A permanecer por longos períodos em jejum.

A ingerir somente substâncias líquidas.

A ter preferência somente por alimentos gelados.

A ingerir substâncias incomuns, como argila, terra, talco ou gelo.

Na questão proposta pela banca CONSULPAM, o tema abordado é relacionado aos sintomas e consequências da deficiência de ferro, que podem afetar diversas áreas do organismo e manifestarem-se de várias formas, incluindo alterações na língua, nas unhas e no comportamento alimentar. A alternativa correta, como mencionada, é a D, que trata do fenômeno chamado pica, uma desordem alimentar caracterizada pela ingestão de itens não nutritivos. 

O fenômeno de pica, especificamente relacionado com a deficiência de ferro, deve ser entendido dentro do contexto da medicina e da nutrição como um indicativo de uma problemática maior, que pode estar ligada a uma carência nutricional séria. 

Alternativa A: "Permanecer por longos períodos em jejum" não é diretamente relacionado com o fenômeno de pica, que é especificamente uma compulsão para ingerir itens não alimentares. Embora a deficiência de ferro possa causar alterações no apetite, a descrição dessa alternativa não se alinha diretamente com o comportamento de pica.

Alternativa B: "Ingerir somente substâncias líquidas" também não é indicativo do fenômeno de pica, que envolve a ingestão de substâncias sólidas e não nutritivas. Esta alternativa pode mais comumente associar-se a outras condições ou preferências dietéticas, mas não especificamente à deficiência de ferro ou pica.

Alternativa C: "Ter preferência somente por alimentos gelados" pode ser um sintoma visto em alguns distúrbios alimentares ou deficiências específicas, mas não define o fenômeno de pica, que é caracterizado pela ingestão de substâncias não alimentares. Esta alternativa não corresponde à descrição correta associada com a deficiência de ferro mencionada na questão.

Alternativa D: "Ingerir substâncias incomuns, como argila, terra, talco ou gelo" é a definição precisa de pica, um sintoma que pode ocorrer em indivíduos com deficiência de ferro. A ingestão de gelo (pagofagia) é particularmente comum. A deficiência nutricional pode criar uma propensão a buscar esses materiais como uma forma de o corpo tentar obter os minerais que lhe faltam, embora o resultado seja mal adaptativo e prejudicial.

É importante notar que a pica pode ser um indicador de deficiências nutricionais graves e requer uma avaliação nutricional e médica detalhada. No contexto da enfermagem, profissionais devem estar atentos para identificar este comportamento e investigar possíveis causas subjacentes, como a deficiência de ferro, e proporcionar o tratamento adequado, que pode incluir suplementação de ferro e acompanhamento dietético específico.

O reconhecimento desses sintomas e comportamentos no contexto clínico é crucial para o manejo adequado dos pacientes, e devem-se buscar intervenções que abordem tanto as manifestações físicas quanto comportamentais da deficiência. 

Gabarito: Letra D

A anemia falciforme é uma doença genética caracterizada pela produção anormal de hemoglobinas nas células vermelhas do sangue, dando a elas uma forma semelhante a uma foice. Esse formato anômalo impede que as células funcionem corretamente, causando obstrução vascular e crises dolorosas devido a infarto de tecidos e órgãos por isquemia, comum nessa patologia. A enfermagem tem um papel fundamental na gestão e assistência aos pacientes com essa patologia, principalmente no que tange ao diagnóstico precoce e manejo dos sintomas.
 
Análise das Alternativas:
Alternativa A: 7 - 9 anos. Esta alternativa é incorreta. A manifestação dos sintomas da anemia falciforme, especialmente as crises dolorosas, geralmente ocorre muito antes desta faixa etária. A sugestão de que o diagnóstico e o início das crises ocorrem entre 7 e 9 anos desconsidera a característica precoce com que esses eventos se manifestam na infância.

Alternativa B: 5 - 7 anos. Também é uma alternativa incorreta pelo mesmo motivo da anterior, uma vez que subestima a precocidade com que as crises de dor podem começar na vida de uma criança com anemia falciforme.

Alternativa C: 3 - 5 anos. Embora mais perto da realidade, ainda posterga a idade em que as primeiras crises dolorosas podem ser experienciadas por crianças com anemia falciforme. Geralmente, os sintomas ocorrem mais cedo.

Alternativa D: 1 - 2 anos. Esta é a alternativa correta. Em concordância com a literatura especializada, os primeiros sinais e sintomas de uma crise de dor em pacientes com anemia falciforme, conhecidos como "crises de vaso-oclusão", podem ocorrer já no final do primeiro ano de vida à medida que a HbS (hemoglobina S) substitui a hemoglobina fetal. Isto coincide com análises que indicam o início das primeiras manifestações dolorosas entre o primeiro e o segundo ano de vida.

Este conhecimento é crucial para a prática de enfermagem, pois o reconhecimento precoce dos sintomas permite um manejo mais eficaz da dor, além de evitar complicações sérias associadas à doença. A atuação da enfermagem, portanto, deve ser pautada na orientação aos pais sobre os sinais de crise e no suporte durante o manejo das crises, assegurando que o tratamento seja iniciado o quanto antes para evitar maiores complicações.
 
Gabarito: Letra D

Prevenir ou minimizar a dor causada por atividade física, incentivando o cliente a 
movimentar-se lentamente e a evitar trauma nas articulações.

Ficar atento a sinais de choque hipovolêmico, como agitação, ansiedade, confusão, palidez, 
pele fria e pegajosa, dor torácica, oligúria, taquicardia e hipotensão.

