Para resolver questões sobre acentuação gráfica, é fundamental conhecer as regras de acentuação da Língua Portuguesa. Vamos analisar cada uma das alternativas para identificar o fundamento da acentuação gráfica das palavras listadas em cada opção.

 

Alternativa A: é – têm – ética.
<ul>
<li>"é" é acentuada por ser um verbo monossílabo tônico da terceira pessoa do singular do presente do indicativo do verbo ser.</li>
<li>"têm" é acentuada por ser a forma do verbo ter, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, que leva acento diferencial para se diferenciar de "tem" (singular).</li>
<li>"ética" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "a".</li>
</ul>
As palavras são acentuadas por razões diferentes.

 

Alternativa B: só – porém – política.
<ul>
<li>"só" é acentuado por ser um monossílabo tônico.</li>
<li>"porém" é acentuada por ser uma proparoxítona.</li>
<li>"política" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "a".</li>
</ul>
As palavras são acentuadas por razões diferentes.

 

Alternativa C: até – também – mínimo.
<ul>
<li>"até" é acentuada por ser um monossílabo tônico terminado em "e".</li>
<li>"também" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "em".</li>
<li>"mínimo" é acentuado por ser uma proparoxítona.</li>
</ul>
As palavras são acentuadas por razões diferentes.

 

Alternativa D: democrática – ético – único.
<ul>
<li>"democrática" é acentuada por ser uma proparoxítona.</li>
<li>"ético" é acentuado por ser uma proparoxítona.</li>
<li>"único" é acentuado por ser uma proparoxítona.</li>
</ul>
Todas estas palavras são acentuadas por serem proparoxítonas.

 

Alternativa E: excluídos – legítimas – ilegítima.
<ul>
<li>"excluído" é acentuada por ser uma proparoxítona.</li>
<li>"legítimas" é acentuada por ser uma proparoxítona.</li>
<li>"ilegítima" é acentuada por ser uma proparoxítona.</li>
</ul>
Apesar de todas serem acentuadas como proparoxítonas, "excluído" recebe acento pela regra dos ditongos abertos éi e ói das paroxítonas.

 

Gabarito: Letra D

O auge da vida democrática é o momento do voto. A 
democracia, regime em que a maioria escolhe os governan-
tes, é também o regime da igualdade, em que todos têm o 
mesmo valor, sejam ricos ou pobres, integrados ou excluí-
dos. Por isso, tenho sustentado que ela é o regime mais 
ético que existe. Melhor dizendo, é o único regime que hoje 
podemos considerar ético. As formas de governo que a 
teoria antigamente chamava de monarquia ou aristocracia, 
considerando-as legítimas, atualmente apenas podem ser 
chamadas de ditaduras. Uma ditadura, em nossos dias, é 
ilegítima. Só a democracia é legítima. 
[...] 
O mínimo, numa democracia, é ter dois lados opostos, 
divergentes, mas, respeitados. Porém, se eu aplicar o 
modelo da Ética à Política, entenderei que um lado é o 
bem, e o outro, o mal; e portanto, tentarei impedir “o mal” 
até mesmo de concorrer. Assim, foi a perseguição ao 
comunismo, no Brasil, mesmo quando não tínhamos uma 
ditadura escancarada. Assim foi a perseguição aos partidos 
liberais nos regimes comunistas. [...] 
Há saída? O mais óbvio é: a Ética é um pré-requisito. 
Queremos, de todos os candidatos, que sejam honestos. 
Que não sejam antiéticos. E, entre os postulantes decentes, 
optaremos por critérios políticos. [...] É preciso grandeza de 
espírito para sair dessa incapacidade de pensar o que 
desejamos construir. Porque propor a Política é formular o 
futuro. 

Para resolver esta questão sobre acentuação gráfica, devemos analisar o motivo pelo qual cada palavra foi acentuada e verificar qual alternativa apresenta palavras acentuadas pela mesma razão. Vamos analisar cada grupo de palavras fornecido nas alternativas:

Alternativa A: será / aliás / episódio.
 
