a) A ileostomia refere-se especificamente à comunicação do exterior com o intestino delgado, facilitando a saída de fezes quando o trânsito intestinal normal não é possível. Gabarito b) O estômago não é conectado ao exterior em uma ileostomia. c) A traqueia é o órgão associado à traqueostomia, não à ileostomia. d) O intestino grosso é conectado ao exterior em uma colostomia, não uma ileostomia. e) Os condutos urinários são conectados ao exterior em uma urostomia, não uma ileostomia.

Cirurgia com presença de vísceras perfuradas.

Analisemos o conceito e os exemplos de operação infectada para responder à questão proposta pela banca organizadora CONSULPAM, relacionada à classificação da cirurgia, com foco em cirurgias infectadas. 

 Conforme descrito no enunciado, uma operação infectada se caracteriza pela realização de procedimentos cirúrgicos em tecidos ou órgãos que estejam sob condições não estéreis, como a presença de processos infecciosos, tecido necrótico ou corpos estranhos. Esse tipo de cirurgia apresenta um risco aumentado para complicações pós-operatórias, inclusive infecções, exigindo cuidados específicos de manejo para minimizar o risco de propagação de patógenos. 

 

 Vamos agora examinar cada uma das alternativas para determinar qual delas se enquadra adequadamente na definição de cirurgia infectada: 

Alternativa A: Cirurgia de orofaringe. Embora a orofaringe seja uma área que naturalmente contém flora microbiana, a realização de uma cirurgia na área não implica necessariamente presença de infecção, tecido necrótico ou corpo estranho. Procedimentos na orofaringe, como remoção de amígdalas, salvo complicações, geralmente não são classificados como operações infectadas.

Alternativa B: Cirurgia cardíaca. Cirurgias cardíacas, como a colocação de stents ou cirurgias de bypass, ocorrem em um ambiente altamente controlado e são realizadas sob condições de assepsia rigorosas. Estes procedimentos não se enquadram na categoria de operações infectadas, a menos que haja uma complicação infecciosa, que não é o contexto padrão.

Alternativa C: Cirurgia do megaesôfago avançado. O megaesôfago pode resultar em acúmulo de alimentos e saliva, propiciando ambientes para infecções. No entanto, a cirurgia para tratar o megaesôfago, por si só, não é necessariamente uma operação infectada, a menos que existam evidências específicas de infecção ou tecido necrótico no momento da cirurgia.

Alternativa D: Cirurgia com presença de vísceras perfuradas. A perfuração de vísceras, como o intestino, é um exemplo clássico de cirurgia infectada. A ruptura de órgãos internos frequentemente leva ao derramamento de conteúdo intestinal, o que é altamente contaminante e inclui uma série de microrganismos. Esta situação se alinha perfeitamente com a definição de cirurgia infectada fornecida no enunciado, pois há uma clara presença de corpos estranhos e um processo infeccioso em desenvolvimento.

Alternativa E: [Alternativa não fornecida] Sem informação específica na alternativa E, não é possível realizá-la uma análise.

 

Conclusão: Baseando-se na descrição fornecida e nas condições particulares descritas nas alternativas, conclui-se que a alternativa correta é a Alternativa D: Cirurgia com presença de vísceras perfuradas, pois este cenário é caracteristicamente identificado como uma operação infectada segundo a definição utilizada. 

Gabarito: Letra D

Refere-se a uma cirurgia potencialmente contaminada.

Refere-se a uma cirurgia altamente infectada.

A classificação das cirurgias de acordo com o potencial de risco de contaminação é um aspecto crucial na biossegurança hospitalar, visando a redução de infecções pós-operatórias e a melhoria da qualidade da assistência. Essa classificação é baseada nos critérios estabelecidos pela American College of Surgeons e é adotada globalmente.
 

As cirurgias são categorizadas, geralmente, em quatro tipos principais:
 

<ul>
<li>Cirurgia limpa: São procedimentos não relacionados ao trato gastrointestinal, respiratório, genital ou urinário e em que não ocorre inflamação. A taxa de infecção é, tipicamente, baixa nessas cirurgias.</li>
<li>Cirurgia potencialmente contaminada (ou limpa-contaminada): Inclui cirurgias em que o trato respiratório, digestivo ou geniturinário é aberto sob condições controladas e sem contaminação incomum. Essas cirurgias têm risco moderado de infecção.</li>
<li>Cirurgia contaminada: Refere-se a procedimentos com quebra grosseira da técnica asséptica ou exposição a conteúdo gastrointestinal, normalmente sem evidência de infecção no momento da cirurgia.</li>
<li>Cirurgia infectada ou suja: Quando é realizada em um campo operatório com infecção evidente ou tecido necrótico.</li>
</ul>

 

A cirurgia de redução de fratura exposta, como mencionada no enunciado, apresenta um cenário em que há uma exposição óbvia à contaminação externa, mas isso não significa necessariamente que a área esteja infectada ativamente. Geralmente, esses tipos de fraturas são tratadas de maneira urgente para evitar infecções secundárias, sendo classificadas como cirurgias potencialmente contaminadas.
 

Logo, vamos analisar cada alternativa para esclarecer o posicionamento correto:

Alternativa A: Refere-se a uma cirurgia infectada - Esta alternativa é incorreta porque a cirurgia de redução de fratura exposta não é realizada em tecidos que já demonstram sinais de infecção ativa, tendo como foco mais a prevenção da infecção.

Alternativa B: Refere-se a uma cirurgia contaminada - Também é incorreta, pois embora haja contaminação externa, a definição de cirurgia contaminada envolve uma quebra mais expressiva de técnicas assépticas ou contaminação notável, o que é diferente da condição inicial de uma fratura exposta.

Alternativa C: Refere-se a uma cirurgia potencialmente contaminada - Correta, pois a fratura exposta é tratada sob condições que são controladas para evitar infecção, combinando com a definição de uma cirurgia potencialmente contaminada, que possui um grau de contaminação inicial que não chega a ser uma infecção ativa.

Alternativa D: Refere-se a uma cirurgia limpa - Incorreta, pois a presença de contaminação externa devido à fratura exposta exclui a possibilidade de ser classificada como uma cirurgia limpa.

Alternativa E: Refere-se a uma cirurgia altamente infectada - Esta alternativa é claramente incorreta, pois não há indicação de que a infecção tenha se estabelecido antes ou durante a cirurgia.

 

Gabarito: Letra C

Questões de Enfermagem - Classificação da cirurgia