01 A relação positiva entre arte e excelência na educação está amplamente comprovada por
02 estudos como o de James Catterall (1948-2017), professor da Universidade da Califórnia
03 (UCLA), que dedicou boa parte da sua vida para analisar pesquisas que provam como as artes
04 desenvolvem a cognição do indivíduo, habilidade aplicável .... qualquer outra área do
05 conhecimento.
06 Ana Mae Barbosa, uma das maiores especialistas brasileiras no tema, em artigo publicado
07 em 2018, mostrou que a introdução das artes nos Ensinos Fundamental e Médio nos Estados
08 Unidos, no programa conhecido como Stem (Science, Technology, Engineering and
09 Mathematics), melhorou significativamente o fraco desempenho em ciências dos estudantes
10 norte-americanos.
11 Por que menciono isso em meio .... uma tempestade provocada pela pandemia que deixou
12 mais de 5,5 milhões de crianças e jovens brasileiros sem aulas em 2020 e, segundo estudo
13 recente, divulgado pelo Todos pela Educação, 244 mil crianças e jovens entre 6-14 anos sem o
14 direito .... educação?
15 Primeiro, o modelo fordista de escola precisa mudar. A pandemia acelerou um debate que
16 se arrasta há anos, _____ da necessidade de olharmos para um sistema de ensino-
17 aprendizagem que não responde mais ao tempo em que vivemos, e que faz as crianças e jovens
18 de hoje, como seus pais, avós e bisavós, irem aos bancos escolares com pouca ou nenhuma
19 motivação para enfrentarem o dia de estudos.
20 Além do modelo híbrido, é preciso aprofundar o que queremos das escolas; qual ambiente
21 físico melhor acolhe e estimula em uma era de uso exacerbado das tecnologias; se as didáticas
22 e práticas que discutimos incentivam a cooperação, a criatividade e a resolução de problemas;
23 ou se ainda estamos presos em um sistema que contribui para a evasão e o desinteresse.
24 Como a cultura pode contribuir para a mudança? E como pode cooperar com o
25 desenvolvimento de jovens mais preparados?
26 Primeiro, arte e cultura são ferramentas de extrema importância para o conhecimento e a
27 educação de qualidade. Segundo, a produtividade do país depende de formação continuada, e
28 o motor econômico no século 21 é a economia do conhecimento, impulsionada pelo
29 investimento em inovação e, no ensino das ciências básicas, pelo acesso e pelo
30 desenvolvimento das tecnologias e pelos setores das artes, do design, da gastronomia, da
31 moda, do entretenimento e de todo o conjunto das chamadas indústrias criativas.
32 No meio das várias crises que temos vivenciado, ___ algumas oportunidades que podemos
33 aproveitar. Contudo, para algo acontecer é preciso um plano orientado de trabalho –
34 pedagógico, mas também de governança – e o engajamento do sistema cultural, que enfrenta
35 dificuldades combinadas, mas apresenta resiliência e uma boa rede básica de gestão.
36 Entretanto, abrir um diálogo com as secretarias de educação e organizar uma oferta a
37 partir da sua rede de programas e instituições, é algo que pode ser feito de imediato. Uma
38 saída complementar é envolver fundações e institutos de educação e cultura que reúnam
39 especialistas das áreas para elaborar as bases de um Plano de Arte e Cultura. Uma bússola
40 inicial que oriente os _______ para um processo de implantação.
41 O importante é começar.