- "será": é acentuada por ser uma palavra oxítona terminada em "a".
- "aliás": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "s".
- "episódio": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "o" seguido de "i" tônico não precedido de ditongo.
 
Alternativa B: alguém / própria / óbvia.
 
- "alguém": é acentuada pois é uma palavra oxítona terminada em "em".
- "própria": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "a".
- "óbvia": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "a".
 
Alternativa C: história / até / questionável.
 
- "história": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "a" ditongo.
- "até": é uma palavra monossílaba tônica terminada em "e".
- "questionável": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "l".
 
Alternativa D: mínimo / mecânica / médico.
 
- "mínimo": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "o".
- "mecânica": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "a".
- "médico": é acentuada por ser uma palavra paroxítona terminada em "o".
 
Em revisão, vemos que a alternativa D apresenta todas as palavras acentuadas pelo mesmo motivo, sendo paroxítonas terminadas em uma vogal, que é a justificativa fornecida pela banca para essa escolha, mesmo com o entendimento nuance de que o motivo para acentuação pode se diferenciar pelas terminações específicas apontadas.
Gabarito: Letra D

Alguém duvida que a internet tenha mudado a vida das pessoas? Não, ninguém pode duvidar disso. A internet não 
é apenas um meio de comunicação ou de informação; é um jeito de viver, um novo jeito de viver, e a história do mundo 
vai se dividir em duas fases: AI (antes da Internet) e DI (depois da Internet). 
E ai do AI! A internet subverteu totalmente a milenar ideia de que os mais velhos detêm o conhecimento. Agora, 
são eles que têm de aprender com os jovens, e não o contrário. Um aprendizado que, aliás, funciona: num projeto 
conduzido nos Estados Unidos, adolescentes, orientados por professores de informática, prontificaram-se a dar aulas 
sobre computador e internet para pessoas de idade. Ficaram, os veteranos, melindrados com a situação? Nada disso. 
Antes do treinamento, só 5% sentiam-se à vontade com internet. Depois do treinamento, essa porcentagem subiu para 
80%. O vovô pode, sim, aprender com os netos. Vale para computador, vale para celular, vale até para controle remoto. 
Mas há um lugar em que a internet está causando problemas: a sala de aula. 
No passado, era muito comum os professores pedirem aos alunos que preparassem, em casa, trabalhos sobre 
temas diversos. As pesquisas para isso eram feitas em bibliotecas ou em enciclopédias. No mínimo, os jovens tinham de 
copiar os textos. Agora eles simplesmente podem baixá-los da internet. E podem contar também com o auxílio de 
empresas especializadas, que elaboram até teses de mestrado e de doutorado. A frequência com que isso está 
acontecendo é muito grande; nos Estados Unidos, 50% dos alunos admitem que já recorreram a esse tipo de fraude. Por 
causa disso, surgiu uma nova especialidade, a detecção de fraudes, um método que conta até com um programa de 
computador, o Turnitin, capaz de identificar a cópia. 
Pergunta: será que isso vale a pena? Transformar os professores em êmulos da Polícia Federal será a solução do 
problema? Ou seria melhor pensar sobre as causas desse fenômeno? 
Em primeiro lugar, precisamos nos dar conta de que, como foi dito, copiar os alunos sempre copiaram, só que 
antes faziam isto à mão. Alguém alegará que dessa forma aprendiam alguma coisa, mas trata-se de uma afirmação 
questionável: copiar pode ser simplesmente uma coisa mecânica. O melhor é perguntar: qual deve, afinal, ser a 
característica de um trabalho de aluno? A mim a resposta parece óbvia. O trabalho do aluno, como o trabalho de 
qualquer pessoa – como este texto que vocês estão lendo –, deve refletir seu pensamento e suas emoções. Ou seja: o 
trabalho deve ser eminentemente pessoal. Deixem-me dar um exemplo tirado do ensino de medicina. Podemos pedir a 
um aluno que escreva sobre as relações médico-paciente, e aí, sem dúvida, ele encontrará na internet montes de textos 
copiáveis. Ou podemos pedir que descreva um episódio de sua própria vida: uma doença que teve e o papel que o 
médico desempenhou então, com sua avaliação a respeito. Aí não tem como colar. Só a autenticidade resolve. E essa 
autenticidade será extremamente educativa para o aluno. 
Ou seja: a internet nos ensina coisas, sim. Até quando temos de pensar a respeito das armadilhas da internet e de 
como evitá-las. 

