 Antes, os leitores brasileiros não aceitavam bem os autores nacionais.

 Agora, os leitores brasileiros aceitam melhor autores nacionais.

 Antes, os leitores brasileiros aceitavam somente autores internacionais.

 Antes, nenhum autor internacional era bem aceito por leitores brasileiros.

Para entender qual alternativa expressa corretamente o pressuposto mencionado no enunciado, devemos primeiro analisar o contexto oferecido pelo texto da entrevista de Renata Ventura. A afirmação “Os leitores brasileiros estão aceitando melhor autores nacionais” implica que houve uma mudança de postura dos leitores ao longo do tempo em relação aos autores de literatura nacional.

Vamos examinar as alternativas uma a uma:

<ul>
 <li>A) Antes, os leitores brasileiros não aceitavam bem os autores nacionais. Essa alternativa é uma interpretação direta do pressuposto. Afirma que, anteriormente, a aceitação dos leitores brasileiros em relação aos autores nacionais não era boa. Portanto, essa opção sugere uma mudança que se alinha ao que Renata Ventura observa em sua fala.</li>
 
 <li>B) Agora, os leitores brasileiros aceitam melhor autores nacionais. Embora esta afirmação seja verdadeira e reflita um estado atual, ela não menciona diretamente a condição anterior, isto é, não formaliza o pressuposto de que a aceitação antes não era adequada. Portanto, embora correta, não é a opção mais apropriada para a questão que pede explícita relação com o passado.</li>
 
 <li>C) Antes, os leitores brasileiros aceitavam somente autores internacionais. Essa alternativa é errada, pois implica que havia exclusividade na aceitação de apenas autores internacionais, o que não é mencionado no texto. A afirmativa "não aceitavam bem autores nacionais" pode ser verdadeira sem que isso signifique que só aceitavam autores internacionais.</li>
 
 <li>D) Antes, nenhum autor internacional era bem aceito por leitores brasileiros. Essa opção também é falsa, já que não há referência no texto de que não havia aceitação de autores internacionais. O foco da fala de Renata é sobre os autores nacionais, e não sobre autores internacionais.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa que melhor formaliza o pressuposto presente no enunciado é a letra A, pois reflete a ideia de que a aceitação dos autores nacionais mudou de uma situação de menor aceitação para uma fase atual onde essa aceitação é melhor.

Gabarito: Letra A

Leitora voraz desde a infância, Renata Pacheco Ventura sempre soube que seria escritora. Nascida no Rio de Janeiro, em 1985, morou por quatro anos nos Estados Unidos, onde começou a cursar comunicação social na Universidade de Houston. Formando-se em jornalismo pela PUC-Rio, escreveu a dissertação 100% Off – O Manual do colonizado, onde analisou a colonização cultural do brasileiro, tema que volta a abordar em A arma escarlate.
 Trabalhou por três anos fazendo pesquisa e roteiro para cinema-documentário antes de decidir se dedicar exclusivamente ao seu primeiro livro. Nesse meio tempo, implementou uma forma de interação com seus leitores, em que eles podem conversar virtualmente com alguns dos personagens do livro através de redes sociais; fazendo-lhes perguntas, batendo um papo descompromissado ou até mesmo tentando descobrir segredos da trama. Seu objetivo como escritora é contar histórias que divirtam e, ao mesmo tempo, façam o leitor refletir sobre si mesmo e sobre o mundo a sua volta. “Eu não poderia criar uma escola de bruxaria britânica no Rio de Janeiro.
A não ser que ela houvesse sido construída e fosse dirigida, até os dias de hoje, por britânicos”.
 Boa Leitura! 

