Analise a imagem a seguir:

<center><img alt='Imagem questão' src="https://d1obul4n7gbyjy.cloudfront.net/67ec0845c8f4e94f440dde08consulpam-2024-prefeitura-de-guaraciaba-do-norte-ce-enfermeiro-psf-prova5337.jpg"></center>

 A água sanitária não é eficaz no controle das larvas do Aedes aegypti.

 A dosagem de 10 ml por litro de água parada resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90% das larvas.

 A água sanitária é um recurso poluente e deve ser evitado.

 A resistência das larvas ao hipoclorito de sódio é inexistente.

Nesta questão, o candidato deve identificar qual foi a principal descoberta do estudo conduzido pela USP sobre o uso de água sanitária no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti. A análise do enunciado e do texto revela que o experimento demonstrou que, com a aplicação de água sanitária em determinadas dosagens, houve uma taxa de mortalidade superior a 90% das larvas do mosquito, evidenciando sua eficácia.

Análise das Alternativas:

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: A afirmação de que a água sanitária não é eficaz contraria claramente o que foi constatado no estudo, já que as taxas de mortalidade superiores a 90% indicam alta eficácia.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: Esta alternativa indica que a dosagem de 10 ml por litro de água parada produziu uma taxa de mortalidade acima de 90% das larvas. Apesar de, no corpo do texto, mencionarem concentrações de 1, 2 e 3 ml por litro, o destaque da notícia e do resumo informam que essa dosagem específica (10 ml/litro) foi considerada a referência para atingir a eficácia desejada, sendo, portanto, a resposta correta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: Ao contrário do que se afirma nesta opção, o estudo ressalta que a água sanitária não é um recurso poluente, destacando que ela representa uma alternativa ambientalmente mais adequada em comparação com métodos como a fumigação.</li>
 <li>Alternativa D: Os autores do estudo apontaram uma certa resistência das larvas, principalmente comparando insetos criados em laboratório e os coletados no ambiente; portanto, a alternativa que nega a existência de resistência é incorreta.</li>
</ul>

Alternativa Correta:

A alternativa B é a resposta correta, pois enfatiza a principal evidência do estudo: a dosagem aplicada (mencionada na manchete e no resumo) resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90% das larvas do Aedes aegypti, demonstrando a eficácia da água sanitária como método alternativo para o controle do mosquito.

Gabarito: Letra B

Em experimento, dosagem de 10 ml por litro de água parada resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90% das larvas do Aedes egypti, mosquito causador da dengue 

 Em busca de novas alternativas no combate à dengue, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) conduziram testes que sugerem a eficácia da água sanitária no controle das larvas do mosquito Aedes aegypti, o vetor da doença. Os cientistas investigaram se havia resistência ao produto doméstico e também procuraram determinar a concentração exata necessária para eliminar as larvas. O estudo foi encomendado pela Associação Brasileira da indústria de Cloro Álcalis e Derivados (Abiclor).
 A pesquisa utilizou dois grupos de larvas do Aedes: um composto por larvas originadas de criações do mosquito em laboratórios da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e outro formado por espécimes selvagens coletadas no ambiente, que haviam passado por apenas duas gerações em laboratório.
 Elas foram posicionadas em baldes com capacidade para cinco litros junto ao cloro, adquirido em comércios locais e de diferentes concentrações – que indicam a dosagem de hipoclorito de sódio ou cálcio, os elementos desinfetantes, no produto. A água sanitária foi aplicada nas concentrações de 1, 2, e 3 mililitros (ml) por litro de água, além de um grupo controle que continha apenas água da torneira. Os testes foram repetidos 4 vezes com 10 larvas em cada balde.
 Para ambas as linhagens, a água sanitária nas concentrações de 2 e 3 ml por litro resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90%, o que demonstrou sua efetividade no controle das larvas.
Foi registrada uma certa resistência nos insetos selvagens: a taxa de mortalidade do grupo criado em laboratório alcançou até 95%, enquanto as coletadas no ambiente obteve até 92,5%.
Mesmo com a resistência apresentada, os pesquisadores se mostram otimistas com a utilização do produto como medida no combate a proliferação do mosquito. “Um índice de mortalidade acima de 90%, que pode chegar até 95%, é considerado excelente. Isto vem de encontro com os resultados da literatura quando se trabalha com o controle de insetos, pois nunca se elimina 100% de uma praga em campo”, explica Valter Arthur, co-autor da pesquisa e professor Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, em comunicado.
 “A água sanitária deve ser utilizada como um método alternativo para controlar o mosquito da dengue, não apenas por ser de fácil acesso para o uso doméstico, mas principalmente porque não é um recurso poluente ou de impacto ao meio ambiente, como a fumigação e o uso dos inseticidas, que podem provocar a resistência dos insetos” explica Andre Machi, co-autor da pesquisa e colaborador do CenaUSP.

 Porque é um recurso de baixo custo e fácil acesso.

 Porque elimina 100% das larvas do mosquito.

 Porque é o método mais eficaz entre todos os disponíveis.

 Porque não é poluente e tem baixo impacto ambiental.

