permitem concluir que apenas os documentos de gênero textual são dotados de autenticidade.

levam a admitir os documentos iconográficos, sonoros e audiovisuais como passíveis de análise diplomática.

excluem do universo das espécies e tipos documentais os discursos pronunciados pelos parlamentares, quando gravados 
ou filmados.

não abrangem os chamados documentos discricionários, como as autorizações e permissões.

são pertinentes em relação à realia, isto é, aos objetos e artefatos que não constituem representações.

A Diplomática, conforme estudada por Luciana Duranti no contexto da Arquivologia, abrange a análise do processo de formação dos documentos e aborda características formais, cumprindo uma função essencial na validação dos documentos como prova. De acordo com Duranti, o foco está no "resultado intelectual da ação de escrever", que compreende tanto documentos em papel como aqueles produzidos em meios digitais ou eletrônicos, incluindo gravações de imagens e som.

Análise das alternativas:

<ul>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa A: Errada. Essa alternativa sugere que somente os documentos textuais são considerados autênticos na Diplomática, o que é uma compreensão limitada e incorreta. Duranti argumenta que o que importa é a sintaxe e a objetivação da ideia, independente do suporte.</li>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: Correta. Esta é a alternativa correta, pois Duranti reconhece que qualquer documento que carregue uma expressão de ideias com regras e estruturas específicas, incluindo documentos iconográficos, sonoros e audiovisuais, pode ser objeto de análise diplomática. Isso demonstra a adaptabilidade da Diplomática a diferentes formatos e meios.</li>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: Errada. Não há exclusão de discursos parlamentares gravados ou filmados da análise diplomática, conforme Duranti esclarece. Toda documentação que exprima ideias de maneira planejada e estruturada entra no âmbito de estudo, independentemente do formato.</li>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: Errada. Os documentos discricionários, tais como autorizações e permissões, também podem ser analisados diplomaticamente, especialmente se atenderem aos critérios de expressão objetivada e regrada. A Diplomática não exclui tipos documentais baseada em seu caráter normativo ou funcional.</li>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa E: Errada. A realia, que são objetos materiais sem representação documental textuada ou visual-sonora direta, não é comumente sujeita à análise diplomática. A Diplomática foca em documentos que carregam expressões ideológicas sistematizadas.</li>
</ul>

Essa discussão em torno da aplicabilidade da Diplomática reflete a evolução dentro da Arquivologia, adaptando-se a novas formas de documentação e assegurando a integridade e autenticidade dos documentos em diferentes formatos. Tal abordagem garante a confiabilidade necessária para tarefas críticas tanto em arquivamento quanto em procedimentos legais e administrativos. A análise por Duranti amplia, portanto, o escopo tradicional da Diplomática, englobando uma variedade de documentos além dos puramente textuais.

Gabarito: Letra B

A questão proposta pela banca AOCP aborda o conteúdo específico de Arquivologia, focando na disciplina responsável pela análise das características estruturais e da autenticidade dos documentos. A alternativa correta é a letra C, Diplomática. 

 A Diplomática é uma ciência que estuda os documentos históricos e contemporâneos, examinando sua estrutura formal, conteúdo linguístico, e sua autenticidade. Surgiu na Europa durante o século XVII, e desde então vem sendo essencial para a compreensão de como documentos são formados e quais as melhores formas de verificar sua validade e integridade histórica.
 
A disciplina é extremamente útil quando aplicada em arquivos, pois auxilia na identificação e classificação documental, contribuindo para melhor gerenciamento do ciclo de vida dos documentos, incluindo a avaliação de sua autenticidade, um elemento crucial tanto para o campo da pesquisa histórica quanto para a administração de documentos contemporâneos em organizações.
 
Analisando as demais alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Linguística: Embora se relacione com o estudo da linguagem utilizada nos documentos, não se concentra na estrutura formal nem na autenticidade dos mesmos.</li>
 <li>B) Heráldica: Está mais ligada ao estudo de brasões e insígnias, não tendo relação direta com a análise documental em arquivística.</li>
 <li>D) Numismática: É o estudo das moedas, medalhas e outros valores metálicos, não relacionando-se com documentos.</li>
 <li>E) Paleografia: Foca no estudo e na interpretação de escritos antigos e suas formas de escrita, o que é parte relevante da arquivologia, mas não cobre a análise da estrutura formal completa ou autenticidade de documentos de maneira abrangente como a Diplomática.</li>
</ul>
 
Portanto, a Diplomática é fundamental na prática arquivística moderna, permitindo aos profissionais não apenas entender a origem e contexto dos documentos, mas também aplicar métodos para verificar sua autenticidade e correta catalogação dentro de sistemas de arquivamento, fundamentais para a preservação e acesso a longo prazo.
 