Olá, Renata Ventura, é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor. Você é um verdadeiro fenômeno: são poucos os escritores que fazem sucesso tendo apenas um livro publicado. Antes de tudo, parabéns. Conte-nos: quando e como surgiu o seu gosto pela escrita? 
Renata Ventura: Eu sempre quis escrever. Na verdade, sempre gostei de criar histórias; eu pensava em muitas cenas e personagens, que ficavam todos na minha cabeça, mas que eu queria colocar no papel! Nunca gostei de escrever redação para a escola. A ideia de escrever um texto com um tema préescolhido pela professora, com um número determinado de páginas, em poucos minutos, nunca me agradou. Eu queria escrever livros gigantes! Com histórias superelaboradas! Haha. Sempre adorei ler e sempre adorei ver filmes. Para mim, os dois são muito parecidos, porque o que mais importa, para mim, é a história a ser contada. O veículo em que ela chega, às vezes, não é importante. Como, no entanto, fazer cinema é mil vezes mais complicado, ainda mais no Brasil, eu preferi a literatura, onde a gente sempre pode colocar mais detalhes e mais reflexões do que em três horas de filme.

Que temas você aborda em seu livro A arma escarlate? 
Renata Ventura: Nossa! São muitos. Desigualdade social, abandono, analfabetismo, violência, bullying, impulsividade, arrogância, corrupção policial e política, mitologia e história brasileira, drogas, amizade, proteção dos animais, cidadania... é muita coisa.

Em quem você se inspirou para criar Hugo? 
Renata Ventura: Ele é muito um produto do meio. Eu fui descobrindo Hugo à medida que ele ia reagindo às ameaçadas que o cercavam, com sua impulsividade, seu egoísmo, sua arrogância, sua raiva. Eu fui vendo que, sem essas características, Hugo provavelmente não teria sobrevivido até os 13 anos de idade.

Por que você quis criar a Korkovado tão diferente de Hogwarts? Acha mesmo que uma escola de bruxaria no Brasil seria tão diferente assim de uma na Grã-Bretanha? 
Renata Ventura: Sim, sim. Tão diferente quanto as nossas escolas são das escolas britânicas. Com certeza. Nossos bruxos até tentam copiar o modo britânico de ser, porque a gente gosta de tudo que vem de fora, mas o brasileiro (inclusive o bruxo brasileiro) faz tudo meio nas coxas, não se importa muito com a qualidade, acha que vai dar certo apenas com um jeitinho, uma gambiarra, e aí fica uma coisa meio...
desorganizada, sem muito planejamento. Eu não poderia criar uma escola de bruxaria britânica no Rio de Janeiro. A não ser que ela houvesse sido construída e fosse dirigida, até os dias de hoje, por britânicos.

Renata, onde podemos comprar o seu livro? 
Renata Ventura: Ele está à venda nas melhores livrarias, mas pode ser comprado também pelo site da Saraiva, da Submarino... (na Submarino, eles se esqueceram de mudar a foto da capa do livro, mas é a capa nova que estão vendendo!) Também é possível comprar comigo autografado! Eu envio o livro pelo correio sem problemas! É só me enviar um e-mail: a.arma.escarlate@gmail.com, que eu passo as instruções.

De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? 
Renata Ventura: Sempre pelas redes sociais (nossa salvação, hehe): Skoob, Facebook etc. E vou muito em eventos.
Eventos literários, eventos de RPG, de anime.... São sempre muito divertidos! Adoro conhecer todo mundo.

Quais seus próximos projetos literários? Ficamos sabendo que vem nova publicação, dá para nos adiantar sobre seu novo livro? 
Renata Ventura: Sim, sim, é a continuação de A arma escarlate. Irá se chamar A comissão chapeleira e vai ser mais político do que o primeiro. O vilão principal da série aparece nesse e eu sou apaixonada por ele.

A série do Hugo Escarlate será composta de quantos livros?
Renata Ventura: Serão 5 livros, com um sexto a respeito do vilão principal.

Quais os principais objetivos do projeto Potter em Orfanatos? Como fazer para conhecer melhor o projeto e participar? 
Renata Ventura: O principal objetivo é incentivar o gosto pela leitura nas crianças carentes em orfanatos e casas de acolhimento. Mostrar como a leitura pode ser algo muito divertido e pode levá-las a mundos extraordinários. Para participar, é só procurar pelo projeto Potter em Orfanatos no Facebook e encontrar o grupo de seu estado! 

Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? 
Renata Ventura: Os leitores brasileiros estão aceitando melhor autores nacionais. Ainda há preconceito, especialmente porque as livrarias e as próprias editoras preferem comprar livros estrangeiros traduzidos do que apostar em novos talentos brasileiros, mas o cenário está mudando! Cada vez surgem mais jovens autores nacionais que lançam livros de fantasia, terror, romance, policial, tudo! E aquela velha noção de que “livro brasileiro” é sinônimo de “Machado de Assis” está, aos poucos, caducando. Não que Machado de Assis seja ruim, muito pelo contrário! É ótimo! Mas precisamos ver que a literatura brasileira não parou no dia em que esses autores clássicos morreram! Mesmo que a maioria das escolas insistam em dizer que sim.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Renata Ventura, que mensagem você deixa para nossos leitores? 
Renata Ventura: Leiam cada vez mais! E leiam de tudo!!!!

 Apenas a afirmação em I está correta.

 As afirmações II e III estão corretas.

 Apenas a afirmação em III está correta.

Para determinar a validade das afirmações propostas (I, II e III) sobre os objetivos comunicativos do texto, é imperativo analisá-las à luz do que é explicitado no conteúdo. I- O autor do texto almeja descrever e diferenciar duas espécies típicas de café produzidas no cerrado brasileiro e, para isso, aponta algumas características de ambas.Esta afirmação é parcialmente correta, pois o texto abrange principalmente a espécie arábica, fazendo uma breve menção ao robusta. No entanto, não é especificamente focado na comparação entre essas duas ao estilo de descrição direta, mas sim em apresentar as características do café arábica no contexto mais amplo do cultivo de café. Portanto, esta afirmação não reflete com precisão o objetivo comunicativo do texto.II- O autor do texto almeja convencer o leitor a formular uma opinião favorável ou contrária ao sabor do café arábica.Esta afirmação é incorreta, pois o texto trata mais de informar sobre as características do café arábica do que de persuadir o leitor a adotar uma determinada opinião. O autor apresenta informações objetivas sobre sabor e qualidade e não tenta criar um juízo valorativo sobre a preferência do leitor.III- O autor do texto discorre sobre os efeitos positivos e negativos do clima da região que se escolhe para o plantio do café do tipo arábica.Esta afirmação é verdadeira, pois o texto menciona que "a escolha de altitude impacta diretamente nas características do café", indicando uma relação entre o clima e a produção do café arábica. embora não trate de forma extensiva de "efeitos negativos", sugere nuances sobre as condições climáticas necessárias para o cultivo adequado. Após a análise das propostas, a única afirmação que se mantém coerente com o texto é a III. A afirmação I é inadequada devido à falta de foco na comparação, enquanto a II não reflete o propósito informativo do autor. A melhor escolha considera a única proposição correta.Gabarito: Letra C