01    Lembra-se daqueles colegas da escola que eram ótimos na hora de assumir os créditos por 
02 algum trabalho bem feito, mas na realidade ajudavam pouco? Dê uma olhada à sua volta. Muitos 
03 deles provavelmente povoam seu ambiente de trabalho hoje. E mais: pode ser que até você seja 
04 um deles.
05    Esse comportamento, quando temperado com a dose certa de elegância, é bastante útil para 
06 melhorar suas chances de avançar na carreira. Mas, se for exagerado, há uma grande chance de 
07 você não ganhar pontos por trabalhar bem em equipe e de ser esquecido na hora de uma 
08 promoção. "Uma boa maneira de conseguir chamar a atenção da maneira certa é dar às pessoas 
09 o que elas querem antes mesmo que elas saibam disso", sugere Lucy Owens, consultora da 
10 empresa britânica de gerenciamento de carreiras The Career Coach. Ela cita o exemplo de uma 
11 colega sua, que participou de uma reunião com executivos-sêniores e, embora não tenha sido 
12 requisitada, decidiu anotar os principais pontos do encontro para seu chefe "mal-humorado". 
13 Poucas horas depois, enviou para ele um resumo, que se mostrou muito útil em um encontro que 
14 o chefe teria com um cliente. Semanas depois, a moça foi promovida para outra equipe.
15    Segundo Owens, outra forma de ganhar vantagem é abrir o jogo com seu chefe sobre as suas 
16 necessidades. Em vez de usar uma abordagem “puxa-saco”, tenha uma conversa honesta e adulta 
17 com seu gerente sobre o que você gostaria de concretizar em seu cargo e dentro da empresa, 
18 recomenda a especialista. "É a maneira mais direta e eficaz de conseguir o que você quer no 
19 trabalho." Além disso, é importante não esperar pela reunião anual de avaliação. "Solicite uma 
20 rápida conversa com seu chefe, e fale com confiança sobre seus objetivos, as promoções que  
21 quer trabalhar para obter e suas metas a longo prazo", diz a consultora.
22    Gerentes competentes valorizam mais esse tipo de abordagem porque isso os ajuda a entender
23 ao que seus subordinados aspiram. Mas não se esqueça de manter um diálogo de duas vias. 
24 Pergunte a seu supervisor como ele o vê dentro da organização, o que ele enxerga como seus 
25 pontos fortes e o que ele sugere para que você desenvolva sua carreira. Mas não pare por aí. 
26 "Você não vai convencer seu gerente sobre seus pontos fortes em apenas um encontro", define 
27 Philippe Gaud, professor dos cursos de MBA da HEC Paris. "Sempre que se reunir com ele, volte 
28 ao assunto. A repetição é importante, e o tempo vai ajudar."
29    Ainda melhor é encontrar oportunidades para demonstrar esses pontos fortes em ação, de 
30 acordo com Gaud. "Não se concentre apenas nos encontros formais de avaliação. Em reuniões 
31 gerais, tente aproveitar as oportunidades para mostrar a que veio", diz. Por exemplo, se você é 
32 bom em desafiar seus colegas de uma maneira positiva, use essa habilidade na próxima reunião 
33 geral. Assim seu chefe pode ver isso na prática.
34    Em vez de esperar pelo dia em que terá uma posição de liderança, comece já a agir como um 
35 líder."Tire partido das oportunidades que sua carreira apresenta para liderar", recomenda 
36 Deborah Golden, diretora da Deloitte & Touche LLP, dos Estados Unidos. Por exemplo, 
37 experimente influenciar outras pessoas, inovar ou fazer estratégias. "Se outros seguirem suas 
38 ideias, isso pode mostrar sua habilidade em liderar e não apenas gerenciar." Não tenha medo. 
39 "Aproveite as chances conforme elas aparecerem; não fique esperando para que um cargo 
40 apareça na sua frente", diz Golden. "Mostrar as características, habilidades e capacidades de um 
41 líder antes de ter um papel oficial de liderança é uma maneira certeira de se tornar um líder. E 
42 se você não conseguir um determinado cargo, passe rapidamente para o próximo desafio. É muito 
43 importante que os outros testemunhem a maneira como você reage a certas situações."
44    Golden afirma que conhece muitos profissionais que acabam não fazendo o máximo para 
45 advogar em causa própria. "É importante vocalizar suas aspirações porque as pessoas não podem 
46 ler seus pensamentos", lembra. "Pense no cargo que você almeja e seja visível em situações que 
47 oferecem uma chance de ressaltar essas capacidades." Ao se expor, você pode encontrar pessoas 
48 que apoiarão seu desenvolvimento e que o ajudarão a encontrar novas oportunidades. A partir 
49 daí, é com você. "Seu desempenho precisa mostrar que você está pronto para liderar de cima", 
50 afirma Golden.

 Muitos deles provavelmente povoam seu ambiente de trabalho hoje (ℓ.02-03).  

 há uma grande chance de você não ganhar pontos por trabalhar bem em equipe e de ser esquecido na hora de uma promoção (ℓ.06-08).  

 outra forma de ganhar vantagem é abrir o jogo com seu chefe sobre as suas necessidades (ℓ. 15-16).