Orientar quanto à preferência de administração de medicamentos por injeções 
intramusculares.

Esclarecer quanto à necessidade de modificar o ambiente domiciliar para prevenir o 
traumatismo físico.

Para abordar a questão proposta pelo CONSULPAM sobre os cuidados de enfermagem aos pacientes hemofílicos, é fundamental ter uma compreensão detalhada sobre a hemofilia e os cuidados necessários no manejo dessa condição crônica. A hemofilia é uma desordem genética que afeta a coagulação do sangue, resultando em uma tendência aumentada para sangramentos que podem ser internos ou externos, e frequentes em locais como articulações e músculos. 

Para cada alternativa proposta, vamos analisar a sua veracidade e adequação com base nos conhecimentos técnicos e práticos de enfermagem focados na assistência a pacientes com hemofilia: 

Alternativa A: "Prevenir ou minimizar a dor causada por atividade física, incentivando o cliente a movimentar-se lentamente e a evitar trauma nas articulações." Esta alternativa é correta, pois devido à tendência de sangramentos, principalmente nas articulações, é primordial para o cuidado com o paciente hemofílico minimizar qualquer risco de traumatismo. Incitar movimentos cuidadosos e evitar atividades que possam provocar lesões articulares é uma prática recomendada na literatura e em guias de cuidado para hemofílicos.

Alternativa B: "Ficar atento a sinais de choque hipovolêmico, como agitação, ansiedade, confusão, palidez, pele fria e pegajosa, dor torácica, oligúria, taquicardia e hipotensão." Esta alternativa também é correta. Sangramentos severos não gerenciados em hemofílicos podem levar a um choque hipovolêmico, uma condição potencialmente fatal. O reconhecimento precoce dos seus sintomas e a intervenção imediata são cruciais para a sobrevida do paciente.

Alternativa C: "Orientar quanto à preferência de administração de medicamentos por injeções intramusculares." Esta alternativa é incorreta e representa uma prática que deve ser evitada em pacientes com hemofilia. Devido ao risco elevado de sangramento, injeções intramusculares podem ser perigosas nesses pacientes. O tratamento padrão envolve a administração intravenosa de fatores de coagulação, a fim de evitar hemorragias musculares que possam ser causadas por injeções intramusculares.

Alternativa D: "Esclarecer quanto à necessidade de modificar o ambiente domiciliar para prevenir o traumatismo físico." Essa alternativa é correta. Mudanças no ambiente doméstico, como a retirada de objetos que possam causar quedas ou colisões, são medidas importantes para garantir a segurança de indivíduos com hemofilia, minimizando os riscos de traumatismos que podem levar a sangramentos graves. 

A análise das alternativas indica claramente que a Alternativa C é a única que apresenta uma prática inadequada na gestão do cuidado ao paciente hemofílico, recomendando um método de administração de medicamentos que pode aumentar o risco de complicações hemorrágicas. Portanto, esta é a resposta correta à questão proposta, por ser a afirmativa incorreta em relação aos cuidados com o paciente hemofílico. 

Gabarito: Letra C

A doença de Parkinson é um transtorno neurológico progressivo, caracterizada pela degeneração de neurônios dopaminérgicos na substância negra do cérebro. Essa condição afeta principalmente o controle motor, manifestando-se por vários sintomas motores como bradicinesia, rigidez, tremor de repouso e instabilidade postural.
 
A bradicinesia, especificamente, é um dos sinais cardinais da doença de Parkinson e caracteriza-se pela lentidão dos movimentos. Esta condição é um dos sintomas mais debilitantes, pois afeta a capacidade do indivíduo de realizar tarefas diárias simples.
 

É essencial para enfermeiros e outros profissionais da saúde entenderem as manifestações clínicas da doença de Parkinson para proporcionar um cuidado adequado e orientar os pacientes quanto às estratégias de manejo e adaptações necessárias no cotidiano.
 

Segue a análise das alternativas conforme o enunciado:

Alternativa A: Tremores involuntários. Os tremores são outro sintoma da doença de Parkinson, comumente manifestando-se como tremores de repouso. Embora importante, não caracteriza a bradicinesia, pois está mais relacionado à atividade muscular involuntária do que à velocidade dos movimentos.

Alternativa B: Lentidão dos movimentos. Esta é a descrição correta da bradicinesia. Representa a lentidão e a dificuldade para iniciar movimentos, sendo uma das características principais da doença de Parkinson. A bradicinesia pode ser observada em atividades como andar, se vestir ou executar outros movimentos rotineiros.

Alternativa C: Rigidez muscular. Rigidez, também conhecida como rigidez plástica ou "sinal da roda denteada", é um aumento no tônus muscular que pode ser sentido como uma resistência ao movimentar os membros do paciente. Embora seja um sintoma relevante da doença de Parkinson, não é sinônimo de bradicinesia.

Alternativa D: Diminuição da expressão facial. Conhecida como hipomimia, esta característica é uma redução na expressão facial devido a menor movimentação dos músculos faciais. A hipomimia contribui para a aparência padrão de "máscara" frequentemente descrita em pacientes parkinsonianos. No entanto, não define a bradicinesia.

Gabarito: Letra B

Conhecimentos sólidos sobre os sintomas e a progressão da doença de Parkinson são fundamentais para a prática de enfermagem, permitindo uma avaliação adequada e o planejamento de intervenções que melhorem a qualidade de vida dos pacientes. A correta identificação da bradicinesia e a diferenciação entre os outros sintomas relacionados é crítica para o diagnóstico preciso e o manejo efetivo da doença.

Questões de Concurso para CONSULPAM - Técnico em Enfermagem