Você que ama tomar aquele cafezinho já sabe que a bebida é feita com os grãos torrados da fruta do cafeeiro, certo? No entanto, também é importante saber que nem toda fruta é igual.
 Assim como existem diferentes espécies de uvas – como pinot noir, malbec e cabernet sauvignon – que dão características distintas aos variados tipos de vinhos, o café também possui variadas espécies de frutas de diferentes aspectos, influenciando diretamente no sabor e na qualidade do café que tomamos.
 No Brasil, as espécies mais usadas para a produção do café são robusta – também conhecido como conilon – e arábica, de que falaremos.
 O café arábica foi catalogado por volta de 1750 e é originário da Etiópia. A espécie corresponde a aproximadamente ¾ dos grãos produzidos em todo o mundo e é tida como a mais nobre da família dos cafés devido à sua complexidade de sabor e aroma.
 O cultivo de seus grãos é feito entre 600 e 2 mil metros de altitude. A escolha de altitude impacta diretamente nas características do café, pois, quanto mais alto, maior a concentração de minerais nos grãos e mais ameno é o clima para o seu desenvolvimento, o que ajuda na acentuação de sabor, acidez e aroma do café.
 O café arábica possui um sabor suave, ligeiramente ácido e naturalmente adocicado. Isso porque seus grãos possuem uma concentração de açúcares muito maior do que a do robusta. Além disso, o café arábica também possui um aroma mais suave e frutado e a concentração de cafeína em seus grãos é bem menor do que a de outras espécies de café.
 Os blends são misturas entre diferentes espécies e variedades de grãos. Devido aos aspectos distintos encontrados no café robusta e no café arábica – e em suas variedades -, é muito comum que os produtores façam blends entre grãos tanto para combinar propriedades quanto para baratear os custos de produção, já que o café arábica tem um custo mais elevado devido aos cuidados que precisa ter no cultivo.
 Um café 100% arábica é produzido unicamente com variedades de grãos da espécie arábica. Esses cafés recebem a classificação de gourmets ou especiais pela ABIC (Associação Brasileira de Indústria do Café ), que atesta o nível de pureza e qualidade dos cafés.

O texto apresentado tem como objetivo principal informar o leitor sobre o café arábica, suas características, cultivo e comparação com a espécie robusta. Vamos analisar cada uma das afirmações indicadas como enunciados para determinar sua veracidade em relação ao texto. <ul><li>I- O autor do texto almeja descrever e diferenciar duas espécies típicas de café produzidas no cerrado brasileiro e, para isso, aponta algumas características de ambas.</li><li> Esta afirmação está parcialmente correta. O texto realmente descreve e diferencia as espécies de café arábica e robusta, destacando suas características. Contudo, o texto não se limita ao cerrado brasileiro e menciona que o café arábica é cultivado em altitudes variadas, que não se restringem a uma região específica como o cerrado. Portanto, a afirmação está errada.</li><li>II- O autor do texto almeja convencer o leitor a formular uma opinião favorável ou contrária ao sabor do café arábica.</li><li> Esta afirmação é incorreta. O autor se limita a apresentar informações sobre o café arábica, suas características e não tenta convencer o leitor a ter uma opinião negativa ou positiva sobre seu sabor. A intenção não é persuadir, mas informar.</li><li>III- O autor do texto discorre sobre os efeitos positivos e negativos do clima da região que se escolhe para o plantio do café do tipo arábica.</li><li> Esta afirmação está incorreta. Embora o texto mencione que a altitude e o clima afetam as características do café arábica, não há uma discussão explícita sobre os “efeitos positivos e negativos” desse clima. O texto se concentra em como a altitude afeta o sabor, acidez e aroma, sem delongar-se em efeitos diretos.</li></ul> Com base na análise das afirmações, podemos concluir que nenhuma delas reflete corretamente os objetivos comunicativos do texto. Portanto, a alternativa correta é a letra D.Gabarito: Letra D

Você que ama tomar aquele cafezinho já sabe que a bebida é feita com os grãos torrados da fruta do cafeeiro, certo? No entanto, também é importante saber que nem toda fruta é igual.
 Assim como existem diferentes espécies de uvas – como pinot noir, malbec e cabernet sauvignon – que dão características distintas aos variados tipos de vinhos, o café também possui variadas espécies de frutas de diferentes aspectos, influenciando diretamente no sabor e na qualidade do café que tomamos.
 No Brasil, as espécies mais usadas para a produção do café são robusta – também conhecido como conilon – e arábica, de que falaremos.
 O café arábica foi catalogado por volta de 1750 e é originário da Etiópia. A espécie corresponde a aproximadamente ¾ dos grãos produzidos em todo o mundo e é tida como a mais nobre da família dos cafés devido à sua complexidade de sabor e aroma.
 O cultivo de seus grãos é feito entre 600 e 2 mil metros de altitude. A escolha de altitude impacta diretamente nas características do café, pois, quanto mais alto, maior a concentração de minerais nos grãos e mais ameno é o clima para o seu desenvolvimento, o que ajuda na acentuação de sabor, acidez e aroma do café.
 O café arábica possui um sabor suave, ligeiramente ácido e naturalmente adocicado. Isso porque seus grãos possuem uma concentração de açúcares muito maior do que a do robusta. Além disso, o café arábica também possui um aroma mais suave e frutado e a concentração de cafeína em seus grãos é bem menor do que a de outras espécies de café.
 Os blends são misturas entre diferentes espécies e variedades de grãos. Devido aos aspectos distintos encontrados no café robusta e no café arábica – e em suas variedades -, é muito comum que os produtores façam blends entre grãos tanto para combinar propriedades quanto para baratear os custos de produção,já que o café arábica tem um custo mais elevado devido aos cuidados que precisa ter no cultivo.
 Um café 100% arábica é produzido unicamente com variedades de grãos da espécie arábica. Esses cafés recebem a classificação de gourmets ou especiais pela ABIC (Associação Brasileira de Indústria do Café), que atesta o nível de pureza e qualidade dos cafés.