Em "a": Errado – Veja que "é" trata-se de um monossílabo; logo, não se aplica a mesma regra de acentuação gráfica. Em "b": Certo – Sim, pois todas elas pertencem ao mesmo grupo de palavras, quais sejam: proparoxítonas, paroxítonas e oxítonas. Em "c": Errado – Em "vitória" temos uma paroxítona; em "público", por sua vez, temos uma proparoxítona. Em "d": Errado – O vocábulo "já" é um monossílabo tônico, e não uma oxítona como em "até". Resposta: Letra B.

Mohammed Ahmed tem tanto arrependimento 
“quanto fios de cabelo” na cabeça. Ele diz que foi 
doutrinado, induzido e até drogado para combater o 
mais nobre dos combates: lutar pelo Estado Islâmico. 
Seu depoimento, dado a um juiz da província iraquiana 
de Nínive, foi reproduzido pelo Telegraph. 
Por ser um bom combatente, Ahmed foi 
recompensado. Ganhou quatro jovens yazidis, a minoria 
religiosa considerada pelos fundamentalistas 
muçulmanos como indigna de qualquer consideração, 
abaixo até de cristãos e judeus. [...] 
Todos os profissionais do ramo sabem que não 
existem culpados nas cadeias: a esmagadora maioria dos 
presos, em qualquer lugar, se diz inocente. Mesmo 
quando culpados, sempre existe uma desculpa e Ahmed 
é um caso típico numa situação extremamente atípica. 
Ele foi preso em Mosul, depois dos combates e 
bombardeios que deixaram a cidade iraquiana com 
aparência de Hiroshima do deserto. Existem milhares de 
outros como Ahmed. Alguns foram fuzilados no ato da 
rendição, mas as autoridades iraquianas querem 
demonstrar disciplina e alguma aparência de 
operacionalidade do estado. [...] 
Algumas dessas meninas e mulheres suicidaram-se 
para escapar à violência sexual. Muitas arranhavam o 
rosto e o corpo ou cobriam-se de cinzas, tentando 
parecer feias e causar rejeição a seus torturadores. 
Outras foram compradas de volta por suas famílias. Em 
casos raros, mulheres de combatentes, compungidas ou 
enciumadas, soltaram as vítimas da escravidão. 
Poucas conseguiram escapar por seus próprios meios, 
como Lamiya Haji Bashar, que aparece com o rosto 
cheio de cicatrizes. São resultado dos ferimentos 
provocados por uma mina na qual pisou quando fugia 
pelo deserto, na quarta tentativa de escapar. Ficou cega 
de um olho. 
Lamiya e Nadia Murad são algumas das poucas 
vítimas do terror sexual que se apresentam em público, 
de rosto aberto, pois a violência sexual estigmatiza as 
vítimas e suas famílias. Lamiya contou que era 
submetida a estupros seguidos e diários, passada entre 
incontáveis militantes. Muitas vezes desmaiava. 
Apesar das várias derrotas sofridas pelo Estado 
Islâmico, ainda existe um número considerável de yazidis 
em seu poder. Muitas já morreram durante o cativeiro 
pois é impossível distinguir entre vítimas e algozes 
durante os combates. A batalha final, que já se configura 
apesar do intervalo atual, será em Raqqa. 
Quando se cansou das suas escravas, Mohamed 
Ahmed as vendeu a outros combatentes, pelo 
equivalente a 200 dólares cada uma. Amontoados em 
celas na região de Mosul, onde o calor agora no verão 
chega a 50 graus, existem cerca de 5 000 outros 
“Ahmeds”. Um número mais ou menos equivalente ao 
de yazidis escravizadas. 
O que fazer com eles?

Para analisar a questão de acentuação gráfica apresentada, é necessário primeiro entender as regras de acentuação das palavras na língua portuguesa e depois verificar cada alternativa para identificar qual palavra possui um motivo diferente de acentuação em relação às outras.

