Bem, vamos mergulhar no que a questão pede e na vibe do texto fornecido, certo? A banca em questão, o Cebraspe, é conhecida por seu estilo pontual e cirúrgico nas perguntas, focando bastante na interpretação precisa dos textos.

 

O texto apresentado tem sua parte irônica e crítica muito bem marcada, não é mesmo? Quando ele fala sobre a "bomba limpa", essa exposição não visa apenas a informar, mas também a satirizar a ideia de que uma arma de destruição em massa possa ser considerada “limpa” de alguma maneira. Veja que o autor usa expressões como "bomba suja", "mal-educadas", e outras que mostram esse tom crítico e irônico.

 

Enquanto o objetivo principal do texto possa parecer informativo a uma primeira vista, ele na verdade se aprofunda mais em questionar e refletir sobre os valores éticos e morais da ciência aplicada à fabricação de armamentos. Portanto, concordamos que ele é majoritariamente dissertativo, sim, mas ele vai além de simplesmente informar – ele questiona e provoca reflexão.

 

Assim, a afirmação do enunciado que o objetivo do texto é "informar o leitor a respeito do surgimento da 'bomba limpa'" é uma interpretação superficial e não capta toda a essência crítica e irônica do texto. Logo, a alternativa correta é a que considera essa afirmação como 'Errado'.

 

A alternativa correta é E.

O objetivo do texto, de caráter predominantemente
dissertativo, é informar o leitor a respeito do surgimento da “bomba limpa” (L.8).

No que se refere aos sentidos e às estruturas linguísticas do texto
acima, julgue os itens a seguir.

Leio que a ciência deu agora mais um passo definitivo.
É claro que o definitivo da ciência é transitório, e não por
deficiência da ciência (é ciência demais), que se supera a si
mesma a cada dia... Não indaguemos para que, já que a própria
ciência não o faz — o que, aliás, é a mais moderna forma de
objetividade de que dispomos.
Mas vamos ao definitivo transitório. Os cientistas
afirmam que podem realmente construir agora a bomba limpa.
Sabemos todos que as bombas atômicas fabricadas até hoje são
sujas (aliás, imundas) porque, depois que explodem, deixam
vagando pela atmosfera o já famoso e temido estrôncio 90.
Ora, isso é desagradável: pode mesmo acontecer que o próprio
país que lançou a bomba venha a sofrer, a longo prazo, as
consequências mortíferas da proeza. O que é, sem dúvida, uma
sujeira.
Pois bem, essas bombas indisciplinadas,
mal-educadas, serão em breve substituídas pelas bombas n, que
cumprirão sua missão com lisura: destruirão o inimigo,
sem riscos para o atacante. Trata-se, portanto, de uma fabulosa
conquista, não?

Para entender corretamente essa questão, precisamos primeiro identificar a tipologia textual presente e, em seguida, entender as funções da linguagem que estão sendo utilizadas. Você me entregou um texto claramente dissertativo, centrado em argumentar a favor de uma perspectiva sobre multiculturalismo, diversidade cultural e liberdade individual.

 

O texto fala sobre como o problema intercultural não é apenas uma questão de reconhecimento da igualdade entre culturas (isonomia axiológica), mas envolve um engajamento mais profundo, passando pelo diálogo interpessoal e pelo acesso à diversidade cultural. Ele argumenta que esse processo é essencial para a liberdade individual, permitindo às pessoas a capacidade de escolher sua cultura, adotar novos valores ou se reinventar culturalmente. Segue defendendo que essa liberdade está intrinsecamente relacionada ao fortalecimento da democracia não totalitária, ao sensibilizar políticos e democratizar espaços pessoais, longe do monismo cultural.

 

Agora, analisando o enunciado e a afirmativa, percebe-se que o texto é corretamente categorizado como dissertativo, pois apresenta uma argumentação clara a favor do "acesso de todos a um ambiente de diversidade cultural". Além disso, o autor defende vigorosamente que esse acesso é crucial para a "construção da identidade pessoal". Com isso em mente, e fazendo a correlação com a afirmativa da questão, podemos concluir que ela está correta.

 

Os pontos abordados no texto, como diálogo, liberdade cultural e personalização da identidade, são aspectos centrais para compreender a argumentação do autor. Portanto, o julgamento da afirmativa como verdadeira (Certo) faz total sentido.

 

A alternativa correta é C.

Nesse texto, de tipologia dissertativa, o autor defende o acesso
de todos a um ambiente de diversidade cultural, que, em sua
opinião, é essencial para a construção da identidade pessoal.

Em relação ao texto acima, julgue os seguintes itens.

