A questão apresentada aborda uma importante distinção no contexto da legislação farmacêutica e de saúde relacionada à administração de medicamentos, em particular sobre a natureza dos medicamentos isentos de prescrição médica e suas vias de administração.

Alternativa E - Errado:

Segundo as regulamentações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), medicamentos isentos de prescrição (MIPs) são caracterizados por sua segurança, eficácia e baixo potencial de risco quando utilizados conforme as indicações do rótulo. A definição de quais medicamentos podem ser considerados isentos de prescrição é estritamente regulamentada para garantir a saúde pública. 

A via parenteral, mencionada no enunciado, implica a administração de medicamentos por injeção diretamente no corpo, atravessando uma ou mais camadas da pele ou mucosas, incluindo intravenosa, intramuscular, subcutânea, entre outras. Este tipo de administração é comumente associado a um maior risco de complicações, como infecções e reações adversas imediatas, devido à sua capacidade de bypassar as barreiras naturais do corpo e seu impacto direto na circulação sanguínea.

 

A RDC Anvisa nº 98/2016, que regula os critérios para a dispensação de produtos sem prescrição, é clara ao estipular que o risco associado à via de administração é um dos critérios para determinar se um medicamento pode ser dispensado sem prescrição. Medicamentos administrados por via parenteral geralmente não são considerados isentos de prescrição devido ao seu potencial risco e à necessidade de habilidades específicas para administração segura.

 

A assertiva de que medicamentos isentos de prescrição são aqueles cuja via de administração seja a parenteral está, portanto, incorreta. O uso de medicamentos por vias parenterais requer prescrição médica e supervisão devido aos riscos envolvidos, que exigem maior controle e monitoramento. Isso está em alinhamento com as práticas de segurança do paciente e a regulamentação farmacêutica destinada a evitar problemas de saúde decorrentes da autoadministração inapropriada ou erros na dosagem.

 

Por fim, as vias de administração permitidas para medicamentos isentos de prescrição são geralmente as orais, tópicas, nasais ou auriculares, que são consideradas relativamente seguras e de fácil aplicação pelo próprio paciente.

Gabarito: Letra E

Esta análise detalhada demonstra que a via de administração é um fator crucial na determinação do controle necessário sobre o medicamento, priorizando sempre a eficácia terapêutica e a minimização de riscos ao paciente.

São medicamentos isentos de prescrição aqueles cuja via de administração seja a parenteral.


Segundo as resoluções e instruções normativas da Anvisa, julgue o item a seguir.


A questão refere-se à normatização sobre a prescrição de medicamentos antimicrobianos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) regula esta prática para garantir o uso correto e responsável desses medicamentos, contribuindo para a não propagação de resistência antimicrobiana. No entanto, a especificação de que a prescrição deve ser feita em um modelo de receita específico precisa de clarificação.

Discussão sobre a Alternativa "C" - Certo:
A afirmação de que a prescrição de medicamentos antimicrobianos deve ser realizada em modelo de receita específico pode sugerir uma necessidade de um formato único e exclusivo para tais medicamentos, o que não condiz com as determinações atuais da ANVISA.
 

A RDC ANVISA nº 20/2011 determina que a prescrição de antimicrobianos é regida por regras específicas, como a retenção de receita, mas não determina que deve ser em um modelo de receita diferenciado. Ela apenas exige que a dispensação desses produtos esteja condicionada à prescrição de receita de controle especial em duas vias. O prescritor deve providenciar a primeira via ao paciente para aquisição do medicamento e uma segunda via, que é retida na farmácia.
 

Os requisitos para essa receita incluem itens como a identificação do emitente, do comprador e da prescrição específica do medicamento, mas não um modelo de formulário "específico" para antimicrobianos.
 

Discussão sobre a Alternativa "E" - Errado:
Neste caso, a alternativa correta é que a afirmação é errada. A prescrição de antimicrobianos deve seguir certos critérios e é necessária uma receita de controle especial, mas isso não se traduz na exigência de um formulário único específico exclusivamente para antimicrobianos, e sim na forma como está regulamentada a prescrição com retenção de receita.
 

