O fumo é nocivo à saúde – O fumo é danoso com a saúde.

Apaguei todas as lembranças do passado – Apaguei todas as memórias do passado.

Ela é hábil para trabalhos manuais – Ela tem habilidade com trabalhos manuais.

Suas ideias não estão compatíveis com os meus interesses – Suas ideias são incompatíveis aos meus interesses.

Tenho loucura por conhecer a Europa – Sou louco a conhecer a Europa.

A questão contempla assuntos relacionados ao correto uso das preposições; um assunto, portanto, relacionado à regência nominal e verbal. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado &nbsp;– Apenas na primeira frase a preposição "a" foi corretamente empregada devido à regência de "nocivo". O correto em "danoso" seria: "danoso à saúde". Em "b": Certo &nbsp;– Ambas as palavras &nbsp;– "lembranças" e "memórias" &nbsp;– exigem o uso da preposição "de". Em "c": Errado &nbsp;– O correto seria "hábil em". Em "d": Errado &nbsp;– O correto seria "incompatíveis com". Em "e": Errado &nbsp;– O correto seria "sou louco para". Resposta: Letra B.

locução para a economia, substituindo-a por à economia.

grafia do substantivo economia, escrevendo com inicial maiúscula.

preposição de em da necessidade, substituindo-a por em de na necessidade.

verbo absorver, empregando-o no plural para concordar com o seu sujeito.

verbo servir, empregando-o no plural para concordar com o seu sujeito.

Olha só, vamos analisar essa questão juntos! A gente já sabe que a pegada aqui é a concordância verbal, né? Mas bora confirmar isso passo a passo. 
 
Começando pelo enunciado original: 
"As margens na meta de inflação, de dois pontos percentuais para cima e para baixo, serve para a economia absorver choques, sem a necessidade de ações mais firmes da autoridade monetária." 
 
Aqui, o trecho chave é "serve para a economia absorver choques." Se ligou que a palavra "serve" está relacionada ao sujeito "As margens"? Como "margens" está no plural, o verbo também deveria estar, trocando "serve" por "servem". 
 
Vamos ver as alternativas: 
 
A) Muda a locução "para a economia" para "à economia". Essa não é a questão, porque "para a" está gramaticalmente correto no contexto utilizado. 
 
B) Propõe alterar a inicial de "economia" para maiúscula, o que não faz sentido neste contexto. Economia aqui é usada de forma genérica, não como parte de um título ou algo assim. 
 
C) Sugere mudar "da necessidade" para "na necessidade". Novamente, nada a ver com a concordância do nosso problema. 
 
D) Fala sobre colocar o verbo "absorver" no plural. Isso não faz sentido, pois "absorver" é um infinitivo e não flexiona em número. 
 
E) Esse é o lance certeiro, camarada! Diz para mudar "serve" para "servem", que é exatamente o que a concordância verbal pede aqui. 
 
Então, a correção precisa mesmo é ajustar o verbo "servir", de "serve" para "servem", para combinar com o sujeito plurar "As margens". Mantém tudo certinho em relação à norma culta da língua. A alternativa correta é a E.

Não sei porque as garças gostam de fazer ninhos no alto das árvores.

Gostaria de verificar por que você está falando isso.

As crianças sempre nos perguntam o por quê das coisas.

Percebi se alguém entrou na sala.

A questão compreende assuntos que dizem respeito à norma-padrão da língua portuguesa, mais precisamente em relação ao emprego da ortografia oficial. Com base nisso, passemos às alternativas:Em "a": Errado – Nesse caso, "por que" representa o "motivo pelo qual": não sei por que motivo as garças gostam de fazer ninhos no alto das árvores. Logo, "por que" não deveria estar grafado todo junto, mas sim de maneira separada. Em "b": Certo – Nesse caso, "por que" foi empregado de maneira correta, pois, assim como na alternativa "a", também representa o motivo pelo qual. Em "c": Errado – Nesse caso, quando "por que" vem depois de um artigo, ou seja, vem determinado pelo artigo, ele deverá ser grafado todo junto e com acento circunflexo: "o porquê". Em "d": Errado – O correto, do ponto de vista da norma-padrão, seria: "tenho certeza de que você vai". Em "e": Errado – O correto, para a norma-padrão, seria: "percebi que...". Resposta: Letra B.

— Você está vendo alguma coisa esquisita nes-
sa paisagem? — perguntou o meu amigo Fred Meyer. 
Olhei em torno. Estávamos no jardim da residência 
da Embaixada do Brasil no Marrocos, onde ele vive 
— é o nosso embaixador no país —, cercados de ta-
mareiras, palmeiras e outras árvores de diferentes 
tipos. Um casal de pavões se pavoneava pelo gra-
mado, uma dezena de galinhas d’angola ciscava no 
chão, passarinhos iam e vinham. No terraço da casa 
ao lado, onde funciona a Embaixada da Rússia, havia 
um mar de parabólicas, que devem captar até os sus-
piros das autoridades locais. Lá longe, na distância, 
mais tamareiras e palmeiras espetadas contra um 
céu azul de doer. Tudo me parecia normal.
— Olha aquela palmeira alta lá na frente.
Olhei. Era alta mesmo, a maior de todas. Tinha 
um ninho de cegonhas no alto.
— Não é palmeira. É uma torre de celular dis-
farçada.
Fiquei besta. Depois de conhecer sua real iden-
tidade, não havia mais como confundi-la com as de-
mais; mas enquanto eu não soube o que era, não 
me chamara a atenção. Passei os vinte dias seguin-
tes me divertindo em buscar antenas disfarçadas 
na paisagem. Fiz dezenas de fotos delas, e postei 
no Facebook, onde causaram sensação. A maioria 
dos meus amigos nunca tinha visto isso; outros já 
conheciam de longa data, e mencionaram até es-
pécimes plantados no Brasil. Alguns, como Luísa 
Cortesão, velha amiga portuguesa que acompanho 
desde os tempos do Fotolog, têm posição radical-
mente formada a seu respeito: odeiam. Parece que 
Portugal está cheio de falsas coníferas. [...]
A moda das antenas disfarçadas em palmeiras 
começou em 1996, quando a primeira da espécie 
foi plantada em Cape Town, na África do Sul; mas a 
invenção é, como não podia deixar de ser, Made in 
USA. Lá, uma empresa sediada em Tucson, Arizona, 
chamada Larson Camouflage, projetou e desenvol-
veu a primeiríssima antena metida a árvore do mun-
do, um pinheiro que foi ao ar em 1992. A Larson já 
tinha experiência, se não no conceito, pelo menos no 
ramo: começou criando paisagens artificiais e camu-
flagens para áreas e equipamentos de serviço.
Hoje existem inúmeras empresas especializa-
das em disfarçar antenas de telecomunicações pelo 
mundo afora, e uma quantidade de disfarces diferen-
tes. É um negócio próspero num mundo que quer, ao 
mesmo tempo, boa conexão e paisagem bonita, duas 
propostas mais ou menos incompatíveis. Os custos 
são elevados: um disfarce de palmeira para torre de 
telecomunicações pode sair por até US$ 150 mil, mas 
há fantasias para todos os bolsos, de silos e caixas 
d’água à la Velho Oeste a campanários, mastros, 
cruzes, cactos, esculturas.
A Verizon se deu ao trabalho de construir uma 
casa cenográfica inteira numa zona residencial histó-
rica em Arlington, Virgínia, para não ferir a paisagem 
com caixas de switches e cabos. A antena ficou plan-
tada no quintal, pintada de verde na base e de azul no 
alto; mas no terreno em frente há um jardim sempre 
conservado no maior capricho e, volta e meia, entre-
gadores desavisados deixam jornais e revistas na 
porta. A brincadeira custou cerca de US$ 1,5 milhão. 
A vizinhança, de início revoltada com a ideia de ter 
uma antena enfeiando a área, já se acostumou com 
a falsa residência, e até elogia a operadora pela boa 
manutenção do jardim.

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