O problema intercultural não se resolve, como
pretendem os multiculturalistas, pelo simples reconhecimento
da isonomia axiológica entre culturas distintas, mas,
fundamentalmente, pelo diálogo interpessoal entre indivíduos
de culturas diferentes e, mais ainda, pelo acesso individual à
própria diversidade cultural, como condição para o exercício
da liberdade de pertencer a uma cultura, de assimilar novos
valores culturais ou, simplesmente, de se reinventar
culturalmente. Aliás, o reconhecimento da isonomia axiológica
entre culturas é importante não porque limita a individualidade
a uma estrita visão antropológica que projeta a condição
humana ao círculo concêntrico da cultura do agrupamento
familiar e social a que pertence o indivíduo, mas porque o
liberta, ao lhe dar amplitude de opção cultural, que,
transcendendo a esfera da identidade individual como simples
parte de uma cultura, dimensiona a individualidade no campo
da liberdade — da liberdade de criar a si mesmo. Por fim, a
passagem para a democracia não totalitária, ou seja,
democracia na e para a diversidade, decorre, justamente, da
sensibilização do político e da democratização do espaço
pessoal, antes preso à teia indizível do monismo cultural
ocidental, tornando-se papel do Estado o oferecimento das
condições de acessibilidade à diversidade cultural, ambiente
imprescindível à autogestão da identidade pessoal. 

E aí, pessoal! Vamos decifrar essa questão de tipologia textual, que é um assunto super comum, mas que às vezes confunde devido à variedade de textos que existem por aí. A questão aqui é sobre o texto presumindo, claro, uma visão geral de suas características para ver se ele se encaixa na definição de um texto dissertativo.

 

O texto discute sobre o filme "Branca de Neve e o Caçador" e como ele se conecta com as características originais dos contos de fadas, incluindo suas temáticas mais adultas como canibalismo e incesto, sua evolução ao longo dos séculos e como foram sendo adaptados para adaptar-se a um público infanto-juvenil. O texto apresenta uma interpretação e crítica do filme sobre suas escolhas narrativas e o que ele busca resgatar dos contos de fadas originais. Além disso, reflete sobre o papel dos contos de fadas e sua função social ao longo do tempo.

 

O gênero dissertativo é tipicamente utilizado para apresentar argumentações lógicas e bem fundamentadas sobre um determinado tema, geralmente visando a persuasão ou explicação detalhada de algum assunto. Estes textos são identificados por sua estrutura própria, que inclui uma introdução que apresenta o tema, um desenvolvimento que desenrola os argumentos e uma conclusão. Esse tipo de texto não apenas apresenta fatos, mas também expõe opiniões, interpretações e reflexões acerca do tema.

 

O texto da questão se enquadra perfeitamente como dissertativo, pois apresenta um tema e o desenvolve por meio de uma argumentação consistente, articulando opiniões e fatos históricos com o objetivo de discutir as mudanças na forma de se contar histórias ao público infantil. Vemos isso claramente no modo como o autor do texto elabora sua interpretação sobre o filme e utiliza de referências históricas para justificar suas opiniões.

 

Sem dúvida, a alternativa correta é C.

Com referência ao texto antecedente, julgue os itens a seguir.

O filme Branca de Neve e o Caçador deveria
chamar-se “Ravenna, a rainha má”. Interpretada pela atriz
Charlize Theron, a mãe-madrasta-bruxa da princesa é o mais
interessante do filme, assim como as questões tão atuais que
ela nos traz. E a bela Charlize faz uma rainha inesquecível.
Para não envelhecer, essa vilã dos contos de fadas ultrapassa
todos os limites e quebra todos os interditos. Uma mulher da
era a.CP (antes da cirurgia plástica), Ravenna suga a alma, a
juventude e a beleza das adolescentes e devora corações
puros, que arranca com suas unhas, enquanto chafurda na
amargura. O filme, para quem não sabe e não viu, busca
resgatar o conteúdo terrorífico das origens dos contos de
fadas. Tudo o que hoje se conhece com esse nome foi um dia
histórias para adultos, nas quais canibalismo e incesto eram
ingredientes garantidos. Mantidas vivas pela tradição oral dos
camponeses medievais, as histórias eram contadas para
entreter, mas não só. Os contos nasceram e permaneceram
como uma forma de lidar com os riscos da vida real, em um
tempo em que os lobos uivavam do lado de fora e também do
lado de dentro, menos contidos pela cultura do que hoje.
Depois, a partir do final do século XVII, com Charles
Perrault, culminando no século XIX, com os Irmãos Grimm,
os contos foram compilados, escritos e depurados como
histórias para crianças. Nós, que nascemos no século XX,
fomos alimentados por versões muito mais suaves e palatáveis
a uma época sensível, em que os pequenos são vistos como o
receptáculo tanto da inocência quanto do futuro, que, portanto,
precisam ser protegidos dos males do mundo e de seus
semelhantes, assim como convencidos de que sua “natureza”
é boa e pura. Ainda que conheçamos, por experiência própria,
que o pior também nos habita desde muito, muito cedo. E seria
melhor para todos — e também para a vida em sociedade —
poder olhar para ele de frente.

