A questão apresentada aborda o conceito de ciclo vital dos documentos e a teoria das três idades no contexto de arquivologia, especificamente focando no processo de transferência de documentos entre diferentes fases de arquivo.

Para entender a alternativa correta, é essencial revisarmos os conceitos das diferentes fases dos arquivos:

<ul>
<li>Arquivo Corrente: Aqui, os documentos são frequentemente acessados e utilizados, pois estão diretamente relacionados às atividades rotineiras e contínuas da organização.</li>
<li>Arquivo Intermediário: Documentos que não são requeridos com frequência pelo processo administrativo mas que ainda necessitam ser guardados por razões legais ou fiscais.</li>
<li>Arquivo Permanente: Compreende os documentos que, por seu significado histórico, cultural ou outro valor, são preservados permanentemente. </li>
</ul>

A alternativa correta para a questão é a letra A, que afirma que a transferência é um processo do arquivo corrente para o intermediário. Esse procedimento é parte do ciclo vital dos documentos e segue o princípio da progressão dos documentos pelas fases baseadas em sua frequência de uso e relevância temporal.

Análise de outras alternativas:

<ul>
<li>Alternativa B: Transferência do arquivo corrente ao permanente. Essa é uma prática incomum visto que normalmente há uma fase intermediária que determina se documentos devem realmente ser mantidos como parte do arquivo permanente. O procedimento direto do corrente para o permanente é conhecido como recolhimento.</li>

<li>Alternativa C: Intermediário ao permanente. Esta transferência também é conhecida como recolhimento, onde o documento transcende para uma guarda permanente após avaliação de sua relevância histórica ou cultural.</li>

<li>Alternativa D: Corrente para eliminação. Geralmente a eliminação de documentos acontece após estes passarem pela fase intermediária onde são definidos seu prazo de retenção e relevância contínua.</li>

<li>Alternativa E: Intermediário para eliminação. Esta opção é correta somente no contexto de que os documentos no arquivo intermediário podem ser destinados à eliminação após cumprirem os prazos estipulados pelas tabelas de temporalidade.</li>
</ul>

Importante notar que qualquer transferência ou eliminação de documentos deve aderir à legislação vigente como a Lei de Arquivos (Lei nº 8.159/1991), que regulamenta a gestão documental e o acesso à informação. Além disso, práticas como essas devem sempre respeitar a Tabela de Temporalidade e Destinação de Documentos.

Gabarito: Letra A

corrente é o conjunto de documentos, em tramitação 
ou não, que, pelo seu valor secundário, é objeto de 
consultas periódicas pela entidade que o produziu, a 
quem compete a sua administração.

intermediário consiste no conjunto de documentos 
originários dos pré-arquivos, com uso muito frequente, que aguarda destinação.

de segurança é o conjunto de cópias arquivadas em 
local diverso daquele dos respectivos originais para 
garantir a integridade da informação arquivística.

permanente é o conjunto de documentos preservados em caráter definitivo em função de seu valor secundário e informativo.

histórico é definido como aquele cujo acervo tem 
características especiais e documentos de valor primário, conforme a natureza, função ou atividade da 
entidade produtora.

A Teoria das Três Idades, fundamental em Arquivologia, descreve as fases pelas quais os documentos passam, desde sua criação até seu destino final, que pode envolver a sua preservação ou eliminação. Essas fases são definidas como arquivos corrente, intermediário e permanente. A compreensão correta dos diferentes tipos de arquivos e suas características é crucial para a gestão documental eficiente.

Vamos analisar cada alternativa com base nos conceitos da Teoria das Três Idades:

A) A definição de arquivo corrente incluída na alternativa está parcialmente correta, mas erroneamente atribui a eles um "valor secundário" quando, na verdade, possuem valor primário, diretamente relacionado às atividades correntes e operacionais para as quais os documentos foram criados.

B) A descrição do arquivo intermediário é imprecisa, pois embora esses documentos venham dos arquivos correntes e aguardem uma definição quanto ao seu destino final (eliminação ou guarda permanente), eles são caracterizados pela necessidade reduzida de acesso, e não por "uso muito frequente".

C) O arquivo de segurança é corretamente descrito como um conjunto de cópias de documentos guardados em local distinto dos originais para proteção e garantia de integridade. No entanto, esta descrição não se encaixa na Teoria das Três Idades, visto que esta teoria especificamente refere-se às fases arquivísticas de corrente, intermediário e permanente.