Análise do Enunciado:
O texto apresenta os resultados de um experimento que analisou a eficácia da água sanitária no controle das larvas do Aedes aegypti, o vetor da dengue, apontando que o produto alcançou altos índices de mortalidade das larvas. Contudo, o foco principal é evidenciar que, além de sua eficácia comprovada, a água sanitária constitui uma alternativa ambientalmente mais adequada em comparação a outros métodos, como fumigação e o uso de inseticidas que podem causar resistência nos insetos. Assim, o argumento central do texto enfatiza a vantagem ambiental e o menor impacto do produto.

Análise das Alternativas:
<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A - Porque é um recurso de baixo custo e fácil acesso. 
 Embora o texto mencione que a água sanitária é de fácil acesso para uso doméstico, não há ênfase quanto ao seu baixo custo. Esse aspecto, apesar de relevante, não é o motivo principal destacado para sua indicação, pois o argumento mais contundente se baseia na questão ambiental.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B - Porque elimina 100% das larvas do mosquito. 
 O texto deixa claro que a taxa de mortalidade ultrapassa 90%, chegando a 95% em alguns testes, porém, ressalta que a eliminação total, isto é, 100% das larvas, não é atingida, o que é comum em estudos de controle de pragas. Dessa forma, essa afirmativa está incorreta.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C - Porque é o método mais eficaz entre todos os disponíveis. 
 Segundo o estudo, embora a água sanitária demonstre grande eficácia, o texto não a posiciona como o método mais eficaz dentre todas as alternativas existentes. A pesquisa se concentra na abordagem de ser uma alternativa viável, especialmente considerando os impactos ambientais, e não em compará-la de forma absoluta com os demais métodos.</li>
 
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D - Porque não é poluente e tem baixo impacto ambiental. 
 Essa alternativa reflete fielmente o que o texto enfatiza. Os pesquisadores destacam que a água sanitária se apresenta como uma opção promissora, principalmente por não ser um recurso poluente e por apresentar um impacto ambiental reduzido em comparação aos inseticidas e à fumigação. Este é o ponto crucial da argumentação do estudo, justificando a recomendação do produto para o controle das larvas do mosquito.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa D está correta, uma vez que o texto enfatiza que a água sanitária, além de ser eficaz, representa uma opção ambientalmente adequada, pois não é poluente e possui baixo impacto ambiental, elementos esses que são determinantes para a escolha do método no controle da proliferação do vetor da dengue.

Gabarito: Letra D

 1, 2 e 3 ml por litro de água, com mortalidade acima de 90% apenas na concentração de 3 ml.

 1, 2 e 3 ml por litro de água, com mortalidade superior a 90% nas concentrações de 2 e 3 ml.

 1, 5 e 10 ml por litro de água, com mortalidade superior a 90% em todas as concentrações.

 1, 2 e 3 ml por litro de água, com mortalidade superior a 90% apenas na concentração de 1 ml.

A questão aborda o entendimento de informações apresentadas em um texto que relata um experimento científico realizado para testar a eficiência da água sanitária no controle das larvas do mosquito Aedes aegypti. Para resolver a questão, o candidato deve identificar as concentrações testadas e os resultados obtidos conforme descritos no enunciado. Assim, analisaremos as alternativas apresentadas.

Análise das Alternativas

<ul style="margin-bottom: 1.5em;">
 <li>Alternativa A: Afirma que as concentrações testadas foram 1, 2 e 3 ml por litro de água, mas indica que houve mortalidade acima de 90% apenas na concentração de 3 ml. De acordo com o texto, os testes mostraram que somente as concentrações de 2 e 3 ml ocasionaram uma taxa de mortalidade superior a 90%. Assim, a alternativa A está incorreta, pois desconsidera o desempenho da concentração de 2 ml.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa B: Indica que as concentrações testadas foram 1, 2 e 3 ml por litro de água e que houve mortalidade superior a 90% nas concentrações de 2 e 3 ml. Essa alternativa corresponde fielmente à informação do enunciado, que relata que a água sanitária aplicada nas concentrações de 2 e 3 ml por litro resultou numa taxa de mortalidade acima de 90% das larvas. Portanto, a alternativa B está correta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa C: Apresenta as concentrações 1, 5 e 10 ml por litro de água, além de afirmar que todas as concentrações testadas proporcionaram mortalidade superior a 90%. O texto, entretanto, relata que as concentrações utilizadas foram apenas 1, 2 e 3 ml por litro, o que torna esta alternativa incorreta.</li>
 <li style="margin-bottom: 1.5em;">Alternativa D: Sostém que as concentrações testadas foram 1, 2 e 3 ml por litro, mas que somente a concentração de 1 ml teria provocado mortalidade superior a 90%. Esta afirmação contradiz o que consta no enunciado, que menciona que as dosagens de 2 e 3 ml foram as que apresentaram alta eficácia contra as larvas, desqualificando a alternativa D.</li>
</ul>

Vale ressaltar a importância da leitura atenta de textos informativos, especialmente em questões de concursos, onde cada detalhe do enunciado pode ser determinante para a correta resolução do problema. A leitura cuidadosa do trecho “a água sanitária nas concentrações de 2 e 3 ml por litro resultou em uma taxa de mortalidade superior a 90%” reforça que somente essas duas dosagens foram eficazes, em contraste com a opção que se refere à concentração de 1 ml ou a outras dosagens não mencionadas.

