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 Para analisar esta questão sobre comunicação pública e o processo democrático na sociedade digital, é crucial compreender como o ambiente digital influencia o acesso e a interpretação das informações pelos cidadãos.
 

 O enunciado apresenta uma afirmativa que sugere que cada indivíduo tem capacidade de discernir informações consumidas na internet sem precisar de medição ou controle. Esta visão, embora ideal, negligencia diversos fatores sociais e psicológicos importantes no processo de comunicação digital.
 

 Análise da afirmativa: A internet é uma rede robusta de informações onde conteúdos de todas as formas são distribuídos, frequentemente sem qualquer filtro de veracidade ou relevância. Isso introduz uma série de desafios para o discernimento individual:
 

 <ul>
 <li>Habilidade de discernimento: Nem todos os usuários possuem as habilidades ou o conhecimento necessário para avaliar a autenticidade ou a relevância das informações encontradas online. Fatores como educação, idade, e experiência digital influenciam a capacidade de um usuário de identificar fake news ou viés de informação.</li>
 
 <li>Efeito das bolhas de filtros e câmaras de eco: Algoritmos de redes sociais e mecanismos de busca tendem a mostrar aos usuários conteúdos que reforçam suas perspectivas preexistentes, limitando a exposição a visões divergentes. Isso pode distorcer o processo de formação de opinião e decisão.</li>
 
 <li>Desinformação e manipulação: Há uma abundância de informações falsas e manipuladas disponíveis na internet, frequentemente projetadas para parecerem autênticas. Isso representa um risco significativo, especialmente em contextos políticos e sociais.</li>
 
 </ul>
 

 Considerando esses fatores, a afirmação de que os cidadãos podem discernir todas as informações na internet sem necessidade de mediação é problemática. Políticas de comunicação e leis de mídia digital, como as diretrizes de verificação de fatos e regulações sobre propaganda e discurso de ódio, existem para ajudar a mediar a qualidade e autenticidade das informações disponíveis aos usuários, protegendo o processo democrático e os direitos individuais.
 

 Apesar da importância da liberdade de expressão e da autonomia individual na gestão da informação pessoal, o cenário contemporâneo da comunicação digital exige um equilíbrio que assegure a integridade e a confiabilidade das informações consumidas em massa. Portanto, mecanismos de controle e mediação são essenciais para manter a saúde informativa e democrática da sociedade.
 

 Portanto, a alternativa correta é E.
 

</body>
</html>

Qualquer cidadão é capaz de, a partir de seus próprios anseios, sentimentos e liberdade de escolha, discernir a informação que consome na Internet e avaliá-la quanto à adequação ou inadequação, de acordo com suas necessidades sociais e políticas, não sendo necessária qualquer mediação ou controle dessa mídia.


Considerando as políticas de comunicação, a comunicação pública e o processo democrático no contexto da sociedade digital, julgue o item subsequente.


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<body>
 Para a análise da questão apresentada pela Fundação Getúlio Vargas, é essencial compreender o uso de estratégias comunicacionais na cultura contemporânea, particularmente no contexto de marketing e publicidade.
 

 O enunciado destaca a eficácia de contar histórias para os consumidores, sugerindo que esta abordagem gera melhores resultados do que anúncios tradicionais. Isso ocorre porque as histórias são capazes de conectar-se emocionalmente com os consumidores, criando uma experiência mais profunda e envolvente.
 

 Esse conceito é conhecido como storytelling. Storytelling é a arte de contar histórias utilizando elementos narrativos que envolvem o público-alvo, criando uma ligação emocional que pode fortalecer a imagem de uma marca e melhorar o engajamento com os consumidores.
 

 Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas para identificar qual delas melhor se encaixa no conceito descrito pelo enunciado:
 

 <ul>
 <li>A) storyboard:
 Storyboards são ferramentas utilizadas no desenvolvimento de filmes, vídeos e comerciais, representando visualmente sequências de uma narrativa antes de serem totalmente produzidas. Embora relacionados à narrativa, o termo "storyboard" não aborda diretamente a técnica de criar laços emocionais com os consumidores através de histórias.
 </li>
 
 <li>B) brand equity:
 Brand equity refere-se ao valor de uma marca no mercado, influenciado pela percepção do consumidor, experiências com a marca e associações mentais positivas. Esse conceito é mais amplo e não se limita à técnica de contar histórias.
 </li>
 
