À partir do filme de Miguel Gomes, é possível conhecer 
a Revolução dos Cravos.

A família do cineasta foi à Angola durante à ditadura 
salazarista.

O diretor nos propõe uma história de amor que, as vezes, apresenta um tom fabular.

Nunca assisti à um filme tão interessante!

O título do filme remete à obra de F.W. Murnau.

Para responder corretamente sobre o uso da crase, é imprescindível compreender as regras básicas desse acento indicativo de crase no português. A crase surge da fusão da preposição "a" com o artigo feminino "a" ou com o "a" inicial dos pronomes aquele, aquela, aquelas, etc. Assim, deve-se verificar o contexto das opções oferecidas na questão. 

Vamos analisar as alternativas individualmente: 

A) "À partir do filme de Miguel Gomes, é possível conhecer a Revolução dos Cravos." - O uso da crase está incorreto porque "partir" é um verbo que não é precedido de artigo. A forma correta é "A partir do filme". 

B) "A família do cineasta foi à Angola durante à ditadura salazarista." - O uso da crase antes de nomes de países que não são utilizados com artigo é incorreto. Deveria ser "foi a Angola". Além disso, o uso de "durante à" também está errado, o correto seria "durante a". 

C) "O diretor nos propõe uma história de amor que, as vezes, apresenta um tom fabular." - O uso correto seria "às vezes" com crase, pois é a união da preposição "a" com o artigo definido feminino plural "as". 

D) "Nunca assisti à um filme tão interessante!" - O uso da crase está incorreto porque "um" é artigo indefinido masculino, não havendo assim fusão que justifique a crase. O correto seria "a um filme". 

E) "O título do filme remete à obra de F.W. Murnau." - Aqui o uso da crase é correto porque temos a preposição "a" exigida pelo verbo "remeter" mais o artigo definido feminino "a" antes de "obra". A preposição "a" se junta ao artigo "a", formando a crase. 

Portanto, a alternativa correta é a letra E, pois apresenta uma aplicação correta do acento indicativo de crase.

Gabarito: Letra E

Para entender a questão proposta pela Fundação Vunesp, vamos dividir a análise em partes conforme cada lacuna:

 

1. Primeira lacuna: Ao tratar das expressões que indicam distância ou especificação, deve-se observar se o "a" é apenas preposição ou parte do artigo definido feminino singular. No trecho "... está associado _____ mecanismos", o termo "mecanismos" é masculino plural, não justificando crase, pois crase ocorre antes de palavras femininas. Portanto, o correto é "a" sem crase.

 

2. Segunda lacuna: Observamos as opções "cujas" e "que as". "Cujas" é um pronome relativo possessivo, que dá ideia de posse e concorda com o termo "mecanismos". A forma "que as" é incorreta no sentido de continuação de posse do pronome em relação a "mecanismos".

 

3. Terceira lacuna: O pronome "o fazem" ou variações. A partícula "o" é um pronome que substitui o objeto e "fazem" o verbo que concorda com o sujeito oculto, "expectativas". A estrutura "o fazem" é correta, já que mantém a concordância ao mesmo tempo em que substitui o objeto direto do verbo fazer.

 

4. Quarta lacuna: A preposição "à" antes de "leitura" recebe crase pois está especificando a qual leitura está se referindo, indicando feminilidade e singularidade - "a leitura".

 

A alternativa que preenche corretamente todas lacunas conforme as normas de crase e colocação pronominal é a B ("a … cujas … o fazem … à"). As demais alternativas possuem erros de pronominais ou de uso da crase.

 

alternativa correta é B

Vamos analisar o uso da crase em cada lacuna desta questão da Vunesp! Aqui, precisamos nos atentar principalmente à combinação entre a preposição "a" e o artigo definido "a" ou o "a" inicial de pronomes demonstrativos.

