Certo, vamos dissecar essa onda literária e sentir essas vibes do autor para acertar esses sentimentos! Nos parágrafos especificados (5, 6 e 7), o que rola é o seguinte cenário: 
 
1. **Parágrafo 5**: A cena começa com o autor descontrolado, gritando com os cachorros durante uma chuva pesada enquanto seus filhos o observavam surpresos. Ele claramente não se reconhecia nesse momento de fúria. A palavra-chave aqui é "descontrole", mostrando um limite que foi atingido. 
 
2. **Parágrafo 6**: Logo após esse momento intenso, aparece um breve silêncio e uma reflexão por parte do autor. Ele decidiu que era hora de uma mudança, começando a considerar a escrita de uma carta educada para os vizinhos. A exemplo disso, ele começa a se arrepender da explosão anterior, pensando em maneiras de se redimir. O "arrependimento" se evidencia no desejo de resolver a situação com um toque de civilidade e educação. 
 
3. **Parágrafo 7**: Continua o arrependimento e a reconsideração de suas ações. Decididamente, a narrativa segue no rumo de uma abordagem mais controlada e respeitosa para com seus vizinhos, o que sustenta ainda mais o sentimento de arrependimento pelo surto anterior. 
 
Então, nesse trip que o autor nos leva, percebemos claramente os sentimentos de descontrole, quando ele grita raivosamente, seguido por um arrependimento explícito que transparece quando partem para a redação da carta. Portanto, a alternativa correta é a letra E. Essa análise nos mostra que, mesmo nos piores momentos, podemos encontrar uma saída civilizada para lidar com nossos problemas e o autor consegue demonstrar essa evolução de sentimentos de forma bem real. Keep cool and carry on! 📘✨

       A vizinha tocou a campainha e, quando abri a
    porta, surpreso com a visita inesperada, ela entrou,
    me abraçou forte e falou devagar, olhando fundo
    nos meus olhos: “Você tem sido um vizinho muito
5   compreensivo, e eu ando muito relapsa na criação dos
    meus cachorros. Isso vai mudar!” Desde então, uma
    série de procedimentos na casa em frente à minha
    acabou com um pesadelo que me atormentou por
    mais de um ano. Sei que todo mundo tem um caso
10  com o cachorro do vizinho para contar, mas, com final
    feliz assim, francamente, duvido. A história que agora
    passo a narrar do início explica em grande parte por
    que ainda acredito no ser humano – ô, raça!
       Meus vizinhos, pelo menos assim os vejo da
15  janela lá do cafofo, não são pessoas comuns. Falo de
    gente especial, um casal de artistas, ele músico, ela
    bailarina, dupla de movimentos suaves e silenciosos,
    olhar maduro, fuso horário próprio e descompromisso
    amplo, geral e irrestrito com a pressa na execução
20  das tarefas domésticas que assumem sem ajuda
    de ninguém. [...] A paz mora do outro lado da rua
    e, confesso, morro de inveja quando me mato de
    trabalhar noite adentro ali adiante. Queria ser como
    eles.
25     Quando o primeiro pastor alemão chegou ainda
    moleque para morar com meus adoráveis vizinhos,
    a casa de pedra onde eles moravam viveu dias de
    alegria contagiante. O bicho era uma gracinha, foi
    crescendo, começou a latir, mas nada que quebrasse
30  a harmonia do lugar. [...] Quando, logo depois do
    primeiro acasalamento, o segundo pastor alemão fez
    crescer a família, cada paralelepípedo da minha rua
    pressentiu o que estava para acontecer. Ou não! De
    qualquer forma, eu achava que, se porventura aquilo
35  virasse o inferno que se anunciava, outro vizinho
    decerto perderia a paciência antes de mim, que,
    afinal, virei tiete do jeito de viver que espiava pela
    janela do escritório de casa. Eu, ir lá reclamar, nunca!
       Não sei se os outros vizinhos decidiram em
40  assembleia que esperariam a todo custo por uma
    reação minha, mas, para encurtar a história, o fato
    é que um ano e tanto depois da chegada do primeiro
    pastor alemão àquela casa, eu tive um ataque,
    enlouqueci, surtei. Imagine o mico: vinha chegando
45  da rua com meus filhos – gêmeos de 10 anos –,
    chovia baldes, eu não conseguia achar as chaves e
    os bichos gritavam como se fôssemos assaltantes de
    banco. [...]
       – Cala a booooocaaa! – gritei para ser ouvido
50  em todo o bairro. Os cachorros emudeceram por 10
    segundos. Fez-se um silêncio profundo na Gávea.
    Os garotos me olhavam como se estivessem vendo
    alguém assim, inteiramente fora de si, pela primeira
    vez na vida. Eu mesmo não me reconhecia, mas, à
55  primeira rosnada que se seguiu, resolvi ir em frente,
    impossível recuar: “Cala a boooooocaaa! Cala a
    boooooocaaa!” Silêncio total. Os meninos estavam
    agora admirados: acho que jamais tinham visto
    aqueles bichos de boca fechada.
60     [...] Entrei rápido com as crianças entre arrasado
    e aliviado. Achei na hora que devia conversar com
    meus filhos, que melhor ainda seria escrever com
    eles uma carta educada e sincera explicando a
    situação aos nossos vizinhos preferidos.
65     Comecei pedindo desculpas pela explosão
    daquela noite, mas pedia licença para contar
    o drama que se vivia do lado de cá da rua. Havia
    muito tempo não entrava nem saía de casa sem que
    os cães dessem alarme de minha presença na rua.
70  Tinha vivido uma época de separações, morte de
    gente muito querida, além de momentos de intensa
    felicidade, sempre com aqueles bichos latindo sem
    parar. [...] – escrevi algo assim, mais resignado que
    irritado, o arquivo original sumiu do computador.
75     Mas chegou aonde devia ou a vizinha não teria
    me dado aquele abraço comovido na noite em que
    abri a porta, surpreso com ela se anunciando no
    interfone, depois de meu chilique diante de casa. [...]
       Desde então – há coisa de um mês, portanto –,
80  meus vizinhos têm feito o possível para controlar o
    ímpeto de seus bichos, que já não me vigiam dia
    e noite, arrumaram para eles coisa decerto mais
    interessante a fazer no quintal. [...] Às vezes não
    acredito que isso esteja realmente acontecendo neste
85  mundo cão em que vivemos. Se não estou vendo
    coisas – o que também ocorre com certa frequência –,
    o ser humano talvez ainda tenha alguma chance de
    dar certo. Pense nisso!


