Cuidados Integrados Pós-Ressuscitação.

Gabarito: Letra C

 

A questão aborda um tema fundamental na prática de enfermagem em situações de emergência cardíaca, focando na atualização das diretrizes de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) pela American Heart Association em 2010, que incluiu um novo elo em sua corrente de sobrevivência.

Análise das Alternativas:

 
a) Acesso precoce ao cuidado. ERRADO. O acesso ao cuidado está implícito nas etapas da reanimação, envolvendo o acionamento imediato dos serviços de emergência. No entanto, este não é o novo elo adicionado nas diretrizes de 2010, sendo uma prática recomendada já em edições anteriores da diretriz da AHA.

 
b) Desfibrilação precoce. ERRADO. A desfibrilação precoce faz parte das diretrizes da AHA há vários anos e segue sendo um componente crucial da corrente de sobrevivência, mas não foi o novo elo adicionado em 2010. Esta etapa é crucial para o sucesso da RCP em casos de arritmias ventriculares tratáveis.

 
c) Cuidados Integrados Pós-Ressuscitação. CORRETO. Esta foi a inclusão significativa das diretrizes de 2010, representando um passo fundamental no manejo de pacientes após a ressuscitação. Este componente é essencial para melhorar a qualidade de vida e reduzir as sequelas neurológicas e funcionais após eventos de parada cardiorrespiratória.

d) Reanimação cardiopulmonar precoce. ERRADO. Embora a reanimação cardiopulmonar precoce seja um elo fundamental da corrente de sobrevivência, não foi o novo elo mencionado nas diretrizes de 2010. A RCP precoce tem sido parte das recomendações anteriores e é crucial para aumentar a chance de sobrevivência.

 

A inclusão dos Cuidados Integrados Pós-Ressuscitação na atualização das diretrizes pela American Heart Association em 2010 teve grande impacto nas práticas de cuidado ao paciente ressuscitado, centrando-se no suporte integral que pode determinar os desfechos a longo prazo. Esta adição reflete a crescente compreensão de que os cuidados não terminam com o retorno da circulação espontânea, mas se estendem muito além, para garantir a máxima recuperação do paciente.

Gabarito: Letra C

 

<hr>
Referência:

<a href="https://ftp.medicina.ufmg.br/ped/Arquivos/2014/Destaques_das_Diretrizes_da_American_Heart_Association_2010_para_RCP_e_ACE_03012014.pdf" target="_blank">https://ftp.medicina.ufmg.br/ped/Arquivos/2014/Destaques_das_Diretrizes_da_American_Heart_Association_2010_para_RCP_e_ACE_03012014.pdf</a>

Cuidados integrados pós-ressuscitação.

A corrente de sobrevivência é um conjunto de medidas críticas que visam aumentar as chances de sobrevivência após uma parada cardiorrespiratória (PCR). Nas diretrizes de 2010 da American Heart Association, um novo elo foi adicionado, enfatizando a continuidade e a integração do cuidado após a ressuscitação.
 
Vamos analisar cada uma das alternativas fornecidas:
 
<ul>
<li>A) Desfibrilação precoce. ERRADO. Este já é um elo bem estabelecido na corrente de sobrevivência, enfatizando a importância da rápida intervenção com um desfibrilador nos casos de arritmias passíveis de choque. É crucial, mas não é a adição feita em 2010.</li>
<li>B) Acesso precoce ao cuidado. ERRADO. O acesso precoce ao sistema de emergência médica é uma parte fundamental da corrente de sobrevivência, mas novamente, isto já fazia parte das diretrizes anteriores.</li>
<li>C) Reanimação cardiopulmonar precoce. ERRADO. Embora a prática da reanimação cardiopulmonar (RCP) precoce seja essencial e já esteja bem estabelecida nas diretrizes anteriores, não representa o novo elo adicionado em 2010.</li>
<li>D) Cuidados integrados pós-ressuscitação. CORRETO. Esta alternativa é a correta, pois reflete a inclusão dos cuidados pós-ressuscitação como um elo crítico e novo na corrente de sobrevivência a partir das diretrizes de 2010. O requisito desta prática é vital, pois reconhece a necessidade de manter e suportar as funções vitais do indivíduo após retorno da circulação espontânea, focando na otimização do prognóstico a longo prazo e na minimização de danos permanentes.</li>
</ul>
 
O novo elo enfatiza a necessidade de tratamento contínuo e integrado após a ressuscitação efetiva, buscando uma recuperação mais completa do paciente. Esta mudança reflete a compreensão de que os cuidados posteriores à ressuscitação são tão cruciais quanto as ações imediatas tomadas durante a emergência.
 
