Para começar, vamos dar uma olhada nas funções sintáticas dos elementos grifados:

1. "o terraço de mármore do outão" - Este é o complemento do verbo "dirigi-me", indicando o lugar para o qual a ação do verbo se direciona. É um objeto indireto introduzido pela preposição "para". A função sintática é adjunto adverbial de lugar.

2. "Lá" - Este é um advérbio de lugar, usado aqui para indicar onde Aristarco estava. A função sintática é adjunto adverbial de lugar.

3. "No jardim" - Esta expressão, também introduzida por preposição, indica o lugar onde a ação do verbo "continuar" acontece. A função sintática é adjunto adverbial de lugar.

4. "a multidão dos basbaques" - Este é o sujeito do verbo "continuava", explicando quem continua a fazer a ação expressa pelo verbo.

Comparando as classificações, vemos que "o terraço de mármore do outão", "Lá" e "No jardim" são todos adjuntos adverbiais de lugar. Por outro lado, "a multidão dos basbaques" é classificado diferente, pois é o sujeito da oração.

Dessa forma, I, II e III compartilham a mesma função sintática de adjunto adverbial de lugar, enquanto IV é o sujeito.

A alternativa correta é D.

*O texto em análise trata-se do fragmento final do romance “O Ateneu”, que narra os momentos seguintes ao incêndio que destruiu a escola e o estado de desolação de Aristarco, diretor do Ateneu, diante de tal fato. 
 *Sobre as paredes internas que restavam, equilibravam-se pontas de vigamento, revestidas de um bolor claro de cinza, tições enormes, apagados. Na atmosfera luminosa da manhã flutuava o sossego fúnebre que vem no dia seguinte sobre o teatro de um grande desastre.
 Informaram-me de coisas extraordinárias. O incêndio fora propositalmente lançado pelo Américo, que para isso rompera o encanamento do gás no saguão das bacias. Desaparecera depois do atentado.
 Desaparecera igualmente durante o incêndio a senhora do diretor.
 Dirigi-me para o terraço de mármore do outão. Lá estava Aristarco, tresnoitado, o infeliz. No jardim continuava a multidão dos basbaques. Algumas famílias em toilette matinal, passeavam. Em redor do diretor muitos discípulos tinham ficado desde a véspera, inabaláveis e compadecidos. Lá estava, a uma cadeira em que passara a noite, imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente, o pé direito sobre um monte enorme de carvões, o cotovelo espetado na perna, a grande mão felpuda envolvendo o queixo, dedos perdidos no bigode branco, sobrolho carregado.
 Falavam do incendiário. Imóvel! Contavam que não se achava a senhora. Imóvel! A própria senhora com quem ele contava para o jardim de crianças! Dor veneranda! Indiferença suprema dos sofrimentos excepcionais! Majestade inerte do cedro fulminado! Ele pertencia ao monopólio da mágoa. O Ateneu devastado! O seu trabalho perdido, a conquista inapreciável dos seus esforços!... Em paz!... Não era um homem aquilo; era um de profundis.
 Lá estava: em roda amontoavam-se figuras torradas de geometria, aparelhos de cosmografia partidos. Enormes cartas murais em tiras, queimadas, enxovalhadas, vísceras dispersas das lições de anatomia, gravuras quebradas da história santa em quadros, cronologias da história pátria, ilustrações zoológicas, preceitos morais pelo ladrilho, como ensinamentos perdidos, esferas terrestres contundidas, esferas celestes rachadas; borra, chamusco por cima de tudo: despojos negros da vida, da história, da crença tradicional, da vegetação de outro tempo, lascas de continentes calcinados, planetas exorbitados de uma astronomia morta, sóis de ouro destronados e incinerados...
 Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre universal de sua obra.
 Aqui suspendo a crônica das saudades. Saudades verdadeiramente? Puras recordações, saudades talvez se ponderarmos que o tempo é a ocasião passageira dos fatos, mas sobretudo — o funeral para sempre das horas.

 chama a atenção do leitor pela desorganização intencional demonstrando a desorganização da cena após o incêndio.

 contribui para que o leitor construa a imagem da indiferença de Aristarco, utilizando frases curtas e aparentemente desconexas.

 há uma alternância entre a situação pós incêndio e a personagem Aristarco, bastante sutil, de modo que as duas observações parecem se misturar.