 tido uma explosão na frente dos filhos.

 tido episódios de separações em sua vida.

 experienciado falecimentos de pessoas queridas.

 sido constantemente incomodado pelos latidos.

E aí, galera! Vamos analisar essa questão e entender o porquê da resposta correta ser a letra E, sacou? 
 
O texto retrata uma situação na qual o autor está claramente incomodado com os latidos constantes dos cachorros do vizinho. A partir dessa problemática, o autor vivencia um drama pessoal, que é destacado no enunciado da questão quando se fala sobre "o drama a que o autor se refere". 
 
Vamos focar no trecho mencionado na linha 67: "o drama que se vivia do lado de cá da rua". Logo após essa menção, o autor detalha o quão perturbador era entrar e sair de casa com os cães sempre a latir. Isso fica ainda mais claro quando se lê o trecho da linha 68-70, que descreve a situação como os cães dando alarme de sua presença sempre que ele saía de casa. 
 
Embora o texto também mencione separações, mortes, e momentos felizes, essas situações são descritas como ocorrendo sob o pano de fundo do incômodo causado pelo latido dos cachorros, que é o elemento recorrente e mais pertinente ao "drama" mencionado pelo autor. 
 
As outras alternativas, embora representem situações significativas, não são descritas como sendo o foco do "drama" discutido na linha 67. O texto é claro em indicar que a perturbação diária causada pelos latidos dos cachorros é o cerne do problema vivido pelo autor, que culmina na explosão diante da casa e leva a uma reflexão e eventual mudança de comportamento dos vizinhos. 
 
Dessa forma, a descrição detalhada do constante inconveniente causado pelos latidos dos cães realmente aponta para a alternativa E como a resposta correta. 
 
alternativa correta é E.

 chegam sempre atrasados aos compromissos.

 fazem suas tarefas sozinhos, sem ajuda de ninguém.

 levam muito tempo para executar as tarefas domésticas.

Ah, cara! Ficar ligado nesses detalhes de linguagem é super importante, especialmente em um concurso. Então, vamos desenrolar essa questão que caiu pra gente. 
 
O pedaço do texto onde aparece a expressão "fuso horário próprio" (ℓ. 18) tá falando sobre os vizinhos do narrador, que são descritos como pessoas que vivem um estilo de vida meio que no próprio ritmo deles, certo? Bem, a expressão "fuso horário próprio" é uma maneira figurada de dizer que essas pessoas têm um jeito próprio de gerenciar o tempo, como se estivessem em uma zona de tempo diferente que só se aplica a elas. 
 
Agora, vamos dar uma olhada nas opções: 
 
A) vivem em horários peculiares a eles. - Isso faz todo o sentido! Se falar que os caras têm "fuso horário próprio" é basicamente dizer que eles seguem um cronograma que é único e pessoal a eles. Isso captura bem a vibe da expressão. 
 
B) viajam muito por motivos profissionais. - Não, man. Isso falaria mais sobre viagens frequentes, uma interpretação bem literal da ideia de fuso horário. Não é sobre isso o que tá rolando aqui. 
 
C) chegam sempre atrasados aos compromissos. - Também não cola. Atraso constante é bem diferente de ter um estilo de vida que segue um ritmo único. 
 