A inclusão dos Cuidados Integrados Pós-Ressuscitação nas diretrizes de 2010 da American Heart Association significa um avanço significativo na promoção de melhores taxas de recuperação após episódios de PCR, e coloca em perspectiva a importância da qualidade dos cuidados de saúde após a estabilização inicial do paciente.
 
Portanto, é essencial que profissionais de saúde, especialmente aqueles envolvidos no atendimento de emergência, estejam cientes e capacitados para executar não somente a reanimação efetiva, mas também para gerir de forma competente o período crítico pós-ressuscitação.
 
Gabarito: Letra D

Compressões torácicas efetivas - rápidas, fortes e profundas.

A questão aborda uma diretriz essencial na prática de reanimação cardiopulmonar (RCP), focando-se nas recomendações da American Heart Association (AHA) de 2010. Essas diretrizes são periodicamente revisadas para refletir os avanços na pesquisa e melhores práticas emergentes em ressuscitação. Desde 2010, a ênfase na qualidade das compressões torácicas tem sido uma constante, dado que a eficácia das compressões é crucial para a circulação de oxigênio e sangue durante a parada cardiorrespiratória (PCR).

 

O cerne da diretriz é que, para maximizar as chances de sobrevivência e recuperação neurológica, as compressões torácicas devem ser realizadas de maneira efetiva. Isso inclui garantir que as compressões sejam rápidas, fortes e profundas.

 

Alternativa A: Compressões torácicas efetivas - rápidas, fortes e profundas. De acordo com as diretrizes da AHA, as compressões torácicas devem ser realizadas a uma frequência de pelo menos 100 a 120 por minuto e com uma profundidade de pelo menos 5 cm (mas não mais de 6 cm) em adultos. O objetivo é minimizar as interrupções nas compressões torácicas e garantir que elas sejam eficazes o suficiente para manter a circulação sanguínea durante a PCR. Esta alternativa está em plena conformidade com as diretrizes mencionadas e é a mais indicada para produzir melhores resultados no atendimento à PCR.

Alternativa B: Entubação endotraqueal. A entubação endotraqueal é um procedimento avançado de gestão das vias aéreas utilizado em RCP, mas não é o foco principal nas diretrizes iniciais da reanimação. A American Heart Association enfatiza que as compressões torácicas de alta qualidade devem ser a prioridade, e a entubação, embora importante, não deve atrasar ou interromper estas compressões. Portanto, esta alternativa não é a mais adequada em relação ao enunciado da questão sobre o que deve ser realizado “para um melhor resultado”. 

Alternativa C: Trombolíticos. Trombolíticos são medicamentos que dissolvem coágulos sanguíneos e, embora possam ser usados em situações específicas de parada cardíaca relacionada a infartos do miocárdio, não são uma intervenção primária nas diretrizes gerais de RCP da AHA. Eles não são mencionados como parte da abordagem inicial ou básica durante a PCR, concentrando-se mais em cenários hospitalares após o retorno da circulação. Assim, essa alternativa não se encaixa no contexto da diretriz em discussão.

Alternativa D: Drogas. O uso de medicamentos é parte do protocolo avançado de suporte de vida, mas, similar à entubação, não deve ultrapassar a prioridade das compressões torácicas. Drogas como a epinefrina são usadas durante a RCP, mas sua administração deve ser cuidadosamente gerenciada para não interferir com as compressões torácicas. Portanto, está alternativa também não é a principal resposta ao que deve ser realizado para um melhor resultado conforme diretrizes iniciais.

Gabarito: Letra A

O enunciado descreve uma situação em que uma criança de 8 meses sofreu uma queda de 2 metros e entrou em Parada Cardiorrespiratória (PCR). Frente a essa emergência, o técnico de enfermagem inicia as manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP). A questão aborda a relação correta entre compressões e ventilações na presença de mais de um socorrista, sem via aérea avançada.

Primeiramente, é importante entender que as diretrizes para a RCP em pediatria diferem das diretrizes para adultos, especialmente no que tange à proporção de compressões torácicas para ventilações. No cenário descrito, onde não há uso de via aérea avançada e com presença de mais de um socorrista, a técnica e as proporções de execução das manobras devem ser adaptadas para a faixa etária da criança.

Alternativa A (30:2): Esta é a proporção usual para RCP em adultos e não é recomendada para a RCP pediátrica, especialmente em uma criança tão jovem quanto um bebê de 8 meses. Essa alternativa é incorreta.