 <li>C) lovemark:
 Lovemarks são marcas que alcançaram um nível de lealdade emocional extrema de parte dos consumidores, mas o termo é mais focado no resultado do que na técnica de usar narrativas para construir tal conexão.
 </li>
 
 <li>D) Publicidade datadriven:
 A publicidade datadriven baseia-se na análise e interpretação de grandes volumes de dados para otimizar campanhas e estratégias de marketing. Ela é importante na personalização da comunicação, mas não se concentra primordialmente no elemento narrativo.
 </li>
 
 <li>E) storytelling:
 A alternativa correta, como já discutimos, é o storytelling. Este termo descreve exatamente o processo de usar histórias para engajar emotivamente os consumidores, sendo diretamente relevante para o contexto apresentado pelo enunciado.
 </li>
 
 </ul>
 

 Portanto, a alternativa correta é E.
 

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 Para abordar esta questão sobre o conceito de pós-verdade, é importante compreender seu significado e implicações no contexto contemporâneo. O termo "pós-verdade" destaca um fenômeno onde fatos objetivos influenciam menos as opiniões públicas do que apelos emocionais e crenças pessoais.
 

 Analisando cada afirmativa em detalhe:
 

 <ul>
 <li>I. Suspensão completa de referência a fatos e verificações objetivas, substituídas por opiniões tornadas verossímeis apenas à base de repetições, sem confirmação de fontes:
 Esta afirmativa é correta. Ela reflete um dos aspectos centrais da pós-verdade: a prevalência de narrativas atraentes ou emotivas sobre dados factuais e verificados. A repetição constante de uma informação, mesmo desprovida de verificação factual, aumenta sua perceção de verosimilhança.
 </li>
 
 <li>II. Impele os sujeitos a já predisporem de determinada leitura cativa dos fatos, rejeitando o que distingue, compartilhando o que assemelha, sem maiores reflexões acerca do que ali é informado:
 Esta afirmativa também é correta e ressalta a tendência de consumir e compartilhar informações que reforçam as crenças pré-existentes, um fenômeno conhecido como "bolha de filtros". Isso evidencia como a emoção e a afiliação ideológica podem sobressair-se sobre a análise crítica dos fatos na era da pós-verdade.
 </li>
 
 <li>III. O prefixo “pós”, em pós-verdade, não se refere a ‘tempo posterior’ mas a ‘tempo em que o conceito verdade tornou-se sem importância ou irrelevante’:
 Esta afirmativa é verdadeira e esclarece a utilização do termo "pós" em "pós-verdade". Não implica que a verdade não exista mais, mas sugere que ela se tornou menos relevante ou influente na formação da opinião pública e nas decisões políticas e sociais.
 </li>
 
 <li>IV. Algo que denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência para definir a opinião pública do que o apelo à emoção ou crenças pessoais:
 Correta, esta afirmativa vai ao cerne do conceito de pós-verdade, onde os fatos objetivos são ofuscados por emoções e crenças pessoais. Isto é uma característica definidora da pós-verdade, onde sentimentos e lealdades pessoais ou ideológicas têm um forte impacto sobre a percepção pública.
 </li>
 
 </ul>
 

 Essas análises confirmam que as quatro afirmativas discutem aspectos fundamentais do conceito de pós-verdade, abordando a maneira como as emoções e as crenças pessoais podem dominar o discurso público em detrimento de fatos verificados e discussões baseadas em evidências. Assim, é claro que todas as afirmativas representam características essenciais do fenômeno da pós-verdade.
 

 Portanto, a alternativa correta é C.
 

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<body>
 Para resolver esta questão de Comunicação a partir do trecho de JENKINS (2009), devemos entender o conceito por trás da descrição que refere ao fluxo de conteúdos através de múltiplos suportes midiáticos, cooperação entre mercados mediáticos e o comportamento migratório dos públicos. Estes aspectos fundamentam o fenômeno da convergência das mídias.
 

 Henry Jenkins, autor citado, é um dos principais teóricos por trás do conceito de convergência das mídias. Ele define esse fenômeno como um processo onde as tecnologias, os modelos de negócios dos meios de comunicação, e as culturas dos consumidores interagem de maneiras que transfiguram relações tradicionais, proliferando novas formas de criar e consumir conteúdo.
 