 é um prenúncio de que o texto não terá uma finalização, mas irá propor uma reflexão suspensa, considerando o emprego de frases curtas encerradas com ponto de exclamação. 

O cara, essa questão é sobre uma das técnicas literárias mais expressivas: a metáfora. Tá ligado nisso? A metáfora é uma figura de linguagem onde a gente compara duas coisas meio diferentes, mas que se conectam na nossa cabeça de um jeito que faz total sentido. Vamos destrinchar os trechos selecionados para identificar onde estão essas conexões.

 

O trecho I fala sobre a "senhora com quem ele contava para o jardim de crianças". Aqui não tem aproximação de elementos distintos em termos de características; é mais uma expressão direta sobre a função prevista para essa senhora, então esse não conta.

 

Daí, o trecho II: "Ele, como um deus caipora, triste, sobre o desastre universal de sua obra." Isso aqui é ouro, meu! Comparação total entre o diretor e um "deus caipora", uma referência à mitologia indígena brasileira sobre um ente de azar. O trecho compara o diretor, tragicamente associado a um desastre, com essa figura mítica – metáfora na veia!

 

O trecho III - "Em redor do diretor muitos discípulos tinham ficado desde a véspera, inabaláveis e compadecidos" - é uma descrição direta da cena, sem comparações subjetivas ao elemento humano e suas emoções ao entorno do diretor, não tem metáfora explícita.

 

E finalmente, o trecho IV - "Lá estava, a uma cadeira em que passara a noite, imóvel, absorto, sujo de cinza como um penitente,", outro show de bola em metáfora, conectando o diretor sujo de cinzas a um penitente, uma figura que na religião católica representa arrependimento e humildade – totalmente nessa vibe de expressão dramática e comparativa."

 

Então, falando nisso, temos metáforas poderosas nos trechos II e IV, onde elementos distintos são aproximados por suas características. Os trechos I e III não apresentam essa característica.

 

A alternativa correta é D.

 As ações coletivas são necessárias ainda que favoreçam o individualismo.

 O cooperativismo do grupo só tem a contribuir com uma liderança articulada com o mesmo.

 Ausência de liderança e ações individualistas são elementos que se opõem nas relações sociais.

 É necessário que toda e qualquer liderança seja anulada para que a evolução de ações aconteça.

Olá! Vamos mergulhar nessa questão do Instituto de Desenvolvimento Educacional, Cultural e Assistencial Nacional, que explora bem as estratégias de organização e progressão textuais. A chave aqui está em entender como o autor desenvolve sua posição ao longo do texto, certo? Então, relaxa que eu te explico!

 

O tema central do texto é a importância da liderança colaborativa em vez da liderança solitária. O autor critica a postura individualista e argumenta a favor de um modelo de liderança que valoriza a cooperação e o crescimento conjuntos.

 

O primeiro parágrafo apresenta o cenário de crise que vai além do financeiro, destacando a falta de liderança e de espírito cooperativo. Isso já dá a dica de que a solução proposta pelo autor não irá favorecer um ambiente de isolamento, mas um de cooperação.

 

Avançando, o texto destaca a ineficácia das "ações individualistas, exageradas, polarizadas e fanáticas" e critica a visão antiga de liderança como um caminho solitário. Aqui, o autor está claramente posicionando-se contra a liderança que não incorpora a colaboração e a troca de ideias.

 

A parte final do texto reforça a necessidade de uma liderança que permite a todos os envolvidos brilhar e se realizar, promovendo um ambiente onde o crescimento é um objetivo coletivo. A citação do provérbio africano e de Baltazar Gracián são a cereja do bolo, reforçando a mensagem de que o caminho verdadeiramente enriquecedor e eficaz é o da liderança colaborativa.

 

A alternativa B se encaixa perfeitamente como a correta, pois afirma que "O cooperativismo do grupo só tem a contribuir com uma liderança articulada com o mesmo", ressoando a ideia central do texto de que uma liderança eficaz é aquela que se faz em conjunto e com participação ativa dos membros do grupo, refletindo a posição do autor.