Alternativa B (15:2): Esta é a proporção correta para RCP em crianças com mais de um socorrista presente, como indicado pelas diretrizes de ressuscitação pediátrica da American Heart Association. Quando há mais de um socorrista, uma proporção de 15:2 permite adequar as ventilações e compressões ao sistema circulatório mais propício a rapidamente se beneficiar das compressões torácicas. Portanto, essa alternativa é correta.

Alternativa C (100 a 120:2): Essa escolha parece confundir a frequência de compressões por minuto (recomendado entre 100 a 120 compressões por minuto em casos de RCP com via aérea avançada) com a proporção de compressões para ventilações. Não representa uma proporção válida para a execução da RCP em nenhum cenário, sendo assim incorreta.

Alternativa D (100:2): Assim como a anterior, esta alternativa mistura conceitos de frequência de compressões com a proporção de compressões para ventilações e não corresponde a nenhuma recomendação conhecida nas diretrizes de ressuscitação, sendo portanto incorreta.

As diretrizes claras da American Heart Association recomendam que, em crianças, na ausência de um dispositivo de via aérea avançada e com mais de um socorrista, a proporção de 15 compressões para cada 2 ventilações seja seguida. Esta decisão se baseia na maior eficácia em gerar fluxo sanguíneo suficiente e oxigenação adequada para o coração e o cérebro durante eventos críticos em pacientes pediátricos.

Gabarito: Letra B

<hr>
Referência: <a href="https://cpr.heart.org/-/media/cpr-files/cpr-guidelines-files/highlights/hghlghts_2020eccguidelines_portuguese.pdf" target="_blank">American Heart Association. 2020 Guidelines for CPR and ECC.</a>

técnica dos dois polegares no centro do
tórax, logo abaixo da linha mamilar.

técnica dos dois dedos no centro do tórax,
revezando a cada ciclo com manobra de
Heimlich.

técnica dos polegares na região epigástrica.

técnica dos dois polegares na região
abdominal, logo abaixo da cicatriz umbilical.

A parada cardiorrespiratória (PCR) é uma emergência médica que requer intervenção imediata para garantir a melhor chance de sobrevivência e minimização de sequelas. Em crianças e lactentes, particularmente, as técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) diferem das aplicadas em adultos, principalmente no que tange ao posicionamento das mãos durante as compressões torácicas.

 

Conforme as diretrizes da American Heart Association (AHA) e da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o posicionamento correto das mãos é crucial para a eficácia das compressões. O enunciado questiona especificamente sobre o método apropriado para a realização das compressões torácicas em uma situação hipotética de ressuscitação.

 

a) técnica dos dois polegares no centro do tórax, logo abaixo da linha mamilar. CORRETO. Esta técnica é especialmente recomendada para lactentes (crianças menores de 1 ano), conforme orientação da American Heart Association. Ela permite uma compressão mais eficaz e mais profunda, aumentando a chance de restabelecer a circulação sanguínea. Os polegares devem ser posicionados no centro do tórax, logo abaixo da linha mamilar, enquanto as mãos envolvem o resto do tórax da criança, oferecendo suporte e permitindo um movimento de compressão mais controlado e efetivo.

 

b) técnica dos dois dedos no centro do tórax, revezando a cada ciclo com manobra de Heimlich. ERRADO. A técnica dos dois dedos é usada em situações muito específicas, geralmente quando o socorrista está sozinho e realiza RCP em um lactente. A alternância com a manobra de Heimlich não é recomendada durante a RCP, a qual deve ser contínua e ininterrupta a menos que o bloqueio das vias aéreas por um corpo estranho seja evidente.

 

c) técnica dos polegares na região epigástrica. ERRADO. Essa técnica não é recomendada em nenhuma circunstância para RCP. O foco das compressões torácicas deve ser o tórax e não a região epigástrica, visto que o objetivo é simular o bombeamento do coração para restaurar a circulação sanguínea nos órgãos vitais.

 

d) técnica dos dois polegares na região abdominal, logo abaixo da cicatriz umbilical. ERRADO. A mesma explicação da alternativa "C" se aplica aqui. Compressões abdominais são utilizadas somente em manobras de desobstrução de vias aéreas por corpos estranhos (manobra de Heimlich), e não são parte da RCP convencional.

 

Referências fundamentais incluem as diretrizes da American Heart Association e protocolos atualizados da Sociedade Brasileira de Cardiologia, que ilustram claramente o posicionamento e as técnicas apropriadas para a RCP em pacientes pediátricos e lactentes. O entendimento preciso das técnicas corretas é vital para a execução eficaz da RCP, aumentando significativamente as taxas de sobrevivência após uma PCR.

 

Gabarito: Letra A

Questões de Enfermagem - Atendimento na parada cardiorrespiratória