Em "a": Errado – Para essa figura de linguagem, temos a inversão da ordem de algumas palavras sobre determinadas ideias que se opõem entre si, e não necessariamente das ideias em si. Em "b": Certo – "Antítese" é a figura de linguagem por meio da qual se expressam contradições em relação a um pensamento. Veja que aí estamos diante da contradição presente entre a eficiência dos dados e as nossas incertezas e dúvidas. Em "c": Errado – Na gradação, aumentamos ou diminuímos a intensidade com a qual se desenvolve um discurso. Em "d": Errado – Na metáfora, realizamos comparações implícitas. Em "e": Errado – Nesta figura de linguagem, não há a mera oposição de ideias entre si, mas sim o reforçamento dessas ideias a partir dessas oposições. Resposta: Letra B.

    Estamos acostumados à ideia de que os dados são quase um sinônimo de precisão e certeza, mas, na era digital, quanto mais dados chegam ao nosso conhecimento, maiores são as nossas incertezas e dúvidas. Em plena era dos dados, lidar com essa constatação passa a ser um desafio que vai definir o futuro do jornalismo e, especialmente, a sua inserção na, cada vez mais complexa, arena da informação pública.


Em "a": Certo – "Antítese" é a figura de linguagem por meio da qual se expressam contradições em relação a um pensamento. Veja que aí estamos diante da contradição presente entre a eficiência dos dados e as nossas incertezas e dúvidas. Em "b": Errado – Para essa figura de linguagem, temos a inversão da ordem de algumas palavras sobre determinadas ideias que se opõem entre si, e não necessariamente das ideias em si. Em "c": Errado – Na gradação, aumentamos ou diminuímos a intensidade com a qual se desenvolve um discurso. Em "d": Errado – Na metáfora, realizamos comparações implícitas. Em "e": Errado – Nesta figura de linguagem, não há a mera oposição de ideias entre si, mas sim o reforçamento dessas ideias a partir dessas oposições. Resposta: Letra A.

Estamos acostumados à ideia de que os dados são quase um sinônimo de precisão e certeza, mas, na era digital, quanto mais dados chegam ao nosso conhecimento, maiores são as nossas incertezas e dúvidas. Em plena era dos dados, lidar com essa constatação passa a ser um desafio que vai definir o futuro do jornalismo e, especialmente, a sua inserção na, cada vez mais complexa, arena da informação pública.



Bom, galera, vamos descomplicar essa questão de inferência e elipse no texto, ok? A frase que estamos analisando aqui é: "muitos deixaram de compartilhar essas fake news com outras pessoas". Aqui, a parte "muitos" está referenciando um grupo específico, mas a palavra que identifica com quem estamos falando não foi repetida na frase. Isso é a tal da elipse, aquela "economia" no uso de palavras que já foram mencionadas ou que são óbvias no contexto. 
 
Neste caso específico, o termo "muitos" se refere aos "jogadores" do jogo Go Viral!, que foi o tópico abordado no penúltimo parágrafo. Essa tal de "elipse" acontece quando, para evitar repetições desnecessárias, a gente omite alguns termos que já foram estabelecidos anteriormente. No parágrafo anterior, é falado sobre como os jogadores estavam percebendo e mudando seus comportamentos em relação às notícias falsas devido à intervenção do jogo, então quando diz "muitos", já dá para entender que são os jogadores, sacou? 
 
O uso da elipse é comum em português para tornar o texto mais fluído e menos repetitivo, e entender isso é crucial, principalmente em provas que querem testar seu poder de ligar os pontos no texto. Aqui, a elipse faz o texto ser econômico sem perder o sentido, porque quem está familiarizado com o contexto já entende a referência. 
 
A alternativa correta é C.

Infere-se do penúltimo parágrafo do texto que, no trecho “muitos deixaram de compartilhar essas fake news com outras pessoas”, está elíptico o substantivo jogadores após o termo “muitos”.

Quando você recebe a dose de uma vacina tradicional, inclusive algumas das feitas contra o novo coronavírus, as partículas de vírus atenuadas ou inativas presentes no imunizante desencadeiam uma resposta imunológica no seu organismo, de modo a treiná-lo a enfrentar a doença. A mesma lógica pode valer, do ponto de vista psicológico, contra outra “epidemia” atual — a de desinformação, manipulação de informações e disseminação de fake news (notícias falsas).

 Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, estão estudando o quanto pequenas doses preventivas e “atenuadas” de técnicas de desinformação podem proteger as pessoas contra o ambiente de notícias falsas ou distorcidas na Internet, particularmente em tempos de covid-19.

 “O objetivo é criar uma espécie de resistência psicológica contra a persuasão, para que, no futuro, quando você estiver exposto à desinformação, ela seja menos convincente, porque você terá ‘anticorpos’”, explica Jon Roozenbeek, pesquisador do Laboratório de Tomada de Decisões Sociais do Departamento de Psicologia da Universidade de Cambridge. “Em outras palavras, se você conhece as técnicas e os truques usados para enganar as pessoas ou persuadi-las, você terá menos probabilidade de cair neles”.

 Uma dessas vacinas em teste é um jogo online chamado Go Viral! (“Viralize”, em tradução livre), com duração de pouco mais de cinco minutos. Nele, o jogador assume o personagem de alguém que quer viralizar na Internet a qualquer custo. Nesse papel, ele coloca em prática as táticas mais usadas para disseminar desinformação e notícias falsas, tais como: explorar as emoções do espectador — notícias falsas costumam ser redigidas ou manipuladas de forma a nos causar raiva, indignação, medo, angústia e, por consequência, provocar o ímpeto de rapidamente compartilharmos aquele conteúdo; inventar especialistas para sustentar alegações, quaisquer que elas sejam, dando a elas um falso lastro ou uma falsa aura de importância; alimentar teorias da conspiração que forneçam a seus seguidores explicações coerentes (mesmo que falsas) e bodes expiatórios ideais para complexos problemas globais. Atraentes, essas teorias costumam gerar bastante engajamento na Internet.

