A cadeia de sobrevivência extra-hospitalar recomendada pela American Heart Association (AHA) é fundamental para aumentar a probabilidade de sobrevivência após uma parada cardiorrespiratória. A correta sequência dos elos na cadeia é crucial. Passaremos agora a análise das etapas, conforme apresentadas na diretrizes da AHA e como elas devem ser aplicadas.
 

III. Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência: Este é o primeiro passo crítico. O reconhecimento precoce dos sinais de parada cardiorrespiratória e o acionamento imediato dos serviços médicos de emergência são essenciais para iniciar o processo de resgate. O rápido acionamento dos serviços de emergência assegura que a assistência médica especializada seja disponibilizada o mais breve possível.
 

I. Ressuscitação cardiopulmonar imediata de alta qualidade: Após o reconhecimento e acionamento do serviço de emergência, segue-se a necessidade de iniciar a ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade. A RCP eficiente, com compressões torácicas adequadas e ventilações (se treinado), é vital para manter a circulação do sangue oxigenado para órgãos vitais como cérebro e coração.
 

IV. Rápida desfibrilação: A desfibrilação precoce, especialmente em casos de fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso, aumenta significativamente as chances de sobrevivência. A desfibrilação deve ser realizada o mais rapidamente possível após a parada cardíaca, quando indicada. Equipamentos de desfibrilação, como os Desfibriladores Externos Automáticos (DEAs), são essenciais em locais públicos e espaços com grande circulação de pessoas.
 

II. Serviços médicos básicos e avançados de emergência: A chegada dos serviços médicos proporciona a continuidade do atendimento com recursos mais avançados. Os serviços médicos de emergência podem administrar medicamentos, realizar intubações e outras técnicas avançadas de salvamento.
 

V. Suporte avançado de vida e cuidados pós-parada cardiorrespiratória: Após a estabilização imediata do paciente, é fundamental o suporte avançado de vida, que inclui o tratamento de possíveis complicações e a minimização de danos permanentes. Os cuidados pós-parada cardiorrespiratória são cruciais para a recuperação do paciente e devem continuar em um ambiente hospitalar.
 

Alternativa A: Esta é a opção correta, pois segue a sequência recomendada pela American Heart Association, que abrange desde o reconhecimento e acionamento do serviço de emergência, passando pela ressuscitação cardiopulmonar, desfibrilação rápida, até os serviços médicos de emergência e, por fim, o suporte avançado de vida, incluindo os cuidados pós-parada.

Alternativa B: Incorreta porque desorganiza os passos essenciais, iniciando pela RCP antes do acionamento dos serviços de emergência, o que não segue as diretrizes de priorização da AHA.

Alternativa C: Incorreta. Mesmo apresentando etapas importantes como a RCP e a desfibrilação, a sequência está errada ao colocar o suporte avançado e os cuidados pós-parada antes do reconhecimento e acionamento do serviço de emergência.

Alternativa D: Também está errada, pois inicia com desfibrilação, o que contradiz as diretrizes ao não priorizar o acionamento dos serviços de emergência e a RCP.

Alternativa E: Esta opção é incorreta, pois embora comece corretamente com o reconhecimento e acionamento do serviço de emergência, desorganiza os passos subsequentes necessários para a ressuscitação eficaz.

Gabarito: Letra A

O tópico da questão proposta trata sobre o Suporte Básico de Vida (SBV) em casos de parada cardiorrespiratória (PCR), uma situação crítica onde o conhecimento e a aplicação imediata dos procedimentos corretos são fundamentais para aumentar as chances de sobrevivência do indivíduo. O enunciado descreve corretamente as etapas iniciais de identificação da PCR: inconsciência e ausência de pulso, realçando a necessidade de intervenção imediata. 

Vamos analisar as alternativas fornecidas em função das diretrizes mais atualizadas para Suporte Básico de Vida fornecidas pela American Heart Association (AHA), que são referência global em procedimentos de emergência cardiorrespiratória. 

Alternativa A: 20 compressões torácicas para cada duas ventilações. Esta proporção não está de acordo com as diretrizes da AHA. As recomendações atuais especificam uma sequência de reanimação de 30 compressões seguidas por 2 ventilações quando há apenas um socorrista operando. Assim, a razão de 20:2 é incorreta.

Alternativa B: 30 compressões torácicas para cada duas ventilações. Esta é a recomendação correta conforme as diretrizes da AHA 2020 para o SBV em adultos. Este número busca maximizar a eficácia da circulação sanguínea enquanto minimiza interrupções nas compressões torácicas.

Alternativa C: 40 compressões torácicas para cada duas ventilações. Esta proporção ultrapassa o recomendado pelas diretrizes da AHA para situações de reanimação por um único socorrista. Uma sequência de 40 compressões pode apresentar desvantagens como a redução na qualidade de cada compressão devido ao cansaço acelerado do socorrista.

Alternativa D: 50 compressões torácicas para cada duas ventilações. Esta proporção é excessiva e não está em conformidade com as diretrizes atuais, podendo comprometer tanto a qualidade das compressões quanto a frequência das ventilações necessárias para uma eficaz oxigenação do sangue.

É importante destacar que o Suporte Básico de Vida tem como foco três componentes principais: reconhecimento rápido da parada cardiorrespiratória, realização imediata de compressões torácicas eficazes e aplicação de ventilações rápidas e eficazes, além do uso de desfibrilador externo automático (DEA) quando disponível. A técnica de compressão torácica deve ser profundamente estudada pelos profissionais de saúde, pois a qualidade dessas compressões impacta diretamente na eficácia da ressuscitação. 

