No contexto dos exames laboratoriais, é crucial entender as diversas variáveis que podem afetar os resultados, incluindo as que podem levar a falsos negativos. Analisemos cada alternativa apresentada para determinar sua precisão com base em práticas padrão e diretrizes na área da saúde. A) Identificação paciente.Identificação inadequada do paciente é uma possível fonte de erro em laboratório que pode influenciar os resultados dos exames. Quando a amostra não corresponde ao paciente correto, qualquer resultado pode ser irrelevante para o diagnóstico. Isso pode conduzir a uma interpretação errônea dos resultados, incluindo possíveis falsos negativos, caso a amostra pertença a um indivíduo cuja condição ou doença se encontra em estágios diferentes, ou até mesmo ausente, em comparação com o paciente verdadeiro. B) Jejum incorreto.As orientações sobre jejum são determinadas com base no tipo de exame e o que ele visa medir. Exames como de glicemia e perfil lipídico requerem jejum adequado para que os valores não sejam alterados por ingestão recente de alimentos. Um jejum incorreto pode alterar significativamente os resultados desses exames, levando a resultados falsamente negativos ou positivos dependendo do metabolismo do paciente e do tipo de nutriente ingerido. C) Coleta e assepsia inadequada.A técnica de coleta e a assepsia exercem um papel fundamental na precisão dos exames laboratoriais. Inadequações nestas práticas podem contaminar a amostra com microrganismos ou substâncias que interfiram nos resultados. Por exemplo, uma coleta inadequada de cultura bacteriana pode não captar a presença de organismos verdadeiramente presentes na amostra do paciente, resultando em um falso negativo. D) Amostra com boa qualidade.Esta alternativa indica uma situação onde a amostra é de boa qualidade. Uma amostra de boa qualidade é essencial para um teste preciso e confiável, reduzindo a chance de erros de laboratório, incluindo falsos negativos. Portanto, uma amostra bem coletada, armazenada e processada é menos provável que produza um resultado falso negativo comparada a amostras de qualidade inferior. Analisando os cenários apresentados nas alternativas, podemos entender que a alternativa D (Amostra com boa qualidade) é a única que não pode ser uma situação para um exame apresentar um falso negativo. Todas as outras mencionadas (identificação incorreta, jejum inapropriado, coleta e assepsia inadequada) podem levar a resultados falsamente negativos.Gabarito: Letra D

O exame coletado para pesquisa de alterações relacionadas ao extravasamento celular em pacientes infectados com dengue é o hemograma. Vamos analisar cada uma das alternativas fornecidas e discutir por que o hemograma é o exame apropriado para esta situação.Análise das Alternativas: <ul><li>Alternativa A) hemograma.</li></ul>O hemograma é um exame laboratorial fundamental no diagnóstico e monitoramento da dengue, uma infecção viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Este exame é crucial na avaliação do extravasamento plasmático e no monitoramento do estado hemodinâmico dos pacientes. A dengue pode causar uma redução significativa no número de plaquetas (trombocitopenia) e alterações nos parâmetros dos leucócitos. Além disso, a hemoconcentração evidenciada por um aumento no hematocrito é um indicativo de extravasamento plasmático, uma complicação severa da dengue que pode levar a um estado de choque, denominado choque dengue (Dengue Shock Syndrome - DSS). <ul><li>Alternativa B) urina.</li></ul>Embora a análise de urina seja importante em muitos contextos clínicos, ela não é o exame primário para a investigação de extravasamento plasmático em pacientes com dengue. A urinálise pode ajudar a detectar outras complicações ou condições coexistentes, mas não é diretamente útil no monitoramento das especificidades da dengue que são vistas no hemograma. <ul><li>Alternativa C) virologia.</li></ul>Examinar aspectos virológicos pode ajudar a confirmar a presença do vírus da dengue, mas esses testes são geralmente usados para um diagnóstico inicial ou em pesquisas clínicas. Testes virológicos, como a RT-PCR para detectar o RNA do vírus, são específicos, porém não fornecem informações diretas sobre os impactos hematológicos ou o extravasamento plasmático no paciente. <ul><li>Alternativa D) sorologia.</li></ul>Testes sorológicos, como ELISA (Enzyme-Linked Immunosorbent Assay) para detectar anticorpos IgM e IgG contra o vírus da dengue, são importantes para a identificação diagnóstica da infecção. No entanto, similarmente aos testes virológicos, eles não oferecem informações sobre o extravasamento plasmático ou alterações hematológicas agudas que são críticas no manejo do paciente. Considerando a natureza do extravasamento celular como uma complicação grave da dengue, o hemograma é o exame mais indicado para monitorar essa condição. Ele oferece dados precisos sobre a contagem de plaquetas e os níveis de hematocrito, que são essenciais para a identificação do risco de complicações graves como o choque dengue. Gabarito: Letra ACom base nas informações detalhadas acima, fica evidente que a alternativa A, hemograma, é a mais correta para investigar os sinais de extravasamento celular em pacientes com dengue, conforme especificado no enunciado da questão. O entendimento deste exame e das suas implicações clínicas é vital para fornecer uma assistência adequada e prevenir desfechos adversos em pacientes afetados por esta doença.

A análise de urina é um método diagnóstico comum na prática da enfermagem que fornece informações valiosas sobre o funcionamento do sistema urinário e a presença de infecções ou outras condições médicas. No contexto desta questão, a presença de piócitos na urina é um indicativo específico que precisa ser corretamente interpretado. 

 

Piócitos, também conhecidos como células do pus, são leucócitos que podem aparecer na urina. A presença destas células é geralmente um sinal de uma inflamação ou infecção no trato urinário. Diversos estudos e diretrizes clínicas citam o aumento destas células na urina como um indicador comum de infecção urinária. 

 

<ul>
<li>Hematúria: Esta alternativa refere-se à presença de sangue na urina. A hematúria pode ser um sinal de vários problemas urinários, incluindo infecções, mas a presença de piócitos é mais especificamente associada a infecções do que apenas a sangue na urina.</li>
</ul>

 

<ul>
<li>Disúria: Disúria é o termo médico para dor ou desconforto ao urinar, que pode ser um sintoma de infecção urinária, mas a presença de piócitos, por si só, não confirma disúria. A disúria pode ocorrer sem uma quantidade significativa de piócitos na urina.</li>
</ul>

 

<ul>
<li>Infecção urinária: Esta é a alternativa correcta. As infecções do trato urinário (ITU) ocorrem quando microrganismos invadem esse sistema, causando uma reação inflamatória. A presença de piócitos em grandes quantidades é sugestiva de infecção urinária, pois indica uma resposta imunológica à invasão bacteriana.</li>
</ul>

 

<ul>
<li>pH da urina alcalino: O pH da urina pode indicar várias condições do organismo e influenciar a precipitação de certos tipos de cálculos renais, mas não tem uma relação direta e exclusiva com a presença de piócitos. A urina alcalina pode ser encontrada em situações sem infecções urinárias, e situações de infecção podem ocorrer com urina ácida ou alcalina.</li>
</ul>

 

A Lei nº 7.498/86, que regulamenta a prática da enfermagem no Brasil, não especifica diretamente sobre a interpretação de exames, mas estabelece que o enfermeiro está apto a realizar consultas, prescrições e solicitações de exames, conforme necessário à sua prática. O entendimento correto dos resultados de exames laboratoriais é essencial para a prática segura e eficaz da enfermagem.

 

Com base nas evidências científicas e práticas comuns, a presença de piócitos em quantidade significativa na urina é altamente sugestiva de uma infecção urinária. Portanto, esta análise corrobora com a escolha da alternativa C como a resposta correta.

 

Gabarito: Letra C

Para a realização de exames de hematologia clínica, é fundamental o uso de tubos contendo anticoagulantes para evitar a coagulação do sangue e preservar a integridade das células sanguíneas. Entre os anticoagulantes mais comuns usados para esses fins, o EDTA. Impede a coagulação do sangue ao quelar íons de cálcio no sangue, o que é essencial para os processos de coagulação. Gabarito: com EDTA.

 orientar jejum de 12 horas para os dois exames; 

 realizar a coleta da urina 2 horas após a coleta de sangue; 

 usar frasco com anticoagulante para o hemograma e coletor de urina estéril para a cultura; 

 orientar jejum de 10 horas para o hemograma e coleta mínima de 50 ml de urina para a cultura; 

 usar tubo com citrato de sódio para o hemograma e coletor de EAS para a cultura.