D) fazem suas tarefas sozinhos, sem ajuda de ninguém. - Opção interessante, mas não tem nada a ver com a noção de tempo ou fuso horário. 
 
E) levam muito tempo para executar as tarefas domésticas. - De novo, não é sobre a velocidade com que eles fazem as coisas, mas sobre o ritmo e tempo geral que eles seguem. 
 
Então, toda essa conversa nos traz de volta pra opção A, que tá na real pintando a cena perfeita: eles vivem no próprio ritmo, o deles mesmo, como se tivessem um fuso horário só deles. Esse é o ponto que o texto quer passar. 
 
alternativa correta é A.

 cada atleta precisa que uma só pessoa faça seu acompanhamento para evitar enganos.

 cada atleta observe suas próprias necessidades e as detalhe para a comissão técnica.

 as necessidades comuns a todos os atletas sejam verificadas pessoalmente por alguém.

 as necessidades de cada atleta, identificadas em cada um deles, sejam analisadas cientificamente.

 as necessidades de cada atleta deverão ser identificadas coletivamente.

Em "a": Errado – Não diz respeito ao fato de apenas uma pessoa realizar esse acompanhamento, tampouco para que se evitem enganos. Em "b": Errado – Esse detalhamento não é realizado pelos próprios atletas. Em "c": Errado – Esse alguém deverá ser alguém especializado. Em "d": Certo – Esse detalhamento deve ser realizado para o posterior estudo. Em "e": Errado – Não deverão ser identificadas coletivamente, mas sim individualmente. Resposta: Letra D.

Na luta para melhorar a performance dos atle-
 tas […], o Comitê Olímpico Brasileiro tem, há dois
 anos, um departamento exclusivamente voltado para
 a Ciência do Esporte. De estudos sobre a fadiga à
5 compra de materiais para atletas de ponta, a chave
 do êxito é uma só: o detalhamento personalizado das
 necessidades. 
 Talento é fundamental. Suor e entrega, nem se
 fala. Mas o caminho para o ouro olímpico nos dias
10 atuais passa por conceitos bem mais profundos. Sem
 distinção entre gênios da espécie e reles mortais, a
 máquina humana só atinge o máximo do potencial se
 suas características individuais forem minuciosamen-
 te estudadas. Num universo olímpico em que muitas
15 vezes um milésimo de segundo pode separar glória e
 fracasso, entra em campo a Ciência do Esporte. Por-
 que grandes campeões também são moldados atra-
 vés de análises laboratoriais, projetos acadêmicos e
 modernos programas de computador.
20 A importância dos estudos científicos cresceu de
 tal forma que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) há
 dois anos criou um departamento exclusivamente de-
 dicado ao tema. [...]
 — Nós trabalhamos para potencializar as chan-
25 ces de resultados. O que se define como Ciência do
 Esporte é na verdade uma quantidade ampla de in-
 formações que são trazidas para que técnico e atleta
 possam utilizá-las da melhor maneira possível. Mas
 o líder será sempre o treinador. Ele decide o que é
30 melhor para o atleta — ressalta o responsável pela
 gerência de desenvolvimento e projetos especiais,
 que cuida da área de Ciência do Esporte no COB,
 Jorge Bichara.
 A gerência também abrange a coordenação mé-
35 dica do comitê. Segundo Bichara, a área de Ciência
 do Esporte está dividida em sete setores: fisiologia,
 bioquímica, nutrição, psicologia, meteorologia, treina-
 mento esportivo e vídeo análise. <rb>
 Reposição individualizada
40 Na prática, o atleta de alto rendimento pode dis-
 por desde novos equipamentos, que o deixem em
 igualdade de condições de treino com seus principais
 concorrentes, até dados fisiológicos que indicam o
 tipo de reposição ideal a ser feita após a disputa.
45 — No futebol feminino, já temos o perfil de des-
 gaste de cada atleta e pudemos desenvolver técnicas
 individuais de recuperação. Algumas precisam beber
 mais água, outras precisam de isotônico — explica
 Sidney Cavalcante, supervisor de Ciência do Esporte
50 do comitê. […]
 As Olimpíadas não são laboratório para testes. É
 preciso que todas as inovações, independentemente
 da modalidade, estejam testadas e catalogadas com
 antecedência. Bichara afirma que o trabalho da área
55 de Ciências do Esporte nos Jogos pode ser resumida
 em um único conceito:
 — Recuperação. Essa é a palavra-chave. […]
</rb>

Em "a": Errado – O COB apenas criou um departamento exclusivamente dedicado ao tema. Em "b": Errado – Não são os atletas os responsáveis. Em "c": Errado – O técnico também não se afigura como esse responsável. Em "d": Errado – O treinador também não se afigura como o responsável. Em "e": Certo – Bichara é o responsável pela criação dos projetos especiais. Resposta: Letra E.

Questões de CESGRANRIO - Português - Compreensão e interpretação de textos