 impossibilidade de se escolher livremente como agir

 incapacidade de agir segundo nossas próprias escolhas

 inevitabilidade de realizar ações pré-determinadas pelo destino

 capacidade de escolher livremente como agir

O conceito de livre-arbítrio é central na discussão filosófica sobre a natureza da vontade humana e sua capacidade de escolha. A alternativa correta, letra D, que define o livre-arbítrio como a "capacidade de escolher livremente como agir", é uma afirmação que encontra respaldo em diversas tradições filosóficas e teológicas. Este conceito se opõe diretamente às visões deterministas que argumentam que nossas ações são pré-condicionadas por causas anteriores ou leis naturais e, portanto, não somos verdadeiramente livres para escolher. 

Análise das Alternativas: 

A) impossibilidade de se escolher livremente como agir
Incorreta. Esta alternativa nega a essência do livre-arbítrio ao sugerir que não existe a possibilidade de escolha autônoma. O livre-arbítrio é tradicionalmente entendido como a habilidade de tomar decisões não condicionadas por causas externas, em oposição a esta perspectiva. 

B) incapacidade de agir segundo nossas próprias escolhas
Incorreta. Similar à alternativa A, essa opção também contradiz o conceito fundamental de livre-arbítrio, que pressupõe exatamente a capacidade de agir de acordo com as próprias escolhas e decisões. Filosoficamente, a autonomia na escolha é crucial para que se possa falar em livre-arbítrio. 

C) inevitabilidade de realizar ações pré-determinadas pelo destino
Incorreta. Esta alternativa reflete uma visão fatalista ou determinista, que é contrária à noção de livre-arbítrio. De acordo com o fatalismo, as ações e eventos são fixados por um destino inalterável, enquanto que o livre-arbítrio sugere uma abertura nas decisões, permitindo uma escolha genuína livre de determinações inexoráveis. 

D) capacidade de escolher livremente como agir
Correta. Esta alternativa captura adequadamente o conceito de livre-arbítrio, que envolve a capacidade de fazer escolhas autônomas que não são inteiramente determinadas por causas antecedentes ou por constrangimentos externos. Filósofos como Jean-Paul Sartre enfatizam a responsabilidade que acompanha este poder de escolha, argumentando que o ser humano está "condenado a ser livre", tendo que enfrentar as consequências morais de suas decisões. 

Em resumo, o livre-arbítrio é um conceito fundamental para entender as concepções moral e ética, pois define a capacidade humana de escolher e agir de acordo com a vontade própria. A discussão sobre livre-arbítrio também implica em uma reflexão sobre responsabilidade moral, pois se somos livres para escolher nossas ações, somos também responsáveis por elas. Essa ideia é crucial em diversas áreas da filosofia e da vida prática, incluindo o direito, a ética e a política. 

Gabarito: Letra D

 bioética; ética ambiental ou ecoética; ética dos negócios.

 ética relacional; ética do mercado ou comercial; ética teleológica.

 ética deontológica; ética utilitarista; ética das relações.

 ética capitalista; ética empresarial; ética dos consumidores.

 ética da convivência; ética contemporânea; ética profissional. 

A ética da responsabilidade, conforme descrito na questão, expande o conceito tradicional de ética, tradicionalmente concentrada nas relações entre indivíduos, para incluir responsabilidades em níveis coletivos como comunidades, empresas e governos. Este é um desenvolvimento crucial no pensamento ético moderno, especialmente considerando os desafios contemporâneos como sustentabilidade e os direitos das futuras gerações. 

A alternativa correta, Letra A, lista três ramos da ética aplicada que refletem essa expansão: bioética; ética ambiental ou ecoética; e ética dos negócios. Cada um destes campos aborda aspectos distintos mas interligados da responsabilidade ética em contextos modernos. 

