E aí, tudo beleza? Vamos dar uma olhada nessa questão e entender por que a resposta correta é "D". 
 
Primeiro, é essencial notar que o verbo destacado no texto é "substituíra", que está no tempo verbal chamado "mais-que-perfeito do modo indicativo", na forma simples. Esse tempo é usado para indicar um fato ou ação que aconteceu antes de outro fato já mencionado no passado, mas não tão usual nos dias de hoje, então é uma pegada meio antiga, mas bacana de se ver. 
 
Agora, vamos aos possíveis significados: 
- Na opção (A) "se substituiu" - está no passado perfeito, mas aqui temos uma pegada de reflexivo que não existe no original. 
- Na opção (B) "fora substituída" - é passiva, e não conecta bem com a forma ativa no texto. 
- Na opção (C) "substituía" - isso é imperfeito do indicativo; expressa uma ação contínua no passado, e não uma ação concluída antes de outra. 
- Na opção (D) "tinha substituído" - essa sim bate com nosso "substituíra"! Está no mais-que-perfeito do indicativo, na forma composta, e transmite a ideia de uma ação que foi completada antes de algum outro momento passado. Bingo! 
- Na opção (E) "teria substituído" - isso é mais-que-perfeito do subjuntivo, e usamos geralmente para expressar algo incerto ou hipotético no passado, o que não é o caso do contexto dado. 
 
Portanto, a opção "D" é a que traz a tradução correta para o mais-que-perfeito simples que está sendo usado na frase. A estrutura do mais-que-perfeito composto ("tinha + particípio") oferece o mesmo sentido temporal que "substituíra", ou seja, algo já completo antes de outro evento no passado. 
 
alternativa correta é D.

De cedo, aprendi a subir ladeira e a pegar bonde andando. Posso dizer, com humildade orgulhosa, que tive morros e bondes 
no meu tempo de menino. 
Nossa pobreza não era envergonhada. Ainda não fora substituída pela miséria nos morros pobres, como o da Geada. Que 
tinha esse nome a propósito: lá pelos altos do Jaguaré, quando fazia muito frio, no morro costumava gear. Tínhamos um par de 
sapatos para o domingo. Só. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão.  
Não há lembrança que me chegue sem os gostos. Será difícil esquecer, lá no morro, o gosto de fel de chá para os rins, chá de 
carqueja empurrado goela abaixo pelas mãos de minha bisavó Júlia. Havia pobreza, marcada. Mas se o chá de carqueja me descia 
brabo pela goela, como me é difícil esquecer o gosto bom do leite quente na caneca esmaltada estirada, amorosamente, também no 
morro da Geada, pelas mãos de minha avó Nair. 
A miséria não substituíra a pobreza. E lá no morro da Geada, além do futebol e do jogo de malha, a gente criava de um tudo. 
Havia galinha, cabrito, porco, marreco, passarinho, e a natureza criava rolinha, corruíra, papa-capim, andorinha, quanto. Tudo ali nos 
Jaguarés, no morro da Geada, sem água encanada, com luz só recente, sem televisão, sem aparelho de som e sem inflação. 
Nenhum de nós sabia dizer a palavra solidariedade. Mas, na casa do tio Otacílio, criavam-se até filhos dos outros, e estou certo 
que o nosso coração era simples, espichado e melhor. Não desandávamos a reclamar da vida, não nos hostilizávamos feito 
possessos, tocávamos a pé pra baixo e pra cima e, quando um se encontrava com o outro, a gente não dizia: “Oi!”. A gente se 
saudava, largo e profundo: − Ô, batuta*! 
 
*batuta: amigo, camarada.

A questão pede para identificar o papel do sinal de dois-pontos no segmento selecionado do texto, o que é um ótimo exercício para entender como pontuações podem mudar toda a vibe de uma frase, né? Então, vamos desbravar isso juntos! 
 
O sinal de dois-pontos é super versátil e pode ser usado de várias maneiras, inclusive as listadas nas alternativas. Mas aqui, ele está sendo usado especificamente para introduzir um esclarecimento. O texto antes dos dois-pontos cria um certo suspense e curiosidade quando menciona que o morro tinha esse nome "a propósito". Logo em seguida, a frase após os dois-pontos esclarece o porquê do nome "Geada”: devido ao frio intenso que fazia nos altos do Jaguaré, até o ponto de formar geada. 
 
Então, se liga: não é uma ressalva, pois não está fazendo uma exceção ou restrição à ideia anterior. Também não é uma citação, já que não reproduz palavras de outra fonte. Definitivamente não é uma contradição, porque não está apresentando uma ideia oposta. E, por fim, não é um resumo, pois não está condensando informações, mas expandindo uma ideia. 
 
Portanto, a alternativa que precisa ser marcada com toda certeza na sua folha de respostas é a letra C, pois é um esclarecimento que ajuda a entender melhor a escolha do nome do morro. Tá vendo como um detalhezinho de pontuação pode ser a chave para um entendimento mais firmeza do texto? 
 
alternativa correta é C

No trecho mencionado, o autor faz uma comparação bem direta entre duas formas de cumprimento – "Oi!" e "Ô, batuta!". A forma como ele descreve o segundo, "a gente se saudava, largo e profundo: − Ô, batuta!", sugere um cumprimento muito mais caloroso e pessoal. Isso reflete um senso de comunidade e amizade íntima. 
 