1. **Primeira lacuna: "O homem chegou _____ invenção da roda..."**

Aqui, temos a preposição "a" devido ao verbo "chegar" (que pede a preposição "a" quando significa alcançar algo), e o termo "a invenção" começa com artigo feminino "a". Logo, ocorre a crase, formando "à".

2. **Segunda lacuna: "mas de ser levada _____ eles."**

O verbo "levar" pede a preposição "a", e “eles" é um pronome e não leva artigo. Portanto, não ocorre crase, então a preposição fica somente "a".

3. **Terceira lacuna: "coube _____ preguiça..."**

O verbo "caber" é transitivo indireto e pede a preposição "a". Além disso, temos o artigo feminino "a" antes de "preguiça". Portanto, ocorre crase antes de "preguiça", formando "à".

4. **Quarta lacuna: "_____ deflagração desse processo."**

A preposição "a" é necessária por causa da regência de "coube" que se mantém na frase, e "deflagração" inicia com "d" e leva o artigo feminino "a". Então, não há crase porque "deflagração" começa com uma consoante, e como "a deflagração" indica um evento específico, a crase ocorreria se houvesse a presença do artigo, mas, pelo contexto, sem motivo para a aplicação da crase diretamente aqui. Portanto, usamos apenas a preposição "a".
 
Assim, a sequência correta é "à ... a ... à ... a." Portanto, a alternativa correta é C.

Sempre defendi a tese de que foi a preguiça que trouxe 
a civilização. O que foi a invenção da roda senão o prenúncio 
da charrete e um triunfo do comodismo? Fomos a primeira 
espécie a criar um jeito de não ir, mas ser levada. A razão do 
hominídeo para deflagar o processo que resultou no controle 
remoto foi prática, a de atingir uma presa sem arriscar a ser 
mordido, ou almoçar sem ser almoçado. O primeiro lance do 
longo processo que terminou com o implante no cérebro foi 
a pedra arremessada. Depois vieram a lança, o estilingue, o 
arco e a flecha, a catapulta, as armas de fogo, o foguete inter-
continental, o drone – todos os engenhos para evitar chegar 
perto.
A distância sempre foi um inimigo natural do Homem, 
ou pelo menos do Homem Preguiçoso. Vencê-la foi o nosso 
grande desafio intelectual, e agora se abre a possibilidade de 
subjugá-la só com o intelecto, desprezando os instrumentos 
que, da pedra à internet, nos ajudaram até aqui. Estamos 
simbolicamente de volta à savana primeva¹, pensando em 
como empurrar aquele mamute para dentro do fosso sem 
precisar ir lá, mas agora o pensamento basta. A vontade se 
realizará sozinha, sem as mãos, sem mais nada. A preguiça 
cumpriu sua missão histórica.

direcionado à um outro foco … prejudicial à cada cidadão … abertos à divulgação

direcionado à um outro foco … prejudicial à cada cidadão … abertos a divulgação

direcionado a um outro foco … prejudicial à cada cidadão … abertos a divulgação

direcionado à um outro foco … prejudicial a cada cidadão … abertos à divulgação

direcionado a um outro foco … prejudicial a cada cidadão … abertos à divulgação

Ah, a crase! Essa pequena notação pode dar um nó na cabeça, né? Mas vou te ajudar a descomplicar isso agora mesmo. 
 
Primeiramente, vamos lembrar que a crase é o encontro da preposição 'a' com o artigo definido feminino 'a(s)' ou com o 'a' inicial de pronomes demonstrativos. Agora, vamos analisar cada frase que foi destacada no enunciado e verificar se a crase é necessária. 
 
1. "direcionado para um outro foco": 
 - Aqui, a expressão é seguida pela preposição "para", que nunca admite crase. Então, a forma correta é sem a crase: "direcionado a um outro foco". 
 
2. "prejudicial à sociedade": 
 - Neste caso, o termo se refere especificamente à sociedade. O correto é usar crase porque temos a preposição 'a' (inclusa na palavra prejudicial) e o artigo definido feminino 'a' antes de "sociedade". Mas no contexto da frase sugerida na alternativa ("à cada cidadão"), o artigo não acompanha o pronome indefinido "cada". Portanto, o correto é "prejudicial a cada cidadão". 
 