D) Esta alternativa define corretamente o arquivo permanente como sendo documentos preservados definitivamente devido ao seu valor secundário, que engloba aspectos históricos, culturais, probatórios ou informativos, refletindo a finalidade de preservação permanente desses documentos.

E) A descrição de "histórico" parece confundir o termo com a fase de arquivo permanente, mas é incorreta ao afirmar que contém documentos de "valor primário". Os documentos em arquivos históricos (ou permanentes) têm, como já mencionado, valor secundário.

Portanto, levando em consideração a teoria arquivística e a legislação pertinente, como a Lei de Arquivos, Lei nº 8.159/1991, articulam que documentos permanentes devem ser preservados devido ao seu valor secundário, histórico ou informativo (Art. 8º, §3º), a alternativa correta é a D.

Gabarito: Letra D

do ciclo de vida dos documentos de arquivo.

da digitalização dos documentos arquivísticos.

A questão apresentada pela Fundação Vunesp aborda um conceito central na Arquivologia: o ciclo vital dos documentos de arquivo. Este conceito, também conhecido como teoria das três idades, é fundamental para a compreensão da dinâmica dos documentos dentro das organizações, sejam elas públicas ou privadas. 

O ciclo vital dos documentos é um modelo que descreve as diferentes fases pelas quais um documento passa desde sua criação até a disposição final, seja esta a eliminação ou o arquivamento permanente. Este ciclo é normalmente dividido em: fase corrente, fase intermediária e fase permanente. Cada uma dessas fases é caracterizada pelo valor dos documentos e pela frequência com que são consultados. 
 
Fase Corrente: Nesta etapa, os documentos são frequentemente utilizados e geralmente ficam próximos aos seus criadores ou usuários diretos. Aqui, o valor primário do documento (administrativo, legal, fiscal) é mais evidente. 

Fase Intermediária: Os documentos que passam para essa fase são menos consultados, mas ainda precisam ser mantidos por razões legais ou administrativas. Geralmente são transferidos para uma instalação de armazenamento menos custosa. 

Fase Permanente: Documentos com valor histórico, cultural ou científico que justifica a sua manutenção contínua são preservados por tempo indefinido. São geridos por instituições de arquivo permanente. 

Essa passagem de uma fase para outra e a determinação da destinação final dos documentos são regidas por instrumentos arquivísticos chamados tabelas de temporalidade. Estas são ferramentas administrativas que ajudam a estabelecer o tempo que cada tipo de documento deve ser guardado na organização. 

Vamos analisar as alternativas:<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) do ciclo de vida dos documentos de arquivo. - Correta. Esta é a descrição exata do modelo que descreve as fases dos documentos de arquivo, que é justamente o que o enunciado descreve.</li>
 <li>B) do sistema de registro de documentos. - Incorreta. Refere-se à maneira como os documentos são registrados e controlados dentro de uma organização, não abrangendo o conceito de ciclo vital.</li>
 <li>C) da política nacional de arquivos. - Incorreta. Embora a política nacional de arquivos englobe diretrizes para a gestão arquivística, o enunciado foca especificamente no ciclo de vida dos documentos.</li>
 <li>D) do valor administrativo dos arquivos. - Incorreta. Trata-se de uma característica que influencia como os documentos são tratados nas três fases, mas não descreve o ciclo vital em si.</li>
 <li>E) da digitalização dos documentos arquivísticos. - Incorreta. Esta opção refere-se ao processo de conversão de documentos para formato digital, não ao ciclo vital dos documentos.</li>
</ul> 

Portanto, a alternativa correta é a letra A, que se refere diretamente ao ciclo de vida dos documentos de arquivo. Este conceito é vital para implementação de uma gestão documental eficaz, permitindo não apenas a economia de recursos, mas também garantindo a preservação da informação documental ao longo do tempo. 

Gabarito: Letra A

transferidos para o arquivo corrente.

Na Arquivologia, o conceito de ciclo vital dos documentos, também conhecido como teoria das três idades, descreve as fases pelas quais um documento passa durante o seu período de utilização e armazenamento. Essas fases são divididas em: arquivo corrente, arquivo intermediário e arquivo permanente.

A questão proposta contextualiza a transição dos documentos após seu tempo de guarda no arquivo intermediário. O uso eficiente deste modelo ajuda a organizar e preservar documentos de acordo com sua frequência de uso e importância a longo prazo.