Por outro lado, "Oi!" é retratado como uma forma de saudação mais breve e, dentro deste contexto, menos envolvente. Na cultura brasileira, que valoriza conexões profundas e pessoais, a saudação "Oi" pode ser vista como uma forma educada, porém distante de cumprimentar alguém. Portanto, é caracterizada pela sua impessoalidade em comparação ao muito mais caloroso e personalizado "Ô, batuta!". 
 
Essa distinção nos lembra como os cumprimentos podem variar amplamente em significado e intenção, dependendo do contexto cultural e pessoal. 
 
Então, voltando à questão, a alternativa que melhor descreve a saudação "Oi!" em contraste com "Ô, batuta!" é impessoalidade, indicando que "Oi!" é uma forma de cumprimento que mantém uma certa distância ou formalidade, ao contrário da expressão mais calorosa e íntima "Ô, batuta!". 
 
A alternativa correta é B.

Tínhamos um par de sapatos para o domingo, só. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão.

Tínhamos um par, de sapatos, só para o domingo. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão.

Só, tínhamos um par de sapatos para o domingo. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão.

Tínhamos um par de sapatos para o domingo. A semana só, tocada de tamancos ou de pés no chão.

Tínhamos um par de sapatos para o domingo. A semana tocada de tamancos ou de pés, só no chão.

E aí, beleza? Bora destrinchar essa questão de uso da vírgula? Mergulhando direto, vamos falar de como a vírgula funciona nesse contexto do texto e porque a alternativa A é a que manda bem aqui. 
 
No trecho retirado do texto original, temos "Tínhamos um par de sapatos para o domingo. Só. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão.". O uso da vírgula é algo que tem muito a ver com pausas e organização das ideias, né? E também com a ênfase. 
 
Vamos ver cada alternativa e entender o que tá rolando: 
 
<ul> 
<li>Alternativa A: "Tínhamos um par de sapatos para o domingo, só. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão." Essa escolha preserva a ênfase original na palavra "só", colocando a vírgula antes para reforçar a ideia de que havia apenas um par de sapatos para o domingo, e ponto final. Mantém aquele estilo de dar uma pausa dramática, entendesse? 
</li><li>Alternativa B: "Tínhamos um par, de sapatos, só para o domingo. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão." Aqui as vírgulas adicionadas criam uma separação estranha que faz a frase perder fluidez, além de não dar a mesma ênfase em "só". 
</li><li>Alternativa C: "Só, tínhamos um par de sapatos para o domingo. A semana tocada de tamancos ou de pés no chão." Trazer "Só" para o começo da frase muda o ritmo e o foco da frase, e a vírgula depois dele parece deslocada. 
</li><li>Alternativa D: "Tínhamos um par de sapatos para o domingo. A semana só, tocada de tamancos ou de pés no chão." Essa mudança para "só" ao meio da segunda frase altera completamente o sentido e faz parecer que só a semana era de tamancos, o que não rolava. 
</li><li>Alternativa E: "Tínhamos um par de sapatos para o domingo. A semana tocada de tamancos ou de pés, só no chão." Altera o sentido, pois sugere que apenas os pés estariam no chão, não os tamancos. 
</li></ul> 
 
A vírgula na Alternativa A foi sacada legal porque ela ajuda a manter o ritmo da narrativa e a ênfase corretos, que são perdidos ou atrapalhados nas outras opções. Não é só sobre a gramática, mas também sobre manter o estilo e a emoção do texto, sacou? 
 
Assim, a alternativa correta é A.

Caso você quer voltar à um dia da infância, tome chá de carqueja.

Os bondes não se manteram com à passagem do tempo.

Nós nos dedicávamos à criação de uma infinidade de animais.

Na casa do tio Otacílio, proporam-se à criar filhos dos outros.

Não era comum que um hostiliza-se à outro no morro da Geada.

Iaí, galera! Bora destrinchar essa questão de crase sem perder a vibe? A crase pode dar um nó na cabeça, mas quando você pega o jeito, vira moleza! Então, se liga nos detalhes, que vou explicar cada alternativa pra você matar essa no enem ou no seu concurso! 
 
A crase acontece quando a fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a(s)" ocorre. Mas atenção, nem todo "a" + "a" gera crase! Tem algumas manhas pra usar corretamente. 
 
<ul> 
 <li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">Alternativa A: "Caso você quer voltar à um dia da infância, tome chá de carqueja." — Tem esparrela aqui! Não rola crase antes de artigo masculino ("um"). Então, nada de crase, galera.</li> 
 <li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">Alternativa B: "Os bondes não se manteram com à passagem do tempo." — Outro vacilo. Não se usa crase antes de substantivo feminino usado de maneira genérica. Era só "a passagem".</li> 
 <li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">Alternativa C: "Nós nos dedicávamos à criação de uma infinidade de animais." — Aí sim! Aqui rola crase, porque é uma junção da preposição "a" (indicando finalidade, relação) com o artigo "a" antes de "criação". Mandaram bem nessa!</li> 
 <li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">Alternativa D: "Na casa do tio Otacílio, propuseram-se à criar filhos dos outros." — Ops, pisada na bola! Antes de verbo ("criar"), não ocorre crase. Não precisa desse acento aí não!</li> 
 <li style="text-align: left; margin-bottom: 10px;">Alternativa E: "Não era comum que um hostiliza-se à outro no morro da Geada." — Mais um fora. Verbo precisa de espaço, então nada de crase antes de "outro".</li> 
</ul> 
 
Agora que já vimos todos os detalhes, dá para cravar que a alternativa correta é C.

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