Alternativa Correta:
A alternativa B é a correta, pois descreve fielmente as concentrações testadas e os resultados apresentados no texto.

Gabarito: Letra B

Para analisarmos as alternativas apresentadas na questão sobre o texto "O mato", de Rubem Braga, é importante observar a relação entre o protagonista e o ambiente que o cerca, bem como os sentimentos que surgem dessa interação. O texto retrata um momento de introspecção e reflexão, onde o homem se afasta da agitação da vida urbana para se conectar com a natureza.

<ul>
 <li>A) Frustração com a vida urbana. Esta alternativa não aborda de maneira precisa o sentimento do homem. Embora a frustração apareça em algumas instâncias, como quando ele reflete sobre os "atos falhados da vida urbana", o foco do texto está mais em seu anseio por paz do que exatamente na frustração.</li>
 
 <li>B) Alegria ao encontrar o camaleão. O camaleão é mencionado, mas não é o motivo central da alegria do homem. O texto descreve a atenção que ele dá a esse e outros elementos da natureza, mas não sugere que sua felicidade derive especificamente do encontro com o camaleão.</li>
 
 <li>C) Paz ao sentir-se parte da natureza. Esta alternativa capta com precisão o sentimento predominante do homem à medida que ele se afasta da cidade. O texto expressa um anseio pela tranquilidade e pela conexão com a natureza, onde o homem se imagina como parte desse ambiente, o que lhe traz uma profunda sensação de paz e plenitude. O trecho em que ele deseja se "tornar um confuso ser vegetal" e "ficar farto de terra e de água" exemplifica muito bem esse desejo de paz e harmonia com a natureza.</li>
 
 <li>D) Tristeza ao ouvir o telefone tocando. Embora o telefone represente uma espécie de melancolia, a tristeza não é o sentimento predominante do homem. Em vez de se sentir apenas triste, ele acaba encontrando paz no afastamento da cidade e na contemplação da natureza.</li>
</ul>

Alternativa Correta:
A alternativa C é a que melhor representa o sentimento do homem ao se afastar da cidade, pois ele encontra um estado de paz e harmonia com a natureza, como demonstrado em várias passagens do texto. A transformação do homem em uma parte integrante da natureza e seu desejo de ser um ser vegetal são expressões claras desse sentimento.

Gabarito: Letra C

Rubem Braga 

 Veio o vento frio, e depois o temporal noturno, e depois da lenta chuva que passou toda a manhã caindo e ainda voltou algumas vezes durante o dia, a cidade entardeceu em brumas. Então o homem esqueceu o trabalho e as promissórias, esqueceu a condução e o telefone e o asfalto, e saiu andando lentamente por aquele morro coberto de um mato viçoso, perto de sua casa. O capim cheio de água molhava seu sapato e as pernas da calça; o mato escurecia sem vaga-lumes nem grilos.
 Pôs a mão no tronco de uma árvore pequena, sacudiu um pouco, e recebeu nos cabelos e na cara as gotas de água como se fosse uma benção. Ali perto mesmo a cidade murmurava, estava com seus ruídos vespertinos, ranger de bondes, buzinar impacientes de carros, vozes indistintas; mas ele via apenas algumas árvores, um canto de mato, uma pedra escura. Ali perto, dentro de uma casa fechada, um telefone batia, silenciava, batia outra vez, interminável, paciente, melancólico. Alguém, com certeza já sem esperança, insistia em querer falar com alguém.
 Por um instante, o homem voltou seu pensamento para a cidade e sua vida. Aquele telefone tocando em vão era um dos milhões de atos falhados da vida urbana. Pensou no desgaste nervoso dessa vida, nos desencontros, nas incertezas, no jogo de ambições e vaidades, na procura de amor e de importância, na caça ao dinheiro e aos prazeres.
Ainda bem que de todas as cidades do mundo o Rio é a única a permitir a evasão fácil para o mar e a floresta. Ele estava ali num desses limites entre a cidade dos homens e a natureza pura; ainda pensava em seus problemas urbanos – mas um camaleão correu de súbito, um passarinho piou triste em algum ramo, e o homem ficou atento àquela humilde vida animal e também à vida silenciosa e úmida das árvores, e à pedra escura, com uma pele de musgo e seu misterioso coração mineral.
 E pouco a pouco ele foi sentindo uma paz naquele começo de escuridão, sentiu vontade de deitar e dormir entre a erva úmida, de se tornar um confuso ser vegetal, num grande sossego, farto de terra e de água; ficaria verde, emitiria raízes e folhas, seu tronco seria um tronco escuro, grosso, seus ramos formariam copa densa, e ele seria, sem angústia nem amor, sem desejo nem tristeza, forte, quieto, imóvel, feliz.

Questões de CONSULPAM - Português - Compreensão e interpretação de textos