3. "abertos para a divulgação": 
 - Nessa frase, temos a expressão com a preposição "para", que indica finalidade, combinada ao artigo "a". Isso exige crase, logo, "abertos à divulgação". 
 
Comparando essas explicações com as alternativas: 
- A alternativa A está incorreta porque usa "à um outro foco" e "à divulgação", onde o "à" é inadequado no primeiro caso. 
- A alternativa B está errada porque omite a crase necessária em "à divulgação". 
- A alternativa C omite a crase onde é necessária. 
- A alternativa D utiliza a crase incorretamente em "à um outro foco". 
- A alternativa E está correta! Ela respeita as regras de uso da crase corretamente para cada situação: sem crase após "para" em "direcionado a um outro foco", sem crase em "prejudicial a cada cidadão", e com crase onde é necessário em "abertos à divulgação". 
 
Portanto, a alternativa correta é E.

As empresas de fast food, os fabricantes de comidinhas e
bebidinhas não saudáveis são, por definição, predadores. Vivem
olhando para o próprio umbigo e para o bolso dos papais consumidores.
Matéria de 7 de abril de 2013, baseada em pesquisa realizada pela Faculdade de Saúde Pública da USP, dava 
conta de que um adolescente brasileiro consome 26 quilos de açúcar por ano
com refrigerante e suco pronto; e associa esse consumo inadequado com o crescimento alarmante da obesidade 
infantil em nosso país. Evidentemente, não culpava as empresas apenas,
mas a falta de consciência dos pais que, desatentos ou iludidos
pela propaganda dos fabricantes, permitem o acesso fácil de seus
filhos a esses produtos nocivos à saúde.
Já a Folha de S.Paulo, em reportagem da editoria de Ciência de 8 de abril de 2013, ressaltava a 
publicação nos EUA de um livro do jornalista americano Michael Moss, ganhador do
Prêmio Pulitzer em 2010, sobre a ação predadora da indústria de
alimentos, que manipula alimentos com o objetivo de aumentar
o consumo, ainda que essa iniciativa tenha como consequência
a degradação da qualidade de vida. O livro, que chegou a merecer um extrato publicado pela prestigiada 
The New York Times Magazine, revela que os fabricantes têm feito de tudo para
incentivar o consumo. Basicamente, segundo Michael Moss,
as empresas manipulam 3 ingredientes: o sal, o açúcar e a
gordura; e, com isso, conseguem aumentar o número de consumidores fiéis e… gradativamente doentes.
No Brasil, as tentativas de restrição à propaganda de produtos não saudáveis encontram a resistência de 
empresas, agências de propaganda e de veículos que temem ver reduzido o seu ganho, já que o setor inclui 
anunciantes de peso.
Além disso, todo debate que visa regular o marketing infantil acaba sendo direcionado para um outro 
foco: a restrição à liberdade de expressão, como se disciplinar o assédio de fabricantes de produtos não 
saudáveis às nossas crianças fosse algo negativo, prejudicial à sociedade. Trata-se de um esforço no 
sentido de manter os canais abertos para a divulgação nociva que
contribui para comprometer a saúde dos mais jovens. No Brasil,
segundo dados do Ministério da Saúde, 30% das crianças têm
sobrepeso e 15% delas são obesas.
É fundamental que o Governo, a sociedade civil, as entidades
de defesa do consumidor em particular, as escolas e a imprensa
estejam empenhados, ao máximo, em disciplinar o marketing infantil, como já ocorre em dezenas de países. 
Todos os avanços em termos de disciplinar a propaganda voltada para as crianças têm
sido obtidos pela pressão da sociedade e não pela decisão própria
das empresas de fast food ou dos fabricantes de alimentos sem
qualidade nutricional.

Questões de Português - Uso da crase - Câmara Municipal de Bragança Paulista/SP