Gabarito: Letra C

A questão proposta pela banca AOCP aborda o conteúdo específico de Arquivologia, focando na disciplina responsável pela análise das características estruturais e da autenticidade dos documentos. A alternativa correta é a letra C, Diplomática. 

 A Diplomática é uma ciência que estuda os documentos históricos e contemporâneos, examinando sua estrutura formal, conteúdo lingüístico, e sua autenticidade. Surgiu na Europa durante o século XVII, e desde então vem sendo essencial para a compreensão de como documentos são formados e quais as melhores formas de verificar sua validade e integridade histórica.
 
A disciplina é extremamente útil quando aplicada em arquivos, pois auxilia na identificação e classificação documental, contribuindo para melhor gerenciamento do ciclo de vida dos documentos, incluindo a avaliação de sua autenticidade, um elemento crucial tanto para o campo da pesquisa histórica quanto para a administração de documentos contemporâneos em organizações.
 
Analisando as demais alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Linguística: Embora se relacione com o estudo da linguagem utilizada nos documentos, não se concentra na estrutura formal nem na autenticidade dos mesmos.</li>
 <li>B) Heráldica: Está mais ligada ao estudo de brasões e insígnias, não tendo relação direta com a análise documental em arquivística.</li>
 <li>D) Numismática: É o estudo das moedas, medalhas e outros valores metálicos, não relacionando-se com documentos.</li>
 <li>E) Paleografia: Foca no estudo e na interpretação de escritos antigos e suas formas de escrita, o que é parte relevante da arquivologia, mas não cobre a análise da estrutura formal completa ou autenticidade de documentos de maneira abrangente como a Diplomática.</li>
</ul>
 
Portanto, a Diplomática é fundamental na prática arquivística moderna, permitindo aos profissionais não apenas entender a origem e contexto dos documentos, mas também aplicar métodos para verificar sua autenticidade e correta catalogação dentro de sistemas de arquivamento, fundamentais para a preservação e acesso a longo prazo.
 
Gabarito: Letra C

A questão apresentada pela banca AOCP aborda um conceito fundamental em Arquivologia: os valores primário e secundário dos documentos e como eles influenciam na gestão documental. Importante destacar que a análise tipológica é crucial para entender o contexto de criação dos documentos e suas funções, o que determina tais valores.

Os valores primário e secundário de um documento referem-se aos motivos pelos quais um documento é preservado. O valor primário está relacionado ao propósito original para o qual o documento foi criado, como por exemplo a finalidade administrativa ou legal. Já o valor secundário pode emergir posteriormente, como por exemplo, para fins de pesquisa histórica ou cultural.

Revisão das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
<li>A) da data: A data pode ser crucial para entender o período de produção do documento, porém não é o aspecto fundamental para a análise tipológica inicial.</li>
<li>B) da produção: Este é o ponto de partida correto para a análise. Entender o contexto de produção do documento - quem o criou, por quê, como e sob quais circunstâncias - possibilita identificar o valor primário e prever potenciais valores secundários do documento. Esta abordagem é fundamental para uma classificação e tratamento corretos dos documentos.</li>
<li>C) da tramitação: Embora seja importante para entender o ciclo de vida do documento, a tramitação não é o ponto inicial mais relevant para a análise tipológica.</li>
<li>D) do descarte: Questões de descarte são tratadas após a determinação do prazo de retenção baseado na análise dos valores do documento, não no início do processo de avaliação.</li>
<li>E) da classificação: A classificação é importante, mas ela é uma resposta à análise inicial de produção de um documento, não um ponto de partida por si só.</li>
</ul>

A escolha da alternativa "B" é a mais adequada, conforme fundamentado. Entender o contexto de produção de um documento é primordial para fazer julgamentos arquivísticos relevantes sobre sua conservação e disposição. Essa abordagem está alinhada com práticas recomendadas pela teoria arquivística contemporânea, que enfatiza a análise do contexto e dos processos de criação do documento para aprimorar a gestão do arquivo.

Além disso, a Lei de Arquivos (Lei nº 8.159/1991) ressalta a importância da gestão arquivística desde a criação dos documentos, implicando a necessidade de análises que começam com o entendimento de como, por quem, e por que os documentos foram produzidos. Isso ajuda a estabelecer tanto os prazos de guarda quanto as especificações para a sua possivel digestão.

Gabarito: Letra B

A questão em debate apresenta um enunciado sobre o objetivo primário da análise diplomática, apontando que seria estabelecer ou reconhecer a origem do documento. O erro comum nesta concepção reside na confusão entre as finalidades da análise diplomática e das análises relacionadas à gênese documental.