Olá! Vamos destrinchar essa questão, mano! Primeiro, precisamos entender que a banca CESPE, agora conhecida como CEBRASPE, curte jogar com questões que desafiam o seu conhecimento em estruturas textuais. O texto que foi dado para analisar não foge dessa regra, então vamos nessa.

 

O texto claramente se estrutura de forma dissertativa. Na dissertação, a ideia é apresentar e discutir argumentos em volta de uma tese. Nesse caso, o texto discute por que a figura do joven criminoso precisa ser reconsiderada e quais são as consequências desse estilo de vida, tanto para o indivíduo quanto para a família dele. O autor traz várias evidências e exemplos para sustentar sua visão — isso é típico de um texto dissertativo.

 

Além disso, em inglês, o jovem é descrito em suas ações e consequências (perda de dinheiro, poder ilusório, riscos de vida), e também se discute o impacto mais amplo da criminalidade, como a concentração de renda e efeitos na renda familiar. Essas são análises típicas de uma dissertação argumentativa, nas quais o autor vê a necessidade de apoiar seu ponto de vista com dados e observações.

 

Portanto, a afirmação do enunciado que identifica a estrutura dissertativa do texto e as funções das ideias e argumentos apresentados está correta. A defesa da ideia do autor é bem marcada e os argumentos são consistentes para sustentar suas observações.

 

alternativa correta é C

É possível identificar, no texto, uma estrutura dissertativa, com a
defesa de ideias relacionadas à causa do comportamento do jovem
criminoso e às consequências desse comportamento na vida
financeira de sua família, adicionada de argumentação que visa
sustentar os pontos de vista apresentados.

Julgue os itens a seguir, com base nas ideias do texto.


A figura do jovem revoltado precisa ser
reexaminada. Seu comportamento não se explica pela fome
nem pela miséria absoluta. Pelos seus próprios
depoimentos, recolhidos em conversas fora dos inquéritos
policiais, um grande móvel para sua adesão ao crime do
tráfico de drogas é o enriquecimento rápido. Após a
gradual conversão aos valores da violência e da nova
organização criminosa montada no uso constante da arma
de fogo, esse jovem descobre os prazeres da vida de rico
e com ela se identifica. Seu consumo passa a ser uma cópia
exagerada, orgiástica, do que entende ser o luxo do rico:
muita roupa, carros, mulheres, uísque (bebida de “bacana”)
e muita cocaína (coisa de gente fina). No entanto, é um
iludido: com o ganhar fácil, porque seu consumo
orgiástico, excessivo, o deixa sempre de bolso vazio, a
repetir compulsivamente o ato criminoso; com o poder da
arma de fogo, que o deixa viver por instantes um poder
absoluto sobre suas vítimas, mas que acaba colocando-o na
mesma posição diante dos quadrilheiros e policiais mais
armados do que ele; com a possibilidade, enfim, de que,
apesar de jovem e pobre, vai “se dar bem” e sair dessa vida
de perigos e medos.
É possível afirmar que, ao contrário do que se diz,
a criminalidade violenta diminui, a médio e longo prazos,
a renda familiar dos pobres. O crime organizado, por suas
características empresariais ilegais, é altamente
concentrador de renda. Não sofre nenhum tipo de limitação
das leis de mercado, de preços ajustados, de salários
mínimos estipulados, de direitos trabalhistas para os seus
peões. O crime organizado trafega nos preços cartelizados
e na punição com a morte daqueles que ousam desobedecer
à ordem e à vontade do chefe ou simplesmente
denunciá-lo. Os pequenos traficantes da favela, apesar de
todo o aparato militar, na verdade, estão ajudando a
enriquecer aqueles que controlam o tráfico de drogas em
toneladas e o contrabando de armas, o receptador, o
funcionário público corrupto, o advogado criminal, e assim
por diante. Pouquíssimos jovens saídos das camadas
pobres conseguem se estabelecer, mas todos contribuem
para enriquecer outros personagens que continuam nas
sombras e que são os principais beneficiários das cifras da
criminalidade. Os efeitos da guerra clandestina já se fazem
sentir na população que abriga os bandidos identificados
como tal: como as mortes violentas atingem principalmente
homens jovens em idade produtiva, as famílias se veem
privadas daqueles que seriam os mais importantes
contribuintes para a renda familiar.

definição de conceitos e do uso de recursos retóricos.

construção de personagens e cenas concretas.

utilização de recursos textuais descritivos.

mescla entre elementos textuais ficcionais e jornalísticos.

expressão de sentimentos e vivências pessoais.