 Vamos analisar as alternativas oferecidas:
 

 <ul>
 <li>A) Gonzojornalismo:
 Refere-se a um estilo de jornalismo imersivo popularizado por Hunter S. Thompson, caracterizado pelo envolvimento pessoal e opinativo do jornalista na narrativa. Esse estilo não está relacionado com o conceito de transmídia ou fluxo de conteúdos em múltiplas plataformas.
 </li>
 
 <li>B) Glocalização:
 É o processo de adaptação de produtos ou serviços projetados para o mercado global, mas ajustado às práticas locais. Não tem relação direta com a ideia de fluxos de conteúdo através de suportes midiáticos ou comportamento migratório dos públicos.
 </li>
 
 <li>C) Inteligência coletiva:
 Conceito que se refere à capacidade de comunidades e grupos de indivíduos de colaborar e competir de maneira eficiente. A inteligência coletiva pode ser uma consequência indireta das dinâmicas de convergência das mídias, mas não é o fenômeno central descrito pelo autor.
 </li>
 
 <li>D) Convergência das mídias:
 Essa alternativa descreve exatamente o fenômeno mencionado por Jenkins. A convergência das mídias envolve a interação de diferentes plataformas mediáticas, onde conteúdos migratórios atendem a procura de experiências de entretenimento dos usuários, perfeitamente alinhado com o trecho citado no enunciado da questão.
 </li>
 
 </ul>
 

 Além disso, a descrição da migração dos públicos e da interação entre diversos tipos de mídias explicita o processo onde as fronteiras entre mídias se dissolvem, permitindo que os consumidores e conteúdos se movam mais livremente entre plataformas. Isso caracteriza claramente a convergência das mídias, a qual Jenkins faz referência em seus vários trabalhos sobre a cultura da mídia contemporânea.
 

 Portanto, a alternativa correta é D.
 

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<body>
 A questão apresentada pelo Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação aborda um tema contemporâneo no campo da Comunicação e Tecnologia: o vasto universo da informação na era digital e o desafio de processá-la eficientemente. Esse cenário é amplamente influenciado e transformado pelas tecnologias de informação e comunicação.
 

 O enunciado descreve um cenário no qual há uma produção massiva de informações que excede a capacidade humana de processamento sem o suporte de tecnologias computacionais. Além disso, menciona a necessidade de desenvolvimento tecnológico contínuo por parte de governos, instituições e empresas privadas, visando lidar com este acúmulo de dados e transformá-los em inovação e conhecimento.
 

 Vejamos agora o significado de cada termo listado nas alternativas, para determinar qual melhor se encaixa na descrição fornecida:
 

 <ul>
 <li>A) Arquitetura da Informação:
 A Arquitetura da Informação envolve a organização e estruturação dos conteúdos de sistemas interativos, garantindo que sejam acessíveis e entendíveis. Este termo é crucial no projeto de websites, aplicativos e sistemas de gestão de conteúdo, mas não foca diretamente na análise do excesso de dados e seu uso para inovação, como descrito.
 </li>
 
 <li>B) Big Data:
 Big Data se refere ao volumoso conjunto de dados tão grandes ou complexos que os métodos tradicionais de processamento são inadequados. Engloba a coleta, armazenamento, análise e visualização de dados. O termo se alinha exatamente com a descrição do enunciado, que fala sobre o volume massivo de informações, a necessidade de tecnologia para seu processamento e a capacidade desses dados servirem como base para inovação e diferenciação.
 </li>
 
 <li>C) Hipertextualidade:
 A Hipertextualidade é uma característica dos textos digitais, que permite a criação de caminhos não lineares através de links interligados. Este conceito é parte essencial da internet e altera a maneira como lemos e organizamos a informação, mas não trata da quantidade de dados produzidos ou de como processá-los.
 </li>
 
 <li>D) Inteligência Artificial:
 Inteligência Artificial (IA) refere-se às máquinas programadas para pensarem como humanos e mimetizarem suas ações. A IA é uma ferramenta vital para o processamento e análise de grandes volumes de dados, no entanto, o termo por si só não cobre integralmente o conceito de gestão e uso extensivo de informações como o Big Data.
 </li>
 
 </ul>
 

 Com base na análise dos termos e como eles se aplicam ao contexto dado pelo enunciado, a alternativa B) Big Data é claramente a mais adequada. Ela encapsula os desafios e as oportunidades apresentadas pela atual sobrecarga informacional, conforme descrito na citação da pesquisadora.
 

 Portanto, a alternativa correta é B.
 

</body>
</html>

Questões de Comunicação - A comunicação na cultura contemporânea