Primeiramente, é essencial esclarecer que a análise diplomática, conforme definida pela literatura e prática arquivística, foca primariamente em verificar a autenticidade e legitimidade dos documentos escritos, particularmente aqueles de natureza oficial. A preocupação encontra-se na forma e estrutura que estes documentos apresentam, incluindo a observação de sinais de validação, como selos e assinaturas, que confirmam a autenticidade dos mesmos.

Segundo o Dicionário Brasileiro de Terminologia Arquivística (2005), a diplomática é descrita como a disciplina que estuda a "estrutura formal e a autenticidade dos documentos". O foco é na estrutura formal do documento e não diretamente na sua origem ou no contexto de sua criação, que seria o foco da análise tipológica ou de outros métodos de análise documental focados na gênese dos documentos.

<blockquote>
"A Diplomática, por definição, ocupa-se da estrutura formal dos atos escritos de origem governamental e/ou notarial. Trata, portanto, dos documentos que, emanados das autoridades supremas, delegadas ou legitimadoras (como é o caso dos notários), são submetidos, para efeito de validade, à sistematização imposta pelo Direito." — Bellotto, 2002.
</blockquote>

Esta citação de Bellotto (2002) salienta como a análise diplomática se concentra na conformidade dos documentos com as normas jurídicas que regem sua preparação e autenticação, garantindo sua validade legal e formal.

A confusão pode ocorrer porque tanto a análise diplomática quanto outras formas de análise documental, como a gênese documental, são utilizadas na avaliação de documentos no campo da Arquivologia. No entanto, enquanto a análise diplomática assessora a validade formal, a gênese documental investiga o contexto de criação de um documento, buscando entender os processos e circunstâncias que levaram à sua criação.

Portanto, afirmar que o objetivo primário da análise diplomática é identificar ou reconhecer a origem do documento é um equívoco. Essa atribuição é mais alinhada com a análise tipológica ou estudos relacionados às circunstâncias de produção dos documentos.

Dessa forma, a assertiva pode ser considerada incorreta, pois mistura conceitos distintos que pertencem a diferentes aspectos da análise e gestão documental.

Gabarito: Letra E

O objetivo primário da análise diplomática consiste em
estabelecer ou reconhecer a origem do documento.

Julgue os próximos itens, relativos aos princípios e conceitos da
ciência arquivística.


A análise tipológica dos documentos é fundamental na gestão de arquivos, pois proporciona um entendimento mais profundo sobre a natureza e o contexto de produção documental. Contrariamente ao que propõe o enunciado da questão, ela é essencial para a classificação e o arranjo documental, fornecendo subsídios importantes para compreender a organização e função dos documentos dentro de uma série documental.
 
A análise tipológica auxilia na identificação e categorização dos documentos por tipos, o que facilita a aplicação de métodos apropriados para sua gestão, conservação e acesso. Segundo Heloísa Liberalli Bellotto, a análise tipológica beneficia vários processos do tratamento documental, especialmente na classificação e arranjo ao elucidar a composição das séries documentais:
<blockquote>
<ul>
 <li>Na classificação/arranjo, a análise tipológica esclarece como os documentos estão organizados e quais características compartilham, suportando a criação de um sistema de arranjo que reflita de forma mais precisa a natureza dos registros.</li>
 <li>Na descrição, auxilia na determinação de dados fixos e variáveis que são cruciais para a interpretação do conteúdo documental e sua adequada catalogação e pesquisa.</li>
 <li>No atendimento aos usuários, torna mais acessível a recuperação de informações específicas, considerando que cada tipo documental pode conter elementos padrões importantes para os usuários.</li>
 <li>Na avaliação, a identificação das funções documentais permitidas pela análise tipológica orienta a definição de prazos de guarda e destinação final dos documentos.</li>
</ul>
</blockquote>
 
Portanto, a alegação de que a análise tipológica é dispensável para a classificação ou arranjo de documentos contradiz a prática arquivística contemporânea, que valoriza esse procedimento como meio de compreender e administrar o universo documental de maneira eficaz. A análise tipológica não apenas provê subsídios para a classificação, como também é crucial para garantir que os documentos sejam adequadamente organizados, preservados e acessíveis.
 
Ao analisar a importância da análise tipológica, enfatizamos sua vitalidade para a prática arquivística, invalidando a opção que sugere ser ela dispensável na organização de arquivos.
 
Referência
BELLOTTO, Heloísa Liberalli. Arquivos permanentes: tratamento documental. 4ª ed. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2006.
 
Gabarito: Letra E

A análise tipológica é dispensável na classificação/arranjo por
não oferecer subsídios para o entendimento da composição das
séries documentais.

No que concerne à análise tipológica de documentos de arquivo e
suas aplicações no tratamento de documentos arquivísticos, julgue
os próximos itens.


Questões de Arquivologia - Diplomática - Análise tipológica de documentos