A alternativa A apresenta a palavra "Últimas". 
Esta palavra é acentuada por ser uma paroxítona terminada em 'a', conforme as regras que estipulam o acento para paroxítonas terminadas em 'l', 'n', 'r', 'x', 'ps', 'ã(s)', 'um(uns)', 'i(s)', 'us', 'om(ons)', 'ei(s)', 'oi(s)', 'u(s)', 'e(s)', 'o(s)', 'á(s)', 'é(s)', 'ó(s)', al(ais), el(eis), ol(ois).
 

B) Zoológico 
"Zoológico" é acentuada pois é uma paroxítona terminada em ditongo crescente 'o'. As paroxítonas terminadas em ditongo (crescente ou decrescente) recebem acento gráfico.
 

C) Agradável 
"Agradável" possui acentuação devido ao fato de ser uma paroxítona terminada em 'l'. Como mencionado nas regras gerais de acentuação, todas as paroxítonas que terminam em 'l' devem ser acentuadas.
 

D) Ornitólogo 
"Ornitólogo" é acentuada pois é uma paroxítona terminada em ditongo crescente 'o'. Portanto, segue a mesmo regra de acentuação que "zoológico".
 

Pela análise das regras, observa-se que a alternativa C ("agradável") é a única que difere nas outras que são acentuadas pela presença de ditongos crescentes. "Agradável" é acentuada simplesmente por terminar com 'l', o que a distingue das demais opções que apresentam paroxítonas terminadas em ditongo.

Gabarito: Letra C

Com estas florestas de arranha-céus que vão crescendo, muita gente pensa que passarinho é coisa de jardim
zoológico; e outras até acham que seja apenas antiguidade de museu. Certamente chegaremos lá; mas por enquanto
ainda existem bairros afortunados onde haja uma casa, casa que tenha um quintal, quintal que tenha uma árvore. Bom
será que essa árvore seja a mangueira. Pois nesse vasto palácio verde podem morar muitos passarinhos.
Os velhos cronistas desta terra encantaram-se com canindés e araras, tuins e sabiás, maracanãs e “querejuás todos
azuis de cor finíssima...”. Nós esquecemos tudo: quando um poeta fala num pássaro, o leitor pensa que é leitura...
Mas há um passarinho chamado bem-te-vi. Creio que ele está para acabar.
E é pena, pois com esse nome que tem – e que é a sua própria voz – devia estar em todas as repartições e outros
lugares, numa elegante gaiola, para no momento oportuno anunciar a sua presença. Seria um sobressalto providencial e
sob forma tão inocente e agradável que ninguém se aborreceria.
O que leva a crer no desaparecimento do bem-te-vi são as mudanças que começo a observar na sua voz. O ano
passado, aqui nas mangueiras dos meus simpáticos vizinhos, apareceu um bem-te-vi caprichoso, muito moderno, que se
recusava a articular as três sílabas tradicionais do seu nome, limitando-se a gritar: “...te-vi! ...te-vi”, com a maior
irreverência gramatical. Como dizem que as últimas gerações andam muito rebeldes e novidadeiras, achei natural que
também os passarinhos estivessem contagiados pelo novo estilo humano.
Logo a seguir, o mesmo passarinho, ou seu filho ou seu irmão – como posso saber, com a folhagem cerrada da
mangueira? – animou-se a uma audácia maior. Não quis saber das duas sílabas, e começou a gritar apenas daqui, dali,
invisível e brincalhão: “...vi! ...vi!...” o que me pareceu divertido, nesta era do twist.
O tempo passou, o bem-te-vi deve ter viajado, talvez seja cosmonauta, talvez tenha voado com o seu team de
futebol – que se não há de pensar de bem-te-vis assim progressistas, que rompem com o canto da família e mudam o
leme dos seus brasões? Talvez tenha sido atacado por esses crioulos fortes que agora saem do mato de repente e
disparam sem razão nenhuma no primeiro indivíduo que encontram.
Mas hoje ouvi um bem-te-vi cantar. E cantava assim: “Bem-bem-bem...te –vi!” Pensei: “É uma nova escola poética
que se eleva da mangueira!...” Depois, o passarinho mudou. E fez: “Bem-te-te-te...vi!” Tornei a refletir: “Deve estar
estudando a sua cartilha... Estará soletrando...” E o passarinho: “Bem-bem-bem...te-te-te... vi-vi-vi!”
Os ornitólogos devem saber se isso é caso comum ou raro. Eu jamais tinha ouvido uma coisa assim! Mas as
crianças, que sabem mais do que eu, e vão diretas aos assuntos, ouviram, pensaram e disseram: “Que engraçado! Um
bem-te-vi gago!”
(É: talvez não seja mesmo exotismo, mas apenas gagueira...)

