No diálogo proposto, as lacunas devem ser preenchidas de maneira apropriada, levando em consideração as regras gramaticais de uso dos porquês. Vamos analisá-las: 
 
A regra é que usamos: 
- "Por que" no início de perguntas. 
- "Porque" para respostas ou explicações. 
- "Por quê" no fim de perguntas, quando estiver seguido de ponto ou qualquer outra pontuação que denote pausa. 
- "Porquê" como substantivo, geralmente acompanhado de artigo (o porquê). 
 
No diálogo: 
- Para a lacuna (I), "Por que hoje não?", a forma "Por que" é utilizada porque a frase é uma pergunta direta sobre o motivo de não haver leite, seguindo a regra de "Por que" para perguntas. 
- Para a lacuna (II), "Porque hoje o leiteiro não veio.", usa-se "Porque", pois é uma explicação para a pergunta feita na fala anterior, seguindo a regra de "Porque" para explicações. 
 
Portanto, a opção correta é realmente a letra D, que completa de forma correta as lacunas com "Por que" para a pergunta e "Porque" para a explicação subsequente. 
 
alternativa correta é D.

<center>Conversinha mineira</center>
<center>(Fernando Sabino)</center>
- É bom mesmo o cafezinho daqui, meu amigo?
- Sei dizer não senhor: não tomo café.
- Você é dono do café, não sabe dizer?
- Ninguém tem reclamado dele não senhor.
- Então me dá café com leite, pão e manteiga.
- Café com leite só se for sem leite.
- Não tem leite?
- Hoje, não senhor.
- (I) __________ hoje não?
- (II) __________ hoje o leiteiro não veio.
- Ontem ele veio?
- Ontem não.
- Quando é que ele vem?
- Tem dia certo não senhor. Às vezes vem, às vezes
não vem. Só que no dia que devia vir em geral
não vem.
- Mas ali fora está escrito “Leiteria”!
- Ah, isso está, sim senhor.
- Quando é que tem leite?
- Quando o leiteiro vem.
- Tem ali um sujeito comendo coalhada. É feita de
quê?
- O quê: coalhada? Então o senhor não sabe de que
é feita a coalhada?
- Está bem, você ganhou. Me traz um café com leite
sem leite. Escuta uma coisa: como é que vai
indo a política aqui na sua cidade?
- Sei dizer não senhor: eu não sou daqui.
- E há quanto tempo o senhor mora aqui?
- Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso
agarantir com certeza: um pouco mais, um
pouco menos.
- Já dava para saber como vai indo a situação, não
acha?
- Ah, o senhor fala da situação? Dizem que vai bem.
- Para que Partido?
- Para todos os Partidos, parece.
- Eu gostaria de saber quem é que vai ganhar a
eleição aqui.
- Eu também gostaria. Uns falam que é um, outros
falam que outro. Nessa mexida...
- E o Prefeito?
- Que é que tem o Prefeito?
- Que tal o Prefeito daqui?
- O Prefeito? É tal e qual eles falam dele.
- Que é que falam dele?
- Dele? Uai, esse trem todo que falam de tudo
quanto é Prefeito.
- Você, certamente, já tem candidato.
- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.
- Mas tem ali o retrato de um candidato
dependurado na parede, que história é essa?
- Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí...

Tudo jóia? Vamos falar sobre crase, um negócio que é bem mandrake mas muito importante em provas de português de concurso! 
 
No texto apresentado, a crase aparece na expressão "Às vezes", o que nos faz mergulhar no fascinante mundo das locuções adverbiais temporais. As locuções adverbiais são expressões compostas por mais de uma palavra que têm a função de advérbio, e, quando formadas por um artigo feminino e uma preposição (ou seja, quando temos algo do tipo "a + as"), a crase surge para dar aquele toque especial. A parte fascinante aqui é que a crase ocorre justamente pela junção desses dois elementos. 
 
Agora, dando uma olhada nas afirmativas do enunciado: 
 
I. Aqui a pegada é que o "a" inicial em locuções adverbiais femininas como "à noite", "à tarde" e nossa estrela aqui, "às vezes", leva crase. É aquela história: junção da preposição "a" com o artigo definido feminino "a(s)". 
 
II. Aqui o role é outro. Afirmativa fala de locuções prepositivas, mas também cita "às vezes", que é um detalhe que chama a atenção porque "às vezes" não é uma locução prepositiva, e sim adverbial. Portanto, tem uma informação meio fora de contexto aqui. 
 
III. E por fim, essa aqui diz que a crase entre nas locuções conjuntivas, também citando "às vezes". Sendo realista, "às vezes" é adverbial, e não conjuntiva, então essa aqui tá meio fora da caixa. 
 
