 a desinformação deve ser combatida com educação de qualidade e formação crítica.

 os jovens são a parcela da população mais vulnerável a notícias falsas.

 os alunos deveriam editar seus próprios vídeos e imagens nas aulas.

 a sociedade precisa ter mais confiança no trabalho do governo.

 a compreensão leitora está em declínio entre os estudantes.

Ao analisar a questão referente ao texto que aborda a inserção da disciplina “alfabetização midiática” no currículo escolar da Finlândia, é crucial observar como cada alternativa se relaciona com as informações apresentadas. A leitura do texto revela a intenção de preparar os alunos para lidar com a realidade da desinformação por meio da educação e da formação crítica, o que corrobora a alternativa A.

Alternativa A: "A desinformação deve ser combatida com educação de qualidade e formação crítica." Esta alternativa é a mais adequada, pois o texto enfatiza a importância da alfabeitz atenção midiática como resposta à desinformação. A autora Saara Martikka menciona a necessidade de entender as diferenças entre mídias sociais e jornalismo, indicando que uma formação crítica é essencial para que os estudantes possam identificar informações enganosas. Assim, faz sentido afirmar que a educação de qualidade é uma ferramenta fundamental no combate à desinformação.

Alternativa B: "Os jovens são a parcela da população mais vulnerável a notícias falsas." Embora essa afirmação pareça verdadeira em um contexto mais amplo, ela não é o foco principal do texto. O texto menciona a vulnerabilidade dos jovens à desinformação, mas a ênfase é na importância da educação para desenvolver uma compreensão crítica, e não apenas sobre a vulnerabilidade.

Alternativa C: "Os alunos deveriam editar seus próprios vídeos e imagens nas aulas." Embora esta atividade seja mencionada no texto como uma prática educacional, não representa a ideia central que o texto pretende transmitir. A frase é uma descrição de uma atividade específica e não aborda a ideia mais ampla da importância da alfabetização midiática.

Alternativa D: "A sociedade precisa ter mais confiança no trabalho do governo." Essa opção não é discutida no texto. O foco está mais na educação e no papel das escolas frente à desinformação do que em promover uma confiança social no governo.

Alternativa E: "A compreensão leitora está em declínio entre os estudantes." Embora o texto mencione uma percepção de declínio nas habilidades de compreensão de leitura, essa informação serve mais como um dado que suporta a necessidade da disciplina de alfabetização midiática, não sendo a ideia central que o texto procura disseminar.

Portanto, após a análise de todas as alternativas, fica evidente que a proposta do texto é enfatizar a educação como um meio eficaz de combater a desinformação. Assim, a alternativa correta é A.

Alfabetização midiática integra currículo das escolas da Finlândia desde a pré-escola até o ensino médio e ajuda o país a ter um dos sistemas de ensino mais produtivos do mundo 

1 Nas escolas da Finlândia, aprender a identificar notícias falsas e desinformação é tão importante quanto ciências ou matemática. O país europeu de 5,5 milhões de habitantes incluiu a disciplina de “alfabetização midiática” no currículo escolar desde as séries primárias.

2 Entre as atividades, professores pedem aos alunos que editem seus próprios vídeos e imagens – uma forma de fazê-los perceber como é fácil manipular informações. Eles também aprendem sobre o funcionamento dos algoritmos e como ler notícias.
Juntos, os estudantes discutem como e quando artigos foram escritos e quais são os objetivos do autor.
“Só porque é uma coisa boa ou legal, não significa que seja verdadeira ou válida”, explicou Saara Martikka, professora da cidade finlandesa de Hameenlinna, ao jornal New York Times.

3 Em sala de aula, Martikka começa do básico: ensina a diferença entre o que os alunos veem no Instagram e no TikTok e o que está nos jornais. “Não há como entender notícias falsas ou desinformação se antes não souberem a diferença entre mídias sociais e jornalismo”, disse.

4 As professoras finlandesas contam que sentiram um claro declínio nas habilidades de compreensão de leitura nos últimos anos. A hipótese é que os alunos passam menos tempo sobre os livros e mais sobre videogames e vídeos.

5 Nas mídias eletrônicas, a demanda do processo cognitivo é menor, e os períodos de atenção tornam-se mais curtos, o que faz com que os jovens se tornem mais vulneráveis às notícias falsas ou não conquistem conhecimento suficiente para identificar informações enganosas.