 

Então, para não enrolar mais, a alternativa correta é B.

Quando paramos para analisar o atual cenário econômico e social estabelecido em nosso país podemos perceber que a crise, da qual tanto se fala, vai além da questão financeira, da corrupção e do caos econômico que muitos estão vivenciando. Ela envolve, nitidamente, falta de liderança e de espírito corporativo. E não é a liderança habitual praticada por gestores ou chefes, mas sim aquela que envolve quase todas as esferas e que é um estado de consciência, uma atitude. [...] 
 As ações individualistas, exageradas, polarizadas e fanáticas não nos levam à devida solução, muito menos nos permitem fazer parte de uma transformação positiva dos múltiplos cenários, além de só colaborarem ainda mais com esse estado de ausência de liderança.
 Da mesma forma que antigamente os sistemas de liderança nas empresas eram vistos como caminhos a serem percorridos de forma solitária e que o segredo para alcançar o sucesso estava em uma postura mais individualista, muitas pessoas, empresas e profissionais ainda mantêm essa posição individual e retrógrada, dificultando o crescimento de todos, inclusive delas mesmas.
 Mas, muito ao contrário disso, o cenário atual requer pessoas, empresas e profissionais capazes de oferecer a oportunidade para todos brilharem e se realizarem dentro dos ambientes em que estão inseridos. Ao assumirem essa postura, cada um faz muito mais do que simplesmente comandar algo: convidam todos que estão ao redor para crescerem juntos. E como já dizia um provérbio africano, “se quer ir rápido, vá sozinho; se quer ir longe, vá em grupo”, ou seja, as soluções precisam ser compartilhadas e baseadas no cooperativismo, pois cada vez mais necessitamos do apoio de outras pessoas, empresas, profissionais, mercados, entre outros. [...] 
 O verdadeiro líder tem a capacidade de ouvir o próximo e fazer algo novo. A diferença não está na capacidade de gerir, organizar e guiar um grupo, mas sim nos líderes criadores de contexto, capazes de se colocar no lugar do outro, de ousar, criar, compartilhar novas soluções para os mesmos problemas de sempre. Esses líderes são aptos a gerenciar as próprias competências sociemocionais e também às de todos que estão ao seu redor. E lá no século XVII já ensinava Baltazar Gracián: “O caminho da grandeza se percorre juntamente com outros!”.

A análise desta questão envolve compreender a anatomia básica do sistema respiratório, em particular a estrutura dos brônquios e sua relação com outros componentes do sistema respiratório. A questão solicita a identificação da região onde os brônquios principais se comunicam com os pulmões. 

Hilo pulmonar é o termo correto para a região pela qual os brônquios principais entram nos pulmões. Este é um ponto crucial onde não apenas os brônquios principais, mas também vasos sanguíneos e linfáticos, entram ou saem dos pulmões. Portanto, é um local de transição entre os elementos do mediastino e o tecido pulmonar propriamente dito. Identificado na alternativa A, este é o termo correto para a descrição questionada. 

A alternativa B, Carina, refere-se à bifurcação da traqueia nos brônquios principais direito e esquerdo. É um marco anatômico importante no sistema respiratório, mas não é o ponto de comunicação dos brônquios com os pulmões, sendo, portanto, uma resposta incorreta para esta questão. 

Pleura, mencionada na alternativa C, é a membrana serosa que envolve os pulmões. Embora essencial para a função pulmonar, protegendo e facilitando a expansão pulmonar, a pleura não é a região de comunicação entre os brônquios principais e os pulmões, tornando esta resposta inadequada para a pergunta feita. 

Por fim, a alternativa D, Brônquios lobares, descreve uma subdivisão dos brônquios principais dentro dos pulmões. Cada brônquio lobar serve a um lobo específico do pulmão. Embora estejam relacionados com a arquitetura bronquial interna do pulmão, os brônquios lobares não são a região em que os brônquios principais se comunicam com os pulmões, o que também torna esta escolha incorreta. 

Portanto, com a análise de cada alternativa, confirmamos que a única descrição correta para a região onde os brônquios principais fazem comunicação com os pulmões é o hilo pulmonar, tornando a alternativa A a correta. 

Gabarito: Letra A

Questões de Concurso Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal