 O desentendimento fragiliza as relações.

A questão apresentada envolve a interpretação de um texto que retrata a dinâmica de comunicação entre plantas, utilizando metáforas que refletem sobre relacionamentos e a fragilidade das interações. O tema central é a interação e seu impacto nas relações. 

A alternativa correta, E) O desentendimento fragiliza as relações, reflete a essência do texto, pois as plantas, ao não se entenderem, resultam em conflitos. Isso ilustra que a falta de comunicação pode levar à deterioração das relações. 

Vamos analisar cada alternativa para entender por que são corretas ou incorretas: 

<ul>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">A) As fofocas resultam em discórdia. Embora possa haver um aspecto de fofocas, o texto não aborda isso diretamente. O que está em foco é a comunicação e mal-entendidos entre as plantas, não as fofocas.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">B) A devoção extrema leva à loucura. A devoção de Levindo é uma parte do texto, mas não é o tema central. A loucura dele é consequência da falta de comunicação efetiva com as plantas, não de sua devoção.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">C) Os segredos destroem as amizades. Embora a falta de sinceridade afete relacionamentos, não são os segredos que são abordados, mas sim o desentendimento, tornando essa alternativa imprecisa.</li>

 <li style="margin-bottom: 1.5em;">D) O trabalho é a chave para o sucesso. A ideia do trabalho como chave para o sucesso não é uma mensagem do texto. O foco está nas relações e na comunicação entre plantas, não no esforço de Levindo.</li>
</ul>

Assim, a única alternativa que sintetiza corretamente a mensagem do texto, que destaca a importância da comunicação nas relações, é a letra E. 

Gabarito: Letra E

1 Não é mistério para os entendidos que há uma linguagem das plantas, ou, para ser mais exato, que a cada planta corresponde uma linguagem. Como a variedade de plantas é infinita, faz-se impossível ao entendimento, por muito atilado que seja, captar todas as vozes de vegetais. E só os mais perspicazes entre os humanos conseguem entender a conversa entre duas plantas de espécies diferentes: cada uma usa o seu vocabulário, como por exemplo num diálogo em que A falasse em espanhol e B respondesse em alemão.

2 Levindo, jardineiro experiente, chegou a dominar as linguagens que se entrecruzavam no jardim. Um leigo diria que não se escutava nada, salvo o zumbir de moscas e besouros, mas ele chegava a distinguir o suspiro de uma violeta, e suas confidências ao amor-perfeito não eram segredo para os ouvidos daquele homem.

3 Até que um dia as plantas desconfiaram que estavam sendo espionadas e planejaram a conspiração de silêncio contra Levindo. Passaram a comunicar-se por meio de sinais altamente sigilosos, renovados a cada semana. Em vão o jardineiro se acocorava a noite inteira no jardim, na esperança de decifrar o código. Enlouqueceu.

4 Perdendo o emprego, as coisas não voltaram à normalidade. As plantas haviam esquecido o hábito de conversar direito. Já não se entendiam, brigavam de haste contra haste, muitas se aniquilaram em combate. O jardim foi invadido pelas cabras, que pastaram o restante da vegetação.

A análise do fragmento "que pastaram o restante da vegetação" revela uma cena de devastação e desolação. O contexto sugere a destruição da flora que antes existia, ressaltando um ambiente deteriorado.

 

A escolha da alternativa B, desolação, é adequada, pois reflete a tristeza e a perda que permeiam a narração. O jardim, antes vibrante e cheio de vida, se transforma em um local de ruína e desinteresse.

 

<ul>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa A: Tédio - O termo tédio não se aplica, pois a situação é de violência e destruição, oposta à indiferença do tédio.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: Saudade - Saudade sugere uma falta que remete a algo positivo. Aqui, o que predomina é a perda e o ressentimento pela destruição do jardim.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: Desespero - Embora o desespero possa ser sentido pelo jardineiro, a frase focaliza a condição das plantas, que interagem em um clima de conflito, não gerando desespero.</li>

<li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa E: Inconformismo - O inconformismo implica em uma resistência a uma situação. No entanto, o fragmento descreve uma resignação aos novos acontecimentos, mais do que resistência.</li>
</ul>

Portanto, a alternativa B é a mais pertinente ao contexto, pois realça a condição desoladora do ambiente após a desintegração da comunicação entre as plantas.

 

Gabarito: Letra B

 nem o zumbir de moscas e besouros era ouvido.

 o zumbir de moscas e besouros nunca era ouvido.

 o zumbir de moscas e besouros tampouco era ouvido.

 somente o zumbir de moscas e besouros era ouvido.

 o zumbir de moscas e besouros era igualmente ouvido.

Para analisar a questão apresentada, é essencial compreender o contexto do trecho original e as nuances das opções de reescrita. O objetivo é encontrar uma alternativa que mantenha o sentido de que o único som percebido era o das moscas e besouros.