 É a maneira mais direta e eficaz de conseguir o que você quer no trabalho (ℓ.18-19).  

 Aproveite as chances conforme elas aparecerem; não fique esperando para que um cargo apareça na sua frente (ℓ.39-40).

Por Santiago Baraya

01 De acordo com Howard Gardner, a inteligência humana pode ser dividida em oito categorias,
02 sendo uma delas, a inteligência espacial. Gardner define este tipo de inteligência como a
03 capacidade do ser humano de imaginar e dar forma a modelos tridimensionais da realidade. A
04 Arquitetura, assim como a escultura, é uma das disciplinas que mais se beneficiam dessa
05 faculdade. Considerando isso, neste artigo, procuramos explorar como a representação da
06 Arquitetura evoluiu ao longo do tempo e como ela está se tornando cada dia mais fiel ___
07 imagem idealizada por quem a projetou.
08 A representação de um projeto de Arquitetura, como objetivo principal, deve ser capaz de
09 comunicar a essência da ideia concebida por seu projetista, permitindo que outras pessoas
10 também possam visualizar ou acessar esta outra realidade. E embora essas projeções e imagens
11 estejam se tornando cada dia mais “reais” - e até banais em nossa vida cotidiana -, é
12 importante ressaltar que a representação da Arquitetura foi sendo desenvolvida lentamente
13 através dos séculos para alcançar o seu atual estado da arte.
14 Filippo Brunelleschi, arquiteto italiano do século XV, foi quem utilizou, pela primeira vez, a
15 matemática para dar voz ___ inteligência espacial mencionada anteriormente, forjando uma
16 técnica de representação da Arquitetura e do espaço que viria a ser conhecida como “perspectiva
17 linear.” Essa descoberta causou tamanha revolução no campo da representação que ainda hoje,
18 mais de sei...entos anos depois, o desenho em perspectiva segue sendo estudado e ensinado nas
19 escolas de Arquitetura, arte e design do mundo todo.
20 Embora noções de perspectiva ainda hoje sejam a base da representação na Arquitetura,
21 tais regras também podem ser bastante restritivas, minando a nossa capacidade de imaginação,
22 a qual vai muito além de qualquer cânone.
23 Séculos mais tarde, o domínio do desenho em perspectiva foi a porta de entrada de Frank
24 Lloyd Wright na Arquitetura. O mais famoso arquiteto norte-americano era conhecido por sua
25 destreza sobre a prancheta, um personagem capaz de ilustrar com altíssimo grau de refinamento
26 e precisão as suas mais incríveis ideias, imagens que ainda hoje impressionam pela proximidade
27 com a realidade da obra construída.
28 Em virtude do rápido avanço tecnológico e da incorporação de novas ferramentas a partir da
29 segunda metade do século XX, a representação na Arquitetura evoluiu não apenas em termos
30 técnicos, passando por uma profunda transformação em matéria de conteúdo.
31 Muitos anos se passaram até que a representação na Arquitetura passasse a incorporar
32 novas ferramentas, as quais já estavam sendo utilizadas amplamente em outras áreas, como a
33 fotografia, o cinema e o design. Atualmente, fora algumas exceções, a visualização na
34 Arquitetura está se tornando cada dia mais dependente de imagens geradas por computadores,
35 uma espécie de resignação, como se já não houvesse mais alternativas ao hiper-realismo.
36 As principais tendências apontam para uma completa fusão entre as técnicas de visualização
37 na Arquitetura e a realidade virtual e aumentada. E embora essas ferramentas, ainda hoje,
38 demandem a utilização de uma série de dispositivos multissensoriais, podemos dizer que nunca
39 antes a visualização esteve tão próxima da realidade.No entanto, técnicas mais simples como o
40 desenho ___ mão e a colagem, quando combinadas com tudo aquilo que os modelos 3D podem
41 nos oferecer, ainda podem ser muito úteis e seguem sendo utilizadas por arquitetos e arquitetas
42 ao redor do mundo. Pode ser que as técnicas artesanais nunca deixem de existir, mas é inegável
43 que elas ainda têm muito a contribuir para o futuro da representação e da visualização da
44 Arquitetura.

Questões de Formação e estrutura das palavras - Morfologia