A bioética trata de questões éticas provocadas por avanços na biologia e medicina, e tem crescente importância em discussões sobre manipulação genética, direitos dos animais e limites da intervenção médica. A ética ambiental ou ecoética concentra-se nos deveres morais relativos ao meio ambiente, destacando a interconexão entre seres humanos e natureza, e a necessidade de uma ação ética para preservar o planeta para as gerações futuras. Por fim, a ética dos negócios aborda as condutas das empresas, destacando a importância da integridade, transparência e responsabilidade social no âmbito corporativo. 

Analisando as demais alternativas: 

Letra B (ética relacional; ética do mercado ou comercial; ética teleológica): Incorreta. A ética relacional é uma área relevante, mas não especificamente mencionada na questão. A ética comercial faz parte de uma discussão maior sobre ética empresarial, mas é tratada de forma mais específica na alternativa correta. A ética teleológica é uma escola tradicional de pensamento ético e não um ramo da ética da responsabilidade como contextualizada na questão. 

Letra C (ética deontológica; ética utilitarista; ética das relações): Incorreta. Tanto a ética deontológica quanto a utilitarista são, na verdade, teorias ou abordagens gerais à ética, não ramos específicos dentro da ética da responsabilidade que focam em problemas modernos como os descritos. 

Letra D (ética capitalista; ética empresarial; ética dos consumidores): Incorreta. Embora a ética empresarial e a ética dos consumidores sejam pertinentes, a descrição como "ética capitalista" não é usualmente empregada em contextos acadêmicos ou específicos como os que foram tratados pela autora citada e nas ramificações da ética aplicada mencionadas na alternativa correta. 

Letra E (ética da convivência; ética contemporânea; ética profissional): Incorreta. Estes termos, embora relevantes, são mais gerais e não focam especificamente nos campos da ética aplicada que tratam das responsabilidades coletivas sobre sustentabilidade e relações éticas em novos contextos sociais e ambientais. 

Gabarito: Letra A

Há uma nova noção de responsabilidade, que não mais se restringe ao âmbito das relações intersubjetivas, ou apenas entre indivíduos. A novidade da ética aplicada está no fato de se estender às relações entre agentes coletivos − comunidades, empresas, administração, governos −, dos quais é exigida responsabilidade para com a sustentabilidade, em nome do meio ambiente e das gerações futuras. Ao longo do debate contemporâneo, os teóricos da ética aplicada se orientaram em vários ramos.

 argumenta em favor da atribuição de um valor econômico à arte na modernidade.

 afirma que a arte deve se livrar do jugo das necessidades do espírito para alcançar elevação.

 critica a arte de seu tempo por se fechar num antropocentrismo exacerbado.

 contraria seu tempo ao defender uma menor valorização do espírito em favor da matéria.

 reprova seu tempo por negligenciar a liberdade em favor do utilitarismo como valor supremo.

Friedrich Schiller, em sua crítica à sociedade de seu tempo, expressa uma forte reprovação ao utilitarismo que dominava o cenário cultural e artístico. O texto evidencia uma preocupação com a substituição da busca pelo ideal estético e pela liberdade artística pela ênfase excessiva na utilidade prática das coisas. Isto é, Schiller lamenta que a arte, que deveria ser uma expressão livre do espírito humano, está sendo subjugada às necessidades materiais e econômicas, um reflexo do ambiente cultural de sua época marcado pelo Iluminismo e seu foco na razão utilitária. 

A alternativa E reflete precisamente essa crítica ao destacar que o autor reprova o seu tempo por negligenciar a liberdade em favor do utilitarismo como valor supremo. Este ponto de vista é coerente com a ideia de Schiller de que a arte deve emanar do espírito livre e não ser coartada pela imposição de utilidade prática, que ele via como um jugo tirânico sobre a humanidade. 