Outdoor e periódicos científicos.

A questão em destaque propõe analisar qual alternativa não apresenta expressões que tipicamente designam locais que servem como suporte para textos, dentro do contexto apresentado. Para isso, vamos avaliar cada uma das alternativas da questão proposta.Alternativa A: Blogs e sites.Ambas as expressões designam suportes digitais amplamente utilizados para a publicação de textos. Os blogs permitem que indivíduos ou grupos publiquem conteúdo em diferentes formatos, desde textos a imagens, enquanto os sites podem abrigar uma variedade ainda maior de informações, incluindo artigos, notícias e postagens. Portanto, essa alternativa é incorreta, pois ambos designam suportes de texto.Alternativa B: Outdoor e periódicos científicos.Nesta alternativa, encontramos uma combinação que tem um suporte que não se encaixa como tradicional para a materialização de um texto. Enquanto os periódicos científicos são, de fato, locais de publicação para textos acadêmicos, o outdoor é um suporte de comunicação visual, voltado primordialmente para anúncios e publicidade, não para a divulgação de textos completos. Portanto, esta alternativa apresenta a expressão que não designa um suporte típico para textos, tornando-a correta.Alternativa C: Redes sociais e flanelógrafos.As redes sociais são plataformas utilizadas para compartilhamento de textos, imagens, e interações diversas, servindo como um suporte moderno e dinâmico para a disseminação textual. O flanelógrafo, embora menos comum, também pode ser utilizado para a apresentação de textos em eventos educacionais ou informativos. Assim, essa alternativa apresenta ambos como suportes para textos, e portanto está incorreta.Alternativa D: Revistas e jornais.Tanto as revistas quanto os jornais são suportes tradicionais de veiculação de textos informativos, análises e conteúdos diversos. Esses veículos servem diretamente à circulação de conteúdo escrito, o que a torna uma alternativa que designa suportes típicos. Portanto, esta alternativa também é incorreta.Alternativa Correta:A opção B, que menciona Outdoor e periódicos científicos, é a única que contém uma expressão que não serve como suporte tipicamente utilizado para textos completos em um contexto similar ao do texto apresentado.Gabarito: Letra B

Leitora voraz desde a infância, Renata Pacheco Ventura sempre soube que seria escritora. Nascida no Rio de Janeiro, em 1985, morou por quatro anos nos Estados Unidos, onde começou a cursar comunicação social na Universidade de Houston. Formando-se em jornalismo pela PUC-Rio, escreveu a dissertação 100% Off – O Manual do colonizado, onde analisou a colonização cultural do brasileiro, tema que volta a abordar em A arma escarlate.
 Trabalhou por três anos fazendo pesquisa e roteiro para cinema-documentário antes de decidir se dedicar exclusivamente ao seu primeiro livro. Nesse meio tempo, implementou uma forma de interação com seus leitores, em que eles podem conversar virtualmente com alguns dos personagens do livro através de redes sociais; fazendo-lhes perguntas, batendo um papo descompromissado ou até mesmo tentando descobrir segredos da trama. Seu objetivo como escritora é contar histórias que divirtam e, ao mesmo tempo, façam o leitor refletir sobre si mesmo e sobre o mundo a sua volta. “Eu não poderia criar uma escola de bruxaria britânica no Rio de Janeiro.
A não ser que ela houvesse sido construída e fosse dirigida, até os dias de hoje, por britânicos”.
 Boa Leitura! 

