Para resolver a questão, é fundamental compreender a abordagem do texto sobre como algumas pessoas buscam obter dinheiro nas ruas de São Paulo. O texto descreve que esses indivíduos se envolvem em atividades como se disfarçar, fazer teatro de desespero, cantar nos semáforos ou mesmo fingir deficiências físicas para conseguir dinheiro fácil através da mendicância. 

"Atrás de dinheiro fácil, vale fazer de tudo nas esquinas de São Paulo... até usar cadeira de rodas mesmo sendo capaz de andar." Este segmento explicita que, para obter dinheiro de forma desonesta, indivíduos fingem situações de desespero ou incapacidade, configurando um engano aos transeuntes. 

Além disso, o texto menciona que esses profissionais da esmola não são necessariamente miseráveis sem outras opções de sobrevivência, pois todos têm residência fixa e uma renda diária entre 30 e 100 reais, apenas com a mendicância. Isso reforça que a prática é menos uma necessidade e mais uma forma deliberada de exploração da caridade alheia. 

Com isso, é possível analisar as alternativas fornecidas: 
<ul>
<li>A) "submetem-se a trabalhos pesados" é incorreta porque o texto fala justamente do contrário, mendicância como uma forma mais fácil e menos laboriosa de ganhar dinheiro;</li>
<li>B) "são capazes de enganar os outros" é a alternativa que reflete o comportamento descrito no texto, onde indivíduos enganam para ganhar dinheiro;</li>
<li>C) "procuram se vestir com roupas melhores" é incorreta, pois o texto informa sobre se vestir de maneira miserável para persuadir quem passa;</li>
<li>D) "buscam profissões mais rentáveis" é incorreta, dado que o texto mostra a mendicância como a forma de ganhar dinheiro;</li>
<li>E) "recorrem aos órgãos governamentais" também é incorreta porque o texto não menciona qualquer envolvimento com instituições governamentais.</li>
</ul>
 

Gabarito: Letra B

Atrás de dinheiro fácil, vale fazer de tudo nas esquinas de 
São Paulo. Vale se fantasiar com uma roupa surrada, fazer cara 
de pelo amor de Deus com criança no colo, cantar no farol ou até 
usar cadeira de rodas mesmo sendo capaz de andar.
Uma reportagem constatou o sucesso dessas artimanhas ao 
acompanhar a rotina de sete pessoas que transformaram mendi-
cância em profissão, ou seja, não se trata de miseráveis que não 
encontram outra forma de sobreviver. Todos têm residência fixa 
e declaram receber entre 30 e 100 reais por dia. Às vezes, fazem 
ponto em mais de um lugar. Sem nem sequer vender uma bala, 
essas pessoas faturam, em média, 600 reais por mês. Um bom 
negócio se comparado ao salário mínimo.
A fonte que alimenta a mendicância é vasta. Quatro em cada 
dez paulistanos dão esmola nos semáforos. Em vez de ajudar, quem 
dá esmola faz da mendicância um trabalho rentável.
Idade avançada ou problemas físicos, usados frequentemente 
como desculpa para justificar a situação da maioria desses pedin-
tes, não os impedem de viajar horas de ônibus, da periferia até os 
cruzamentos escolhidos.
Mendicância deixou de ser contravenção penal. O artigo que 
previa prisão de quinze dias a três meses para a prática foi revo-
gado em 2009. Entretanto, a questão é delicada. É difícil separar 
quem está precisando de ajuda por uma circunstância infeliz da 
vida daqueles que fizeram da mendicância um emprego.

Considere o texto da figura para responder às questões seguintes.
 <img alt='Imagem questão' src='https://d28sq8dmsjgyhi.cloudfront.net/4e625ba3dee2c126d500037f/imgs_02_GuardaPortuario/11.PNG' class='imagem_questao'> 
Depois	que passou a imitar o rei Roberto 
Carlos, as esmolas saltaram de 30 para 50 
reais por dia.

