se justifica por narrar fatos ocorridos com o autor.

representa uma tentativa de aproximação com o leitor.

busca contextualizar a motivação pessoal pela escolha 
temática.

institui caráter emotivo ao que se deve tratar com 
objetividade.

O texto aborda uma discussão sobre a ideia de presente perfeito, inserindo considerações sobre relações sociais, economia e comportamento humano. Ele utiliza a primeira pessoa para apresentar o debate, o que influencia na maneira como é percebido pelo leitor.

A alternativa C afirma que a escolha pela primeira pessoa "busca contextualizar a motivação pessoal pela escolha temática". De fato, ao longo do texto, o autor faz várias referências pessoais como "Aproveito a chegada do 13° salário" e utiliza a primeira pessoa em contextos que sugerem sua própria reflexão sobre o tema, como "Se você regalar sua mulher com um caríssimo jantar". Essa abordagem pessoal serve para inserir o leitor na discussão, mostrando como o tema é relevante de forma individual.

As demais alternativas não se alinham tão precisamente com o uso da primeira pessoa no texto:
- A alternativa A menciona que se justifica por narrar fatos ocorridos com o autor, mas o texto não se foca em narrar eventos específicos vividos pelo autor, e sim em discutir uma ideia geral sobre presentes.
- A alternativa B sugere uma tentativa de aproximação com o leitor, que embora presente, não é o motivo central pelo uso da primeira pessoa, uma vez que o foco está mais em compartilhar uma motivação pessoal.
- A alternativa D indica um caráter emotivo, o que também não se aplica diretamente, já que o texto propõe uma discussão racional sobre o tema, mesmo que utilizando uma perspectiva pessoal.

Gabarito: Letra C

Aproveito a chegada do 13° salário e a proximidade 
do Natal para discutir o presente perfeito. Num mundo 
perfeitamente racional, ninguém nem pestanejaria antes 
de presentear seus familiares e amigos com dinheiro 
vivo.  
Em princípio, nada pode ser melhor. Elimina-se o 
risco de errar, pois o presenteado escolhe o que quiser, e 
no tamanho certo. Melhor, ele pode juntar recursos de 
diversas origens e comprar um item mais caro, que 
ninguém sozinho poderia oferecer-lhe.  
Só que o mundo não é um lugar racional. Se você 
regalar sua mulher com um caríssimo jantar na 
expectativa de uma noite tórrida de amor, estará sendo 
romântico. Mas, se ousar oferecer-lhe dinheiro para o 
mesmo fim, torna-se um simples cafajeste.  
Analogamente, você ficará bem se levar um bom 
vinho para o almoço de Dia das Mães na casa da sogra.
Experimente, porém, sacar a carteira e estender-lhe R$
200 ao fim da refeição e se tornará "persona non grata" 
para sempre naquele lar.  
Essas incongruências chamaram a atenção de 
economistas comportamentais, que desenvolveram 
modelos para explicá-las. Aparentemente, vivemos em 
dois mundos distintos, o das relações sociais e o da 
economia de mercado. Enquanto o primeiro é regido por 
valores como amor e lealdade, o segundo tem como 
marca indexadores monetários e contratos. Sempre que 
misturamos os dois registros, surgem mal-entendidos.
O economista Dan Ariely vai mais longe e propõe 
que, no mundo das relações sociais, o presente serve 
para aliviar culpas: ofereça ao presenteado algo de que 
ele goste, mas acha bobagem comprar, como um jantar 
naquele restaurante chique ou um perfume um pouco 
mais caro. O que você está lhe dando, na verdade, é uma 
licença para ser extravagante.
Segundo Ariely, é esse mecanismo que explica o 
sucesso de vales-presentes e congêneres, que nada mais 
são que dinheiro com prazo de validade e restrições de 
onde pode ser gasto.

designação genérica ao termo “casal”.

individualização do substantivo “casal”.

reforço da característica atribuída a “casal”.

Em "a": Errado – Pelo contrário: promove um certo distanciamento em relação ao casal citado. Em "b": Certo – É genérico, visto que não se trata de um casal específico. Em "c": Errado – Marca uma designação genérica. Em "d": Errado – Não se reforça, por meio do artigo, a característica conferida ao casal. Resposta: Letra B.

Meu ideal seria escrever uma história tão engraçada 
que aquela moça que está doente naquela casa cinzenta 
quando lesse minha história no jornal risse, risse tanto que 
chegasse a chorar e dissesse – “ai meu Deus, que história 
mais engraçada!”. E então a contasse para a cozinheira e 
telefonasse para duas ou três amigas para contar a história; 
e todos a quem ela contasse rissem muito e ficassem 
alegremente espantados de vê-la tão alegre. Ah, que minha 
história fosse como um raio de sol, irresistivelmente louro, 
quente, vivo, em sua vida de moça reclusa, enlutada, 
doente. Que ela mesma ficasse admirada ouvindo o próprio 
riso, e depois repetisse para si própria – “mas essa história 
é mesmo muito engraçada!”. 
Que um casal que estivesse em casa mal-humorado, 
o marido bastante aborrecido com a mulher, a mulher 
bastante irritada com o marido, que esse casal também 
fosse atingido pela minha história. O marido a leria e 
começaria a rir, o que aumentaria a irritação da mulher. 
Mas depois que esta, apesar de sua má vontade, tomasse 
conhecimento da história, ela também risse muito, e 
ficassem os dois rindo sem poder olhar um para o outro 
sem rir mais; e que um, ouvindo aquele riso do outro, se 
lembrasse do alegre tempo de namoro, e reencontrassem 
os dois a alegria perdida de estarem juntos.

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