Para analisar as alternativas apresentadas, é necessário entender as especificações técnicas e protocolos padrões associados à coleta de amostras para hemograma completo e cultura de urina. Vamos analisar cada alternativa com base nos conhecimentos práticos e teóricos da enfermagem, assim como em recomendações baseadas em normas e diretrizes existentes. Alternativa A: Orientar jejum de 12 horas para os dois exames.O hemograma completo, sendo um exame de sangue que avalia as células sanguíneas, geralmente não exige que o paciente esteja em jejum, a menos que outros exames que requeiram jejum sejam realizados simultaneamente. Por outro lado, para a coleta de urina para cultura, o jejum não influencia o resultado, pois está relacionada a análise de agentes patogênicos na urina e não à composição alimentar do sangue. Alternativa B: Realizar a coleta da urina 2 horas após a coleta de sangue.Não há uma recomendação específica que vincule o tempo entre a coleta de sangue e a coleta de urina a um resultado mais eficaz. Ambas as coletas são independentes uma da outra no que tange à interferência nos resultados. A logística da coleta pode ser ajustada conforme a conveniência e o estado clínico do paciente. Alternativa C: Usar frasco com anticoagulante para o hemograma e coletor de urina estéril para a cultura.Esta alternativa apresenta parcialmente procedimentos corretos. Para o hemograma, de fato, utiliza-se um tubo com anticoagulante (normalmente EDTA), pois isso evita que o sangue coagule, permitindo a análise das células sanguíneas. Para a cultura de urina, um coletor estéril é essencial, mas não especifica a técnica de coleta, que deveria ser a de jato médio para evitar contaminações exógenas, o que é crucial para a precisão do exame de cultura. Alternativa D: Orientar jejum de 10 horas para o hemograma e coleta mínima de 50 ml de urina para a cultura.Embora o jejum não seja estritamente necessário para um hemograma, pode ser recomendado pelo médico dependendo de exames complementares que requeiram essa condição. Quanto à parte da urina, para uma cultura, não é necessário coletar uma quantidade mínima de 50 ml. Normalmente, uma quantidade de 10 a 20 ml já é suficiente, desde que coletada com a técnica correta (jato médio e em recipiente estéril). Essa orientação de 50 ml pode ser exagerada e não promove benefício adicional significativo para a precisão do teste. Alternativa E: Usar tubo com citrato de sódio para o hemograma e coletor de EAS para a cultura.O citrato de sódio é geralmente utilizado para exames de coagulação, não para hemogramas, onde o anticoagulante mais comum é o EDTA. No que se refere à cultura de urina, o coletor de EAS (exame de urina tipo I) pode ser estéril, mas novamente o mais importante é a técnica de coleta para evitar contaminações. ConclusãoCom base na análise das alternativas, nenhuma delas apresenta a combinação perfeita de instruções corretas e completamente adequadas para a realização dos exames de hemograma completo e cultura de urina. No entanto, a alternativa D, embora tenha incorreções, aproxima-se mais das práticas recomendadas ao abordar orientações potencialmente úteis para contextos específicos, mesmo sob condições de excesso (jejum desnecessário e volume excessivo de urina). Gabarito: Letra D

Para analisar as alternativas apresentadas, é necessário entender as especificações técnicas e protocolos padrões associados à coleta de amostras para hemograma completo e cultura de urina. Vamos analisar cada alternativa com base nos conhecimentos práticos e teóricos da enfermagem, assim como em recomendações baseadas em normas e diretrizes existentes.

### Alternativa A: Orientar jejum de 12 horas para os dois exames.

O hemograma completo, sendo um exame de sangue que avalia as células sanguíneas, geralmente não exige que o paciente esteja em jejum, a menos que outros exames que requeiram jejum sejam realizados simultaneamente. Por outro lado, para a coleta de urina para cultura, o jejum não influencia o resultado, pois está relacionada a análise de agentes patogênicos na urina e não à composição alimentar do sangue. 

### Alternativa B: Realizar a coleta da urina 2 horas após a coleta de sangue.

Não há uma recomendação específica que vincule o tempo entre a coleta de sangue e a coleta de urina a um resultado mais eficaz. Ambas as coletas são independentes uma da outra no que tange à interferência nos resultados. A logística da coleta pode ser ajustada conforme a conveniência e o estado clínico do paciente. 

### Alternativa C: Usar frasco com anticoagulante para o hemograma e coletor de urina estéril para a cultura.

Esta alternativa apresenta parcialmente procedimentos corretos. Para o hemograma, de fato, utiliza-se um tubo com anticoagulante (normalmente EDTA), pois isso evita que o sangue coagule, permitindo a análise das células sanguíneas. Para a cultura de urina, um coletor estéril é essencial, mas não especifica a técnica de coleta, que deveria ser a de jato médio para evitar contaminações exógenas, o que é crucial para a precisão do exame de cultura. 

### Alternativa D: Orientar jejum de 10 horas para o hemograma e coleta mínima de 50 ml de urina para a cultura.

Embora o jejum não seja estritamente necessário para um hemograma, pode ser recomendado pelo médico dependendo de exames complementares que requeiram essa condição. Quanto à parte da urina, para uma cultura, não é necessário coletar uma quantidade mínima de 50 ml. Normalmente, uma quantidade de 10 a 20 ml já é suficiente, desde que coletada com a técnica correta (jato médio e em recipiente estéril). Essa orientação de 50 ml pode ser exagerada e não promove benefício adicional significativo para a precisão do teste. 

### Alternativa E: Usar tubo com citrato de sódio para o hemograma e coletor de EAS para a cultura.

O citrato de sódio é geralmente utilizado para exames de coagulação, não para hemogramas, onde o anticoagulante mais comum é o EDTA. No que se refere à cultura de urina, o coletor de EAS (exame de urina tipo I) pode ser estéril, mas novamente o mais importante é a técnica de coleta para evitar contaminações. 

### Conclusão

Com base na análise das alternativas, nenhuma delas apresenta a combinação perfeita de instruções corretas e completamente adequadas para a realização dos exames de hemograma completo e cultura de urina. No entanto, a alternativa D, embora tenha incorreções, aproxima-se mais das práticas recomendadas ao abordar orientações potencialmente úteis para contextos específicos, mesmo sob condições de excesso (jejum desnecessário e volume excessivo de urina). 

Gabarito: Letra D

Questões de Enfermagem - Exames laboratoriais