Vamos analisar cada uma das alternativas:
<ul>
<li>Alternativa A: Transferidos para o arquivo corrente. Esta opção é incorreta, porque normalmente os documentos são movidos para o arquivo corrente a partir da criação e uso imediato e, após essa fase, progrediriam para o arquivo intermediário, não o contrário.</li>
<li>Alternativa B: Recolhidos ao arquivo permanente. Esta é a opção correta e segue a progressão natural do ciclo de vida de um documento. Depois de permanecer no arquivo intermediário — onde são guardados documentos menos ativos mas que ainda podem ser necessários para operações legais, fiscais ou administrativas —, os documentos cujo valor informativo ou probatório justifique sua preservação a longo prazo são transferidos para o arquivo permanente.</li>
<li>Alternativa C: Enviados ao protocolo. Esta alternativa é incorreta, visto que o protocolo geralmente lida com o recebimento, registro, distribuição e movimentação dos documentos na fase corrente, e não após a fase intermediária.</li>
<li>Alternativa D: Reformatados.Embora a reformatização possa ser parte do processo de preservação de documentos que serão mantidos no arquivo permanente, esta alternativa por si só é incorreta como resposta principal, pois não especifica a finalidade e destino final dos documentos conforme o ciclo de vida descrito.</li>
<li>Alternativa E: Microfilmados. Similar à reformatização, o microfilmamento é uma técnica de preservação e redução de espaço de armazenagem. Porém, sua menção isolada também é incorreta como resposta a esta questão, pois não implica diretamente que os documentos passem a integrar o arquivo permanente, o que é essencial ao considerar o progresso no ciclo vital de um documento.</li>
</ul>

Segundo a Lei de Arquivos (Lei nº 8.159/1991), os documentos de arquivo provenientes de órgãos públicos são classificados e devem ser destinados conforme sua fase no ciclo de vida documental. Os documentos que avançam para o arquivo permanente são aqueles de valor histórico, probatório ou informativo que justificam sua conservação permanente.

Essencialmente, o correto manejo dos arquivos conforme a teoria das três idades garante que documentos importantes sejam preservados adequadamente e que recursos não sejam desperdiçados com a manutenção de documentos que já não possuem utilidade operacional ou legal.

Gabarito: Letra B

A questão examina a compreensão dos valores dos documentos no contexto do ciclo vital e da teoria das três idades na Arquivologia. Esses conceitos são fundamentais para entender como os documentos são valorizados e gerenciados ao longo do tempo dentro de uma organização.

Os valores dos documentos são categorizados como primário e secundário. O valor primário está associado ao uso direto para o qual o documento foi inicialmente criado, incluindo aspectos administrativos, legais e fiscais. Já o valor secundário refere-se à utilidade do documento para outros propósitos além daquele para o qual foi originalmente destinado, incluindo a pesquisa histórica e outras formas de investigação futura.
 

Analisando cada uma das alternativas:
<ul>
<li>A) Valor legal - Este termo designa a importância dos documentos em termos de cumprimento e evidência de transações legais, não estando diretamente relacionado à pesquisa e informação futura além de seu contextos legal.</li>
<li>B) Valor fiscal - Semelhante ao valor legal, o valor fiscal está ligado ao cumprimento de obrigações fiscais e contábeis, e não ao seu potencial uso para pesquisa futura.</li>
<li>C) Valor primário - Como mencionado, este se refere ao uso corrente do documento, na condução das operações cotidianas de uma organização, como em processos administrativos e decisórios, não englobando uso para pesquisas futuras de natureza diversa.</li>
<li>D) Valor secundário - Este valor é exatamente o que abrange o uso dos documentos como fonte de pesquisa e informação para terceiros e para a própria administração, abrangendo o potencial informativo do documento que transcende sua utilidade imediata.</li>
<li>E) Valor administrativo - Este está relacionado diretamente com a gestão e operação cotidiana de uma entidade e não com o uso em pesquisa futura, uma vez que se refere ao uso direto e corrente dos documentos.</li>
</ul>
 

Portanto, a alternativa D) Valor secundário é a resposta correta, pois representa com precisão o conceito de documentos que possuem valor além de seu propósito original, servindo como uma rica fonte de dados para pesquisas futuras e informações gerais.

O valor secundário é particularmente importante na gestão de arquivos permanentes, onde documentos que concluíram seu uso inicial são preservados devido ao seu potencial informativo e documental de longo prazo, contribuindo significativamente para a pesquisa histórica, legal, científica, entre outros.

Gabarito: Letra D

Questões de Arquivologia - Ciclo vital e teoria das 3 idades