A conjunção "porque" é utilizada para introduzir uma justificação ou explicação para a afirmação anterior. No contexto da frase "As pessoas precisam ser alertadas porque o número de mendigos que agem de má fé é grande", a conjunção tem a função de explicar o motivo pelo qual as pessoas precisam ser alertadas, ou seja, o grande número de mendigos que agem de má fé. 
Para analisar as alternativas, é necessário entender qual conjunção preserva essa relação de causalidade: 
<ul>
<li>A) mas - é uma conjunção adversativa, utilizada para introduzir uma ideia de oposição ou contraste. Exemplo: "Eu gostaria de sair, mas está chovendo". Não mantém o sentido original de explicação. </li>
<li>B) porém - semelhante a "mas", também é uma conjunção adversativa. Portanto, não é adequada para expressar a relação causal explicitada na frase original. </li>
<li>C) todavia - outra conjunção adversativa, indicando contraste e não causalidade. Assim como "mas" e "porém", não é apropriada para substituir "porque" no texto. </li>
<li>D) entretanto - mais uma conjunção adversativa, usada quando há uma ideia de oposição. Portanto, não serve para expressar uma razão ou explicação. </li>
<li>E) pois - pode ser usada como conjunção explicativa, equivalente a "porque" quando posicionada após o verbo. Ela estabelece uma relação de causa e efeito, adequando-se ao contexto da frase original. </li>
</ul>
Portanto, dentre as alternativas apresentadas, a única que preserva a relação de causa explicitada pelo 'porque' é a letra E com a conjunção 'pois'. Ela pode atuar como uma conjunção explicativa que não alteraria o sentido do fragmento original. 
Gabarito: Letra E

Na análise da colocação pronominal na norma culta do português, consideramos as chamadas regras de próclise, mesóclise e ênclise. Vamos analisar cada uma das frases dadas:

I. O mendigo não interessou-se pelo trabalho. 
Aqui, observamos o uso da ênclise, que é a colocação do pronome oblíquo após o verbo. No entanto, o uso da ênclise não é adequado após palavras com valor negativo, como "não". Nesse caso, a próclise seria obrigatória: "O mendigo não se interessou pelo trabalho". Portanto, a colocação pronominal nesta frase está incorreta. 

II. Ele é o mesmo senhor que nos pediu dinheiro ontem. 
Nesta frase, o uso do pronome "nos" antes do verbo ("pediu") é um exemplo de próclise, que é utilizada corretamente por estar precedida por uma palavra relativa "que". Isso atrai o pronome para antes do verbo, tornando o uso adequado segundo a norma culta. 

III. Me informaram que a idosa não era tão pobre. 
Este caso apresenta a ênclise em "informaram-me", mas devido à presença de um termo que exige a próclise ("que") no início da oração subordinada, o correto seria "Informaram-me que a idosa não era tão pobre." A pronúncia da ênclise está, portanto, inadequada conforme as regras da norma culta. 

Analisando todas as frases nos termos das regras de colocação pronominal da língua portuguesa, observamos que apenas a frase II segue a norma culta corretamente.

Gabarito: Letra B

A questão pede para completar as lacunas na frase com as preposições corretas, articulando-se corretamente com os verbos e contextos fornecidos. Vamos analisar o uso adequado das preposições em cada alternativa.

A alternativa A ("habitUADO ... por ... em") possui erros tanto na forma do particípio quanto na regência preposicional. O verbo "habituar-se" se conjuga com a preposição "a", e não "por". Além disso, desconfia-se "de" alguém, e não "em" alguém.

A alternativa B ("habitUADOS ... a ... de") está correta. "Habituar-se a" é a forma usual e correta, indicando a ideia de se acostumar com algo. E "desconfiar de" é a regência verbal correta, significando ter suspeitas sobre algo ou alguém.

A alternativa C ("habitUADOS ... em ... com") contém erros similares aos da alternativa A. "Habituar-se a" é o correto, e não "em". E "desconfiar de", e não "com".

A alternativa D ("habitUADO ... com ... de") também apresenta erros. "Habituar-se a" e não "com" é o uso correto. E, como já mencionado, a preposição correta depois de desconfiar é "de".

A alternativa E ("habitUADO ... a ... por") tem um uso correto de "habituar-se a", mas "desconfiar por" não é adequado. Deve-se usar "desconfiar de".

Baseando-se nas necessidades de regência do verbo "habituar-se", que pede a preposição "a", e "desconfiar", que pede "de", a escolha certa é a alternativa B.

Gabarito: Letra B

Nas questões seguintes, assinale a alternativa que 
preenche, correta e respectivamente, as lacunas das frases dadas.

Questões de Concurso Autoridade Portuária de Santos (ex - Companhia Docas do Estado de São Paulo)