Na questão que nos é apresentada pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), avalia-se um aspecto decisivo na gestão de arquivos, mais especificamente na análise tipológica dos documentos. 

A alternativa correta, conforme indicado, é "Certo". Isso se fundamenta na premissa de que compreender integralmente a estrutura organizacional de uma entidade é crucial para realizar uma análise tipológica eficaz dos documentos de arquivo. 

A análise tipológica envolve a identificação dos tipos documentais que existem dentro de uma organização e o contexto em que foram criados. Esses tipos documentais são caracterizados por suas funções e sua natureza operacional em uma entidade específica. Esta análise é fundamental para estabelecer sistemas de classificação eficientes e para orientar procedimentos de avaliação e de preservação documental adequados. 

Segundo a teoria e prática arquivísticas, a estrutura organizacional de uma entidade orienta a criação, a gestão e o fluxo de documentos dentro da mesma. Por exemplo, um departamento jurídico dentro de uma organização produzirá tipos documentais distintos daqueles do departamento financeiro. Portanto, um entendimento da estrutura organizacional e suas mudanças ao longo do tempo é essencial para uma análise tipológica precisa, pois permite que o arquivista compreenda não só a origem, mas também a função e o uso esperado dos documentos em cada parte da organização. 

Além disso, as organizações podem passar por várias alterações em sua estrutura organizacional ao longo do tempo, seja por reestruturações internas, mudanças de direção estratégica ou adaptações a novas regulamentações ou demandas do mercado. Essas mudanças, por sua vez, podem influenciar a criação, manuseio e disposição dos documentos. Portanto, um entendimento dessas alterações é crucial também para a avaliação do ciclo de vida dos documentos e para a implementação de estratégias de preservação a longo prazo. 

Entender a estrutura da organização auxilia ainda na implementação da classificação arquivística, que é ordenada conforme as atividades desenvolvidas pela instituição, representadas nos documentos. A classificação fornece a base para todas as outras operações de arquivo, incluindo a localização, a manipulação e a avaliação do documento arquivístico. 

Por todos esses motivos, pode-se confirmar que o conhecimento sobre a estrutura organizacional e suas alterações são indispensáveis para a condução de uma análise tipológica efetiva e responsável de um acervo documental. Portanto, a assertiva é verdadeira. 

Gabarito: Letra C

Para se proceder à análise tipológica do acervo de documentos
de uma entidade, é fundamental que se tenha conhecimento
prévio da estrutura organizacional dessa entidade e de suas
sucessivas alterações.

Julgue os seguintes itens, relativos à análise tipológica dos
documentos de arquivo.


ciência da informação e gestão do conhecimento.

A análise tipológica em Arquivologia, um método essencial para a interpretação e organização de documentos, é amplamente discutida por Heloísa Liberalli Bellotto. Esta análise foca na identificação das características dos documentos, que estão vinculadas à sua função e contexto de criação. Ela serve, sobretudo, para entender a natureza dos documentos dentro de um arquivo, permitindo uma gestão documental mais eficaz. Vamos analisar as alternativas mais detalhadamente com base nesse entendimento.

 

Alternativa A: paleografia e diplomática. 
A paleografia é o estudo das antigas escrituras e estilos de escrita, enquanto a diplomática é a disciplina que estuda a estrutura formal e a autenticidade dos documentos, geralmente aplicada a documentos históricos e medievais. Embora a diplomática seja relevante, a paleografia não se conecta diretamente com a análise tipológica no contexto contemporâneo de gestão de documentos.

 

Alternativa B: diplomática e arquivística. 
Esta alternativa é correta. A diplomática moderna, ao ser combinada com princípios de arquivística, apoia a análise tipológica ao entender a composição e contexto dos documentos de arquivo. A arquivística, por sua vez, compreende as práticas de gestão e conservação de documentos, pontos essenciais para entender e utilizar os documentos como evidência e informação.

 

Alternativa C: edótica e arquivística. 
A edótica, ou crítica textual, está mais relacionada ao estudo de textos e suas variações, sendo frequentemente usada na preparação de edições críticas de obras literárias. Embora relevante na análise documental, não é uma disciplina prioritária para a análise tipológica dentro da Arquivologia.

 

Alternativa D: ciência da informação e gestão do conhecimento. 
Ambas as disciplinas são importantes na administração de informação, mas não são as principais fundações para a análise tipológica como o sugerido por Bellotto. Essas áreas tratam mais da organização, preservação e disseminação da informação de maneira geral.