Portanto, se a interpretação do enunciado for a de que é necessário um formulário exclusivo para estes medicamentos, essa interpretação não está alinhada com as normativas da ANVISA.
 

É crucial para profissionais de saúde, especialmente enfermeiros envolvidos no processo de dispensação e orientação sobre medicamentos, compreenderem as regulamentações específicas para garantir a conformidade legal e a promoção de práticas seguras de medicamento.
 

Gabarito: Letra E

O conhecimento dessas regras é essencial para aprovação em concursos e para a prática diária dentro de instituições de saúde. A legislação e as diretrizes da ANVISA proporcionam uma estrutura para o uso racional de medicamentos, visando a eficácia terapêutica e a minimização de riscos de resistência antimicrobiana.

A prescrição de medicamentos antimicrobianos deverá ser realizada em modelo de receita específico.

 Microbiologia, de anatomia, de fisiologia, de farmacologia, e de cuidados específicos de enfermagem.

 Apenas de anatomia e cuidados específicos de enfermagem.

 Reações adversas, farmacologia e vida pregressa do paciente.

 Apenas sobre a vida pregressa do paciente, como alergias e reações graves a medicamentos ou outro tipo de substância.

A administração de medicamentos é uma das competências fundamentais da enfermagem, envolvendo uma série de conhecimentos teóricos e práticos que asseguram a segurança e a eficácia do tratamento prescrito. Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas para discutir sua pertinência em relação ao enunciado proposto. Alternativa A: Microbiologia, de anatomia, de fisiologia, de farmacologia, e de cuidados específicos de enfermagem.Esta alternativa é a mais completa e abrangente, refletindo adequadamente o espectro de competências necessárias para uma prática segura na administração de medicamentos. O conhecimento de microbiologia é crucial, principalmente no tratamento de infecções, onde a seleção do antibiótico adequado depende do entendimento dos mecanismos patogênicos dos microorganismos. Anatomia e fisiologia são fundamentais para compreender como os medicamentos interagem com o corpo e quais os efeitos esperados e potenciais efeitos colaterais. A farmacologia é a base da administração de medicamentos, pois fornece informações sobre ações, usos, e interações medicamentosas. Por fim, os cuidados específicos de enfermagem orientam a prática para assegurar que a administração de medicamentos seja realizada de maneira segura e eficaz. Alternativa B: Apenas de anatomia e cuidados específicos de enfermagem.Apesar de a anatomia e os cuidados específicos de enfermagem serem importantes, esta opção é incompleta, pois ignora áreas cruciais como a farmacologia, que é essencial para compreender as bases da terapia medicamentosa, e a microbiologia, importante em contexto de infecções. Portanto, esta alternativa é inadequada por sua incompletude. Alternativa C: Reações adversas, farmacologia e vida pregressa do paciente.Conhecer as reações adversas e a farmacologia é essencial; da mesma forma, entender a vida pregressa do paciente ajuda a personalizar o tratamento evitando reações adversas conhecidas. No entanto, esta alternativa não menciona outros conhecimentos fundamentais como anatomia, fisiologia e microbiologia, tornando-a insuficiente. Alternativa D: Apenas sobre a vida pregressa do paciente, como alergias e reações graves a medicamentos ou outro tipo de substância.Esta alternativa é a mais limitada. Embora o conhecimento sobre a vida pregressa do paciente seja crucial para evitar reações adversas, é insuficiente para garantir uma administração segura e eficaz de medicamentos, pois não aborda conhecimentos técnicos necessários como a farmacologia, anatomia, fisiologia e microbiologia. Assim, a análise de cada alternativa reforça que a mais adequada e completa é a Alternativa A, que inclui um espectro amplo de conhecimentos necessários para a prática segura e eficaz da administração de medicamentos na enfermagem.Gabarito: Letra A

Para a análise desta questão, vamos detalhar cada uma das assertivas fornecidas no enunciado e vinculá-las às vias de administração de medicamentos correspondentes. Este exercício exige um entendimento claro sobre as características e implicações fisiológicas de cada via.

(1) O poder absorvente constitui uma de suas características fisiológicas.
- A via sublingual é conhecida por seu alto poder de absorção. Esta via permite que o medicamento entre diretamente na circulação sistêmica, evitando o metabolismo de primeira passagem pelo fígado. Isso acontece devido à rica vascularização na região sublingual que facilita a absorção rápida.