6 Ainda que os estudantes tenham crescido com a mídia social, isso não é sinônimo de que saibam como identificar e se proteger da desinformação. Em 2022, um estudo da Universidade de Northumbria, do Reino Unido, apontou que a adolescência é o momento em que os jovens estão mais propensos a acreditar nas teorias da conspiração.

7 Os esforços das escolas da Finlândia têm dado resultados. O país ficou em primeiro lugar em resiliência contra a desinformação entre as 41 nações da Europa. Com um dos melhores sistemas educacionais do mundo, a Finlândia se destaca pelo quinto ano consecutivo na pesquisa da organização Open Society.

8 Na prática, a Finlândia tem um contexto que facilita a aplicação de um programa institucionalizado contra a desinformação. Por lá, o sistema de ensino público e professores são respeitados, há confiança no governo e a faculdade é 100% gratuita.

 identificar a autenticidade das postagens.

 entender o funcionamento dos algoritmos.

 alfabetizar outras pessoas nas diversas mídias.

A questão apresenta um texto sobre a inclusão da disciplina de "combate à desinformação" nas escolas da Finlândia, ressaltando o papel da alfabetização midiática no currículo escolar. A pergunta foca no objetivo de uma das atividades propostas, onde os alunos editem seus próprios vídeos e imagens. A alternativa B, que aponta para a identificação da autenticidade das postagens, é a escolha certa. Vamos analisar cada uma das alternativas para esclarecer esta escolha.

<ul>
<li>A) produzir materiais virtuais inéditos: Embora a atividade inicial envolvendo a edição de vídeos possa resultar em materiais inéditos, o objetivo primordial é mais relacionado ao desenvolvimento de habilidades críticas sobre o que está sendo consumido, e não apenas à criação de novo conteúdo. Portanto, essa alternativa não reflete a intenção da atividade como descrito no texto.</li>

<li>B) identificar a autenticidade das postagens: Esta alternativa é a mais acertada porque o texto menciona especificamente que a edição de vídeos e imagens tem como intuito fazer os alunos perceberem como é fácil manipular informações. Esse processo está diretamente ligado à capacidade de avaliar a autenticidade das postagens que eles encontram nas mídias sociais.</li>

<li>C) criar conteúdo para as redes sociais: Embora a atividade possa envolver a criação de conteúdo, a orientação do texto é mais voltada à análise crítica e à manipulação de informações, não somente à produção de conteúdo para redes sociais. Assim, essa alternativa não capta a essência da atividade educativa proposta.</li>

<li>D) entender o funcionamento dos algoritmos: Apesar da atividade ajudar a compreender os media, o texto não enfatiza que a edição de vídeos em si tem como objetivo ensinar sobre algoritmos. Essa habilidade é abordada de forma mais ampla nas aulas, mas não é o foco principal da atividade em questão.</li>

<li>E) alfabetizar outras pessoas nas diversas mídias: Essa alternativa sugere um foco em ensinar outros, enquanto o texto diz respeito a alunos que estão aprendendo suas próprias habilidades de avaliação e crítica. Portanto, essa opção também não se aplica ao objetivo da atividade descrita.</li>
</ul>

Através dessa análise, é evidente que a atividade de edição de vídeos visa capacitar os alunos a discernir a autenticidade das informações e a reconhecer a manipulação das notícias, o que está alinhado com a proposta de formar consumidores críticos de conteúdo digital. Portanto, a alternativa correta é B.

 falta de incentivo à leitura nas escolas

 aumento do tempo passado nas redes sociais

 elevação dos transtornos de atenção entre os jovens

 predomínio das disciplinas de exatas nos currículos escolares

 desconhecimento sobre a organização do discurso jornalístico 

A questão proposta aborda a interpretação de texto, especificamente sobre o declínio da compreensão leitora entre os estudantes na Finlândia. O texto informa que essa diminuição está relacionada a várias mudanças comportamentais dos alunos, principalmente o aumento do tempo que eles dedicam a mídias eletrônicas, como videogames e redes sociais. Vamos analisar as alternativas apresentadas para entender melhor as razões e validar a resposta correta.

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) falta de incentivo à leitura nas escolas</li>
 Embora a falta de incentivo à leitura possa ser uma preocupação válida, o texto não menciona que a redução da leitura deve-se a este fator. Pelo contrário, a Finlândia possui um forte sistema educacional e a inclusão da “alfabetização midiática” é um aspecto positivo. Portanto, essa alternativa é incorreta.
 