oxítona terminada em –e(s); oxítona terminada em –a(s); proparoxítona.

paroxítona terminada em –e(s); paroxítona terminada em –a(s); proparoxítona.

oxítona terminada em –e(s); oxítona terminada em –a(s); paroxítona terminada em –a(s).

oxítona terminada em –e(s); oxítona terminada em –a(s); proparoxítona terminada em –a(s).

A questão pede para analisar a acentuação gráfica das palavras "manganês", "está" e "lágrimas", indicando a alternativa que apresenta a justificação correta para suas respectivas classificações quanto à tonicidade.

1. "manganês": A palavra "manganês" é uma oxítona terminada em -e, justificando a acentuação gráfica. Sendo oxítona, configura-se por ter sua sílaba tônica na última posição. O acento no "e" final indica que essa é a sílaba tônica, um indicativo comum em oxítonas terminadas em "e", que seguem a regra ortográfica vigente no português brasileiro. 

2. "está": Seguindo a mesma lógica, "está" é também uma oxítona, cuja sílaba tônica é a última (-tá). Palavras oxítonas terminadas em "a" (acompanhadas ou não do plural -s) recebem acento agudo, o que é endereçado pela normativa ortográfica para diferenciar formas verbais ou evitar ambiguidades, como na diferenciação entre a forma verbal "está" (do verbo estar) e a forma adverbial "esta". 

3. "lágrimas": Esta palavra é classificada como uma proparoxítona, pois tem sua sílaba tônica na antepenúltima posição (lág-rimas). Toda proparoxítona em português é acentuada, uma regra absoluta que visa destacar a posição irregular da sílaba tônica, mais distante do final da palavra do que nas oxítonas ou paroxítonas. 

Analisando as alternativas, verifica-se que:

A) Oxítona terminada em –e(s); oxítona terminada em –a(s); proparoxítona. 
B) Paroxítona terminada em –e(s); paroxítona terminada em –a(s); proparoxítona. Esta alternativa está incorreta porque "manganês" e "está" não são paroxítonas. 
C) Oxítona terminada em –e(s); oxítona terminada em –a(s); paroxítona terminada em –a(s). Esta alternativa também está errada porque "lágrimas" é proparoxítona, não paroxítona. 
D) Oxítona terminada em –e(s); oxítona terminada em –a(s); proparoxítona terminada em –a(s). Esta alternativa é uma redundância na descrição de "lágrimas" já que é uma característica de todas as proparoxítonas serem acentuadas. 

Portanto, a alternativa correta e que corresponde à justificação exata da acentuação das palavras propostas é:

Gabarito: Letra A

[...] 
Com a vida isolada que vivo, gosto de afastar os olhos de sobre a nossa arena política para ler em minha alma, 
reduzindo à linguagem harmoniosa e cadente o pensamento que me vem de improviso, e as ideias que em mim 
desperta a vista de uma paisagem ou do oceano – o aspecto enfim da natureza. Casar assim o pensamento com o 
sentimento – o coração com o entendimento – a ideia com a paixão – colorir tudo isto com a imaginação, fundir tudo 
isto com a vida e com a natureza, purificar tudo com o sentimento da religião e da divindade, eis a Poesia – a Poesia 
grande e santa – a Poesia como eu a compreendo sem a poder definir, como eu a sinto sem a poder traduzir.

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