, criando uma relação de dependência entre elas.

 

Aqui está como a mecânica funciona: na oração subordinada adjetiva “que gritam para a humanidade”, o “que” está substituindo as “grandes forças elementares” da oração principal e é o sujeito do verbo “gritam”. Não é muito difícil de perceber quando você desmonta a frase: se substituirmos “que” por “grandes forças elementares”, a frase continua fazendo total sentido: “grandes forças elementares gritam para a humanidade”.

 

O papel dos pronomes relativos como o “que” pode parecer complicado no começo, mas eles basicamente nos ajudam a juntar informações sobre algo ou alguém sem repetir o nome várias vezes, mantendo o texto mais fluído e natural.

 

Ao analisar as alternativas, fica claro que a função sintática de “que” é realmente como sujeito na oração subordinada, já que ele é quem realiza a ação de “gritar”, indicada pelo verbo. Portanto, está corretíssimo afirmar que, neste contexto, o “que” é sujeito.

 

A alternativa correta é A.

O vento gemera durante o dia todo e a chuva 
fustigara as janelas com tal fúria que mesmo ali, 
no coração da grande Londres feita de homens, 
éramos obrigados a afastar a mente da rotina da 
vida por um instante e reconhecer a presença 
daquelas grandes forças elementares que gritam 
para a humanidade através das grades de sua 
civilização, como animais indomáveis numa jaula. 
À medida que a noite se fechava, a tempestade 
ficava mais intensa e mais ruidosa; na chaminé, o 
vento chorava e soluçava como uma criança.

Questões de AOCP - Português - Sintaxe geral - Universidade Federal da Paraíba