 <li>B) aumento do tempo passado nas redes sociais</li>
 Esta alternativa é a mais alinhada com a informação do texto. O trecho indica que os alunos estão dedicando menos tempo à leitura de livros e mais tempo a mídias que exigem menos esforço cognitivo, como videogames e redes sociais. Isso culmina em um déficit na compreensão leitora. Portanto, essa alternativa é a correta.
 
 <li>C) elevação dos transtornos de atenção entre os jovens</li>
 Embora o texto mencione que o tempo em mídias eletrônicas pode reduzir a atenção, não se afirma que há uma elevação dos transtornos de atenção como causalidade direta para o declínio da compreensão. Assim, essa opção não está diretamente respaldada pelo texto.
 
 <li>D) predomínio das disciplinas de exatas nos currículos escolares</li>
 Não há referência no texto a um predominância das disciplinas exatas como um fator que influencia na compreensão leitora. A proposta de incluir a “alfabetização midiática” sugere um equilíbrio nas áreas do conhecimento. Portanto, essa alternativa é incorreta.
 
 <li>E) desconhecimento sobre a organização do discurso jornalístico</li>
 Embora exista uma menção à necessidade de se entender a diferença entre mídias sociais e jornalismo, o texto não apresenta isso como a causa do declínio da compreensão leitora. Essa análise se destina mais a enriquecer o aprendizado e não a explicar o problema. Logo, esta alternativa também é incorreta.
</ul>

Concluindo, a alternativa corretamente identificada é a que relaciona o aumento do tempo passado nas redes sociais com o declínio da compreensão leitora. Desse modo, a alternativa correta é B.

 descredibilização de teorias da conspiração

A questão apresentada propõe uma análise do sistema educacional da Finlândia, destacando a inclusão da disciplina de “alfabetização midiática” no currículo e seus impactos na capacidade dos alunos de identificar desinformação. O enunciado indica que o bom desempenho do país em educação está claramente vinculado a um fator específico, e a alternativa correta indicada pelo usuário é a letra A, "apoio institucional". Vamos analisar todas as alternativas para justificar essa escolha.

<ul>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">A) apoio institucional: Esta alternativa é correta, uma vez que o texto menciona que na Finlândia "o sistema de ensino público e professores são respeitados" e que "há confiança no governo", elementos essenciais de um forte apoio institucional. A presença desse suporte é fundamental para a implementação de programas educativos eficazes, como o mencionado no currículo escolar.</li>

 <li style="margin-bottom: 1.5em;">B) redução no uso das mídias: Esta alternativa é incorreta. O texto não menciona que houve uma redução no uso das mídias, mas enfatiza o contrário, apontando que os estudantes estão crescidos com mídias sociais. A questão central é a habilidade de discernimento em relação a essas mídias e não sua diminuição.</li>

 <li style="margin-bottom: 1.5em;">C) baixa densidade populacional: Assim como a alternativa B, esta opção é inválida. Embora a Finlândia tenha uma população de 5,5 milhões de habitantes, o texto não relaciona a densidade populacional ao desempenho educacional, focando mais em aspectos do sistema de ensino e do engajamento dos alunos.</li>

 <li style="margin-bottom: 1.5em;">D) circulação de mídias impressas: Esta alternativa também é errônea. O texto discute o uso de mídias digitais e a dificuldade dos alunos em discernir a informação, fazendo referência às mídias sociais e não à circulação de mídias impressas. Portanto, a alternativa não reflete os pontos levantados no texto.</li>

 <li style="margin-bottom: 1.5em;">E) descredibilização de teorias da conspiração: Apesar de a questão da desinformação ser tratada, o texto não menciona ações específicas para descredibilizar teorias da conspiração como um foco educacional. Assim, essa opção não é a mais relevante em relação ao que foi abordado.</li>
</ul>

Em resumo, a análise do texto deixa claro que o apoio institucional é a chave para o sucesso do sistema educacional na Finlândia, corroborando a afirmação de que sua eficácia em lidar com desinformação está fortemente ligada a esse suporte. Portanto, a alternativa correta é A.

 contribui para a punição de criminosos.

 gera perigos de natureza técnica e humana.

 depende de técnicas de autenticação de imagens e documentos.

 traz possibilidades que maravilham a alguns e chocam a outros.

A questão apresentada aborda a segurança de dados no contexto da inteligência artificial, demandando uma análise cuidadosa do texto. O enunciado destaca os riscos associados à tecnologia nova, mostrando como esta pode impactar tanto a segurança técnica quanto a vulnerabilidade humana. 