Olá, Renata Ventura, é um prazer tê-la conosco no projeto Divulga Escritor. Você é um verdadeiro fenômeno: são poucos os escritores que fazem sucesso tendo apenas um livro publicado. Antes de tudo, parabéns. Conte-nos: quando e como surgiu o seu gosto pela escrita? 
Renata Ventura: Eu sempre quis escrever. Na verdade, sempre gostei de criar histórias; eu pensava em muitas cenas e personagens, que ficavam todos na minha cabeça, mas que eu queria colocar no papel! Nunca gostei de escrever redação para a escola. A ideia de escrever um texto com um tema préescolhido pela professora, com um número determinado de páginas, em poucos minutos, nunca me agradou. Eu queria escrever livros gigantes! Com histórias superelaboradas! Haha. Sempre adorei ler e sempre adorei ver filmes. Para mim, os dois são muito parecidos, porque o que mais importa, para mim, é a história a ser contada. O veículo em que ela chega, às vezes, não é importante. Como, no entanto, fazer cinema é mil vezes mais complicado, ainda mais no Brasil, eu preferi a literatura, onde a gente sempre pode colocar mais detalhes e mais reflexões do que em três horas de filme.

Que temas você aborda em seu livro A arma escarlate? 
Renata Ventura: Nossa! São muitos. Desigualdade social, abandono, analfabetismo, violência, bullying, impulsividade, arrogância, corrupção policial e política, mitologia e história brasileira, drogas, amizade, proteção dos animais, cidadania... é muita coisa.

Em quem você se inspirou para criar Hugo? 
Renata Ventura: Ele é muito um produto do meio.
Eu fui descobrindo Hugo à medida que ele ia reagindo às ameaçadas que o cercavam, com sua impulsividade, seu egoísmo, sua arrogância, sua raiva. Eu fui vendo que, sem essas características, Hugo provavelmente não teria sobrevivido até os 13 anos de idade.

Por que você quis criar a Korkovado tão diferente de Hogwarts? Acha mesmo que uma escola de bruxaria no Brasil seria tão diferente assim de uma na Grã-Bretanha? 
Renata Ventura: Sim, sim. Tão diferente quanto as nossas escolas são das escolas britânicas. Com certeza. Nossos bruxos até tentam copiar o modo britânico de ser, porque a gente gosta de tudo que vem de fora, mas o brasileiro (inclusive o bruxo brasileiro) faz tudo meio nas coxas, não se importa muito com a qualidade, acha que vai dar certo apenas com um jeitinho, uma gambiarra, e aí fica uma coisa meio...
desorganizada, sem muito planejamento. Eu não poderia criar uma escola de bruxaria britânica no Rio de Janeiro. A não ser que ela houvesse sido construída e fosse dirigida, até os dias de hoje, por britânicos.

Renata, onde podemos comprar o seu livro? 
Renata Ventura: Ele está à venda nas melhores livrarias, mas pode ser comprado também pelo site da Saraiva, da Submarino... (na Submarino, eles se esqueceram de mudar a foto da capa do livro, mas é a capa nova que estão vendendo!) Também é possível comprar comigo autografado! Eu envio o livro pelo correio sem problemas! É só me enviar um e-mail: a.arma.escarlate@gmail.com, que eu passo as instruções.

De que forma você, hoje, divulga o seu trabalho? 
Renata Ventura: Sempre pelas redes sociais (nossa salvação, hehe): Skoob, Facebook etc. E vou muito em eventos.
Eventos literários, eventos de RPG, de anime.... São sempre muito divertidos! Adoro conhecer todo mundo.