 Em estudo publicado no periódico Big Data &amp; Society, Roozenbeek e seus colegas submeteram usuários do Go Viral! a questionários e identificaram que, de modo geral, os jogadores aumentaram a percepção a respeito do que é e do que não é manipulação no noticiário da pandemia de covid-19.

 Os jogadores também ganharam mais confiança em sua habilidade de identificar conteúdo manipulador — e, por consequência, muitos deixaram de compartilhar essas fake news com outras pessoas.

 Agora, os pesquisadores querem entender quanto tempo dura essa imunização, ou seja, por quanto tempo o entendimento dessas técnicas de manipulação permanece “fresco” na mente dos jogadores.

Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto 1A1-I, julgue o item a seguir.


 repetição de sons vocálicos e na imitação ou reprodução de um som.

 repetição da mesma palavra no início das orações e na repetição de um termo ou de uma ideia.

 repetição da mesma palavra no início de diversas orações e na imitação ou reprodução de um som.

 imitação ou reprodução de um som e na repetição de sons consonantais.

 repetição de sons vocálicos e na repetição de sons consonantais.

Comentário: É a repetição proposital de um som consonantal numa sequência linguística. O efeito serve para reforçar a ideia que deseja transmitir. Ex.; rato roeu a roupa real do rei de RomaCuriosidade:&nbsp;a repetição de uma mesma vogal numa frase recebe o nome de&nbsp;assonância."É bamboleando em rondadançam bandos tontos e bambosde pirilampos" (Guilherme de Almeida). Resposta: Letra E.&nbsp;

    Um poema sempre me pareceu algo assim como um pássaro engaiolado... E que, para apanhá-lo vivo, era preciso um cuidado infinito. Um poema não se pega a tiro. Nem a laço. Nem a grito. Não, o grito é o que mais o espanta. Um poema, é preciso esperá-lo com paciência e silenciosamente como um gato. É preciso que lhe armemos ciladas: com rimas, que são o seu alpiste; há poemas que só se deixam apanhar com isto. Outros que só ficam presos atrás das catorze grades de um soneto. É preciso esperá-lo com assonâncias e aliterações para que ele cante. É preciso recebê-lo com ritmo, para que ele comece a dançar. E há os poemas livres, imprevisíveis. Para esses é preciso inventar, na hora, armadilhas imprevistas.


E aí, vamos decifrar essa questão de figuras de linguagem? 
 
No texto 8A3, a expressão “desejos já maduros” não é um exemplo de comparação, mas sim de metáfora. Isso pode causar uma pequena confusão, então vamos esclarecer para mandar bem na prova. 
 
A comparação ou símile sempre traz um termo de ligação explícito, como "como" ou "assim como", ajudando a conectar direto os dois elementos que estão sendo comparados. Por exemplo, "ele é forte como um touro". Aqui, a comparação é clara e direta, né? 
 
No caso de “desejos já maduros”, não existe essa palavra de conexão explicando a relação. A ideia de "maduros" é aplicada diretamente aos desejos, sugerindo que eles estão em um ponto ideal de desenvolvimento, assim como frutas. É uma transferência de características sem um conectivo explícito, portanto, uma metáfora. 
 
Logo, é importante entender essa diferença para não cair em pegadinhas. Saber distinguir entre comparação e metáfora te ajuda a interpretar melhor os textos e garante aquele acerto certeiro no gabarito. 
 
alternativa correta é E.

A expressão “desejos já maduros” (terceira estrofe) é exemplo de comparação, figura de linguagem que traça um paralelo entre o termo denotado e o termo conotado, nesse caso, entre desejos e frutos.

    Cantiga do amor sem eira
    nem beira,
    vira o mundo de cabeça
    para baixo,
    suspende a saia das mulheres,
    tira os óculos dos homens,
    o amor, seja como for,
    é o amor.

    Meu bem, não chores,
    hoje tem filme de Carlito!

    O amor bate na porta,
    o amor bate na aorta,
    fui abrir e me constipei.
    Cardíaco e melancólico,
    o amor ronca na horta
    entre pés de laranjeira
    entre uvas meio verdes
    e desejos já maduros.

    Entre uvas meio verdes,
    meu amor, não te atormentes.
    Certos ácidos adoçam
    a boca murcha dos velhos
    e quando os dentes não mordem
    e quando os braços não prendem
    o amor faz uma cócega
    o amor desenha uma curva
    propõe uma geometria.

    Amor é bicho instruído.

    Olha: o amor pulou o muro
    o amor subiu na árvore
    em tempo de se estrepar.
    Pronto, o amor se estrepou.
    Daqui estou vendo o sangue
    que escorre do corpo andrógino.
    Essa ferida, meu bem,
    às vezes não sara nunca
    às vezes sara amanhã.

    Daqui estou vendo o amor
    irritado, desapontado,
    mas também vejo outras coisas:
    vejo corpos, vejo almas
    vejo beijos que se beijam
    ouço mãos que se conversam
    e que viajam sem mapa.
    Vejo muitas outras coisas
    que não ouso compreender…


Julgue o seguinte item, relativos a figuras de linguagem no texto 8A3.


Questões de CESPE / Cebraspe - Português - Figuras de linguagem