 

Alternativa E: sigilografia e epigrafia. 
A sigilografia estuda os selos antigos, e a epigrafia, as inscrições gravadas em materiais permanentes. Ambas são úteis para a compreensão histórica e autenticação, mas não são centrais para a análise tipológica no âmbito da Arquivologia prática e contemporânea.

 

Concluindo, a análise tipológica busca uma compreensão funcional e estrutural dos documentos, para a qual a diplomática provê métodos de verificação de autenticidade e arquivística aplica práticas de gestão e organização. Assim, a Alternativa B é a mais adequada, pois combina duas disciplinas fundamentais para o estudo profundo e aplicado dos documentos de arquivo em suas próprias naturezas e contextos.

Gabarito: Letra B

a quantidade de itens similares no fundo de que fazem parte e o material empregado em seu acondicionamento.

o título, o valor probatório e a entidade que assumiu sua custódia.

o processamento técnico a que foram submetidos e seu valor primário.

o tipo, a entidade produtora e a legislação que lhes confere legitimidade.

a credibilidade de seu conteúdo manifesto e os sinais de validação utilizados pela entidade produtora.

A análise tipológica de documentos é uma técnica fundamental dentro da arquivologia que visa identificar as características intrínsecas e extrínsecas dos documentos, facilitando sua classificação e gestão. Essa análise foi influenciada significativamente pelo Grupo de Arquivistas de Madri, que propôs um modelo centrado na compreensão das funções e atividades que geram os documentos, além de enfatizar a importância de elementos como o tipo de documento, a entidade produtora e aspectos legais associados.

Vamos analisar as alternativas apresentadas na questão:


A) a quantidade de itens similares no fundo de que fazem parte e o material empregado em seu acondicionamento. 
Essa alternativa foca mais em aspectos quantitativos e materiais dos documentos, que, embora relevantes para a gestão de acervos, não são os principais focos da análise tipológica conforme o modelo proposto pelo Grupo de Madri. A análise tipológica está mais interessada nas naturezas funcionais e legais dos documentos.



B) o título, o valor probatório e a entidade que assumiu sua custódia. 
Esta alternativa inclui alguns elementos importantes como "valor probatório", que é uma consideração vital na arquivologia. No entanto, a análise tipológica concentra-se menos no "título" e na "entidade que assumiu sua custódia", priorizando mais na origem e contexto de criação do documento do que em quem atualmente detém a custódia.



C) o processamento técnico a que foram submetidos e seu valor primário. 
O "processamento técnico" e o "valor primário" são importantes, mas a análise tipológica tradicional foca mais amplamente nos atributos relacionados à criação e função do documento dentro da organização produtora, não apenas no processamento técnico ou valor específico.



D) o tipo, a entidade produtora e a legislação que lhes confere legitimidade. 
Esta alternativa alinha-se diretamente com o modelo de análise tipológica do Grupo de Madri. Ela aborda três aspectos essenciais: o "tipo" de documento, que se refere à sua função e natureza; a "entidade produtora", que é crucial para entender o contexto administrativo e operacional em que o documento foi criado; e "a legislação", que fundamenta a autoridade e legitimidade do documento. Esta é uma resposta abrangente e precisa que reflete os princípios da análise tipológica.



E) a credibilidade de seu conteúdo manifesto e os sinais de validação utilizados pela entidade produtora. 
Enquanto a "credibilidade do conteúdo" e os "sinais de validação" são importantes, eles não são centrais para a análise tipológica no sentido proposto pelo Grupo de Madri, que é mais focado na origem e função documental do que em aspectos de validação interna.


Em resumo, a alternativa D melhor encapsula os princípios da análise tipológica conforme influenciados pelo Grupo de Arquivistas de Madri, com foco no tipo de documento, a entidade que o produziu e a legislação que regula sua criação e uso. Esses elementos são fundamentais para entender a natureza e o propósito dos documentos dentro de uma organização e para garantir uma gestão eficaz.

Gabarito: Letra D

Analisando a questão proposta pela Fundação Carlos Chagas sobre Arquivologia, mais especificamente sobre a análise tipológica de documentos, é importante entender as características de cada tipo de documento mencionado nas alternativas e, assim, determinar corretamente o que representa um prontuário funcional.

 

O prontuário funcional é um conjunto de documentos que reúnem informações relevantes e históricas sobre a vida funcional de um servidor ou empregado. É fundamental em contextos organizacionais para gestão e controle de informações pessoais e profissionais dos funcionários.

