evitar o uso de soluções coloridas por prejudicarem  a avaliação da ferida.

limpar a ferida com antisséptico iodado antes da  coleta de material para o exame de cultura.

coletar o material purulento na parte mais superficial  da ferida, aspirando com seringa.

enfaixar o membro inferior iniciando-se da parte proximal para a distal, no sentido da circulação arterial.

manter o ambiente iluminado, limpo e com correntes  de ar.

Ao tratar feridas e abscessos, especialmente em regiões como membros inferiores, é essencial que profissionais de enfermagem estejam bem informados sobre as técnicas e procedimentos mais adequados para garantir uma recuperação eficaz do paciente e evitar complicações. A análise das alternativas seguindo protocolos e diretrizes consolidadas é fundamental para uma compreensão detalhada.

 

<h3>Análise das Alternativas</h3>

Alternativa A: Evitar o uso de soluções coloridas por prejudicarem a avaliação da ferida. Esta alternativa é correta e segue as melhores práticas em tratamento de feridas. As soluções coloridas podem dificultar a avaliação adequada da evolução do estado da ferida, como mudança de cor, exsudação e outros sinais de infecção ou cicatrização. A literatura em enfermagem sugere o uso de soluções não coloridas, como soro fisiológico, para limpeza de feridas, o que permite uma avaliação mais precisa.

Alternativa B: Limpar a ferida com antisséptico iodado antes da coleta de material para o exame de cultura. Esta prática não é recomendada. O uso de antissépticos como o iodado pode interferir nos resultados do exame de cultura, pois pode eliminar ou reduzir significativamente a carga bacteriana presente na amostra e, consequentemente, afetar a precisão do diagnóstico laboratorial. O protocolo padrão envolve a coleta do material para cultura antes de aplicar antissépticos.

Alternativa C: Coletar o material purulento na parte mais superficial da ferida, aspirando com seringa. Esta prática também não é recomendada, pois o material mais significativo para cultura é aquele localizado mais profundamente na ferida. As amostras superficiais podem não ser representativas da flora bacteriana que está realmente causando a infecção, podendo levar a um resultado falho no diagnóstico e tratamento.

Alternativa D: Enfaixar o membro inferior iniciando-se da parte proximal para a distal, no sentido da circulação arterial. Enfaixamento deve ser realizado do distal para o proximal, no sentido da circulação venosa, e não arterial. Este método ajuda a melhorar o retorno venoso e reduzir o edema, que pode ser prejudicial na recuperação de feridas e abscessos profundos.

Alternativa E: Manter o ambiente iluminado, limpo e com correntes de ar. Embora a iluminação adequada e limpeza sejam práticas fundamentais, a parte sobre as correntes de ar não é recomendada, pois estas podem aumentar o risco de contaminação da ferida. O ambiente deve ser controlado para evitar tal risco.

 

Concluindo, a abordagem correta ao tratar feridas e abscessos profundos envolve a utilização de técnicas que não comprometam a avaliação e cuidados posteriores, além de seguir os protocolos de coleta de material para exames de cultura e técnicas de enfaixamento e manutenção de um ambiente controlado.

Gabarito: Letra A

aberta, em presença de necrose e fibrina, porque promove o desbridamento autolitico.

necrótica ou isquêmica, devido à ação proteolítica do produto.

pouco exsudativa, em fase de granulação, porque protege e hidrata o leito da ferida.

aberta, com presença de sangramento, porque inibe a ação lesiva do tecido de granulação.

infectada e isquêmica, devido a ação de absorção e adsorção.

O uso de ácidos graxos essenciais (AGEs) no tratamento de feridas é uma prática recomendada em certos casos específicos dentro do contexto da enfermagem. Os AGEs são conhecidos por suas propriedades hidratantes e por facilitarem o processo de cicatrização em diferentes tipos de lesões cutâneas. A aplicação de AGEs pode ser especialmente benéfica em feridas em fase de granulação, que é a fase em que o tecido novo está sendo formado para preencher a ferida. Esta fase é crucial para uma cicatrização saudável e eficaz.
 
Vamos analisar cada alternativa para identificar a mais correta e a adequação de cada uma ao cenário descrito na questão.
 
Alternativa A: Sugere que os AGEs são usados em feridas abertas com presença de necrose e fibrina por promoverem o desbridamento autolítico. Apesar dos AGEs ajudarem na manutenção do ambiente úmido, essencial para o desbridamento autolítico, a alternativa pode ser enganadora. Os AGEs não são predominantemente conhecidos ou utilizados especificamente por essa característica, e a presença de necrose e fibrina pode demandar outras abordagens mais diretas de desbridamento.

Alternativa B: Indica o uso de AGEs em feridas necróticas ou isquêmicas devido à ação proteolítica do produto. Contudo, os AGEs não são típicos por sua ação proteolítica, que é mais associada a agentes enzimáticos específicos para esse fim, como as colagenases.

Alternativa C: Indica que os AGEs são utilizados em feridas pouco exsudativas, em fase de granulação, porque protegem e hidratam o leito da ferida. Esta é a descrição mais acurada do uso de AGEs, pois durante a fase de granulação é crucial manter o leito da ferida bem hidratado e protegido para otimizar a cicatrização e favorecer a formação de novo tecido.

Alternativa D: Sugere o uso de AGEs em feridas abertas com presença de sangramento porque inibem a ação lesiva do tecido de granulação. Esta descrição não é correta, pois os AGEs não são usados para inibir a ação lesiva do tecido de granulação; na verdade, eles ajudam a suportar a formação de tecido de granulação.

Alternativa E: Indica o uso de AGEs em feridas infectadas e isquêmicas por causa da ação de absorção e adsorção. Embora os AGEs ajudem a manter um ambiente úmido e possam absorver alguma exsudação, eles não são especificamente designados para tratar infecções ou isquemia através de absorção e adsorção.
 
Baseado na fundamentação e análise das alternativas, a alternativa C oferece a melhor justificativa para o uso de ácidos graxos essenciais durante a fase de granulação de feridas com pouca exsudação. A hidratação e proteção fornecidas por esses ácidos são essenciais para um ambiente de cura ótimo.
Gabarito: Letra C

Questões de Enfermagem - Tipos de feridas