(2) Todos medicamentos utilizados por essa via deverão sofrer efeito de primeira passagem pelo fígado.
- A via oral é caracterizada, em sua maioria, pelo metabolismo de primeira passagem pelo fígado. Após a ingestão, os medicamentos são absorvidos no intestino e transportados para o fígado, onde podem ser metabolizados antes de alcançar a circulação sistêmica.

(3) Seu uso é admissível esporadicamente e com indicações precisas para obtenção de efeitos locais.
- A via retal é tipicamente usada de maneira esporádica e com objetivos específicos, tanto para efeitos locais quanto sistêmicos. Essa via pode ser utilizada para contornar o vômito ou quando o paciente não pode ingerir medicamentos pela via oral.

(4) A droga pode ser em veiculo aquoso ou oleoso, em estado solúvel ou suspensão, e ser cristalino ou coloidal e volume máximo pode variar de 2 a 5 ml.
- A via intramuscular (IM) permite a administração de medicamentos em diferentes preparações, incluindo soluções aquosas ou oleosas e suspensões. O volume administrado varia geralmente de 2 a 5 ml, dependendo da área muscular e da capacidade de absorção do tecido.

Analisando cada opção de resposta:

A) 1, 4, 3, e 2: Esta sequência não corresponde corretamente as vias descritas acima.
B) 4, 3, 1, e 2: Esta sequência corresponde corretamente às vias (4) IM, (3) Retal, (1) Sublingual, (2) Oral.
C) 1, 2, 3 e 4: Esta sequência também não atende à correspondência correta das descrições com as vias.
D) nenhuma das alternativas anteriores: Como a alternativa B é correta, esta opção também está incorreta.

Portanto, a única sequência que corretamente associa as descrições com as vias de administração de medicamentos é a Alternativa B.

Gabarito: Letra B

Analisando cada uma das alternativas em detalhe, podemos compreender melhor os ângulos utilizados para administração de medicações em diferentes vias, o que é crucial para a prática segura e eficaz da enfermagem. 

Alternativa A: 90° - IM
Esta alternativa está correta. A administração intramuscular (IM) é feita inserindo a agulha em um ângulo de 90 graus em relação à pele. Este ângulo permite que a medicação seja depositada profundamente no tecido muscular, o que facilita a absorção rápida do medicamento. Esta técnica é amplamente recomendada e utilizada para várias medicações que requerem início rápido de ação. 

Alternativa B: 45° - SC
Esta alternativa também está correta. Para a administração subcutânea (SC), um ângulo de 45 graus é frequentemente utilizado, especialmente quando se utiliza agulhas mais longas ou em pacientes com menor tecido subcutâneo. Este ângulo ajuda a garantir que a medicação seja depositada na camada subcutânea e não mais profundamente, o que poderia levar a uma administração intramuscular acidental. 

Alternativa C: 15° - ID
Esta alternativa está correta. A técnica de administração intradérmica (ID) geralmente utiliza um ângulo de 15 graus com a pele. Esta técnica é comumente utilizada para testes de alergia ou tuberculose, onde a medicação precisa ser depositada entre as camadas da epiderme. O ângulo preciso assegura que a medicação fique no local correto para uma leitura adequada do teste. 

Alternativa D: 30° - ID
Esta alternativa é incorreta, e portanto, a resposta correta para a questão. A técnica de injeção intradérmica normalmente exige um ângulo muito menor, de aproximadamente 10 a 15 graus. Um ângulo de 30 graus pode resultar na penetração da agulha além da derme, alcançando camadas mais profundas e possivelmente causando a deposição da substância em um plano não adequado para a técnica intradérmica. 

É essencial que os profissionais de enfermagem estejam familiarizados com esses ângulos e técnicas corretos de injeção, conforme indicado nas diretrizes e protocolos do Ministério da Saúde e organizações de saúde internacionais, para garantir a administração segura e eficaz de medicações, evitando complicações como absorção inadequada do medicamento ou lesões nos tecidos. 

Gabarito: Letra D

Questões de Enfermagem - Vias para medicação