Analisemos agora as demais alternativas para fundamentar por que são incorretas: 

<ul>
<li>Alternativa A: Argumenta em favor da atribuição de um valor econômico à arte na modernidade. Esta interpretação é incorreta porque, na verdade, Schiller está criticando a atribuição de valor puramente econômico ou utilitário à arte, e não apoiando-a.</li> 

<li>Alternativa B: Afirma que a arte deve se livrar do jugo das necessidades do espírito para alcançar elevação. Esta é uma compreensão incorreta do texto; Schiller defende que a arte deve ser impulsionada pela liberdade do espírito, e não que deve se desvencilhar dele.</li> 

<li>Alternativa C: Critica a arte de seu tempo por se fechar num antropocentrismo exacerbado. Esta é uma interpretação incorreta e desviante do conteúdo central do texto, que se foca na questão da liberdade vs. utilidade, não no antropocentrismo.</li> 

<li>Alternativa D: Contraria seu tempo ao defender uma menor valorização do espírito em favor da matéria. Esta alternativa é incorreta porque Schiller, ao contrário, propõe uma maior valorização do espírito e da liberdade criativa contra a supervalorização da matéria e utilidade.</li>
</ul> 

O contexto filosófico é crucial para entender o posicionamento de Schiller contra o utilitarismo. Ele evoca uma discussão ética importante sobre o valor intrínseco da arte e a necessidade de preservar espaços da vida humana — como a arte e a cultura — livres das amarras da utilidade econômica, propiciando uma crítica que ressoa até os debates contemporâneos sobre o papel da cultura e da arte em uma sociedade cada vez mais orientada ao lucro e à funcionalidade. 

Gabarito: Letra E

“O curso dos acontecimentos deu ao gênio da época uma direção que ameaça afastá-lo mais e mais da arte do Ideal. Esta tem de abandonar a realidade e elevar-se, com decorosa ousadia, para além da privação; pois a arte é filha da liberdade e quer ser legislada pela necessidade do espírito, não pela privação da matéria. Hoje, porém, a privação impera e curva em seu jugo tirânico a humanidade decaída. A utilidade é o grande ídolo do tempo; quer ser servida por todas as forças e cultuada por todos os talentos.”

A questão apresentada envolve a análise crítica de diferentes concepções de liberdade em contraposição ao determinismo. As afirmativas são uma tentativa de captar diferentes dimensões do conceito de liberdade. Vamos analisar cada uma detalhadamente para confirmar a alternativa correta.

1. A primeira afirmativa menciona a liberdade como a "abertura e variedade da vida e da cultura humana, a qual, ao contrário do mundo dos animais, não é totalmente definida pela biologia." Esta visão é amplamente suportada dentro do campo filosófico, especialmente sob a luz do existencialismo, conforme expresso por pensadores como Jean-Paul Sartre. Para o existencialismo, a essência do ser humano não é predeterminada; os indivíduos são livres para definir suas existências através de suas escolhas e ações. Portanto, essa afirmativa é Verdadeira (V).

2. A segunda afirmativa trata da liberdade como a "ausência de coerções externas, quando a ação é determinada pelo próprio agente, e não por algo externo." Este conceito reflete a noção de liberdade negativa descrita por Isaiah Berlin, onde a liberdade consiste na ausência de obstáculos às ações próprias. A liberdade neste sentido é entendida como a capacidade de agir de acordo com a própria vontade, sem a intervenção ou coerção de outros. Logo, essa afirmativa também é Verdadeira (V).

3. A terceira afirmativa discute a liberdade como "o horizonte inescapável de todo ser humano", caracterizando-a como uma escolha radical com critérios definidos pelo sujeito e uma "responsabilidade radical." Novamente, esta é uma abordagem que ecoa fortemente os princípios do existencialismo, particularmente nas obras de Sartre, que argumentou que os seres humanos são condenados a ser livres, carregando a responsabilidade por suas escolhas e ações. A noção de que a evocação do determinismo como desculpa é uma forma de má-fé também é diretamente tirada das ideias de Sartre, destacando nossa tendência de negar nossa liberdade e responsabilidade ao atribuir nossas ações a forças externas. Assim, esta afirmativa é Verdadeira (V).

Com base na análise detalhada acima, conclui-se que todas as afirmativas são verdadeiras em relação aos conceitos e teorias filosóficas referenciadas.

Gabarito: Letra C

Questões de Filosofia - Ética e Liberdade