Em suma, para a questão apresentada, a sequência correta e recomendada nas diretrizes atuais para o SBV de um adulto por um único socorrista é de 30 compressões torácicas seguidas por duas ventilações, o que torna a Alternativa B a resposta correta.

Gabarito: Letra B

Na abordagem de uma vítima de parada cardiorrespiratória, é crucial que o profissional de saúde aplique as técnicas de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) imediatamente e de maneira eficaz. O protocolo mais atualizado e recomendado em tais situações enfatiza a importância das compressões torácicas antes das ventilações. A sequência recomendada para profissionais de saúde é de iniciar com compressões para depois realizar as ventilações, quando necessário.
 
O procedimento correto, como indicado nas diretrizes da American Heart Association (AHA) para a RCP, recomenda que se inicie com 30 compressões torácicas seguidas por duas ventilações, numa proporção de 30:2 para adultos. As compressões devem ser fortes e rápidas, com uma profundidade de cerca de 5 a 6 centímetros no peito do adulto e a uma frequência de 100 a 120 compressões por minuto.
 
A ênfase nas compressões torácicas se deve ao fato de que elas ajudam a manter o sangue circulando pelo corpo, especialmente para os órgãos vitais como o cérebro e o coração. Esta prática é apoiada por evidências que sugerem um melhor prognóstico quando há priorização das compressões.
 
Vamos analisar cada alternativa em detalhes:
Alternativa A: Propõe "2 ventilações" como início do atendimento. Esta abordagem não é recomendada nas diretrizes mais recentes para profissionais de saúde. A prioridade é iniciar com compressões torácicas para otimizar a circulação sanguínea antes de fornecer ventilação.
Alternativa B: Corretamente sugere "30 compressões torácicas" como o primeiro passo no atendimento da parada cardiorrespiratória. Conforme mencionado, esta é a técnica recomendada pelas diretrizes atuais da AHA para profissionais de saúde, enfatizando a importância das compressões torácicas iniciais para a circulação sanguínea eficaz.
Alternativa C: Indica "5 ventilações", o que não atende às diretrizes atuais. A proporção recomendada é de 30 compressões para 2 ventilações após as compressões iniciais.
Alternativa D: Sugere "15 compressões torácicas", número que está abaixo do recomendado pela AHA, que é de 30 compressões antes de duas ventilações. A quantidade menor de compressões poderia ser menos efetiva no suporte circulatório necessário durante a RCP.
Alternativa E: Sugere "3 ventilações", que também não está em conformidade com as diretrizes, onde o foco deve ser inicialmente em compressões torácicas.
 
Portanto, diante das evidências e diretrizes atuais, a prática mais eficaz em casos de parada cardiorrespiratória é iniciar com compressões torácicas para maximizar as chances de sobrevivência e recuperação funcional da vítima. Desta forma, a alternativa B é a correta e deve ser seguida no protocolo de primeira resposta.
 
Gabarito: Letra B

I. Manter a permeabilidade da via aérea: É fundamental garantir a permeabilidade da via aérea para permitir uma respiração adequada. II. Manter a SatO2 ≥ 92%: Monitorar e manter a saturação de oxigênio acima de ≥ 94% e não ≥ 92% como afirma é essencial para garantir oxigenação adequada dos tecidos. III. Avaliar sinais vitais: É importante monitorar os sinais vitais do paciente, como frequência cardíaca, pressão arterial e respiração, para avaliar sua condição e responder a quaisquer alterações. IV. Controlar glicemia: O controle dos níveis de glicose no sangue é importante, pois alterações na glicemia podem ocorrer durante e após uma parada cardíaca e por muitas vezes causam a PCR. Gabarito: c) Apenas I, III e IV.

Errado o que afirma a questão, pois de acordo com as diretrizes, não existe uma regra rígida que determine a interrupção da RCP após três ciclos. O processo de RCP deve continuar enquanto for viável e necessário, com análise do ritmo a cada 2 minutos e administração de medicações conforme o protocolo.Portanto, a afirmação é incorreta, pois as diretrizes atuais recomendam a continuação da RCP com análises periódicas do ritmo e administração de medicação apropriada. Abaixo, alguns casos de interrupção previstos no protocolo do SAMU 2015. <ul><li>RCP em andamento sem indicação de choque pelo DEA acompanhada de exaustão da equipe e após autorização do Médico Regulador (condição obrigatória).</li><li>RCP em andamento quando as condições ambientais se tornam inseguras e/ou muito insalubres.</li><li>RCP em andamento quando as condições de segurança pessoal na cena se tornam comprometidas.</li></ul> Gabarito: e) errado.

Caso a situação do paciente evolua para parada 
cardiorrespiratória e não haja resposta após três ciclos de 
dois minutos de compressões e insuflações, deve-se 
interromper a ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

No atendimento a vítima de soterramento, os agentes do 
SAMU depararam-se com um paciente com trauma nos membros 
inferiores, comprometimento de circulação desses membros e 
expectativa de tempo prolongado para a retirada da pessoa da 
posição de esmagamento.
 Com base nessa situação hipotética e nos protocolos de suporte 
validados pelo SAMU, julgue o item subsecutivo.

Questões de Enfermagem - Atendimento na parada cardiorrespiratória