Então, minha gente, o que tá valendo é a afirmativa I, as outras duas erraram o passo. E por isso, com esse role todo explicado, a alternativa correta é A.

 Ponto final em “- Você, certamente, já tem candidato.” 

 Ponto de interrogação em “- Quem, eu? Estou esperando as plataformas.” 

 Vírgula em “- Mas tem ali o retrato de um candidato dependurado na parede, que história é essa?” 

 Reticências em “- Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí...”

E aí, beleza? Vamos mergulhar nessa questão de pontuação se baseando no trecho do Fernando Sabino? Segura aí que vou te explicar tudo! 
 
A citação de Bechara indica o uso de sinais de pontuação que expressam interrupção ou incompletude. Isso pode acontecer de várias formas: o pensamento está suspenso, há uma pausa breve ou alguém interrompeu a fala. 
 
Agora vamos às alternativas: 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
<li>A) Ponto final é usado para fechar uma sentença completa, sem indicar hesitação ou um pensamento inacabado.</li> 
<li>B) Ponto de interrogação marca o fim de uma pergunta e não necessariamente sugere interrupção ou incompletude de pensamento.</li> 
<li>C) Vírgula, embora possa ser usada para indicar uma pausa, aqui mostra a separação entre as partes da sentença, mantendo a estrutura do pensamento intacta, não aberta ou interrompida.</li> 
<li>D) Reticências são caracteristicamente usadas para indicar que algo foi deixado em aberto, seja por hesitação, interrupção ou até mesmo para dar um ar de suspense ou incompletude.</li> 
</ul> 
 
Dada a explicação do Bechara e o estilo do texto de Sabino, a melhor escolha é D, porque as reticências realmente deixam a fala do personagem aberta, como se algo mais pudesse ser dito ou pensado após "penduraram isso aí...”. 
 
A alternativa correta é D, com certeza!

Galera, vamos desvanecer a dúvida sobre essa questão envolvendo acentuação das palavras retiradas daquele texto bem mineiro. Aqui está como identificamos as palavras e suas classificações quanto à sílaba tônica: 
 
<ul> 
<li>Café - Para encontrar a sílaba tônica, vamos mandar aquele 'separar para conquistar': ca-fé. Isso aí, a segundo sílaba é a mais forte, e como ela é a última, a palavra é classificada como oxítona.</li> 
<li>Você - Parece simples, mas só tem duas sílabas, certo? Vo-cê. Acentuamos a segunda, que é também a última - boom, mais uma oxítona na lista.</li> 
<li>Ninguém - Seguindo a linha, separando fica as-sim: nin-guém. A última sílaba é a tônica - mais uma oxítona para a coleção!</li> 
</ul> 
 
Perceba, todas são oxítonas porque a última sílaba é a mais forçada. Quanto ao número de sílabas, 'café' e 'você' têm duas e 'ninguém', isso mesmo, também duas. Então, estamos falando de palavras dissílabas. Com isso, já matamos a charada, certo? 
 
Nenhuma complicação aqui; só encaixar esses pontos nos papeis certos. Estamos lidando com palavras oxítonas e dissílabas. 
 
alternativa correta é B.

Vamos lá, galera! Nessa questão, a gente tá falando sobre a escrita padrão da língua portuguesa, isto é, se as palavras estão escritas conforme a norma ortográfica. Então, bora analisar cada sentença para ver o que está rolando. 
 
<ul style="text-align: left; margin-bottom: 10px;"> 
 <li>Sentença I: "Aonde, ali? Uê, gente: penduraram isso aí..." — Aqui o esquema é que "aonde" é geralmente usado para indicar movimento, tipo "aonde você vai?". Porém, na fala da personagem, não parece ter essa ideia de movimento. A forma mais apropriada seria "onde", sem a preposição de movimento. Rolou uma escorregada aqui!</li> 
 <li>Sentença II: "hoje o leiteiro não veio." — Tudo tranquilo com a palavra "leiteiro", tá escrita certinha de acordo com a gramática.</li> 
 <li>Sentença III: "Vai para uns quinze anos. Isto é, não posso agarantir com certeza: um pouco mais, um pouco menos." — A palavra "uns" aqui serve como um artigo indefinido plural, dando um toque de aproximação à quantidade de anos, então tá tudo certo também.</li> 
</ul> 
 
Ao botar tudo na balança, as sentenças II e III estão corretas, enquanto a I tem um probleminha com o uso de "aonde" ao invés de "onde". Então, a resposta certa é: 
 
alternativa correta é D

Questões de Português - Câmara Municipal de Franca/SP