O texto menciona dois "fronts" de preocupação: a segurança técnica, através da encriptação e desencriptação de dados, e a exploração humana, no que diz respeito à engenharia social. Essa dualidade é central na alternativa C, que corretamente aponta a geração de perigos de natureza técnica e humana. 

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>A) Dificulta crimes de falsificação. Esta alternativa é incorreta, pois o texto argumenta que a inteligência artificial facilita tarefas como a falsificação, tornando esses crimes mais acessíveis devido à simulação realista.</li>
 <li>B) Contribui para a punição de criminosos. Embora a justiça deva atuar em casos de crimes cibernéticos, o texto não afirma que a inteligência artificial contribui diretamente para tal punição, tornando essa alternativa inadequada.</li>
 <li>C) Gera perigos de natureza técnica e humana. Esta é a alternativa correta, pois é exatamente isso que o texto discute, enfatizando os riscos associados tanto à parte técnica quanto à manipulação de usuários.</li>
 <li>D) Depende de técnicas de autenticação de imagens e documentos. Embora essas técnicas sejam mencionadas como uma solução, não é correto afirmar que a segurança de dados depende exclusivamente delas, portanto, esta alternativa não abrange a totalidade da questão.</li>
 <li>E) Traz possibilidades que maravilham a alguns e chocam a outros. Essa ideia é abordada, mas não é o foco em relação à segurança de dados, o que faz dessa alternativa uma simplificação e, por isso, incorreta no contexto da questão.</li>
</ul> 

Assim, o texto enfatiza os riscos e desafios que a inteligência artificial traz para a segurança de dados, o que está perfeitamente alinhado com a alternativa C. 

Gabarito: Letra C

Pesquisadores explicam que as novas técnicas de computação abrem novas possibilidades para golpes e invasões cibernéticas

1 As empresas de computação em nuvem chocaram o mundo com as inteligências artificiais lançadas no ano de 2023. Muitos se maravilharam com o mundo de possibilidades que esses programas inteligentes abriram. Já outros se chocaram com as implicações na área da segurança, direito autoral e na capacidade de distorção da realidade factual que as ferramentas novas proporcionam, e o debate pela regulamentação do uso segue em curso nas casas legislativas de diversos países.

2 Conforme explica um professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, as ferramentas de inteligência artificial abrem novos perigos na área de segurança de dados em dois fronts diferentes. O primeiro deles está na encriptação e na desencriptação dos dados.

3 “Existe de fato uma briga entre os que querem guardar informação sigilosa de forma segura e os que querem abrir essa informação para decifrar. Existem algoritmos clássicos que fazem isso e que podem ser melhorados com técnicas de inteligência artificial. Em particular, técnicas de aprendizado de máquina, aquelas que usam observações, experimentos, experiências para melhorar o desempenho de algoritmos”, explica o professor.

4 A outra batalha é travada no meio da engenharia social, ou seja, os usuários mal-intencionados exploram as vulnerabilidades humanas de outros usuários para obter materiais confidenciais, como senhas bancárias, dados de navegação e outras informações de cunho particular.

5 “As vulnerabilidades podem acontecer na medida em que você tem sistemas artificiais interagindo com os seres humanos. Você pode ter sistemas que, na interação com o usuário, obtêm dados inadvertidamente. Aí, o usuário é levado a revelá-los. Pode haver sistemas que também são feitos para interagir com o usuário de forma adequada, mas têm alguma falha. O usuário pode ser enganado e revelar essas informações para um outro agente inadequado”, conta ele.

6 “A inteligência artificial consegue, com as velhas técnicas, simular situações da vida real. E, nesse sentido, a coisa ficou feia, um cidadão não consegue mais distinguir entre o artificial e o natural e pode ser enganado pela imagem e pela voz. Tudo que é simulado passa a ser quase natural para um cidadão comum.” 

7 Técnicas de autenticação de imagens e documentos podem auxiliar os usuários a não serem enganados com o uso da inteligência artificial. Algumas empresas, por exemplo, já colocam marcas d’água em todos os vídeos que a ferramenta produz, outra maneira de impedir o uso malicioso da IA generativa.
E, é claro, crimes cibernéticos também são crimes, e também é papel da Justiça agir nesses casos para punir os criminosos: “Os crimes de falsificação ficam mais fáceis com esses processadores mais potentes.
É simulada alguma coisa verdadeira, mas quem é que programa esses simuladores? São pessoas hábeis, com talento para programar, mas é sempre um ser humano por trás”, conclui o professor.

Questões de CESGRANRIO - Português - Compreensão e interpretação de textos