Quais seus próximos projetos literários? Ficamos sabendo que vem nova publicação, dá para nos adiantar sobre seu novo livro? 
Renata Ventura: Sim, sim, é a continuação de A arma escarlate. Irá se chamar A comissão chapeleira e vai ser mais político do que o primeiro. O vilão principal da série aparece nesse e eu sou apaixonada por ele.

A série do Hugo Escarlate será composta de quantos livros?
Renata Ventura: Serão 5 livros, com um sexto a respeito do vilão principal.

Quais os principais objetivos do projeto Potter em Orfanatos? Como fazer para conhecer melhor o projeto e participar? Renata Ventura: O principal objetivo é incentivar o gosto pela leitura nas crianças carentes em orfanatos e casas de acolhimento. Mostrar como a leitura pode ser algo muito divertido e pode levá-las a mundos extraordinários. Para participar, é só procurar pelo projeto Potter em Orfanatos no Facebook e encontrar o grupo de seu estado! 

Quais as melhorias que você citaria para o mercado literário no Brasil? 
Renata Ventura: Os leitores brasileiros estão aceitando melhor autores nacionais. Ainda há preconceito, especialmente porque as livrarias e as próprias editoras preferem comprar livros estrangeiros traduzidos do que apostar em novos talentos brasileiros, mas o cenário está mudando! Cada vez surgem mais jovens autores nacionais que lançam livros de fantasia, terror, romance, policial, tudo! E aquela velha noção de que “livro brasileiro” é sinônimo de “Machado de Assis” está, aos poucos, caducando. Não que Machado de Assis seja ruim, muito pelo contrário! É ótimo! Mas precisamos ver que a literatura brasileira não parou no dia em que esses autores clássicos morreram! Mesmo que a maioria das escolas insistam em dizer que sim.

Pois bem, estamos chegando ao fim da entrevista, agradecemos sua participação no projeto Divulga Escritor, muito bom conhecer melhor a escritora Renata Ventura, que mensagem você deixa para nossos leitores? 
Renata Ventura: Leiam cada vez mais! E leiam de tudo!!!!

Análise da Questão:
A análise do enunciado revela uma mudança na percepção dos leitores brasileiros em relação aos autores nacionais. Vamos examinar a alternativa correta e as demais opções para entender qual realmente representa o pressuposto da frase apresentada.

Alternativa A: Antes, os leitores brasileiros não aceitavam bem os autores nacionais.
Esta alternativa é a correta. Ela expressa um pressuposto que encaixa-se perfeitamente na evolução mencionada por Renata Ventura, que indica que, no passado, havia um preconceito em relação à literatura nacional, que era, de fato, um ponto discutido durante a entrevista.

Alternativa B: Agora, os leitores brasileiros aceitam melhor autores nacionais.
Embora essa afirmativa seja verdadeira, ela não reflete um pressuposto, mas sim um resultado da mudança nas tendências de aceitação. O pressuposto é sobre a situação anterior à melhoria, não sobre o presente.

Alternativa C: Antes, os leitores brasileiros aceitavam somente autores internacionais.
Esta opção é excessivamente restritiva e não corresponde ao que foi mencionado no texto. Os leitores não aceitavam apenas autores internacionais; havia uma resistência maior em aceitar a produção nacional, mas isso não implica que apenas autores internacionais eram aceitos.

Alternativa D: Antes, nenhum autor internacional era bem aceito por leitores brasileiros.
Assim como a alternativa C, esta opção é igualmente rígida e não condiz com o texto. Não há menção no enunciado sobre a aceitação de autores internacionais; o foco está na resistência à literatura nacional.

Conclusão:
Diante da análise, a alternativa A é a que melhor representa o pressuposto do enunciado. A mudança na aceitação de autores nacionais sugere que, anteriormente, sua aceitação era menor, o que a torna a resposta correta.

Gabarito: Letra A

Questões de CONSULPAM - Português - Compreensão e interpretação de textos