 

Análise das Alternativas:

<ul>
 <li>A) nem o zumbir de moscas e besouros era ouvido. Essa alternativa alteraria o sentido original ao indicar que até o zumbir não era escutado. Assim, não preserva a ideia de haver, de fato, apenas o zumbir como som presente.</li>
 
 <li>B) o zumbir de moscas e besouros nunca era ouvido. Esta opção também muda o sentido do texto. Ao usar “nunca”, exclui a possibilidade de existir qualquer momento em que o zumbir fosse ouvido, o que contraria a afirmação inicial.</li>
 
 <li>C) o zumbir de moscas e besouros tampouco era ouvido. Semelhante à alternativa A, essa reescrita afirma que nem o zumbir era ouvido, alterando totalmente a essência do trecho original.</li>
 
 <li>D) somente o zumbir de moscas e besouros era ouvido. Esta é a alternativa correta. Ela mantém a ideia de que o zumbir era o único som presente, refletindo fielmente o sentido da frase original.</li>
 
 <li>E) o zumbir de moscas e besouros era igualmente ouvido. Essa opção sugere que o zumbir era ouvido ao lado de outros sons, o que não condiz com a afirmação de que “não se escutava nada” além do zumbir.</li>
</ul>

 

Em resumo, a opção D é a única que mantém o mesmo significado que a frase original, confirmando que o único som escutado era o zumbir, sem mais interferências sonoras.

 

Gabarito: Letra D

 Levindo não se referiu a este, mas àquele sinal sigiloso.

 Haste à haste, as plantas foram sendo derrubadas.

 O jardineiro devia satisfações à cada uma das plantas.

 À depender do código usado, a compreensão era mais difícil.

A questão aborda o uso da crase, que é a fusão da preposição "a" com o artigo definido "a(s)". Tal uso é comum em locuções prepositivas, verbais e adjetivas que exigem a preposição, além de serem regidas por substantivos femininos. 

Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas: 

<ul>
<li style="margin-bottom: 1.5em;">A) Levindo não se referiu a este, mas àquele sinal sigiloso. Nesta frase, o uso da forma "àquele" está correto, pois "aquele" exige crase devido à regência da preposição "a" e à presença do artigo "a".</li> 

<li style="margin-bottom: 1.5em;">B) Haste à haste, as plantas foram sendo derrubadas. Aqui, o correto seria "haste a haste", pois a expressão não exige o uso de crase, visto que "haste" é um substantivo feminino e não há artigo definido antes.</li> 

<li style="margin-bottom: 1.5em;">C) O jardineiro devia satisfações à cada uma das plantas. A crase não é adequada aqui. Deveria ser "a cada uma" (sem crase), já que "cada" não pede o artigo.</li> 

<li style="margin-bottom: 1.5em;">D) Ele dedicava-se à trabalhos no jardim. Nesta frase, a crase não deve ser utilizada, pois "trabalhos" está no plural e também não é precedido de artigo definido.</li> 

<li style="margin-bottom: 1.5em;">E) À depender do código usado, a compreensão era mais difícil. Correto seria "A depender do código", pois "dependendo" é uma forma verbal que não exige crase.</li> 
</ul>

Na análise, constatamos que a alternativa A é a única em que a crase está empregada corretamente segundo a norma padrão da língua portuguesa. 

Gabarito: Letra A

As plantas nunca desentenderam-se naquele jardim.

Caso unam-se contra o jardineiro, ele não terá chance.

Ele diuturnamente se dedicava a decifrar aquele código.

Plantas de diferentes espécies não entender-se-ão jamais.

Se impressionar com o mistério da fala das plantas é normal.

A questão aborda a colocação pronominal, que é a posição correta do pronome átono na frase. O uso do pronome se deve seguir as normas da língua portuguesa, considerando a ênfase e o contexto da oração. 

Na alternativa A "As plantas nunca desentenderam-se naquele jardim", a colocação do pronome se está em posição inadequada. Segundo a norma, pronomes após o verbo são usados em caso de ênfase ou quando se inicia a frase com palavra atrativa, o que não ocorre aqui. 

A alternativa B "Caso unam-se contra o jardineiro, ele não terá chance" também apresenta erro. O correto seria "Caso se unam contra o jardineiro", colocando o pronome antes do verbo, como exige a norma padrão. 

Na alternativa C "Ele diuturnamente se dedicava a decifrar aquele código", a colocação do pronome está correta. O pronome se antecipa ao verbo, seguindo as regras de colocação pronominal. 

A alternativa D "Plantas de diferentes espécies não entender-se-ão jamais" apresenta uma colocação incorreta do pronome no futuro do presente. O correto seria "não se entenderão jamais", pois o pronome deve vir antes do verbo. 

Na alternativa E "Se impressionar com o mistério da fala das plantas é normal", o pronome se está fora de uso como indesejado, pois deve ser utilizado com verbos pronominais, que não é o caso aqui. 

Portanto, a única alternativa que respeita a norma padrão da língua portuguesa no que tange à colocação do pronome átono se é a letra C. 

Gabarito: Letra C

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