Olha só, a banca do Cebraspe numa típica questão de tipologia textual e funções da linguagem nos traz um prato cheio! O texto CG1A1AAA é dessa nova onda de expositivo-argumentativo, que busca informar e convencer ao mesmo tempo. Vamos dissecar como ele faz isso.

 

Primeiro, a gente percebe que o texto desenrola o conceito de "cultura da paz", certo? Isso ali já é um clássico da exposição: define e explica termos para que a audiência absorva aquele conhecimento. Além disso, o texto argumenta sobre a importância de construir essa cultura da paz, usando vários princípios e ideias, como liberdade, justiça e democracia. Isso nos mostra como o texto não só explica, mas também busca persuadir os leitores sobre a importância do tema discutido.

 

Além disso, ele utiliza uma série de recursos retóricos, como contrastar visões positivas e negativas da paz e destacar soluções integrativas. Isso tudo é para reforçar seu ponto e convencer o leitor. Se formos olhar as alternativas, já dá para ver que a melhor opção que descreve essas características é a letra A: "definição de conceitos e do uso de recursos retóricos".

 

As outras opções, como a construção de personagens (B), descrição (C), elementos ficcionais (D), ou expressão de sentimentos pessoais (E), não se encaixam, porque o texto claramente visa informar e argumentar, não narrar, descrever ou expressar emoções pessoais.

 

A alternativa correta é A.

A paz não pode ser garantida apenas pelos acordos
políticos, econômicos ou militares. Cada um de nós,
independentemente de idade, sexo, estrato social, crença
religiosa etc. é chamado à criação de um mundo pacificado, um
mundo sob a égide de uma cultura da paz.
Mas, o que significa "cultura da paz"?
Construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças
e os adultos da compreensão de princípios como liberdade,
justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e
solidariedade. Implica uma rejeição, individual e coletiva, da
violência que tem sido percebida na sociedade, em seus mais
variados contextos. A cultura da paz tem de procurar soluções
que advenham de dentro da(s) sociedade(s), que não sejam
impostas do exterior.
Cabe ressaltar que o conceito de paz pode ser
abordado em sentido negativo, quando se traduz em um estado
de não guerra, em ausência de conflito, em passividade e
permissividade, sem dinamismo próprio; em síntese, condenada
a um vazio, a uma não existência palpável, difícil de se
concretizar e de se precisar. Em sua concepção positiva, a paz
não é o contrário da guerra, mas a prática da não violência para
resolver conflitos, a prática do diálogo na relação entre
pessoas, a postura democrática frente à vida, que pressupõe a
dinâmica da cooperação planejada e o movimento constante da
instalação de justiça.
Uma cultura de paz exige esforço para modificar o
pensamento e a ação das pessoas para que se promova a paz.
Falar de violência e de como ela nos assola deixa de ser, então,
a temática principal. Não que ela vá ser esquecida ou abafada;
ela pertence ao nosso dia a dia e temos consciência disso.
Porém, o sentido do discurso, a ideologia que o alimenta,
precisa impregná-lo de palavras e conceitos que anunciem os
valores humanos que decantam a paz, que lhe proclamam e
promovem. A violência já é bastante denunciada, e quanto mais
falamos dela, mais lembramos de sua existência em nosso meio
social. É hora de começarmos a convocar a presença da paz em
nós, entre nós, entre nações, entre povos.
Um dos primeiros passos nesse sentido refere-se à
gestão de conflitos. Ou seja, prevenir os conflitos
potencialmente violentos e reconstruir a paz e a confiança entre
pessoas originárias de situação de guerra é um dos exemplos
mais comuns a serem considerados. Tal missão estende-se às
escolas, instituições públicas e outros locais de trabalho por
todo o mundo, bem como aos parlamentos e centros de
comunicação e associações.
Outro passo é tentar erradicar a pobreza e reduzir as
desigualdades, lutando para atingir um desenvolvimento
sustentado e o respeito pelos direitos humanos, reforçando as
instituições democráticas, promovendo a liberdade de
expressão, preservando a diversidade cultural e o ambiente.
É, então, no entrelaçamento "paz — desenvolvimento
— direitos humanos — democracia" que podemos vislumbrar
a educação para a paz.

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