 

Com isso em mente, vamos analisar as alternativas:
<ul>
<li>A) composto. Um documento composto é aquele formado por vários documentos ou por partes distintas, que juntos formam um todo. Esta definição se aplica perfeitamente ao prontuário funcional, pois ele é, de fato, um conjunto de documentos diversos que formam um arquivo completo sobre o funcionário.</li>

<li>B) heterógrafo. Um documento heterógrafo é aquele que possui cópias idênticas produzidas, geralmente por processos mecânicos ou eletrônicos. Essa opção não se aplica ao prontuário funcional, que é um conjunto único e personalizado para cada indivíduo.</li>

<li>C) cifrado. Um documento cifrado refere-se àquele que foi escrito de forma codificada para ocultar seu conteúdo real. Isso não se relaciona com a natureza ou o propósito de um prontuário funcional.</li>

<li>D) hológrafo. Um documento hológrafo é escrito totalmente à mão pelo autor. Esta descrição não corresponde ao prontuário funcional, que geralmente contém documentos diversos, incluindo formulários preenchidos ou impressos.</li>

<li>E) apócrifo. Um documento apócrifo é um documento cuja autenticidade é duvidada ou não reconhecida oficialmente. Isso não se aplica aos prontuários funcionais, que são conjuntos oficiais e reconhecidos de documentos dentro de uma organização.</li>
</ul>

 

A melhor resposta é a alternativa A) composto, que se adequa corretamente à natureza do prontuário funcional, destacando as características desse tipo de arquivo. A análise tipológica é vital para a correta gestão documental, pois permite que se compreenda e se trate adequadamente os documentos conforme sua formação e conteúdo, contribuindo para a eficácia dos processos de arquivo e a preservação da informação.

 

É importante lembrar que a gestão eficaz de arquivos como o prontuário funcional é essencial para as organizações, pois garante o acesso rápido a informações precisas e a conservação desses dados ao longo do tempo. A compreensão e correta classificação dos tipos documentais apoiam no cumprimento de requisitos legais e na tomada de decisões administrativas.

 

Gabarito: Letra A

se apenas as alternativas I e II estiverem corretas.

se apenas as alternativas II e III estiverem corretas.

se apenas as alternativas I e III estiverem corretas.

se todas as alternativas estiverem corretas.

GABARITO: Letra D

 

A questão pede para identificar quais poderes podem emitir documentos normativos, que são documentos oficiais com caráter obrigatório, destinados a regular procedimentos e ações dentro de uma determinada esfera de influência, e devem ser acatados pelos subordinados. Esta pergunta destaca a análise tipológica dos documentos bem como sua vinculação ao poder de origem.

 

Conforme a estrutura administrativa e legal vigente no Brasil, os documentos normativos podem emanar dos três poderes citados:

 

<ul>
<li>Poder Executivo: Emana atos normativos como decretos e medidas provisórias que possuem força de lei e instruções normativas que detalham a execução das leis.</li>
<li>Poder Legislativo: Principal fonte de normas jurídicas como leis e emendas constitucionais, que estabelecem regras gerais e mandatórias para toda a sociedade.</li>
<li>Poder Judiciário: Embora sua função primária seja julgar, esse poder também emite normas regulamentares sobre procedimentos judiciais, como regimentos internos, além de súmulas vinculantes que têm natureza normativa.</li>
</ul>

 

A Lei nº 8.159/1991, que regula a política nacional de arquivos públicos e privados, menciona a importância de uma gestão documental eficaz, que engloba a correta classificação, avaliação e tramitação de documentos, o que se aplica igualmente aos documentos normativos.

 

Vejamos como cada alternativa se alinha com o entendimento acerca dos poderes que emitem atos normativos:

 

<ul>
<li>Alternativa A: Correta ao incluir o Poder Executivo e Legislativo, mas incompleta por omitir o Judiciário.</li>
<li>Alternativa B: Correta ao incluir o Poder Legislativo e Judiciário, mas incompleta por omitir o Executivo.</li>
<li>Alternativa C: Correta ao incluir o Poder Executivo e Judiciário, mas incompleta por omitir o Legislativo.</li>
<li>Alternativa D: Correta, pois inclui todos os três poderes que podem de fato emanar documentos normativos.</li>
</ul>

 

Portanto, a resposta correta é a letra D, que confirma que o Poder Executivo, Legislativo e Judiciário são todos capazes de emanar documentos normativos, cada um dentro de suas competências e limites legais.

 

Gabarito: Letra D

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